À primeira vista, a Bolsa de Valores pode parecer um bicho de sete cabeças para algumas pessoas. Para outras, um mar de possibilidades para ganhar dinheiro. A verdade é que, conhecendo um pouco mais sobre o seu funcionamento, as chances de ser bem sucedido ao investir são bem maiores – e fique tranquilo, não há por que temê-la.

Com a retomada das atividades econômicas, a B3 vem se tornando um ambiente cada vez mais atrativo e acessível para os investidores, até mesmo para os iniciantes. E não é para menos: investir em renda variável pode fazer o seu patrimônio multiplicar – no entanto, é preciso ter em mente que esse é um tipo de investimento de maior risco.  

Se você pretende começar a investir com o pé direito, continue a leitura. Vamos te ajudar a compreender um pouco mais sobre como funciona a Bolsa de Valores e o mercado de ações.

Como funciona a Bolsa de Valores

Pense no funcionamento de um mercado: vendedores ofertando seus produtos e consumidores comparando preços com o intuito de realizar uma boa compra e obter um bom custo-benefício. Com a Bolsa de Valores, não é diferente. O que muda é que nesse ambiente os produtos comercializados são ações, moedas, commodities – e tudo de forma virtual.

Mas por que B3 (Brasil, Bolsa e Balcão)? A Bolsa de Valores brasileira recebeu esse nome após a fusão, em 2017, da BM&F Bovespa e a Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados – Cetip.

Para investir na B3, o investidor precisa ter uma conta aberta em uma corretora de investimentos, afinal, é por meio dela que ocorrem as negociações entre as partes: Bolsa de Valores, compradores e vendedores. Veja só como ela funciona na prática:

1- Determinada empresa precisa capitalizar recursos para fazer o seu negócio crescer. Para isso, se registra na Bolsa de Valores e disponibiliza ações em troca de dinheiro. A partir daí, passamos a chamar essas empresas de instituições de capital aberto com ações listadas na B3.

2- Surge, então, uma relação de oferta e demanda por esses ativos: empresas oferecem ações em troca de capital e investidores as procuram para comprá-las ou vendê-las entre si de acordo com suas estratégias. Vale lembrar que são as corretoras de investimentos as responsáveis pela intermediação dessas negociações.

3- O investidor que visa vender algum ativo lança uma ordem de venda na corretora em que está cadastrado. A corretora, por sua vez, envia essa ordem para a B3.

4- Outro investidor – que está em busca de comprar aquela ação – envia uma ordem de compra com o preço que considera ideal para adquirir o ativo e, assim como no caso anterior, a B3 é automaticamente informada.

5- Se o valor das ordens de compra e venda coincidirem ao chegar ao sistema da Bolsa de Valores, boa notícia: negócio fechado!

Mercados da Bolsa de Valores

De ações

São os ativos mais comumente negociados entre investidores. Atualmente, existem mais de 350 empresas com ações listadas na B3.

Esses ativos representam a menor fração do capital de uma instituição e quem os adquire se torna sócio daquele negócio. Logo abaixo, falaremos do mercado de ações mais detalhadamente.

Futuro e de opções

Aqui, são negociados ativos – também conhecidos como derivativos, por derivarem do preço de outro – que serão comprados e ou vendidos em uma data futura. Os preços são fixados no momento do acordo e o que basicamente difere o mercado futuro do mercado de opções é que, no primeiro caso, ambas as partes precisam executar o contrato na data firmada pelo preço acordado; no segundo caso, não há essa obrigatoriedade.

Fundos de investimento e Fundos de índices (ETF)

Os fundos imobiliários são exemplos de fundos de investimentos negociados na B3. Nesse caso, vários investidores se juntam para adquirir partes de um empreendimento de natureza imobiliária e quem administra esse grupo de pessoas é um gestor profissional, responsável por repartir os lucros entre os integrantes.

Os ETFs – ou Exchange Traded Funds, por sua vez, têm como referência um índice já existente – que pode ser tanto de renda fixa quanto de renda variável.

Como funciona o pregão da Bolsa de Valores

Também conhecido como pregão, o espaço de tempo em que ocorrem as negociações na Bolsa de Valores é dividido em etapas. Veja só:

Leilões de abertura: das 9:45h às 10h, antes da B3 de fato abrir, são conhecidas as ofertas de compra e venda pretendidas durante aquele dia, com o objetivo de equilibrar e ajustar os preços de acordo com o cenário atual.

Abertura do pregão: é a janela para realização das negociações entre os investidores.  É durante o funcionamento do mercado – que vai das 10h às 16h55, que são feitas as ofertas de compra e venda dos papéis.

Call de fechamento: diferente do leilão de abertura, esse momento é reservado para se determinar o preço do fechamento das ações durante o dia em questão – além disso, durante esse período, entre 16h55 e 17h, só podem ser negociadas ações listadas na B3.

After-market: investidores que não conseguiram negociar seus papéis durante o dia podem utilizar esse período para acessar o mercado de renda variável. No entanto, nesse espaço de tempo, que vai das 17h às 18h, existem algumas restrições: somente ações à vista – e ou que já tiverem sido ofertadas durante o pregão – podem ser negociadas.

Além disso, há um teto para negociações por CPF e os papéis não podem ultrapassar 2% da volatilidade determinada até o fechamento do pregão regular.   

Para conciliar o horário da Bolsa de Valores brasileira com a americana, algumas mudanças no horário de funcionamento podem ocorrer. Desde o dia 3 de novembro, com o fim do horário de verão nos EUA, por exemplo, a B3 eliminou temporariamente o after-market, ampliando o horário de negociações: agora o pregão passa a ocorrer das 10h às 18h.

Funcionamento do mercado de ações

Como é de se esperar, o mercado de ações é um dos mais acessados pelos investidores da Bolsa de Valores.

Ao comprar uma ação – que, como vimos, representa uma fração de uma empresa – o investidor aplica seus recursos naquela instituição para que ela cresça e, em troca, passa a poder lucrar de duas maneiras: com a valorização dos papéis adquiridos, que consiste principalmente em comprá-los por um valor e vendê-los por um preço maior; e a partir da distribuição dos dividendos – lucros da empresa que são repartidos entre seus acionistas.

Agora você já sabe como funciona a Bolsa de Valores, mas precisa entender também que para investir em renda variável é preciso saber lidar bem com os riscos e a volatilidade do mercado. Por isso, saber seu perfil de investidor é muito importante, já que a Bolsa não é muito recomendada para investidores conservadores. Treinar o controle emocional também é fundamental para quem busca tomar decisões mais assertivas.

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