A B3 (a bolsa de valores brasileira) é um ambiente repleto de oportunidades para quem deseja investir em ações. Para facilitar a vida do investidor, ela faz uma classificação setorial de todas as empresas que estão listadas nesse ambiente, permitindo que sejam realizadas análises e comparações. 

Um dos setores mais procurados na bolsa é o de energia, composto por empresas que atuam na geração, transmissão e distribuição de eletricidade. Afinal, ele é considerado um setor defensivo, por se tratar de um serviço essencial para a população, indústrias e comércios. 

Quer aprender mais sobre esse setor e conferir quais são as principais empresas de energia da bolsa de valores? Então acompanhe este artigo até o fim e veja se vale a pena investir nessas companhias.  

Energia: quais são as principais características desse setor? 

O primeiro passo para quem pretende investir no setor de energia é avaliar as suas principais características. Em um mundo cada vez mais globalizado e repleto de tecnologias, é bastante difícil imaginar uma vida sem a utilização da energia elétrica, não é mesmo? 

Usada nos mais variados dispositivos eletrônicos, eletrodomésticos, maquinários leves e pesados, veículos e outros itens, pode-se afirmar que a energia elétrica é um produto essencial para a manutenção da sociedade. 

Portanto, independentemente dos rumos da economia, do surgimento de crises ou dos altos e baixos do mercado, a demanda por energia é constante. Por conta disso, o setor elétrico é considerado um dos segmentos mais seguros e relevantes para o país. 

Segundo os dados do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), em 2023, o Brasil contava com 183 mil megawatts de potência fiscalizada. Ademais, a matriz energética do país era predominantemente hidrelétrica, sendo responsável por cerca de 60% da produção. 

Outras fontes de energia limpa também são observadas no território nacional, como a energia eólica (13%), gás natural (9,1%), biomassa (8,4%) e solar (3,9%). Portanto, o Brasil é um dos países que apresenta a matriz energética menos poluente entre as grandes economias mundiais. 

Isso faz do país um modelo para o mundo, especialmente quando se busca formas para reduzir os prejuízos causados pela emissão de gases do efeito estufa. Desse modo, o setor energético brasileiro tem grandes chances de se tornar referência e atrair investimentos estrangeiros. 

Se você tem o interesse em aproveitar essas oportunidades, precisará aprender os segmentos das empresas que atuam no setor elétrico nacional. Confira abaixo! 

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Geração de energia 

Como o próprio nome indica, as empresas que atuam com a geração de energia elétrica são responsáveis pela sua produção. Isso pode ser feito por meio de usinas hidrelétricas, termelétricas, nucleares, eólicas, solares, de biomassa etc. 

Transmissão de energia 

Além da produção, existem empresas que focam na transmissão desse insumo entre a geradora e a distribuidora de energia. Portanto, elas são responsáveis pela construção e manutenção de linhas de transmissão, a fim de garantir que a energia seja conduzida de maneira estável e segura. 

Distribuição de energia 

As distribuidoras de energia elétrica são responsáveis por receber, tratar e levar a energia para o consumidor final — seja uma casa, prédio, indústria, comércio, entre outros. Logo, elas instalam postes, transformadores e centrais de distribuição na sua região de atuação. 

Comercialização de energia 

No mercado também é possível encontrar empresas que comercializam a energia elétrica. Em 1998, o mercado de energia foi dividido em dois principais ambientes: o ACR (ambiente de contratação regulada) e o ACL (ambiente de contratação livre). 

O primeiro é o mercado convencional (mercado cativo), onde as regras e preços são definidos pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Já o segundo (mercado livre) é um ambiente onde os participantes podem definir os preços e as regras para a compra da energia. 

Diante da maior liberdade contratual existente no mercado livre de energia, algumas empresas se especializaram na intermediação desse tipo de negociação. É o caso da Genial Energy, por exemplo, com mais de 120 anos de experiência de atuação no setor elétrico. 

Quais são as perspectivas para o setor de energia elétrica? 

Como você notou, o setor de energia elétrica é bastante relevante para a economia do país. Afinal, ele disponibiliza o insumo que viabiliza a produção de diversos outros produtos. Logo, esse é um setor que recebe constantes investimentos, principalmente para acompanhar o crescimento da demanda por energia. 

Conforme estudo do Observatório de Mercados de Energia Mundial, é esperado que, até 2040, o Brasil registre um crescimento de 60% no consumo de energia. Em contrapartida, estima-se que sejam investidos cerca de R$ 365 bilhões no setor de energia elétrica no período. 

Isso revela um enorme potencial de investimento, em especial para aqueles que buscam oportunidades de longo prazo. No entanto, por se tratar de um investimento de renda variável, a realização de resultados positivos não é garantida. 

