Para investir no mercado financeiro, é necessário estar ciente de que os riscos são inerentes a qualquer tipo de ativo. Seja em renda fixa ou na renda variável, o investidor está sempre sujeito a possíveis perdas.  

No entanto, com um gerenciamento de riscos adequado, é possível minimizar a possibilidade de ter prejuízos e proteger seu patrimônio. Essa estratégia permite ao investidor equilibrar melhor suas decisões e aumentar as chances de alcançar retornos mais consistentes. 

Você quer saber a importância do gerenciamento de riscos ao investir? Continue a leitura, pois nós, da Genial Investimentos, contamos neste post. 

O que significa risco no mercado financeiro? 

O risco faz parte de diversas atividades, tanto no cotidiano quanto no ambiente corporativo e financeiro. Ele pode ser entendido como a probabilidade de que um cenário não saia conforme o planejado, podendo resultar em consequências indesejadas. 

Quando o conceito de risco é aplicado ao mercado financeiro, ele se refere à probabilidade de que um evento ou situação adversa impacte negativamente os resultados dos seus investimentos. Assim, o risco é a chance de você perder parte ou a totalidade do capital investido. 

Esses riscos surgem de fatores que, muitas vezes, podem fugir do controle do investidor, como mudanças econômicas, políticas ou de mercado. Por exemplo, ao investir em ações, há o risco de que o preço desses papéis caia, podendo resultar em prejuízos dependendo da estratégia do investidor. 

Isso não significa que todo investimento com riscos mais altos resultará em prejuízo, mas sim que a chance de isso acontecer é maior. Além disso, é importante ter em mente que existem diversos tipos de riscos, sendo que alguns são mais controláveis do que outros. 

Por isso, é importante entender o potencial de perda ao escolher onde aplicar o seu dinheiro. Uma análise dos riscos envolvidos pode ajudar a tomar decisões mais acertadas e a montar uma carteira de investimentos que equilibre risco e retorno. 

Nesse sentido, vale destacar que a relação entre risco e retorno é direta: quanto maior o risco de um investimento, mais alto é o seu potencial de ganhos. Da mesma forma, investimentos menos arriscados tendem a oferecer rentabilidades mais modestas.  

O que é gerenciamento de riscos? 

Agora que você já sabe o que são riscos nos investimentos, é o momento de entender o que é o gerenciamento deles. Ele é um conjunto de estratégias e medidas voltadas para identificar, reduzir e controlar os fatores que podem resultar em perdas financeiras.  

Essa prática visa proteger o capital investido, garantindo que os investidores estejam preparados para enfrentar incertezas e evitar prejuízos significativos. Mais um ponto a considerar é que ela permite minimizar potenciais perdas e aumentar as chances de sucesso no mercado financeiro. 

Nesse contexto, uma gestão de riscos eficaz envolve tomar decisões financeiras mais conscientes. Ainda, é necessário ter habilidades emocionais para lidar com a volatilidade e as incertezas do mercado. A inteligência emocional é especialmente relevante em operações de renda variável, nas quais os riscos podem ser mais elevados. 

Quais são os tipos de riscos nos investimentos? 

Você viu que existem diversos tipos de riscos nos investimentos, certo? Agora é interessante conhecê-los para fazer escolhas que permitam diminuir o potencial de perdas na carteira. 

A seguir, conheça os principais tipos de riscos no mercado financeiro! 

Risco de mercado 

O risco de mercado é a chance de um investidor ter prejuízos devido a flutuações nos preços dos ativos. Essas variações podem acontecer por diversos motivos — como mudanças nas taxas de juros, alterações no valor das moedas ou movimentações no mercado. 

Esse tipo de risco é especialmente relevante para investimentos em renda variável, como ações e determinados fundos de investimento, que são mais sensíveis às condições do mercado. Derivativos negociados em bolsa também enfrentam um risco nesse aspecto. 

No entanto, o risco de mercado não se limita apenas à renda variável. Mesmo em investimentos de renda fixa pode haver exposição a esse potencial de perda, especialmente quando o investidor decide resgatar o investimento antes do prazo.  

Nessa situação, o preço do título pode ser ajustado de acordo com a cotação de mercado no momento. Com isso, o cenário pode resultar em uma perda financeira caso o preço de venda esteja abaixo da quantia paga na compra. 

