As bolsas europeias têm papel relevante no cenário global, pois seus movimentos podem influenciar os mercados de outros países. Contudo, muitos investidores não as conhecem profundamente, o que limita a sua capacidade de diversificar a carteira.
Por esse motivo, é comum surgir a dúvida se vale a pena investir nas bolsas europeias. Nesse contexto, compreender o funcionamento e as particularidades desses mercados é fundamental para tomar decisões de investimento estratégicas e alinhadas ao cenário global.
Quer saber se é interessante investir em bolsas europeias? Continue a leitura, pois nós, da Genial Investimentos, apresentamos as principais informações para ajudar você a chegar a uma conclusão!
Qual o papel das bolsas europeias no cenário macroeconômico?
De modo geral, as bolsas de valores desempenham um papel central no funcionamento das economias. Ao conectar empresas e investidores, elas promovem o fluxo de capital, incentivam a inovação e impulsionam o crescimento econômico.
Esses ambientes contribuem para a atividade produtiva ao permitir que empresas captem recursos sem depender exclusivamente de crédito bancário. Isso favorece investimentos em tecnologia, expansão e competitividade, com reflexos positivos sobre o emprego, a renda e a arrecadação.
Além disso, as bolsas promovem boas práticas de governança, exigindo transparência, auditorias independentes e prestação de contas por parte das companhias listadas.
Como um dos maiores blocos econômicos do mundo, a União Europeia confere às suas bolsas uma influência intrínseca e significativa sobre a economia global.
Portanto, as oscilações nesses mercados afetam o fluxo de capitais, a confiança dos investidores e o apetite ao risco, impactando diretamente países emergentes, como o Brasil.
Mudanças no ambiente econômico da Europa podem influenciar o câmbio, as taxas de juros e a precificação dos ativos brasileiros. Empresas nacionais com atuação no continente europeu também podem sentir os reflexos dessas variações em seus resultados operacionais e financeiros.
Quais são as principais bolsas europeias?
Você viu como as bolsas europeias influenciam a economia de todo o mundo. Mas quais são as principais instituições do mercado acionário no continente?
Confira aquelas com maior destaque!
Bolsa de valores de Frankfurt
A bolsa de Frankfurt é a maior da Alemanha e uma das mais antigas do mundo, tendo sido fundada em 1585. Desde então, ela se tornou um centro de negociação relevante na Europa, tendo abrigado empresas como:
- BMW;
- Allianz;
- Adidas;
- Lufthansa.
A histórica estabilidade da economia alemã e a diversidade das companhias listadas tendem a fazer da bolsa de Frankfurt referência para investidores que buscam solidez no mercado internacional.
Bolsa de valores de Londres
Fundada em 1571 por Thomas Gresham, a Bolsa de Londres — originalmente chamada de Royal Exchange — é uma das mais tradicionais da Europa. Embora tenha sofrido transformações significativas, incluindo a destruição de suas instalações originais no Grande Incêndio de Londres em 1666, a instituição evoluiu para se tornar um dos centros financeiros mais importantes do mundo. Inicialmente com acesso restrito à aristocracia, superou essa limitação para operar sob um modelo mais moderno e acessível.
Ela integra diferentes perfis de participantes do mercado, como corretores, investidores institucionais e empresas globais. Entre as companhias já listadas na bolsa de Londres, estão AstraZeneca, HSBC e British American Tobacco.
Euronext
A Euronext é a mais jovem entre as grandes bolsas europeias, mas rapidamente se tornou uma das mais relevantes do continente. Fundada em 2000, ela surgiu da fusão das bolsas de Amsterdã, Bruxelas e Paris, com o objetivo de integrar os mercados europeus em uma única plataforma.
Posteriormente, a Euronext incorporou outras bolsas, como a de Lisboa, ampliando sua abrangência. Embora a sua sede principal esteja localizada em Amsterdã, as negociações são realizadas em diversas capitais europeias.
Ela já contou com companhias listadas como:
- InBev;
- Air Liquide;
- Airbus;
- ASML Holding.
Quais são os principais índices do mercado europeu?
