Incertezas fazem parte da vida de todo mundo e, se a gente parar para pensar, toda e qualquer ação, por mais rotineira que seja, carrega algum tipo de risco. Com os investimentos, não seria diferente e é por isso que devemos falar sobre as técnicas de gestão de riscos.

Um ponto que precisamos considerar é: no mercado financeiro, risco e rentabilidade geralmente são proporcionais. Por isso, não é novidade que os retornos oferecidos na Bolsa de Valores possam ser bem superiores se comparados a outros investimentos considerados mais seguros, como os de renda fixa, por exemplo.

Isso significa que os riscos não precisam ser encarados de maneira negativa. Até porque existem técnicas de gestão de riscos que podem contribuir para tornar sua experiência no mercado financeiro ainda melhor.

Quer conhecer algumas? Continue a leitura e veja como a gestão de riscos pode contribuir de maneira positiva para sua jornada como investidor da Bolsa de Valores!

Entenda os riscos de investir na Bolsa de Valores

De fato, tudo nessa vida carrega algum tipo de risco. Mas e quando o assunto é o seu dinheiro, o que você sabe a respeito?

Antes de falarmos sobre gestão de riscos, é importante entendermos como os investimentos podem ser afetados. Por si só, a Bolsa de Valores possui mais riscos do que outros investimentos, como os de renda fixa – mas, para quem está em busca de uma boa rentabilidade a médio e longo prazo, ela pode ser uma ótima alternativa.

Abaixo, listamos 4 dos principais riscos aos quais você está exposto ao investir em renda variável. Entenda:

1. Risco de liquidez

Quando falamos em liquidez, estamos nos referindo ao prazo necessário para que dado ativo se transforme em dinheiro. Quanto maior ele for, menor é a sua liquidez – e vice-versa. Ao investir em imóveis, por exemplo, o investidor pode encontrar mais dificuldades para vender esse tipo de ativo do que se estiver investindo em renda fixa (que pode possuir liquidez diária).

Isso acontece, no geral, quando há poucas pessoas querendo comprar um papel e muitas querendo vendê-lo.

2. Risco de mercado

É a possibilidade de um ativo se desvalorizar e perder valor de mercado. Como os investimentos em renda variável flutuam bastante – e dependem de como anda o cenário econômico interno e externo – pode acontecer do mercado entrar em ritmo de desaquecimento, como vimos durante a pandemia do coronavírus ao longo de 2020.

Esse é um cenário difícil de prever e um risco ao qual qualquer investidor está sujeito.

3. Risco da empresa ou do ativo

Quando uma empresa que possui ações na Bolsa de Valores está tendo problemas de qualquer natureza, há o risco de seus papéis se desvalorizarem. Vale lembrar que esse tipo de risco está diretamente relacionado à saúde financeira da empresa na qual você está investindo e à tendência de mercado do segmento na qual ela está inserida. Quem opta por investir uma parte de seu patrimônio na Petrobrás, por exemplo, está suscetível às variações no preço do petróleo.

Para diluir os riscos dos ativos, a melhor opção é diversificar os segmentos empresariais nos quais você investirá. 

4. Risco da corretora

Diz respeito à possibilidade de falência da corretora de investimentos escolhida pelo investidor. Isso reforça a importância de se analisar cuidadosamente as instituições e optar por uma empresa sólida e de confiança na hora de abrir a sua conta para começar a investir.

Como estamos vendo, riscos são uma realidade no ambiente da Bolsa de Valores, no entanto, existem estratégias e técnicas que ajudam a minimizá-los para que você alcance excelentes resultados. Nos próximos tópicos, você conhecerá algumas delas.

O que é gestão de riscos

Nenhum investidor, por mais experiente que seja, consegue prever todos os cenários possíveis e obter garantia de sucesso em suas operações. Vale lembrar que, na Bolsa de Valores, temos como reduzir e diluir riscos – e não eliminá-los por completo.

Mas, claro: é possível, sim, mapear e estabelecer estratégias de gerenciamento de riscos para otimizar seus investimentos e minimizar perdas. Para isso, antes de mais nada, é muito importante conhecer o seu perfil de investidor, seus objetivos, o tempo que dispõe para alcançá-los e, o mais importante: o seu grau de tolerância às incertezas do mercado.

Ao fazer corretamente essa gestão, o investidor consegue se organizar para contornar melhor as oscilações das finanças. Na Bolsa de Valores, é possível também utilizar alguns mecanismos de controle, como o Objetivo e o Stop Loss – por meio do qual você determina, em seu Home Broker, um limite de perda para as suas operações.  

Por que fazer a gestão de riscos ao investir

Você já sabe: gerindo os riscos, você otimiza seus ganhos e evita prejuízos que podem parecer não ter fim. Mas a gente não pode deixar de fora dessa história um outro ponto igualmente importante: o controle emocional.

Disciplina e gestão de riscos caminham juntas e, por mais que não pareça, são desconsideradas, na prática, por muitos investidores. Esse é o principal motivo que leva as pessoas às grandes perdas na Bolsa de Valores.

Por isso, estude, conheça o mercado e acompanhe suas movimentações. Assim, você se antecipa aos eventos e cenários diversos e aprende a agir diante das mudanças. Mas vale lembrar que a antecipação se trata de fazer uma boa leitura do mercado e agir com o pé no chão – e não de tomar decisões precipitadas.

