O índice S&P 500 é um dos mais conhecidos no mercado de renda variável. Você já ouviu falar sobre ele? Devido à sua importância, muitos investidores se perguntam se é possível investir no indicador e como fazer isso no Brasil.  

Por representar as maiores empresas das bolsas americanas, é comum imaginar que é preciso ter contas internacionais ou trocar o real por dólar para realizar operações ligadas ao S&P 500. Contudo, existem alternativas para se expor a esse índice por meio do mercado brasileiro.  

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O que é o S&P 500?  

A sigla S&P 500 significa Standard & Poor’s 500 e se refere a um indicador cujo objetivo é demonstrar as oscilações dos 500 principais papéis das bolsas norte-americanas. Para tanto, ele reúne cerca de 500 ações negociadas na NASDAQ e na NYSE, que são as maiores bolsas mundiais.  

Vale destacar que esse índice foi lançado em março de 1957 pela Standard & Poor’s, que é uma agência de classificação de crédito e provedora de índices financeiros e análises. Mas sua história ainda remonta a uma versão anterior, composta por 90 ações e existente desde 1928.  

Quais empresas fazem parte do S&P 500? 

Ao aprender o que é o S&P 500, é comum ter curiosidade para conhecer as principais empresas que fazem parte da carteira teórica desse índice. Para começar, é importante ter em mente que ele é formado por companhias de grande capitalização. 

Também conhecidas como blue chips, essas companhias costumam ser líderes em seus setores. Dessa maneira, elas são reconhecidas pelo seu alto valor de mercado e grande liquidez. Para a composição dessa carteira teórica, existem regras definidas pela própria Standard & Poor’s.  

Confira os requisitos:  

  • ter pelo menos 50% da receita e ativos fixos nos EUA;  
  • ter pelo menos 50% de ações disponíveis ao público;  
  • manter valor de mercado acima do requisito mínimo, ajustado periodicamente;  
  • ter passado mais de um ano desde o IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial);  
  • a soma dos lucros da empresa nos últimos quatro trimestres precisa ser positiva, e não pode ter dado prejuízo no trimestre mais recente. 

Portanto, o S&P 500 seleciona as primeiras 500 empresas de acordo com esses critérios e com o seu valor de mercado.  

Rebalanceamento do índice 

A partir dos critérios definidos, quem decide pela inclusão ou exclusão de papéis no índice é o comitê responsável — que se reúne a cada 3 meses. Dessa maneira, a composição do S&P 500 não é estática e os ajustes são feitos para refletir mudanças no mercado.  

Logo, o processo de rebalanceamento garante que o índice continue a ser uma representação precisa e atualizada do mercado de ações norte-americano. 

Cabe ressaltar que cada empresa tem um peso de influência no indicador, de acordo com sua representatividade no mercado. Desse modo, companhias com maior capitalização têm um impacto proporcionalmente maior no índice.  

Consequentemente, as movimentações dessas organizações influenciam significativamente o desempenho global do S&P 500. Além disso, os pontos do índice variam em tempo real, de acordo com a cotação dos papéis nas bolsas de valores.   

Composição do indicador 

Como a carteira passa por mudanças a cada trimestre, a composição do indicador varia ao longo do tempo. Em novembro de 2023, por exemplo, faziam parte da carteira teórica do S&P 500 empresas como: 

  • Microsoft Corp; 
  • Apple Inc.; 
  • Amazon.com; 
  • Nvidia Corp; 
  • Alphabet Inc A; 
  • Meta Platforms, Inc. Class A; 
  • Alphabet Inc C; 
  • Berkshire Hathaway B; 
  • Tesla, Inc; 
  • Unitedhealth Group Inc. 

Para acompanhar o indicador, é possível acessar o site oficial do Standard & Poor’s. Nele, o investidor poderá encontrar a lista de empresas que compõem esse índice, a metodologia de cálculo e seus pontos atuais.  

Qual é a importância do índice S&P 500?  

