Preço médio de ações: como calcular? 

Você investe no mercado acionário? Então precisa saber o que é e como calcular o preço médio de ações. A razão é que ela se trata de uma métrica que ajuda a avaliar a carteira, além de ser útil em outras situações do gerenciamento do portfólio do acionista. 

A declaração de Imposto de Renda, por exemplo, demanda que você conheça essa informação. Assim, saber calcular a métrica e entender a sua importância pode fazer toda a diferença para estabelecer uma estratégia de investimento bem-sucedida. 

Quer saber mais sobre o tema e conhecer a fórmula para calcular o preço médio de ações? Continue a leitura para conferir! 

O que é o preço médio de ações? 

Ao negociar ações de uma empresa, você percebe que a sua cotação no mercado financeiro tende a variar com o passar do tempo, certo? Por esse motivo, ao adquirir os papéis da mesma companhia ao longo de um período, é provável que você pague preços diferentes por eles. 

Dessa maneira, o preço médio de ações (PM) é o cálculo realizado para identificar a quantia média paga por ação em determinado período. Por exemplo, ele pode ser de um ano, ou qualquer outro de interesse do investidor. 

Para que serve essa métrica? 

Agora que você sabe o que é o preço médio de ações, precisa entender quais são as suas funções para o investidor. Em primeiro lugar, o PM serve para entender quanto custou efetivamente a sua carteira de ações ao realizar mais de uma aquisição dos ativos da mesma companhia em datas diferentes. 

Como foi possível aprender, ao comprar os papéis em momentos distintos, os seus preços tendem a divergir, modificando a média paga. Portanto, a métrica é útil para analisar o portfólio e verificar se a sua estratégia está apresentando um bom desempenho. 

Além disso, o resultado do preço médio impacta os cálculos do Imposto de Renda (IR) pago pelas operações. Nas chamadas operações comuns — aquelas que são concluídas em dia posterior ao seu início —, as vendas acima de R$ 20 mil com ganho de capital são tributadas por esse imposto a uma alíquota de 15%. 

Já no day trade — operações que começam e terminam no mesmo dia —, não existe faixa de isenção. Todas as vendas com lucros têm a incidência de 20% de IR. 

Para calcular o lucro, é necessário encontrar a diferença entre o preço de venda e de aquisição das ações. Logo, o investidor deve conhecer o preço médio pago por elas. A métrica ainda é útil para a declaração anual de Imposto de Renda.  

No documento, o acionista precisa indicar o resultado das operações, que também é encontrado pelo PM. Desse modo, o preço médio é uma ferramenta relevante para quem opera em renda variável, especialmente com esses ativos. 

Como calcular o preço médio de ações? 

Até aqui, você aprendeu o que é e quais são as funções do preço médio de ações, não é mesmo? O passo seguinte é saber como realizar o seu cálculo. Para tanto, o investidor deve utilizar a chamada média ponderada. 

Ela consiste em identificar o custo individual da compra dos papéis em cada operação. Posteriormente, o acionista deve somar todos os fatores e dividir o resultado pelo total de ações.  

Por consequência, você garante que cada volume de ações tenha o peso proporcional na composição do resultado. Isso assegura a representatividade frente ao custo geral.  

Parece complexo? Na verdade, a operação é simples, como você verá adiante. O primeiro passo para realizar a conta é identificar os seguintes dados: 

• Q: quantidade de ações adquiridas em cada compra — separe operações comuns e day trade; 

• P: preço pago pelas ações em cada operação; 

• TA: total de ações na carteira (Q1 + Q2 + Q3). 

A partir dessas informações, é possível aplicar a fórmula para descobrir o preço médio. Ela é a seguinte: 

PM = [(Q1 x P1) + (Q2 x P2) + (Q3 x P3)] / TA 

Exemplo prático 

Para entender melhor a sua aplicação, vale a pena ver um exemplo prático. Imagine que um investidor realizou três operações de compra de ações de determinada companhia. As transações ocorreram da seguinte maneira: 

• primeira compra: 100 ações a R$ 12 cada; 

• segunda compra: 120 ações a R$ 15 cada; 

• terceira compra: 50 ações a R$ 10 cada. 

Aplicando a fórmula que você conheceu, ficaria assim: 

PM = [(100 x 12) + (120 x 15) + (50 x 10)] / 270 

PM = [1200 + 1800 + 500] / 270 

PM = 3500/270 

PM = R$ 12,96 

Logo, o preço médio de ações, nesse caso, é de R$ 12,96. Considere que esse é um cálculo simplificado, que leva em conta apenas o preço de negociação do mercado. Ele oferece informações importantes para a carteira, mas, para uma análise mais aprofundada, ainda é preciso avaliar outros custos. 

