Recentemente, o Ministério de Minas e Energia (MME) informou que o Brasil receberá um investimento de aproximadamente R$ 3 trilhões até 2030 em sua matriz energética – que engloba o setor petrolífero, de gás e biocombustíveis, e – foco da nossa análise hoje – o setor elétrico.

Indispensável para a nossa sociedade, o setor elétrico brasileiro é baseado na geração de energia por meio das hidrelétricas, que respondem, hoje, por 90% da produção nacional, seguidas das termelétricas – que utilizam diversas fontes, como combustíveis fósseis, carvão mineral, gás natural, nuclear e biomassa, por exemplo. 

Para quem deseja investir nesse setor, é importante entender como ele funciona, quais são as ações mais indicadas, as empresas de destaque e outras informações que podem ajudar na tomada de decisão. 

Se você deseja saber mais sobre o setor elétrico brasileiro para investir da maneira mais consciente possível, basta seguir a leitura desse artigo!

Como funciona o setor elétrico brasileiro e qual é o papel da ANEEL?

Atualmente, o setor elétrico brasileiro é dividido em três grandes segmentos: geração, transmissão e distribuição de energia. Responsável por regular esse sistema desde sua criação, em 1996, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) funciona como uma autarquia vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME) – gerando condições favoráveis para que o setor se desenvolva de maneira equilibrada e traga benefícios à sociedade.

Como isso acontece, na prática? Em linhas gerais, a ANEEL concede o direito de exploração dos serviços de geração, transmissão, distribuição e comercialização da energia elétrica às empresas – e também atua tarifando o setor de acordo com leis e contratos.

Para quem deseja investir nesse mercado, é possível encontrar ações em qualquer um desses três segmentos, mas vale ressaltar alguns pontos: o de geração é o que mais necessita de investimentos relevantes para as suas operações; o segmento de transmissão, por sua vez, remunera as empresas de acordo com a disponibilidade de serviço – o que garante receitas mais previsíveis, tornando o setor o menos arriscado para os investidores; e, por outro lado, temos o segmento de distribuição.

Esse último é considerado o mais arriscado para investir, uma vez que está diretamente ligado à demanda dos consumidores e ao fator de inadimplência. São várias as empresas da área de distribuição, e ainda existem empresas que atuam nos 3 segmentos, como é o caso da Cemig e da Eletrobrás.

Como investir no setor elétrico brasileiro pela bolsa de valores?

Se você está considerando começar a investir no setor elétrico, é importante, antes de mais nada, analisar quais empresas são mais interessantes de acordo com seus objetivos e perfil de investidor.

Em geral, as ações das empresas do setor elétrico são as que chamamos de “pagadoras de dividendos”, porque repartem parte do seu lucro com seus acionistas. Como vimos, os segmentos do setor funcionam de formas distintas e podem apresentar mais ou menos riscos para o investidor. O setor de distribuição, por exemplo, é o mais arriscado dos três, por estar diretamente ligado ao risco de inadimplência e à demanda dos consumidores.

De qualquer forma, antes de investir, é sempre importante conferir os resultados apresentados pelas empresas nos últimos anos – como lucro líquido, remuneração das ações, oscilações no mercado e grau de inovação.

Quais são as principais empresas de energia na Bolsa?

Não podemos esquecer que, independentemente da performance do setor elétrico brasileiro – ou de qualquer outro! – devemos sempre ter em mente nossa carteira de investimentos e nossos objetivos no mercado financeiro. Um tipo de investimento pode ser ideal para um investidor específico, mas desaconselhado para outro, por exemplo.  

Partindo desse ponto, listamos abaixo as principais apostas do setor para 2021 dentro dos três segmentos:

1. Taesa – Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A

Considerada uma das maiores empresas privadas de transmissão de energia elétrica do Brasil, a TAESA (TAEE11) possui um ótimo histórico de remuneração aos seus acionistas. Atualmente, suas ações tiveram uma valorização de 61% no último ano e suas ações estão custando, em média, R$ 36.

2. ISA CTEEP (TRPL4) – Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista

Tão grande quanto a TAESA, a ISA CTEEP (TRPL4) atua no segmento de transmissão de energia elétrica e é responsável por quase um terço da energia gerada no país. Suas ações estão valendo em média R$ 25, apresentando uma desvalorização de 10% esse ano, após um período de valorização de 30% ao longo de 2020.

3. Engie Brasil Energia

A Engie Brasil (EGIE3), por sua vez, é a maior geradora de energia elétrica privada do Brasil. Atualmente, quase 90% de sua capacidade advém de fontes renováveis e sustentáveis.

A empresa também é uma ótima pagadora de dividendos e suas ações valorizaram 12% no último ano, chegando a R$ 41,55, em média.

4. EDP Energia 

A EDP Energia (ENBR3) é parte de uma das principais operadoras europeias do setor – e, aqui no Brasil, atual em todos os segmentos: desde a geração até a distribuição de energia elétrica.

Atualmente, suas ações estão valendo, em média, R$ 19.

5. Neoenergia 

Atuante nos segmentos de transmissão e distribuição de energia – e presente na B3 desde 2019 – a Neoenergia (NEOE3), apesar do seu potencial de crescimento, vem apresentando uma desvalorização em seus papéis desde a compra da Companhia Energética de Brasília (CEB). Atualmente, eles estão em baixa de 20% desde o segundo semestre de 2020.

Vale a pena investir e empresas do setor elétrico?

Apesar de todas as questões que envolvem o setor elétrico brasileiro, como a escassez de chuvas e o fator de inadimplência, ele ainda é considerado um bom mercado para se investir. Isso pode ser verificado pelos bons resultados demonstrados nos últimos anos – e a expectativa é que essa tendência permaneça.

O setor ainda conta com importantes incentivos em termos de inovação. Nesse sentido, podemos destacar a política de investimentos em pesquisa e desenvolvimento (PD) da ANEEL, que tem trabalhado em torno do desenvolvimento tecnológico para superação de 3 grandes desafios: digitalização (priorizando o uso de fontes de energia mais viáveis financeiramente); descentralização e descarbonização (com foco em fontes de energia renováveis).

Como investir em empresas do setor elétrico?

Para investir nas empresas do setor elétrico, os procedimentos são os mesmos para investir em qualquer outra empresa listada na Bolsa de Valores. 

O primeiro passo é abrir sua conta em uma corretora de valores de confiança e transferir o valor que deseja começar a investir para lá. Não se esqueça de se organizar e definir bem seus objetivos a curto, médio e longo prazo!

Acesse o Home Broker pela plataforma da sua corretora e escolha a ação que deseja comprar digitando o seu código (ticker) e quantidade. Envie a ordem de compra e acompanhe o desempenho de seus papéis para tomar decisões mais assertivas. Pronto para começar a investir?! Esperamos que sim!

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