Como você viu, as duas principais bolsas de valores dos Estados Unidos são aquelas com maior valor de mercado do mundo. Inclusive, nelas que estão listadas algumas das maiores empresas do planeta, como a Apple, a Microsoft, a Amazon, o Facebook, o Google etc.  

Assim, em novembro de 2023, o S&P 500 representava aproximadamente 80% da capitalização de mercado disponível nos Estados Unidos. Por essa razão, ele é reconhecido como um indicador vital das ações de grande capitalização do país. 

Como resultado, o S&P 500 serve como parâmetro para avaliar as movimentações das ações das maiores companhias do mundo. Talvez você ainda não tenha ideia do que isso representa, mas números podem demonstrar essa relevância.  

Para comparação, é interessante utilizar o Ibovespa, que é o principal índice brasileiro — e que acompanha as maiores empresas do país. Ele reúne cerca de 80 companhias com as maiores representações na bolsa de valores brasileira.  

Apenas uma empresa do S&P 500 pode ter um valor de mercado maior do que todas as companhias presentes na carteira teórica do Ibovespa. Ademais, também é possível perceber a sua grande proporção no mercado mundial.  

As bolsas americanas representam quase 60% do índice ACWI, que acompanha o mercado de renda variável mundial. Ou seja, mesmo globalmente, o S&P 500 tem uma importância considerável. Por isso, muitos investidores começaram a considerá-lo na hora de investir.  

Quais os impactos do S&P 500 na economia? 

Além de sua importância, é fundamental conhecer os impactos que o S&P 500, como indicador do mercado acionário dos Estados Unidos, exerce sobre a economia. Para começar, o seu desempenho costuma refletir diretamente a saúde econômica do país. 

Se o S&P 500 está em alta, isso geralmente sinaliza confiança nos mercados financeiros, nos investimentos e nas perspectivas econômicas. Porém, uma queda no índice pode indicar incertezas e preocupações econômicas. 

Ademais, a influência do S&P 500 se estende para outros países, dada a importância dos Estados Unidos na economia global. Assim, investidores de todo o mundo utilizam frequentemente o índice como referência, impactando as decisões de alocação de ativos e estratégias de investimento globais. 

Já para as empresas norte-americanas, fazer parte do S&P 500 pode ter benefícios tangíveis. O desempenho positivo no índice tende a facilitar o acesso ao capital, resultando em custos de captação de recursos mais baixos e maior disponibilidade de financiamentos. 

Ademais, o S&P 500 serve como um indicador antecipado de tendências econômicas. Mudanças sustentadas no índice podem sugerir fases de crescimento ou desafios econômicos iminentes, influenciando as decisões de investidores e empresários. 

A confiança do consumidor e empresarial também está vinculada ao desempenho do S&P 500. Um mercado em alta pode impulsionar esse sentimento, resultando em um aumento nos gastos dos consumidores e em investimentos mais robustos por parte das empresas, contribuindo para o fortalecimento da economia. 

Qual o histórico de desempenho do S&P 500?  

Outro ponto importante a saber sobre o S&P 500 é o seu histórico de desempenho. Afinal, esse panorama revela sua resiliência ao longo de diversos eventos, incluindo períodos de conflitos internacionais. 

A seguir, veja os fatores de destaque no histórico do índice! 

Períodos de maior queda 

Ao analisar o indicador desde sua criação, é possível ressaltar que o índice registrou quedas significativas durante conflitos, como na Guerra do Golfo, em 1990, e na Guerra do Vietnã, em 1959. Nesse cenário, a recuperação do S&P 500 após essas baixas foi mais longa. 

Em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia, iniciado em 2022, o S&P 500 operou negativamente, refletindo preocupações não apenas relacionadas ao evento. Também surgiram efeitos como o aumento da inflação nos EUA e das taxas de juros.  

Apesar da volatilidade associada a eventos geopolíticos, é possível destacar que guerras pontuais geralmente não impactam tão severamente os mercados quanto os conflitos mundiais. Isso porque durante as grandes guerras, os ciclos econômicos são interrompidos, as cadeias produtivas são desestabilizadas e a ordem global é alterada. 