Nesse sentido, para diminuir os riscos do investimento no setor, vale contar com estratégias como a diversificação. Ela consiste na realização de investimentos em mais de uma opção, segmento e até mercado. 

A estratégia evita que o seu capital esteja sujeito a somente um tipo de risco. Porém, isso não significa que você deve pulverizar o seu patrimônio. Na verdade, é preciso escolher ativos que possam apresentar resultados diferentes, mesmo que diante de um mesmo cenário de mercado. 

Quais são as principais empresas de energia na bolsa de valores? 

Depois de ter conferido as características e perspectivas do setor de energia elétrica, é possível que você queira saber quais são as principais empresas de energia da B3. Em março de 2023, a bolsa contava com mais de 50 companhias do setor elétrico listadas em seu ambiente. 

Para identificar as principais, basta verificar quais estão presentes no chamado IEE (Índice de Energia Elétrica). Esse é um indicador de mercado que mede o desempenho médio das ações do setor de energia elétrica com maior representatividade no mercado brasileiro. 

No mesmo período mencionado, o índice era composto por ações de 18 organizações, sendo elas: 

  • AES Brasil (AESB3); 
  • Alupar (ALUP11); 
  • Auren (AURE3); 
  • Cemig (CMIG4); 
  • Coelce (COCE5); 
  • Copel (CPLE6); 
  • CPFL Energia (CPFE3); 
  • Eletrobras (ELET3); 
  • EDP Brasil (ENBR3); 
  • Energisa (ENGI11); 
  • Eneva (ENEV3); 
  • Engie Brasil Energia (EGIE3); 
  • Equatorial (EQTL3); 
  • Light S/A (LIGT3); 
  • Neoenergia (NEOE3); 
  • Omega Energia (MEGA3); 
  • Taesa (TAEE11); 
  • Trans Paulista (TRPL4). 
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AES Brasil 

A AES Brasil é uma companhia que atua desde 1997 com a geração de energia elétrica no país. Trata-se de uma subsidiária da AES Corporation, uma das maiores empresas de energia dos Estados Unidos. 

A companhia possui um parque composto por 9 usinas hidrelétricas nas regiões central e noroeste de São Paulo, além de 3 PCHs (pequenas centrais hidrelétricas) em Minas Gerais. As suas ações ordinárias (ações ON) são negociadas sob o ticker AESB3 na B3. 

Cemig 

Cemig é a abreviação para Companhia Energética de Minas Gerais. Trata-se de uma estatal brasileira focada na produção e distribuição de energia elétrica, fundada em 1952. Atualmente, ela é uma das maiores companhias de energia do país, atuando em mais de 20 estados brasileiros. 

Os seus ativos podem ser encontrados no mercado brasileiro, sob os tickers CMIG3 (ações ON) e CMIG4 (ações PN — preferenciais). Também podem ser adquiridas nas bolsas de valores de Nova Iorque (NYSE) e de Madri (Latibex). 

Copel 

Fundada em 1954, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) é uma empresa estatal de economia mista. O seu acionista majoritário é o Governo do Estado do Paraná. A companhia atua com a geração, transmissão e distribuição, além de promover investimentos no setor de energia. 

A sua abertura de capital se deu no ano de 1994, possuindo ações ordinárias (CPLE3), preferenciais do tipo A (CPLE5), preferenciais do tipo B (CPLE6) e units (CPLE11). Além disso, é possível investir na companhia nas bolsas estrangeiras NYSE e Latibex. 

EDP Brasil 

Também chamada de EDP – Energias do Brasil S/A, a EDP Brasil é uma holding brasileira do setor elétrico. A sua atuação se dá em 11 estados brasileiros com a geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica. 

O início de suas operações se deu em 1996, com a aquisição de uma participação minoritária na CERJ (atual Enel). Desde então, a companhia adquiriu e absorveu diversas empresas de energia, tornando-se um dos maiores grupos do setor. As suas ações são negociadas sob o ticker ENBR3. 

Engie Brasil Energia 

A Engie Brasil Energia é uma das maiores companhias privadas em atuação no setor de energia elétrica. Controlada por um grupo franco-belga, ela passou a operar no país em 1998, atuando com a geração e transmissão de energia. 

Grande parte da sua produção provém de fontes limpas e renováveis, como: hidrelétricas, usinas de biomassa, parques eólicos e solares e PCHs. As ações ordinárias da companhia estão disponíveis na B3 sob o código EGIE3. 