Risco de crédito 

O risco de crédito é a chance de que a entidade para quem você emprestou dinheiro, como uma empresa ou uma instituição financeira, não consiga devolver a quantia ou pagar os juros acordados. Ele é comum em investimentos de renda fixa, nos quais você empresta seu capital em troca de juros. 

Se a instituição que emitiu o título passa por dificuldades financeiras, ela pode não conseguir cumprir com a promessa de pagamento. Nesse cenário, você fica sem o retorno esperado, caso a aplicação não tenha garantia. 

Por exemplo, as debêntures são títulos emitidos por empresas, que usam esse instrumento financeiro para captar dinheiro para financiar suas atividades. Elas não contam com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), como os certificados de depósito bancário (CDBs) — apesar de algumas dessas aplicações oferecerem outros tipos de garantias. 

Diante disso, as empresas emissoras de debêntures tendem a oferecer uma rentabilidade mais alta para chamar a atenção dos investidores e conseguir reunir o capital que elas precisam.  

Risco de liquidez 

A liquidez é a facilidade e a velocidade com que um investimento pode ser convertido em dinheiro disponível para uso. Então o risco relacionado a ela se refere à dificuldade de converter um ativo em capital novamente. 

Quando um investimento tem baixa liquidez, pode ser difícil encontrar um comprador rapidamente. Isso costuma forçar o investidor a aceitar um preço menor do que o desejado para conseguir vender o ativo. 

Para entender melhor o conceito, pense no momento de vender um imóvel. Se o negócio precisar ser fechado rapidamente, pode ser necessário baixar o preço para atrair compradores. Desse modo, você corre o risco de não conseguir a quantia total que esperava — inclusive, há riscos de prejuízos.  

Já ativos com alta liquidez, como ações de empresas populares ou títulos do Tesouro Direto, podem ser vendidos rapidamente, pois tende a haver mais compradores dispostos a adquirir esses investimentos. Logo, aumentam as chances de conseguir vendê-los por um preço adequado. 

Risco operacional 

O risco operacional é a possibilidade de perdas financeiras devido a falhas ou problemas internos durante a execução de uma operação financeira. Elas podem acontecer por diversos motivos, como problemas com equipamentos, erros humanos ou uma gestão inadequada dos recursos. 

Alguns exemplos são uma empresa que enfrenta problemas técnicos com seus sistemas de controle ou um funcionário que comete um erro ao gerenciar os ativos. Ambos os cenários podem afetar negativamente o desempenho dos investimentos e causar prejuízos ao investidor.  

Ademais, falhas nos sistemas de negociação, como erros no home broker — a plataforma de negociação na bolsa de valores —, se enquadram nesse tipo de risco. Portanto, o risco operacional envolve qualquer falha interna que impacte o sucesso ou a segurança das operações financeiras. 

Quais são os benefícios do gerenciamento de riscos para investidores? 

Você conheceu os principais tipos de riscos associados aos investimentos. Agora, é o momento de entender os benefícios de saber gerenciar esses fatores que aumentam as chances de perdas no mercado financeiro. 

Veja por que você deve fazer a gestão de riscos ao investir! 

Tomadas de decisões acertadas 

O gerenciamento de riscos melhora a qualidade das decisões de investimento ao permitir a visualização das possíveis ameaças e oportunidades. Com uma compreensão dos riscos envolvidos, os investidores são capazes de avaliar a viabilidade e o potencial de retorno dos seus investimentos.  

Por exemplo, ao considerar um novo ativo, um investidor bem informado pode ponderar os riscos associados à volatilidade do mercado e ao histórico financeiro da empresa. Com isso, ele tende a tomar decisões mais fundamentadas e alinhadas com seus objetivos financeiros.  

Mais um ponto é que o gerenciamento de riscos permite um planejamento mais eficaz. Afinal, ele ajuda os investidores a ajustarem suas expectativas e estratégias conforme necessário, com base na avaliação das ameaças.  

Maior proteção do capital 

Ao identificar e avaliar riscos potenciais, os investidores podem tomar medidas para minimizar a exposição a situações que poderiam resultar em grandes prejuízos. Isso não só ajuda a reduzir as perdas potenciais, mas também contribui para preservar o patrimônio a longo prazo.  

Por exemplo, se um investidor detecta um risco elevado em um setor específico, ele pode ajustar seu portfólio para evitar ou reduzir a exposição a esse nicho. Consequentemente, ele tem mais chances de proteger o seu capital contra flutuações adversas do mercado.  