Por exemplo, as operações podem contar com taxa de corretagem, taxa de custódia e emolumentos da bolsa de valores. Esses custos impactam os resultados e devem ser observados ao verificar o desempenho da carteira, combinado? 

Qual é a importância de realizar esse cálculo? 

Você já conhece as funções e a fórmula para encontrar o preço médio de ações. Então é relevante saber também qual é a importância da métrica para gerenciar o seu portfólio. Confira! 

Análise dos investimentos 

Encontrar o PM das ações permite ao investidor entender o custo real dos papéis em sua carteira, considerando todas as compras feitas. Com a prática, ele tem condições de saber se o investimento está oferecendo lucros. 

Nesse sentido, o acionista pode comparar o preço médio das ações adquiridas com a sua cotação no mercado, verificando se elas estão superiores ou inferiores. Se o PM estiver acima do preço no momento, é sinal de que os papéis estão em tendência de queda. 

Já uma quantia média paga inferior ao preço dos papéis no mercado indica que eles estão em valorização no momento da avaliação. Sem a métrica, um investidor pode ter dificuldade de analisar os investimentos — aumentando as suas chances de fazer interpretações equivocadas da carteira. 

Tomada de decisão 

Você viu que o PM ajuda a comparar a quantia paga pelos papéis com a sua cotação no momento, certo? Desse modo, conhecer o preço médio das ações permite determinar se o momento é bom para comprar mais papéis da companhia em questão, manter ou vender os que o investidor possui. 

Por exemplo, se o preço de mercado atual estiver significativamente acima do preço médio, pode ser um momento adequado para vendê-los e obter lucros. Por outro lado, se a cotação estiver abaixo do PM, considere ter cautela com operações de venda. 

Nesses casos, vale realizar uma nova análise dos fundamentos da companhia para entender as razões da baixa. A depender do resultado, o investidor pode decidir comprar mais ações para reduzir o custo médio e potencialmente aumentar os lucros futuros, caso o preço suba. 

Apuração dos impostos 

Você já sabe que o PM é útil também para o cálculo dos impostos, não é mesmo? A métrica facilita identificar lucros ou prejuízos, o que é essencial para a sua declaração. Portanto, ter o dado ajuda a manter o cumprimento de obrigações fiscais e ficar em dia com a Receita Federal. 

Como utilizar o preço médio como estratégia ao investir? 

Ao longo deste conteúdo, você teve contato com informações relevantes a respeito do preço médio de ações e o seu cálculo. Com isso, você pode estar se perguntando se existem formas de utilizar o PM como estratégia em seus investimentos no mercado acionário, certo? 

Veja quais são as diferentes possibilidades! 

Definição das melhores operações 

Como visto, o preço médio de ações permite verificar como o custo de aquisição dos papéis se relaciona com o mercado. A partir desse resultado, você consegue estabelecer o seu parâmetro de avaliação e definir as operações mais adequadas para cada momento. 

Consequentemente, você tem um elemento para a análise que ajuda a encontrar alternativas com bom potencial de valorização. A métrica pode ser utilizada tanto em investimentos focados a longo prazo quanto em estratégias de especulação — baseadas em curto ou curtíssimo prazo. 

Contudo, tenha em mente que as decisões não devem ter como base apenas o PM. Para um posicionamento eficiente no mercado financeiro, uma boa prática é usar outras ferramentas de análise técnica ou fundamentalista, combinado? 

Rebalanceamento de carteira 

O rebalanceamento de carteira é uma estratégia essencial para manter a alocação de ativos eficiente e adequada ao seu planejamento. Logo, utilizar o preço médio das ações pode melhorar os resultados na hora de fazer a revisão. 

O motivo é que comparar o preço atual de cada ativo com o seu preço médio ajuda a avaliar o desempenho relativo. Você já descobriu algumas possibilidades de operações com base no PM. Assim, o indicador é relevante na reavaliação do portfólio. 

Neste conteúdo, você conheceu o preço médio de ações, uma métrica que tem muitas funções para quem compra e vende esses ativos no mercado financeiro. Então utilize a ferramenta para avaliar a sua carteira, definir como se posicionar e calcular os seus impostos corretamente. 

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