Com isso, os impactos são mais significativos. No entanto, conflitos específicos tendem a ter menos efeito nas grandes empresas, portanto, podem afetar com menos força a bolsa de valores. 

As 7 maravilhas 

Você já ouviu falar nas 7 maravilhas? Elas são consideradas as maiores companhias americanas de tecnologia, que costumam fazer parte do índice S&P 500.  

É importante observar que, ao longo do ano de 2023, o S&P 500 apresentou uma performance expressiva. Essa avaliação costuma ser influenciada pelas 7 maravilhas, que compreendem: 

  • Tesla; 
  • Google; 
  • Meta; 
  • Nvidia; 
  • Microsoft; 

Confira o gráfico do desempenho do índice até novembro de 2023: 

As 7 empresas juntas têm grande peso no índice. Assim, excluir essas ações poderia gerar uma performance mais modesta para o indicador, ressaltando a importância das gigantes tecnológicas no desempenho geral do S&P 500. 

Contudo, apesar das oscilações de curto prazo, investir com foco no S&P 500 pode ser interessante, especialmente para objetivos de longo prazo. Afinal, a tendência é manter a qualidade das empresas que compõem o índice.  

Apesar das incertezas momentâneas, as grandes empresas norte-americanas demonstram potencial para crescimento contínuo e resiliente ao longo do tempo. 

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Como investir nesse índice no Brasil?  

Agora que você já entendeu a relevância do S&P 500 no mercado de capitais mundial, é fundamental descobrir como investir nele. Primeiro, é preciso saber que, como se trata de um indicador, não é possível fazer um aporte diretamente nele.  

Assim, os meios utilizados para isso são formas indiretas de replicar variações do S&P 500 ou se expor aos mesmos ativos. A seguir, veja as principais alternativas disponíveis no mercado brasileiro! 

ETFs  

Uma das formas mais conhecidas de se expor a um índice é por meio dos ETFs (exchange traded funds). Eles são um tipo de fundo de investimento com a finalidade de replicar o desempenho de indicadores de mercado.  

Para tanto, a carteira desse fundo é montada com objetivo de espelhar o portfólio teórico do índice. Então ela contém os mesmos ativos nas proporções divulgadas pelo indicador.  

Os investidores interessados podem comprar cotas de ETF listados na bolsa brasileira que repliquem o S&P 500. Com isso, eles têm direito a participar de uma eventual valorização das companhias que compõem o índice. 

BDRs  

Os BDRs (brazilian depositary receipts) podem ser uma alternativa para se expor ao S&P 500. Eles são certificados negociados na bolsa brasileira, mas lastreados em ativos internacionais. Desse modo, ao adquirir essas alternativas, é possível investir indiretamente nesses valores mobiliários. 

Nesse cenário, é possível encontrar BDRs que são lastreados em ETFs do exterior, por exemplo. Logo, o investidor pode se expor aos fundos de índice que acompanham o S&P 500, listados nas bolsas americanas e comercializados por meio de BDRs no Brasil.  

Contratos de índice no mercado futuro  

Quem tem perfil arrojado e tem interesse em investir utilizando o índice S&P 500 também pode encontrar uma alternativa. Nesse caso, é possível fazer operações com contratos de índice no mercado futuro.  

Com eles, o investidor se posiciona em um contrato visando a alta ou a queda do índice em um prazo de vencimento futuro. Logo, avaliando as expectativas do S&P 500, é possível buscar lucros com essa operação no curto prazo.  

Contudo, há mais riscos envolvidos, então é preciso sempre considerar os seus objetivos com o aporte e o perfil de investidor. Se você não tem tanta resistência à possibilidade de perda de capital, essa alternativa pode não ser a mais alinhada à sua estratégia.  

Quais as vantagens e riscos de se expor a esse índice? 

Sabendo o histórico do desempenho do S&P 500, você pode ter interesse em compreender as vantagens de expor seu capital à carteira teórica desse índice. Inicialmente, a diversificação proporcionada pelo indicador ajuda a mitigar riscos associados a setores específicos. 