Eletrobras 

Criada em 1962 como uma estatal, a Eletrobrás (Centrais Elétricas Brasileiras) é uma das principais responsáveis pela geração de energia elétrica no país. Com o início das privatizações em 1990, muitas das atribuições foram repassadas para agências reguladoras, como a Aneel e ONS. 

No entanto, a sua efetiva privatização somente se deu no ano de 2022, quando foi vendida por cerca de R$ 100 bilhões. Com isso, a companhia deixou de ser controlada pelo Governo Federal e suas ações podem ser adquiridas pelos tickers ELET3 (ON), ELET5 (PNA) e ELET6 (PNB). 

Taesa 

A Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) também figura entre uma das maiores companhias do setor elétrico brasileiro. As suas operações iniciaram nos anos 2000, após vencer um leilão realizado pela Aneel, composto por instalações de transmissão de energia. 

Atualmente, ela possui mais de 11 mil quilômetros de linhas de transmissão em operação, atuando em todas as regiões do Brasil. A abertura de capital na B3 se deu em 2006 e a Taesa possui ações ON (TAEE3), PN (TAEE4) e units (TAEE11). 

Por que investir em ações do setor de energia elétrica?  

Após conhecer as principais empresas do setor de energia, você pode querer saber por que investir nelas.  

Além de ser um produto essencial para a sociedade e para a economia do país, muitos investidores optam pelo investimento em ações de companhias do setor de energia pelos seguintes motivos: 

Previsibilidade de receitas 

Normalmente, as empresas de energia trabalham com contratos de concessão de longo prazo. Isso permite ter uma noção sobre as receitas dessas companhias por muitos anos. 

Baixa concorrência 

Como muitas dessas empresas já atuam por décadas na mesma região, esse fato dificulta a entrada de novos concorrentes no mercado. Afinal, um novo participante enfrentaria muitos desafios para se tornar competitivo, tendo que arcar com os custos de construir ou utilizar uma rede de outra companhia. 

Pagamento de dividendos 

Por terem receitas previsíveis e já estarem instaladas há anos, essas companhias não precisam fazer investimentos acentuados na sua expansão. Logo, é comum que empresas do setor de energia distribuam dividendos com maior recorrência. 

Estabilidade de preços 

A alta demanda por papéis de empresas do setor de energia contribui para a estabilidade dos preços. Contudo, quando se fala em ações, é preciso ter em mente que não há garantias de resultados positivos. 

O que analisar antes de investir em empresas do setor de energia? 

A pessoa que pretende investir no setor de energia precisa ficar atenta a questões comuns para esse mercado. O primeiro ponto é saber que o investimento em ações oferece riscos que não podem ser negligenciados. 

As ações integram a classe da renda variável e, portanto, os seus resultados são imprevisíveis. Isso significa que você pode ganhar ou perder o capital investido. Afinal, a precificação de um papel é feita com base na lei da oferta e demanda. 

Nesse sentido, quanto mais interessados estiverem em busca de uma determinada ação, maior tende a ficar o seu preço. No cenário oposto, o aumento das intenções de venda do papel contribuirá para que o seu preço diminua. 

Logo, a depender do preço que você comprou as suas ações, você poderá realizar lucros caso aconteça a sua valorização ou prejuízos se elas desvalorizarem. Dessa forma, antes de investir, é pertinente avaliar o seu perfil de investidor, objetivos financeiros e os fundamentos da companhia. 

Confira mais a respeito desses critérios! 

Perfil de investidor 

Descobrir o seu perfil de investidor é um requisito essencial para investir em ações. Isso porque ele revelará se o seu apetite aos riscos é compatível com o oferecido pelo investimento em ações. Vale dizer que nem todos os investidores aceitam correr o risco de perder dinheiro ao investir. 

No mercado, é possível encontrar 3 principais tipos de perfis. São eles: 

  • conservador: é o participante que tem aversão aos riscos, preferindo investimentos seguros, ainda que menos rentáveis; 
  • moderado: trata-se da pessoa que aceita correr mais risco em busca de uma rentabilidade maior, sem deixar de lado a segurança; 
  • arrojado: diz respeito ao investidor com maior abertura a correr riscos. Ele costuma buscar por maior rentabilidade, mesmo que isso possa resultar em perdas patrimoniais. 

É comum que o investimento em ações seja realizado pelo investidor com perfil moderado ou arrojado. Ainda assim, um investidor com perfil conservador não pode se interessar pela possibilidade. 

Por exemplo, para não correr grandes riscos, quem tem um perfil conservador poderá expor uma pequena quantidade do seu capital às ações. Assim, caso o investimento realizado não apresente o resultado esperado, a maior parte do seu patrimônio estará protegido em alternativas seguras. 