Além das bolsas europeias, é interessante conhecer os principais índices desse mercado. Dessa maneira, você poderá acompanhar a performance da economia da Europa.
Veja os mais conhecidos!
FTSE 100
O FTSE 100 é o principal índice da bolsa de valores de Londres, reunindo as 100 maiores empresas com ações negociadas nesse mercado. Muitas são multinacionais de setores como saúde, energia, finanças e consumo, o que dá ao índice um caráter global.
DAX 40
O DAX 40 é o índice mais importante da bolsa de Frankfurt, sendo composto por 40 grandes empresas alemãs com forte atuação global. Por ser mais concentrado, ele tende a refletir rapidamente os movimentos das empresas líderes na Alemanha.
Euronext 100
O Euronext 100 reúne as maiores e mais líquidas empresas das bolsas que fazem parte da Euronext. Sua composição diversificada abrange companhias de diferentes países e setores, refletindo o desempenho médio das principais ações da Zona do Euro.
Vale a pena investir em bolsas europeias?
Investir nas bolsas de valores europeias costuma ser uma estratégia adotada por investidores que buscam a diversificação internacional. O continente abriga companhias consolidadas em setores como tecnologia, saúde, energia, indústria e consumo.
Além disso, o mercado europeu conta com sistemas financeiros robustos, regulação rigorosa e alto grau de transparência. Esses fatores elevam a confiança dos investidores, o que favorece a entrada de capital estrangeiro e fortalece o ambiente de negócios.
O nível de confiança ajuda a atrair aportes de longo prazo e impulsionar o crescimento das empresas listadas. Para o investidor, isso significa acessar mercados mais consolidados e com menor risco institucional.
Outro ponto positivo é o avanço da Europa em temas como sustentabilidade e inovação. Muitas empresas listadas nesses mercados seguem padrões ESG (ambiental, social e de governança), o que atrai investidores alinhados com essas diretrizes.
Por outro lado, é preciso considerar os riscos para uma boa decisão. Tenha em mente que a economia europeia costuma crescer em ritmo mais moderado do que outras regiões, o que, para alguns investidores, pode indicar maior estabilidade e foco em empresas mais maduras. No entanto, também enfrenta desafios como o envelhecimento populacional e instabilidades geopolíticas.
Investidores brasileiros também estão sujeitos à variação cambial, que pode afetar os retornos dos ativos estrangeiros em reais. Por isso, antes de decidir se vale a pena investir nas bolsas europeias, é preciso avaliar o seu perfil de risco e objetivos financeiros.
Dessa forma, você pode entender se a exposição ao mercado europeu faz sentido para sua estratégia de investimentos, certo?
Como se expor às bolsas europeias?
Entendendo se vale a pena investir nas bolsas europeias, é importante saber como acessá-las. Há a forma direta — ao comprar ativos nesses mercados — e a indireta, por meio de alternativas negociadas no Brasil que têm exposição ao continente.
Saiba quais são os principais investimentos para se expor às bolsas europeias!
Ações
A principal forma de investir diretamente no mercado acionário europeu é comprar ações de empresas listadas nesses mercados. Ao comprar esses papeis, o investidor se torna sócio da companhia.
Logo, o acionista fica sujeito aos seus eventuais ganhos e prejuízos da empresa. Nesse contexto, é interessante saber que uma das principais formas de lucrar com esse investimento é a valorização dos papéis — quando o preço da ação sobe e o investidor decide vendê-lo com lucro.
Além disso, é possível receber dividendos — que são parcelas do lucro distribuídas pela empresa aos seus acionistas — e outros tipos de proventos. Nesse sentido, considere que as empresas consolidadas costumam pagar dividendos com mais frequência.
A razão é que elas tendem a investir menos no negócio, pois já possuem um modelo de negócio consolidado e tendem a investir menos em expansão acelerada, podendo, assim, distribuir mais lucros. Em contrapartida, a valorização de suas ações tende a ser mais gradual, pelo mesmo motivo.
Já as companhias em crescimento costumam a distribuir menos dividendos porque reinvestem os seus ganhos na própria expansão. Isso pode elevar o potencial de valorização ao longo do tempo, embora com riscos maiores.
