A poupança é vista como “queridinha” dos investidores conservadores que não querem correr riscos. Afinal, ela é assegurada pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), entidade privada sem fins lucrativos, que cobre até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira, caso haja intervenção, liquidação ou falência da instituição. Além disso, a poupança também apresenta vantagens como não incidir Imposto de Renda (IR) nem IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e ter liquidez diária.

Mas se você tem dinheiro sobrando na sua conta corrente, não sabe qual é a melhor opção para investi-lo e deseja que ele renda bem, definitivamente a poupança não é a escolha mais indicada para você. Ainda mais com as sucessivas quedas da taxa de juros nos últimos anos no Brasil (o rendimento desta aplicação está intimamente ligado à taxa de juros Selic). 

Por que a poupança não é uma opção tão boa assim? Se você ainda tem dúvidas se deve ou não investir na poupança, listamos aqui algumas razões para você aposentar de vez essa ideia. Veja a seguir!

1 – A poupança tem baixa rentabilidade

A rentabilidade dos investimentos é um item levado muito a sério pelos investidores. No caso da poupança, ela oscila conforme a taxa Selic (a taxa de juros) e pode ser calculada de duas formas, conforme determinado pelo Banco Central em 2012:

  • se a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será de 0,5% ao mês + a Taxa Referencial (TR), que é calculada pelo Banco Central;
  • se a Selic estiver menor ou igual a 8,5% ao ano, o cálculo da poupança deve ser feito da seguinte maneira: 70% da Selic + TR.

2 – A taxa de juros está em queda

A Selic chegou ao seu menor patamar da história em 2018 e segue assim. Atualmente, o rendimento da poupança está aproximadamente em 4,2% ao ano e 0,34% ao mês. Significa que seu dinheiro não vai render tanto quanto renderia no passado, “nos tempos áureos da poupança”. 

3 – O rendimento perde para a inflação

Com a queda da taxa Selic e a TR zerada, fatores que determinam o rendimento da caderneta a partir de 2012, analistas já garantem que a inflação está maior que a poupança. A previsão para o ano que vêm* é de inflação a 3,57% e de rendimento da poupança em 0,3,15%, com Selic a 4,5%.

4 – O rendimento não é diário

Se você tem dinheiro na poupança, precisa estar atento à data do aniversário, ou seja, o dia em que realizou a aplicação.

O rendimento começa um mês a partir deste da data, que seguirá sempre como a referência. E se resgatar antes de 30 dias, não receberá o rendimento pelo tempo que seu dinheiro ficou investido.

5 – Não é o investimento mais seguro 

Além disso, é preciso deixar de lado a ideia de que a poupança é o único investimento seguro que existe. Essa época já acabou. Atualmente, existem opções mais atrativas para você aplicar seu dinheiro – tanto em renda fixa (títulos do Tesouro Direto) quanto em renda variável (como ações ou fundos de investimento). 

6 – Tem menos incentivo do governo

Outro ponto a se considerar: entre a poupança e os títulos do Tesouro Direto (forma de financiar o governo), é claro que a administração nacional vai incentivar a compra dos títulos do Tesouro Direto.

Podendo, inclusive, alterar as regras como fez em 2012 para as novas aplicações, quando o rendimento passou a ter como referência a Selic em 8,5%, acrescido da TR, como vimos acima. Com a mudança, o ganho da poupança se tornou menor.

Melhores opções de investimento

Se você tem o perfil conservador e gostaria de um investimento com a segurança da poupança, porém com maior rentabilidade, saiba que os títulos do Tesouro Direto são uma excelente opção. O Tesouro Selic, por exemplo, título do governo cuja a rentabilidade está atrelada à Taxa Selic, é um das escolhas mais populares. O Tesouro Selic tem baixa volatilidade, baixo risco, alta liquidez e rendimento acima da poupança, sem contar que você pode começar investindo com menos de R$ 100. 

Outra opção de renda fixa melhor que a poupança são os CDB’s (Certificados de Depósitos Bancários), títulos emitidos pelos bancos e também remunerados pela taxa de juros. Com liquidez diária, também são garantidos pelo FGC. A sua rentabilidade costuma ser perto da Selic e são bem fáceis de se investir.

As Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras de Agronegócio (LCA) também podem entrar no seu radar de escolha. Os rendimentos delas são maiores que a poupança e também há isenção de Imposto de Renda. 

Investimentos de renda variável

Já se a sua tolerância para risco for um pouco maior, você pode escolher investimentos de renda variável. É o caso das ações, dos fundos de investimentos, dos contratos futuros, do mercado de opções, dos ETFs (Exchange Traded Fund, fundo de ações que têm como base um índice da Bolsa de Valores), commodities e mercado de câmbio futuro.

Tudo vai depender do seu perfil de investimento e qual opção melhor se adéqua a ele. Não se esqueça de estudar bastante o mercado e contar com ajuda especializada, pois assim você minimiza os riscos de perder dinheiro. 

Quer conhecer outras opções de investimentos?

Se você chegou à conclusão de que a poupança não é mesmo um bom investimento, mas ainda tem dúvidas de onde investir seu dinheiro, é importante saber que não é preciso fazer esse processo sozinho. O mercado conta com diversas ferramentas para te auxiliar a investir.

A Vexter é uma rede social 100% focada em investimentos. Além disso, é possível usar o simulador de investimentos, no qual se pratica em um ambiente muito próximo da Bolsa, sem precisar investir o seu dinheiro de verdade. Faça seu cadastro e interaja com outros investidores, tire dúvidas com especialistas e acompanhe as salas de trade ao vivo!

*Boletim Focus de 25/11/2019, divulgado pelo Banco Central.

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