Maior confiança ao operar no mercado e investir 

Quando os investidores têm um gerenciamento de riscos bem estruturado, eles se sentem mais seguros e menos ansiosos. Essa segurança emocional permite uma abordagem mais racional ao investir, reduzindo o impacto das decisões impulsivas baseadas no medo ou em outros sentimentos.  

Além disso, com um plano adequado para lidar com possíveis problemas e incertezas, os investidores experimentam uma maior tranquilidade. Isso possibilita que eles se concentrem na execução de suas estratégias de investimento, em vez de se preocuparem constantemente com perdas inesperadas. 

Qual é a importância de fazer o gerenciamento de riscos ao investir? 

Após entender os benefícios de ter uma gestão de riscos bem realizada, é preciso ter em mente a importância de aplicar essa prática. Investir sem ela pode levar a uma série de problemas que comprometem a saúde financeira de um investidor.  

Uma das principais complicações é a exposição descontrolada a perdas financeiras. Sem uma análise adequada dos riscos, o investidor pode alocar recursos em ativos altamente voláteis ou em setores instáveis sem estratégia.  

Essas decisões podem gerar perdas caso o mercado se mova contra suas expectativas. Outro fator a considerar é a falta de diversificação na carteira. Sem uma estratégia de gerenciamento de riscos, é comum que investidores concentrem seus investimentos em ativos expostos às mesmas ameaças.  

Essa abordagem tende a aumentar o risco de perdas. A razão é que, se um desses ativos ou setores tiver um desempenho ruim, a maioria do portfólio pode ser negativamente impactada. 

Além disso, a ausência de gerenciamento de riscos pode levar a decisões impulsivas ou emocionais. Sem uma estratégia estruturada, aumentam as chances de os investidores reagirem de maneira exagerada a flutuações de mercado — o que muitas vezes gera perdas.  

A falta de um plano também pode significar que o investidor não tem táticas para lidar com quedas repentinas no mercado. Esse cenário costuma resultar em decisões precipitadas que prejudicam o desempenho de longo prazo da carteira. 

Por fim, investir sem gerenciar riscos pode comprometer os objetivos financeiros do investidor. Sem uma compreensão dos riscos e sem medidas para mitigá-los, a jornada para alcançar as metas tende a se tornar mais incerta. 

Como fazer um bom gerenciamento de riscos? 

Você acompanhou a importância de fazer um bom gerenciamento de riscos ao investir, mas como fazer isso? Para ter uma gestão eficiente do seu patrimônio, é preciso aplicar práticas que ajudam a proteger os seus investimentos.  

Veja o que considerar na sua gestão de riscos! 

Alinhar aportes ao perfil de investidor 

Cada investidor tem um perfil, que pode variar entre conservador, moderado e arrojado, conforme a sua tolerância aos riscos. O primeiro tipo prefere preservar o capital e tende a buscar investimentos de baixo risco, mesmo que isso resulte em um retorno mais modesto. 

O perfil moderado também prioriza a segurança, mas permite assumir um pouco mais de risco à procura de uma rentabilidade melhor. Por fim, o investidor arrojado é aquele que busca melhores retornos, expondo-se a maiores riscos, de forma calculada. 

Alinhar os aportes ao perfil de investidor ajuda a evitar decisões impulsivas, que podem ser motivadas por emoções como medo ou euforia. Desse modo, é possível ter mais clareza e confiança em sua estratégia, o que facilita a manutenção do foco mesmo em momentos de volatilidade. 

Ter uma reserva de emergência 

A reserva de emergência funciona como um colchão financeiro que cobre despesas inesperadas sem que você precise se desfazer dos seus investimentos de longo prazo ou contrair dívidas. Ainda, ter esse montante proporciona tranquilidade emocional.  

Saber que você está preparado para lidar com imprevistos financeiros evita o estresse e a ansiedade que esses eventos podem causar. Com a reserva, você consegue tomar decisões financeiras com mais calma e clareza. 

A reserva de emergência deve ser suficiente para cobrir, pelo menos, 6 meses de suas despesas mensais essenciais. Além disso, é interessante que ela esteja alocada em investimentos com segurança e alta liquidez. 