Contudo, você deve entender que essa não é uma regra, pois a renda variável não é previsível. Além disso, resultados passados não garantem desempenho futuro, combinado?
BDRs
Os BDRs (brazilian depositary receipts) são certificados emitidos no Brasil que representam ativos estrangeiros. Eles são negociados na bolsa de valores brasileira, a B3, e permitem investir indiretamente em empresas europeias, por exemplo — com a facilidade de manter o investimento em reais.
Os BDRs podem ser atrelados a ações, títulos de dívida ou cotas de fundos de outros países. Em geral, eles seguem a rentabilidade do ativo que representam — se o investimento estrangeiro se valorizar, o certificado também terá aumento em seu preço.
No caso dos BDRs de ações, pode haver o pagamento de dividendos, se as empresas que eles refletem realizarem a distribuição dos lucros.
Fundos internacionais
Os fundos de investimento internacionais são outro exemplo para investidores brasileiros que desejam se expor ao mercado europeu. Eles funcionam como um veículo coletivo de investimento, no qual os investidores aplicam seu dinheiro e esse patrimônio em comum é alocado por gestores profissionais.
No caso dos fundos internacionais, a principal estratégia é alocar os recursos em ativos fora do Brasil, como ações, títulos e moedas de outros países. O fundo pode, inclusive, investir em outros fundos de mercados globais.
Em relação ao lucro para o investidor, ele pode ocorrer com a valorização das cotas do fundo, conforme os ativos da carteira se valorizam.
ETFs
Os ETFs (exchange traded funds), ou fundos de índice, são outro tipo de fundo de investimento, mas têm uma dinâmica de alocação diferente. Nesse caso, eles buscam acompanhar o desempenho de um índice de mercado.
Para tanto, o gestor investe nos mesmos ativos presentes na carteira teórica do indicador, e em proporções semelhantes. Os ETFs ligados à Europa replicam índices que estão atrelados ao mercado europeu, como o FTSE 100 ou o Euronext 100, que você conheceu.
As cotas dos fundos de índice são negociadas na B3, como as ações, sendo possível obter ganhos com a sua valorização. Assim, se o índice que o fundo reflete subir, o preço da cota tende a se elevar junto.
Alguns ETFs podem reinvestir os dividendos recebidos das ações da carteira, em vez de repassá-los aos cotistas. Por isso, é importante verificar essa política antes de investir.
Como investir no mercado europeu?
Você viu as principais alternativas que podem expor a sua carteira ao mercado europeu, certo? Agora, é o momento de entender como investir nas bolsas europeias.
Aprenda!
Investimento direto
Se você decidiu comprar ativos diretamente nas bolsas europeias, é preciso abrir uma conta em uma corretora internacional. Essa instituição atua como intermediária entre você e o mercado escolhido. Para transferir os recursos com agilidade, uma possibilidade é utilizar a Conta Global Genial.
Com ela, as operações são realizadas instantaneamente, com imposto reduzido e sem taxa de abertura ou manutenção. Entretanto, saiba que investir diretamente exige maior conhecimento do mercado.
Afinal, o investidor precisa analisar as empresas, entender o cenário econômico da região e tomar decisões de compra ou venda com base em suas expectativas sobre o desempenho dos ativos.
Investimento indireto
Se a intenção for investir no mercado europeu por meio da bolsa de valores brasileira, o processo é mais simples. Para isso, é necessário ter uma conta em uma corretora de valores nacional, como a Genial Investimentos.
Conosco, você pode acessar o home broker, que é a plataforma utilizada para realizar as negociações na B3. Basta pesquisar os tickers dos ETFs ou BDRs que estão disponíveis para negociação.
Com a alternativa escolhida, envie a ordem de compra e espere que a aquisição seja efetuada. Quando a operação for concluída, o ativo aparecerá em sua carteira de investimentos. Já os fundos internacionais não são negociados na B3, mas sim, na plataforma da corretora.
Neste artigo, você recebeu informações que podem ajudar a entender se vale a pena investir em bolsas europeias. Agora, é importante analisar a sua estratégia de investimentos para saber se a alocação nos mercados da Europa se alinha a ela.
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