Para decidir se vale a pena investir ou não na compra de títulos públicos, é muito importante entender sobre o rendimento do Tesouro Direto. Para isso, você precisa conhecer bem todas as informações que te permitem calcular seu potencial lucro para, assim, ter certeza que tomou a melhor decisão de acordo com o seu perfil de investidor.  

Em síntese, o Tesouro Direto possibilita a compra de títulos emitidos pela Secretaria do Tesouro Nacional e o seu dinheiro vai ser utilizado pelos administradores públicos. Assim, o seu rendimento virá de juros incididos em cima do seu capital que foi direcionado ao governo. Na compra, você pode optar por investir um valor específico, ganhando uma porcentagem em relação a esse valor, ou você pode investir com os valores pré-estabelecidos pelo Tesouro Direto chamado de Preço Único (PU). 

Se você já tem um investimento no Tesouro Direito e quer saber quais as possibilidades de rendimento do seu investimento, continue a leitura desse artigo. 

Possibilidades de investimento do Tesouro Direto 

Dentro do Tesouro Direto existem diferentes modalidades de investimento que você pode fazer, e é importante compreender bem essas  diferenças entre um tipo e outro, pois seu funcionamento impacta na sua liquidez e rentabilidade. No Tesouro Direto existem dois tipos básicos de investimento: O pós-fixado e o pré-fixado. 

Pós-fixados

Existem duas modalidades de investimentos que chamamos de pós-fixados no Tesouro Direto: O Tesouro Selic e o IPCA+. Os dois possuem como característica que o seu rendimento   irá depender do desempenho do índice no qual o título está indexado e você só saberá o valor no momento de resgate do título. 

Em outras palavras, no Tesouro Selic seu rendimento vai ser relacionado a taxa de juros básicos da economia (taxa Selic),  que  varia conforme muda o comportamento da economia e serve como base para as taxas de juros no Brasil.  Sendo assim, caso você opte por investir no Tesouro Selic, seu rendimento real no vencimento costuma ser maior que a taxa selic, pois geralmente é somada uma taxa adicional ao ano. 

Já no IPCA+ o seu rendimento vai estar relacionada a inflação, pois é somada à inflação uma taxa variável, dependendo das opções de vencimentos que podem ser escolhidas pelo investidor. 

Tanto no caso do Tesouro Selic quanto no IPCA+, o investidor tem a possibilidade de resgatar seus títulos antes da data de vencimento caso ache que, de acordo com os índices da taxa selic e da inflação, é o melhor momento para  garantir uma maior rentabilidade.

Pré-fixado

O Tesouro pré-fixado se difere, pois ele já tem delimitado qual será a rentabilidade do investimento no momento do vencimento. O resgaste dos valores investidos mais o lucro (taxa) será disponibilizado para você exatamente como foi previamente estipulado no vencimento, sem perdas. 

É importante ficar atento que, se você optar por fazer o resgate do seu título pré-fixado antes do vencimento, o seu rendimento pode sofrer alterações. Diariamente, o Tesouro divulga o valor dos títulos caso queiram vender, podendo o preço estar inferior ou superior ao que você comprou. Caso esteja inferior, não se preocupe! O valor da rentabilidade delimitado na compra permanecerá o mesmo se você aguardar até o vencimento. 

Em relação aos impostos, antes de decidir por resgatar seu investimento pré-fixado antes da data de vencimento é importante colocar na balança quais serão os impactos no seu rendimento. Isso porque vender o título antes do vencimento implica em uma maior tributação de imposto de renda. 

Custos do Tesouro Direto 

É muito importante entender quais são os impostos e os custos que vão incidir sobre o seu investimento para que você saiba como calcular exatamente qual será seu rendimento. Uma boa notícia é que, no caso do rendimento do Tesouro Direto, a tributação só ocorrerá em cima do lucro que você tiver com o investimento. 