Alguns exemplos são os títulos do Tesouro Selic ou os CDBs pós-fixado com liquidez diária. Dessa maneira, é possível rentabilizar a quantia da reserva, buscando manter seu poder aquisitivo, enquanto se tem acesso rápido ao dinheiro. 

Informar-se sobre o emissor 

Antes de realizar qualquer investimento, é essencial que você se informe sobre o emissor da alternativa, especialmente sobre seu histórico e solidez financeira. Essa medida pode ajudar a identificar potenciais riscos de crédito e evitar surpresas desagradáveis no futuro. 

Uma forma eficaz de avaliar o risco de crédito é consultar as classificações de risco fornecidas por agências especializadas, como a Standard & Poor’s e a Moody’s. Essas instituições analisam a capacidade do emissor de honrar suas obrigações financeiras e indicam o nível de risco envolvido.  

Investimentos com notas mais altas são considerados mais seguros, enquanto aqueles com classificações mais baixas apresentam maior risco de inadimplência. Ademais, é importante acompanhar as notícias e análises sobre a saúde financeira do emissor.  

O monitoramento inclui observar como a empresa ou instituição está lidando com suas finanças e sua posição no mercado. Acompanhe também os fatores econômicos que possam impactar sua capacidade de pagamento.  

Diversificar os investimentos 

A diversificação de investimentos envolve distribuir seu capital em diferentes tipos de ativos, setores e mercados, em vez de concentrá-lo em aplicações expostas a um único tipo de risco. Assim, o principal objetivo da abordagem é reduzir a exposição ao risco. 

Quando você investe em uma variedade de ativos considerando a correlação entre eles, a probabilidade de todos apresentarem um desempenho negativo ao mesmo tempo é menor. Por exemplo, suponha que você invista todo o seu dinheiro em ações de uma empresa. 

Se esse negócio enfrentar problemas, seu portfólio inteiro pode ser afetado negativamente. Por outro lado, se a sua carteira inclui ações de diversas empresas de setores diferentes, além de títulos de renda fixa, por exemplo, as perdas em uma área podem ser compensadas pelos ganhos em outras. 

Saiba que a diversificação ajuda a suavizar os efeitos das oscilações do mercado. Investimentos em diferentes classes de ativos e até mercados internacionais podem reagir de maneiras distintas a eventos econômicos ou políticos. Essa variedade aumenta as chances de proporcionar mais estabilidade ao portfólio em períodos de volatilidade. 

Definir estratégias específicas de gerenciamento 

O conceito de hedge, termo que significa proteção, refere-se à prática de tomar medidas para reduzir ou neutralizar o impacto de movimentos adversos no mercado sobre determinado ativo. Duas das formas mais comuns de implementar essa estratégia na bolsa de valores são o mercado de opções e os contratos futuros.  

As opções são ferramentas financeiras que garantem ao investidor o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um ativo a um preço previamente estabelecido em uma data futura. Essa característica oferece proteção contra oscilações no preço do ativo subjacente. 

Já os contratos futuros são derivativos que permitem ao operador se posicionar em relação ao preço futuro de um ativo. As operações têm seus resultados conforme os ajustes diários, podendo haver créditos ou débitos na conta do interessado.  

Escolher uma instituição de confiança para investir 

A segurança dos seus recursos, a transparência nas operações e a qualidade do atendimento estão relacionadas à solidez e reputação da corretora de investimentos escolhida. Uma instituição confiável protege o seu capital contra fraudes e práticas abusivas. 

Além disso, ela oferece uma plataforma robusta e eficiente para gerenciar seus investimentos. Nesse contexto, a Genial Investimentos proporciona acesso a uma variedade ampla de alternativas, tanto de renda fixa quanto de renda variável, contribuindo para sua estratégia de diversificação. 

Neste post, você descobriu a importância do gerenciamento de riscos ao investir e como realizar essa gestão adequadamente. Agora, é possível aplicar essas orientações para proteger o seu patrimônio e buscar melhores resultados. 

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Igor Graminhani

Igor Graminhani é analista técnico com mais de 14 anos de experiência. Certificado CNPI-T e credenciado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Pós-graduado em Mercado Financeiro pela Saint Paul. Igor ministra cursos de formação de traders e comanda a Sala ao Vivo da Genial Investimentos, recomendando oportunidades de Day Trade nos minicontratos de índice e dólar futuro e Swing Trade com ações em tempo real.

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