Quem pensa que a Bolsa de Valores se resume apenas a ações, se engana. A B3 é composta por diversos mercados, dentre eles o Mercado Futuro, Mercado de Derivativos, Mercado de Opções, Mercado a Termo, e Mercado de Swap.

Os derivativos são investimentos que possuem seu rendimento derivado de outros ativos e, quando negociados, podem servir como instrumento de proteção para investidores ou empresas. Ao mesmo tempo, são utilizados também para alavancar operações. 

Continue a leitura para ficar por dentro das possibilidades que o Mercado de Derivativos tem a oferecer!

O que são os derivativos?

Derivativos são contratos que derivam do preço, índice ou mesmo taxa de outros ativos. Eles podem ser de duas naturezas: financeiros (como o dólar e as ações) e físicos (como o café, o ouro e a soja), e funcionam a partir da negociação entre partes. 

Os tipos mais comuns de derivativos estão dentro do Mercado de Opções, Mercado a Termo, Mercado Futuro e Mercado de Swap.

Veja só: ao negociar um ativo no Mercado Futuro, o investidor não está operando diretamente a mercadoria, mas sim um contrato com base no valor atual de mercado daquele derivativo em questão. É daí que surge o termo derivativo, pois os valores negociados provêm de outro instrumento financeiro. 

Esses contratos servem como um tipo de proteção ao investidor, principalmente quando se trata de ativos que sofrem muitas oscilações no mercado. Essa estratégia é conhecida como hedge. 

Mas não é só isso: os derivativos também funcionam como ferramenta de especulação, uma vez que trazem ao investidor a possibilidade de lucrar a partir da negociação entre o preço do contrato e o preço do ativo à vista. 

Motivos para operar no Mercado de Derivativos

Os derivativos são operados pelos investidores com diversas finalidades. Confira as principais:

Proteção

Como falamos anteriormente, um derivativo pode funcionar como um tipo de proteção para um ativo financeiro ou físico em um momento futuro. 

Por meio dos contratos, os investidores têm a possibilidade de fixar um preço, no presente, para um ativo que sofre muita oscilação no mercado. 

Traders que utilizam essa estratégia de hedge estão mais focados em minimizar possíveis perdas com as operações do que em lucrar diretamente.

Para ilustrar, imagine uma empresa brasileira que possui dívidas em dólar. Sabemos que o câmbio, por natureza, sofre muitas variações. 

Para evitar surpresas e um maior endividamento em decorrência de uma valorização da moeda estrangeira, a instituição opta por comprar um derivativo do dólar – no qual o preço do ativo já está fixado no momento de negociação do contrato – garantindo assim uma maior previsibilidade.

Especulação

Aqui, o investidor tem um outro objetivo – se arriscar mais com a intenção de lucrar por meio das diferenças no valor de compra e venda dos contratos no mercado de derivativos. 

Geralmente, o trader que opera por meio da especulação atua no Day Trade, negociando contratos ao longo do pregão. 

Arbitragem

Os arbitradores operam observando o preço dos ativos em diferentes mercados, não apenas dentro do mercado de derivativos. 

Ao adotarem a estratégia de comparar o preço de um mesmo produto em diferentes mercados, esses investidores contam com a possibilidade de lucrar comprando um ativo por um preço mais baixo em um para, em seguida, vendê-lo por um preço maior em outro. 

Os ganhos por meio desse tipo de operação provêm, principalmente, do volume de negociações – não necessariamente do preço obtido após a compra e venda dos ativos ou derivativos.

Quais são os principais tipos de operações com derivativos? 

Mercado de Opções

Nesse tipo de contrato, o investidor compra ou vende um ativo por um preço fixo em uma data futura acordada. 

Quem compra (titular) paga um valor – chamado de prêmio – a quem vendeu (lançador), e pode optar por cumprir ou não com o contrato de compra ou venda. 

Já o lançador não possui essa opção: caso o comprador queira adquirir o(s) ativo(s) pelo preço acordado, o vendedor tem a obrigação de realizar a operação. 

Mercado a Termo

Nesse caso, todas as variáveis são definidas no momento de compra do contrato: preço, quantidade e data de liquidação do ativo. 

O Mercado a Termo é um tipo de derivativo bastante tradicional e pode ser negociado dentro da Bolsa de Valores ou fora dela, no Mercado de Balcão.  

Mercado Futuro

Apesar de bastante parecido com o Mercado a Termo, esse tipo de derivativo só pode ser negociado na Bolsa de Valores. 

A principal diferença está no fato de que, aqui, o ajuste diário – ou o preço de referência do contrato – é feito diariamente, seguindo as tendências do mercado. 

Essa característica do Mercado Futuro também serve como um tipo de proteção aos investidores.  

Mercado de Swap

Ao operar esse tipo de derivativo, os investidores estão negociando a rentabilidade futura de dois ativos, por meio da troca de fluxo de caixa entre eles. Com isso, visam potencializar a previsibilidade, atenuando riscos da operação. 

Um exemplo de contrato de swap é a troca da rentabilidade Selic de um ativo pela oscilação no preço do dólar.

Vantagens e desvantagens do mercado de derivativos

Operado principalmente por empresas, o Mercado de Derivativos também pode ser vantajoso para investidores que optam por se resguardar das oscilações dos preços de alguns tipos de ativos, entre eles commodities e moedas. 

Além disso, pode ser interessante para quem pretende assumir mais riscos em busca de uma maior rentabilidade, ainda que não disponha do valor total do ativo. 

Essa estratégia, conhecida como alavancagem, possibilita ao investidor fazer especulações acerca dos preços em uma data futura – no entanto, é considerada de alto risco, o que significa que os ganhos, assim como as perdas, podem ser elevados.

Apesar das vantagens, o Mercado de Derivativos pode não ser ideal para quem está iniciando na Bolsa de Valores devido às suas características, uma vez que exige do investidor um maior conhecimento sobre o seu funcionamento e suas tendências.   

Como investir no mercado de derivativos?

Antes de mais nada, conheça o seu perfil de investidor. Saber em qual categoria você se enquadra em relação ao risco é essencial para dar início à sua jornada no mercado de derivativos. 

Se você for um investidor de perfil moderado ou agressivo e estiver em busca de uma maior rentabilidade – sem deixar de levar em conta que os riscos são proporcionalmente maiores também – é hora de escolher a sua corretora. 

Contar com uma empresa especializada na intermediação da negociação dos ativos fará toda a diferença na hora investir o seu dinheiro. Escolhida a corretora, defina suas estratégias, coloque seus objetivos e metas no papel e, o mais importante: não deixe de estudar o Mercado de Derivativos. Baixe gratuitamente o nosso e-book sobre Mercado Futuro e comece agora mesmo a colocar em prática seus conhecimentos para investir com mais confiança.

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