Ao aliar conhecimento técnico, experiência e controle emocional, você tem uma fórmula de sucesso para investir na Bolsa de Valores. Isso te trará mais tranquilidade e confiança ao negociar e tomar decisões – e contribuirá para a sustentabilidade dos seus investimentos, principalmente a médio e longo prazo.

Técnicas para fazer uma boa gestão de riscos passo a passo

Não é nenhum segredo que uma boa gestão de riscos é muito importante. Mas como ela pode ser feita? Para te ajudar nessa tarefa, separamos 6 técnicas para montar uma estratégia de gestão de riscos de sucesso:

Identifique os riscos

Utilizando uma relação de risco x retorno saudável, o investidor consegue ter resultados consistentes em suas operações na Bolsa de Valores. Para isso, você pode lançar mão de ferramentas como o Stop Loss e Objetivo, que te ajudam a limitar suas perdas e a manter o controle dos seus ganhos, como falamos anteriormente.

Lembre-se que, para obter bons resultados, o investidor precisa ganhar mais vezes do que perder. Além disso, é preciso fazer operações com boa rentabilidade para compensar eventuais prejuízos que podem acontecer durante a jornada de investimentos.

Conheça seu perfil de investidor

Pessoas não são iguais, muito menos suas características e objetivos. É por isso que existem diferentes perfis de tolerância a riscos quando estamos falando de investimentos. Veja só:

Perfil conservador: quem se enquadra nesse perfil, preza pela segurança de seus investimentos e, por isso, tende a escolher os títulos de renda fixa para investir – que têm como principal característica riscos mais baixos. São investidores que preferem contar com uma menor rentabilidade em prol de mais estabilidade.

Perfil moderado: quem possui perfil moderado prioriza o meio-termo: nem muito risco, nem pouca rentabilidade. São investidores que aplicam uma pequena parcela de seus recursos na Bolsa de Valores (geralmente em empresas mais tradicionais e sólidas) e, a maior parte, em títulos de renda fixa.

Perfil arrojado: investidores arrojados, ou agressivos, fazem parte do grupo de pessoas que optam por correr mais riscos em busca de maiores retornos.

Essas pessoas visam obter resultados a médio e longo prazo, por isso, não fazem questão de ativos que possuem alta liquidez. É o perfil que investe de forma mais dinâmica e frequente na Bolsa de Valores

Trace estratégias para a gestão de riscos

Diversifique sua carteira: aquela máxima de não colocar todos os ovos na mesma cesta também vale para o mercado financeiro, mais especificamente quando falamos em técnicas de gestão de riscos. A diversificação de carteira diz respeito à estratégia de investir em ativos de diferentes setores e distribuir o seu dinheiro entre as operações, de forma que seus resultados não dependam somente da oscilação de determinado ativo.

Considere a modalidade da operação: o tipo de operação tem grande influência sobre o volume de dinheiro investido. As operações de longo prazo (buy & hold), por exemplo, não devem ter o mesmo volume de capital investido que as operações day trade, de alto risco.

Afinal, o nível de risco dessas operações é muito diferente; o que, consequentemente, expõe o investidor à maior volatilidade do mercado. Por isso, sempre considere a modalidade da operação para decidir quanto dinheiro investir.

Acompanhe o mercado

Um investidor estratégico utiliza os meios de comunicação para ficar de olho na divulgação de informações que possam afetar suas operações. Acompanhar as notícias, a agenda econômica e informações pertinentes ao(s) setores) da(s) empresa(s) na(s) qual(is) está pensando em investir, é de extrema importância.

Acompanhe o mercado e mantenha-se sempre informado para fazer boas escolhas na hora de comprar e ou vender ativos.

Busque conhecimento técnico

Estudar o mercado é fundamental. O conhecimento técnico pode tornar sua rotina de investimentos mais simples e contribuir para que você tenha resultados melhores.

Por isso, mantenha-se sempre atualizado, busque informações, pesquise sobre conceitos novos, faça cursos, vá a eventos, assista vídeos e leia conteúdo na internet. Mas lembre-se de consumir conteúdos apenas de fontes seguras e confiáveis.

Parta para a prática!

Investir na Bolsa de Valores pode parecer arriscado num primeiro momento, mas isso não quer dizer que é preciso ter medo desse mercado. O segredo é: conheça os riscos aos quais você pode estar exposto, aprenda a gerenciá-los e pratique! Com boas estratégias, é possível obter excelentes resultados – principalmente a médio e longo prazo.

Conhecer o mercado, dominar as técnicas de investimento e gestão de riscos é super importante, mas para você se tornar um investidor de sucesso, precisará ganhar experiência. Comece a investir com pouco, monte uma carteira diversificada e trabalhe o controle emocional. Perdas são normais – e não é porque um ativo está em tendência de baixa hoje que, nos próximos dias ou meses, não retomará o seu crescimento.

Por isso, tenha paciência, disciplina e persistência! Assim, você aprenderá a tomar decisões cada vez mais acertadas e as chances de sucesso aumentarão proporcionalmente. Que tal começar a colocar essas dicas em prática hoje mesmo? Se esse conteúdo foi útil para você, deixe um comentário para a gente ao final da página!

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