Além disso, investir com foco no índice oferece acesso direto às maiores e mais sólidas empresas norte-americanas, muitas vezes líderes em seus setores. Consequentemente, os ativos ligados ao S&P 500 tendem a ser altamente negociados, o que aumenta a sua liquidez.  

Ademais, investimentos relacionados ao S&P 500 oferecem a vantagem de dolarizar a carteira, protegendo o investidor contra desvalorização do real e quedas no mercado nacional. Desse modo, a estratégia tende a promover mais segurança em momentos de instabilidade econômica e age como hedge contra riscos cambiais. 

O que avaliar antes de investir com essa exposição?  

Como você viu, é possível se expor à carteira teórica do S&P 500 de maneira indireta. Porém, é preciso considerar determinados fatores antes de optar por essa estratégia. 

Na sequência, entenda o que avaliar ao realizar esse investimento! 

Tenha objetivos financeiros esclarecidos 

Ao considerar a exposição ao S&P 500, avalie seus objetivos de investimento e estabeleça um horizonte temporal. Para tanto, analise se a carteira teórica do índice é compatível com suas metas financeiras a longo prazo. 

Isso porque o indicador costuma ser considerado mais alinhado para investidores com uma abordagem focada em prazos superiores a 5 anos. 

Entenda o seu perfil de investidor 

A avaliação do seu perfil de investidor, que mensura a sua tolerância aos riscos, é mais um passo importante para a sua tomada de decisão. Ele ajuda a compreender como você reage às oscilações do mercado financeiro. 

Nesse cenário, a volatilidade inerente ao mercado de ações pode ser substancial. Portanto, é crucial garantir que seu nível de absorção de riscos esteja alinhado com a natureza do S&P 500.  

Estude o mercado acionário 

O conhecimento do funcionamento do mercado de ações é essencial, especialmente para investidores menos experientes. Afinal, entender os movimentos econômicos e os fatores que impactam o S&P 500 ajudará na tomada de decisões informadas.  

Dessa maneira, a leitura regular de notícias financeiras e a compreensão de indicadores econômicos são práticas valiosas. 

Considere a diversificação de investimentos 

A diversificação é considerada uma estratégia chave para gerenciar riscos e otimizar o potencial de ganhos. Dessa forma, a exposição ao S&P 500 deve ser analisada em relação a outros ativos em sua carteira. Certifique-se de que sua alocação de ativos está equilibrada, considerando alternativas que reajam diferente conforme as condições econômicas. 

Esteja bem informado sobre os cenários 

Mantenha-se atualizado sobre eventos que possam influenciar o desempenho do S&P 500. Afinal, mudanças nas políticas econômicas, eventos globais e decisões políticas podem ter efeitos substanciais no mercado de ações e, por consequência, no índice. 

Analise os custos 

Compreender e minimizar custos é crucial para otimizar seus retornos. Portanto, ao avaliar investimentos vinculados ao S&P 500, como fundos negociados em bolsa, examine cuidadosamente as taxas associadas e a incidência de impostos. 

Esteja a par do rebalanceamento 

Fique atento aos eventos de rebalanceamento do S&P 500, nos quais a composição do indicador pode ser ajustada. Isso porque essas ocasiões podem impactar a dinâmica das empresas incluídas e, por extensão, o desempenho do índice. 

Monitore os indicadores 

Por fim, acompanhe índices econômicos, como taxas de juros e de inflação, que podem influenciar o desempenho do S&P 500. Além disso, mantenha uma abordagem de acompanhamento regular do índice-alvo para compreender os seus impactos na sua estratégia. 

Dessa maneira, você pode adotar medidas como o rebalanceamento da sua carteira, considerando os outros ativos que a compõem, a fim de manter maior alinhamento aos seus objetivos. A capacidade de se adaptar a mudanças nas condições de mercado é fundamental para o sucesso a longo prazo. 

Agora você já sabe como é possível investir com foco no índice S&P 500. Com toda a sua relevância para o mercado mundial, expor seu patrimônio a esse indicador pode ser uma forma de diversificar sua carteira internacionalmente!  

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