Em resposta à alta da inflação, a taxa básica de juros da economia voltou a crescer – e, consequentemente, a atrair o investidor para a renda fixa. Especialistas projetam, inclusive, um aumento progressivo na Selic até o final de 2022, a ser divulgado ao longo das próximas reuniões do Copom.

Diante desse cenário, a poupança ainda é considerada uma das primeiras opções dos brasileiros quando o assunto é fazer o dinheiro render – ainda que seus retornos estejam cada vez menores (e menos atrativos).

Se você deseja saber mais sobre os movimentos que impactam a caderneta, bem como conhecer outras alternativas mais rentáveis, basta seguir a leitura desse artigo que preparamos para você. Não deixe de conferir também outros conteúdos sobre o tema:

Como funciona o rendimento da poupança

Antes de mais nada, vale lembrar que o rendimento da poupança é igual em qualquer instituição financeira, uma vez que as regras de cálculo são definidas pelo governo federal.

Em linhas gerais, quanto menor a taxa Selic e maior a inflação do país, menos o dinheiro renderá na caderneta – afinal, com um aumento no preço dos bens e serviços, haverá uma perda no poder de compra do investidor a médio e longo prazo.

A maior vantagem desse investimento está na liquidez diária – já que o dinheiro pode ser sacado a qualquer momento. Mas o investidor deve estar atento à data de aniversário da poupança: caso resgate seu dinheiro antes do aniversário mensal de sua aplicação, não terá direito aos rendimentos acumulados.

Atualmente, existem dois padrões de cálculo de rentabilidade. Veja só:

1- Poupança antiga

Depósitos realizados antes de 4 de maio de 2012 rendem 5% ao mês + a TR (taxa referencial de juros). Vale lembrar que, como a TR está atualmente zerada, o retorno da poupança antiga ao investidor é de 6,16% ao ano.

2- Poupança nova

Com a nova regra do governo federal, que começou a valer para os depósitos feitos depois de maio de 2012, a caderneta passou a render 70% da taxa Selic (desde que ela esteja abaixo de 8,5% ao ano). Se a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, vale a regra antiga: 0,5% ao mês + a TR.

Confira como foi a rentabilidade da poupança em 2021

Bem abaixo da previsão da inflação – que representa o aumento generalizado dos preços de produtos, bens e serviços no mercado – quem deixou seu dinheiro na poupança ao longo de 2021 acabou tendo um rendimento negativo de 6,37%, o pior em 31 anos. Isso quer dizer que, na prática, quem depositou R$ 1.000 na caderneta, chegou a perder R$ 63,70, em termos reais.

Na tabela abaixo, você confere como foi o rendimento mês a mês ao longo de 2021 (para depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012):

MêsRendimento da poupança mensal em 2021
Janeiro0,12%
Fevereiro0,12%
Março0,12%
Abril0,16%
Maio0,16%
Junho0,20%
Julho0,24%
Agosto0,24%
Setembro0,30%
Outubro0,36%
Novembro0,44%
Dezembro0,63%

Perspectivas de rendimento da poupança para 2022

No cenário atual, com a Selic superior a 8,5% ao ano, a rentabilidade da caderneta fica em 6,17% ao ano. De acordo com as perspectivas de mercado e as projeções do Boletim Focus, essa será, aparentemente, a realidade ao longo de todo o ano de 2022.

Ainda assim, especialistas frisam que a poupança deverá continuar perdendo a curto prazo para a inflação. É importante lembrar que a taxa Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) a cada 45 dias, e, atualmente, teve um aumento – chegando a 13,25% a.a.

Veja, abaixo, os rendimentos da caderneta ao longo de 2022:

MêsRendimento da poupança mensal em 2022
Janeiro0,56%
Fevereiro0,50%
Março0,59%
Abril0,55%
Maio0,66%
Junho0,64%

 Vale a pena investir na poupança?

Como podemos ver, para quem está em busca de boa rentabilidade, a caderneta de poupança não é a melhor opção. No entanto, existem diversas possibilidades de investimento em renda fixa (e em renda variável também), para os mais diferentes perfis de investidor.

Em geral, a regra que vale para o mercado financeiro é a seguinte: quanto maior a rentabilidade, maiores são os riscos envolvidos nas operações – e vice-versa. Se você é um investidor que preza pela segurança dos seus investimentos, a renda fixa pode ser ideal para você. 

Se você se enquadra em um perfil arrojado e tende a se arriscar mais em prol de melhores rentabilidades, vale diversificar sua carteira com produtos de renda variável.

Em seguida, você confere algumas opções de investimentos que rendem mais que a poupança:

1- Renda Fixa

  • Tesouro Direto: emitidos pelo governo federal, os títulos do Tesouro Direto (que podem ser prefixados ou pós-fixados) são bastante acessíveis e rendem em cima da taxa de juros da economia.
  • CDBs (Certificados de Depósito Bancário): ao contrário do Tesouro Direto, emitido pelo governo federal, os CDBs são emitidos por instituições financeiras com o objetivo de captar recursos. Esses títulos rendem em cima da taxa DI, ou CDI – que também acompanha a Selic.
  • Letras de Crédito (LCI e/ou LCA): parecidos com os CDBs (no entanto, com isenção de Imposto de Renda), as Letras de Crédito são títulos que direcionam os recursos do investidor para o setor imobiliário ou do agronegócio.

2- Renda Variável

  • Ações: ao comprar uma ação, o investidor adquire cotas de companhias listadas na B3, passando a se tornar, então, sócio delas. Além de contar com a possibilidade de lucrar com a valorização dos papéis, o investidor participa, também, da distribuição de lucros da empresa.
  • Fundos Imobiliários: por meio dos Fundos Imobiliários (FIIs), o investidor adquire cotas de imóveis, ao contrário do que ocorre com as ações – que são partes de empresas.  Os FIIs funcionam como um condomínio, no qual vários investidores se unem para adquirir parcelas de um empreendimento imobiliário.
  • ETFs: cada vez mais comuns e acessíveis no Brasil – e porta de entrada para muitos investidores que desejam investir na Bolsa de Valores – os ETFs (Exchange traded funds) funcionam como os FIIs, com a diferença de que lastreiam índices da B3, a exemplo do IBOV (Bovespa).

Existem muitas possibilidades de investimentos rentáveis para todos os tipos de investidores – basta conhecer bem o seu perfil e traçar seus objetivos para descobrir quais são os melhores para você.  Aproveite o cenário atual para investir de forma assertiva – e obter bons rendimentos!

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