O mesmo pode ser dito em relação ao investidor com perfil arrojado, que não precisa colocar todo o seu patrimônio em risco. Na verdade, ele poderá alocar parte do seu capital em investimentos seguros, permitindo que outra parte seja alocada em risco, em busca dos maiores resultados. 

Objetivos financeiros 

Ter os objetivos financeiros definidos é um ponto bastante importante para quem deseja investir em ações. Eles ajudarão a tomar decisões com maior propriedade e que estejam alinhadas às suas necessidades. 

Por exemplo, se você tem o interesse em obter renda passiva, é comum buscar ações de empresas que pagam dividendos. Agora, se o seu foco é o ganho financeiro com a valorização dos papéis em curto prazo, pode ser interessante buscar por ativos com potencial de crescimento. 

Nesse contexto, pode ser o caso de procurar por companhias mais novas ou que abriram o capital recentemente. Normalmente, as ações de empresas maiores e já consolidadas são menos voláteis, além de possuírem alta liquidez. 

Por outro lado, ativos de organizações menores e recém lançadasrecém-lançadas costumam contar com grande variação de preços e uma menor quantidade de participantes negociando-as. Desse modo, seu preço tem maior facilidade de aumentar ou diminuir repentinamente, gerando lucros ou prejuízos. 

Sabendo os objetivos que você quer atingir, fica mais fácil selecionar e analisar os ativos que mais se aproximam deles. Então a tendência é que você consiga tomar decisões acertadas, o que tende a aumentar as suas chances de ter êxito no mercado. 

Análise fundamentalista 

Quando o assunto é o investimento em ações, não há como deixar de falar na análise fundamentalista. Trata-se de uma metodologia que permite ao investidor se aprofundar nos fundamentos de uma empresa para verificar se o investimento nela faz sentido. 

Por meio da conferência de indicadores fundamentalistas, você saberá mais sobre a saúde financeira da empresa, a qualidade de sua gestão, a sua política de distribuição de dividendos, entre outros pontos relevantes.  

Desse modo, é possível mensurar se o atual preço da ação condiz com o valor que a companhia representa. No mercado, vale destacar que preço e valor possuem significados diferentes.  

Enquanto o primeiro representa o montante financeiro necessário para comprar o papel, o segundo diz respeito aos benefícios que podem ser obtidos ao investir nele. 

A análise fundamentalista também pode ser usada para fazer comparações de duas ou mais empresas do mesmo setor. Com esse processo, você saberá qual delas apresentou o melhor desempenho em períodos pontuais, assim como aquela que pode ter maiores resultados no futuro. 

Dificilmente você investirá em um negócio com poucas chances de apresentar resultados ou que aparenta estar próximo à falência, não é mesmo? Então não deixe de se valer da análise fundamentalista no momento de escolher uma ação para o seu portfólio. 

Afinal, vale a pena investir em empresas do setor de energia da bolsa? 

Sabendo o que deve ser observado antes de investir em ações, talvez você esteja se perguntando se vale a pena investir em empresas do setor de energia. No entanto, a resposta não será a mesma para todos os investidores. 

Como você aprendeu, cada investidor possui um perfil, além de objetivos financeiros distintos. Dessa maneira, o investimento em empresas do setor de energia da bolsa nem sempre será a escolha mais apropriada, considerando esses fatores. 

Quem tem o receio de visualizar a diminuição do seu capital em um momento de baixa no mercado, pode não se sentir confortável investindo em ações. Nesse caso, a busca por alternativas com maior nível de segurança e previsibilidade — como na renda fixa — pode fazer mais sentido. 

Por outro lado, aquele que aceita tomar riscos e está ciente da possibilidade de ter perdas financeiras, pode encontrar oportunidades de rentabilidade maiores que as oferecidas em outros investimentos. 

Ademais, o setor de energia da bolsa é considerado defensivo, como você viu. Logo, ele não costuma depender das nuances do mercado para apresentar bons resultados, podendo ser interessante para quem tem abertura aos seus riscos. 

Diante disso, a decisão de investir deve ser tomada pelo próprio investidor ao avaliar o seu perfil, objetivos e fazer a análise fundamentalista da empresa. Se, após realizar essa verificação, você entender que o investimento faz sentido, você precisará do suporte de uma corretora de valores de sua confiança, a exemplo da Genial Investimentos.  

Com ela, você terá acesso às melhores plataformas do mercado e o suporte gratuito de um assessor de investimentos. Ele poderá apresentar as alternativas mais adequadas, considerando o seu perfil e objetivos. 

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Genial Energy

Somos a área de energia da Genial, fornecemos os serviços de Comercialização e Consultoria Energética especializada em Mercado Livre de Energia com objetivo de reduzir o custo de energia para consumidores finais.

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