Investir é como plantar uma semente hoje para colher bons frutos futuramente: muitas vezes, não conseguimos dimensionar o tamanho da colheita – mas sabemos que, cuidando da terra e persistindo, as chances de obter bons retornos são grandes.

No mercado financeiro, independentemente de onde você pretenda chegar, conhecimento, prática e persistência são as chaves para o sucesso. O mundo dos investimentos é muito rico e oferece vários tipos de investimentos para você explorar. Elas podem servir para te ajudar a realizar um sonho, fazer uma reserva de emergência, pagar a faculdade, viajar, comprar um imóvel… as possibilidades são muitas e não encerram por aí.

Já parou para pensar na importância de investir o seu dinheiro – ou como escolher os investimentos ideais para você? Neste post, você conhecerá um pouco mais sobre os principais tipos de investimentos e aprenderá como investir da melhor forma possível. Vamos lá? Continue a leitura!

Por que investir seu dinheiro?

Quem não investe, também está correndo risco. Você sabia disso? Deixar o dinheiro parado na conta corrente – tendo em vista a alta da inflação hoje em dia – é perder poder de compra a médio e longo prazo.

E não é só isso – afinal, o que não faltam são motivos para fazer o seu patrimônio render. Além de contribuir para uma maior tranquilidade financeira, investir te aproximará de seus sonhos e objetivos. E quem é que não deseja isso, não é mesmo?!

Se investir não era seu foco até então, não se preocupe, pois não está tarde para começar. O importante, mesmo, é não dar espaço para as desculpas surgirem e deixar para começar só amanhã. Existem diversos tipos de investimentos disponíveis hoje em dia para diferentes tipos de investidor – e você não precisa estar com dinheiro sobrando para colocar o que irá aprender aqui em prática.  

O primeiro passo para investir adequadamente é simples, mas pouco habitual entre os brasileiros: comprometer-se com a educação financeira. Conhecer o funcionamento do mercado, os produtos financeiros e as tendências da economia são fatores que farão toda a diferença na hora de tomar decisões. Elas vão desde a escolha da carteira de investimentos, até a forma de proceder no que diz respeito às constantes variações dos ativos.

E nós temos uma boa notícia para você: o primeiro passo já está sendo dado. Antes de começar a colocar a mão na massa, vamos entender um pouco melhor sobre os tipos de investimentos existentes!

Renda Fixa x Renda Variável

As possibilidades para investir são muitas – tanto em renda fixa, quanto em renda variável. Aplicações em renda fixa são aquelas em que o investidor já conhece qual será sua rentabilidade desde a compra do título. Esse tipo de investimento costuma oferecer mais segurança ao investidor.

Já os investimentos em renda variável não possuem uma taxa de rendimento pré-determinada e os ganhos do investidor dependem das oscilações do mercado. É uma forma de investir que oferece mais riscos, mas, em compensação, pode gerar também ganhos maiores que os de renda fixa.

Para ser assertivo em suas escolhas na hora de investir, é importante que você conheça o seu perfil de investidor. De maneira geral, existem três tipos principais: conservador (aqui, a segurança é a prioridade. Investidores conservadores são avessos ao risco); moderado (gosta de segurança, mas aceita correr alguns riscos em busca de uma rentabilidade um pouco maior); e agressivo (o foco está na rentabilidade, ainda que precise se arriscar mais em busca de melhores retornos).

Tipos de investimentos em renda fixa

Em linhas gerais, quanto maior a previsibilidade de retorno de um investimento, mais seguro ele tende a ser. Nessa categoria, estão os investimentos em renda fixa, que se dividem em dois grupos: os prefixados e os pós-fixados.

No primeiro caso, a taxa de rentabilidade é fixa – ou seja, ao investir, você já sabe qual será o seu rendimento no período. No caso dos pós-fixados, o investimento está atrelado a algum índice variável – como a Selic ou o IPCA, por exemplo.

Logo abaixo, você confere os principais tipos de investimentos em renda fixa. Acompanhe:

Certificado de Depósito Bancário

O Certificado de Depósito Bancário, também conhecido como CDB, é um tipo de investimento em renda fixa comercializado por bancos. Sua rentabilidade e liquidez variam de uma instituição para outra, por isso, vale a regra de sempre pesquisar as oportunidades oferecidas pelo mercado antes de investir.

O CDB é assegurado pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Isso quer dizer que, se a instituição em que você investiu seu dinheiro declarar falência, o órgão ressarce investimentos de até R$250 mil por CPF e instituição.