Ou seja, o valor que você pagou inicialmente para o Tesouro Direto para investir nos títulos disponíveis não serão tributados. Mas vamos lá! Os custos que seu investimento terá são: 

  • Taxa de 0,25% cobrada pela B3 referente aos serviços de manutenção dos títulos e ela vai ser cobrada no momento do resgate dos rendimentos. 
  • Taxa variável cobrada semestralmente pelas instituições financeiras (bancos e/ou corretoras). 
  • Imposto sobre Operações financeiras (IOF), que são as tributações incidentes sobre as operações de curto prazo. Sendo assim, IOF só será aplicado no seu investimento do Tesouro Direto se você optar por um resgaste dos seus rendimentos até 30 dias após a compra. 
  • O IR sobre títulos do tesouro é regressivo. Isso significa que o Imposto de Renda será de 15% para resgates que ocorram na data do vencimento ou para resgates que ocorrerem depois de 2 anos de aplicação. Já a tributação do imposto para resgates que ocorram em um período inferior a 180 dias será de 22,50%. Para entender melhor, confira a tabela abaixo.
Período aplicadoAlíquota
até 6 meses22,50%
de 6 a 1 ano20,00%
de 1 ano a 2 anos17,50%
mais de 2 anos15,00%

Mas afinal, como calcular o rendimento do Tesouro Direto?

A pergunta que fica para todo investidor que opta pelo rendimento fixo do Tesouro Direto é sobre qual será a sua real rentabilidade. Como esse é um investimento que demanda uma conta de juros composto para chegar ao lucro líquido e uma análise das variáveis do mercado, o site oficial do Tesouro Direto disponibiliza uma calculadora para facilitar esse processo. Essa ferramenta permite descobrir o potencial rendimento que você terá, sendo necessário apenas que você preencha com as informações disponíveis no próprio site do Tesouro Direto de acordo com o investimento que você escolheu. 

Compensa investir no Tesouro Direto? 

Como a garantia do crédito é dada pelo governo, os investimentos do Tesouro Direto são considerados bem seguros. A não ser que o Estado quebre e perca sua capacidade de cumprir com seus compromissos, você irá receber lucros comprando títulos públicos se esperar o vencimento. Além disso, as taxas de rendimento do Tesouro Direto costumam apresentar uma rentabilidade mais alta do que a poupança

Contudo, é preciso refletir sobre qual dos diferentes títulos, dependendo do seu objetivo como investidor, pode te atender melhor. Os investimentos pós-fixados geralmente possuem uma maior liquidez que os pré-fixados, mas a rentabilidade, especialmente no Tesouro Selic, vai estar sujeita às oscilações da economia. Ou seja, você pode lucrar menos do que o esperado se houver grandes mudanças na economia do país. 

O rendimento do Tesouro Selic, por exemplo, é uma opção interessante, pois mesmo quando a taxa está baixa e a rentabilidade futura cai, há garantia de rendimentos que acompanharão a taxa de juros. Porém, atualmente, devido a conjuntura política, social e econômica do mundo e do país, a taxa Selic vem apresentado um valor baixo que a torna menos atrativa. 

Os pré-fixados apresentam uma melhor garantia, apesar de terem uma menor liquidez, pois o valor que você vai lucrar no vencimento já vai ser delimitado no momento do investimento. Você consegue calcular o quanto precisa investir para ter aquele exato rendimento no período do vencimento. Porém, a venda dos títulos antes do vencimento pode gerar perdas. Nesse caso pode ser mais recomendável esperar o vencimento.  

Como aumentar o rendimento do Tesouro Direto? 

Uma forma de complementar seu rendimento do Tesouro Direto é realizando outros tipos de investimentos de Renda Fixa como: as Letras de Crédito (LCI e/ou LCA), certificado de Depósito Bancário (CDB) e o Debêntures.  Em suma, a lógica desses investimentos funciona de maneira similar ao do Tesouro Direto: você compra um título, e com esse dinheiro o banco, empresa ou instituição financeira utiliza-o para outros fins e você lucra com isso.

É interessante também considerar os investimentos de Renda Variável que podem, inclusive, ter a possibilidade de gerar uma rentabilidade e liquidez maior que os investimentos de Renda Fixa. Esse é o caso de investimentos como o Mercado de Ações e o Mercado Futuro. 

Se você tem interesse em expandir seu leque de investimentos e se arriscar mais, dê uma olhada no nosso artigo sobre Renda Fixa vs Renda Variável que discute bem sobre a questão dos riscos, da rentabilidade e explica quais são as importantes informações que você precisa ter para tomar essa decisão. 

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