Mas é importante ficar atento às letras miúdas e às demais regras do FGC. Para se sentirem mais seguras, muitas pessoas preferem investir em CDBs de instituições sólidas que possuem chances irrisórias de quebrar.

Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional que comercializa títulos públicos para que o governo financie as suas atividades. Assim como os CDBs, essa é uma modalidade segura, que costuma oferecer bons retornos ao investidor. Entre as suas vantagens, estão a boa liquidez e o investimento mínimo baixo. Com apenas R$30 já é possível comprar títulos do Tesouro Direto.

Letras de Crédito

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) são investimentos em renda fixa utilizados para financiar os setores que levam no nome. Eles costumam chamar a atenção dos investidores devido a uma característica que nenhum dos dois investimentos que citamos até aqui possuem: eles são isentos de Imposto de Renda para pessoa física. Como o governo entende que este tipo de investimento ajuda a movimentar os setores imobiliário e do agronegócio, ele oferece isenção do imposto.

Além disso, assim como o CDB, as Letras de Crédito também são asseguradas pelo FGC. Porém, o valor de investimento mínimo e o prazo de carência costumam ser mais altos.

As Letras de Crédito possuem carência mínima obrigatória de 90 dias, o que significa que você não pode retirar o dinheiro antes desse prazo. Ou seja, é preciso se organizar para evitar dores de cabeça com esse tipo de aplicação.

Letras de Câmbio

As Letras de Câmbio (LC) são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras. Seu rendimento pode ser atrelado ao CDI, ao CDI + spread, a índices de preços como IGP-M e IPCA ou a uma Taxa Prefixada. São um tipo de investimento seguro e possuem rentabilidade diária. Caso a financeira que emitiu a LC declare falência, seus investimentos serão garantidos pelo FGC dentro das regras do órgão. Por outro lado, as Letras de Câmbio podem possuir carência, sofrem tributação de Imposto de Renda e seu investimento mínimo pode ser maior do que o de outros investimentos aqui citados.

Debêntures

Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas que podem ter seus rendimentos atrelados a uma taxa pré-fixada ou pós-fixada. Ou seja, a organização toma o dinheiro emprestado e compromete-se a devolver o valor corrigido a uma taxa de juros ao final de um período determinado.

As Debêntures se dividem em diferentes tipos. Dentre eles, as Debêntures conversíveis, que podem ser convertidas em mais ações da empresa emissora; e as simples, que não podem ser convertidas.

Tipos de investimentos de médio e longo prazo

Apesar de ser uma frase controversa, ela é válida no que diz respeito aos investimentos (principalmente de renda fixa): “tempo é dinheiro”. Isso porque, geralmente, quanto maior o período de tempo que o seu dinheiro passa investido, maiores são as rentabilidades.

Portanto, investimentos de médio e longo prazo normalmente tendem a ser mais vantajosos no quesito retorno – no entanto, apresentam menor liquidez. Para entendermos essa relação, vamos considerar três pilares: risco, rentabilidade e liquidez.

Esses três pilares se equilibram, de forma que um investimento com melhor rentabilidade acaba possuindo, normalmente, menor liquidez (conceito que, em outras palavras, representa a facilidade de determinado ativo para transformar em dinheiro). Vale ressaltar também que investimentos mais rentáveis apresentam maiores riscos ao investidor.

De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), investimentos de curto prazo têm duração de até 2 anos, enquanto que os de médio prazo têm entre 3 e 10 anos e, os de longo prazo, acima de 10 anos de vigência.

No médio prazo, investir nos Fundos Multimercados ou nos ETFs (falaremos sobre eles logo abaixo) são opções interessantes. Para quem visa o longo prazo, as Letras de Crédito, os Fundos de Investimentos e as Ações são indicados. No entanto, vale lembrar que o mais importante é saber qual é o investimento ideal de acordo com o seu perfil de investidor – afinal, não existe um investimento melhor do que outro, e, sim, o que melhor se adequa às suas necessidades e aos seus objetivos. 

Tipos de investimento em renda variável

Como vimos anteriormente, ao contrário da renda fixa, a renda variável apresenta mais riscos ao investidor, no entanto, um maior potencial de ganho também. Por isso é tão importante conhecer o seu perfil de investidor e os objetivos a serem alcançados por meio dos investimentos – assim, as chances de sucesso são maiores.

No que diz respeito à renda variável, se engana quem pensa que a Bolsa de Valores se resume apenas às ações. Existem vários mercados e diversas possibilidades de investimentos na B3. Veja alguns exemplos:

Mercado de ações

A maneira mais conhecida de investir em renda variável é por meio do mercado de ações. Nele, investidores podem comprar e vender papéis de várias empresas de diversos setores da economia.

Este mercado costuma oferecer excelentes oportunidades de ganho ao investidor, que podem ser muito superiores aos resultados da renda fixa, ainda que o risco para operar nesse mercado seja, de fato, maior também.

Vale lembrar que os riscos podem ser minimizados por meio de boas estratégias, como a diversificação da sua carteira. Na Bolsa de Valores, você encontra ações de grandes empresas brasileiras e de diversos setores.

Dessa forma, você pode se tornar um acionista de companhias renomadas, como Ambev, Itaú, Vale, Petrobras, Bradesco, Banco do Brasil, Santander, Cielo e muitas outras.

Fundos de Investimento

Os Fundos de Investimento são uma ótima alternativa para quem está iniciando sua jornada na Bolsa de Valores: por meio deles, é possível investir em um produto complexo de forma simplificada.

Eles funcionam como um condomínio, no qual diversos investidores, ao adquirirem suas cotas, passam a integrá-lo. Os fundos são compostos por diversos ativos financeiros e administrados por um gestor especializado e experiente.  

Para investir em um bom Fundo de Investimento, você não precisa de muito. A partir de R$ 100,00, já é possível começar. Vale lembrar que os investidores pagam uma taxa para a gestão desse fundo, que possui regulamentação da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) e da CVM (Comissão de Valores Imobiliários).

Alguns exemplos são os Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs), que direcionam os recursos captados para o setor imobiliário; os Fundos Multimercados, que possuem uma carteira formada tanto por ativos de renda fixa, quanto por ativos de renda variável; e os Fundos de Ações, que, como o próprio nome já diz, alocam recursos no mercado de ações da B3 – o que quer dizer que sua rentabilidade está atrelada à valorização dos papéis. 

ETFs

Nos últimos anos, os ETFs (Exchange Traded Funds) começaram a ganhar evidência no Brasil. Esses ativos lastreiam índices da Bolsa de Valores, como o Ibovespa, e o Small Cap, por exemplo.

Só no ano passado, foram lançados pelo menos 37 BDRs (Brazilian Depositary Receipts) de ETFs, permitindo ao brasileiro investir em mercados estrangeiros atuando dentro da própria B3.

Cabe ressaltar que os ETFs funcionam de forma semelhante aos Fundos de Investimentos, uma vez que contam com a presença de um gestor dos investimentos. Além disso, são acessíveis e estão sendo cada vez mais procurados por quem está iniciando sua jornada no mundo dos investimentos em renda variável. 

Qual é o melhor tipo de investimento?

Para respondermos a essa pergunta, precisamos modificá-la um pouco: qual é o melhor investimento para você? Como sabemos, não existe um tipo de investimento que seja melhor ou pior do que outro – existe o que melhor se adequa ao seu perfil – seja ele conservador, moderado ou agressivo.

Então, antes de mais nada, conheça seus objetivos, descubra o seu perfil de investidor e organize-se: com um bom planejamento financeiro pessoal, é possível criar uma reserva financeira para começar a investir. Feito isso, é hora de definir onde aplicar o seu dinheiro.

Você pode optar por investir em títulos de renda fixa, que oferecem mais segurança e possuem retorno previsível – ou investir em renda variável, caso prefira ir em busca de melhores rentabilidades, mesmo que isso envolva maiores riscos.

Além disso, você também pode (e deve!) optar pela diversificação do seu portfólio, investindo em diferentes tipos de títulos ou ativos. 

Não existe receita pronta

O que é bom para outra pessoa pode não ser o melhor para você. Se você é conservador, nada de ir se arriscando demais em tipos de investimentos agressivos, pois isso pode te trazer experiências desagradáveis com o mercado!

Por outro lado, se você é mais agressivo, pode se entediar investindo somente em opções conservadoras. Então, lembre-se: não existe investimento bom ou ruim, existe o investimento que é ideal para você. O mundo dos investimentos é cheio de possibilidades e você pode encontrar oportunidades que te trarão ótimos resultados dentro daquilo que você procura.

Outro ponto que merece atenção é a constância: esteja sempre atualizado das últimas notícias do mercado e persista em relação aos seus investimentos! Esse é um dos segredos dos investidores de sucesso.

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