Acompanhar as condições da economia é essencial para quem investe. Dependendo do cenário atual e das perspectivas, os investimentos podem ser impactados, sofrendo quedas ou altas. Daí a importância de conhecer os ciclos econômicos. 

Esses movimentos estão relacionados às crises mundiais, mas também se conectam com períodos de crescimento. Ao entender como eles funcionam, você tem a chance de explorar esses ciclos a favor da sua estratégia. 

Quer saber mais sobre os ciclos econômicos? Confira este artigo elaborado pelo nosso time, da Genial Investimentos, e saiba quais são eles! 

O que são ciclos econômicos? 

Um ciclo econômico corresponde ao estado da economia ao longo de determinado período de avaliação. Ele é marcado pelas flutuações de resultados, que costumam ocorrer de modo cíclico. 

Essas fases econômicas são marcadas por altas e baixas que tendem a se intercalar de modo contínuo. Logo, o esperado após uma baixa é que ocorra uma alta — e vice-versa. 

A duração de cada ciclo depende de outros fatores. Entre eles, medidas do Governo, cenário global e demais acontecimentos que afetam o mercado. 

Quais são as fases do ciclo econômico? 

Os ciclos econômicos costumam acontecer em fases progressivas. Por isso, é importante entender quais são as principais etapas desse fenômeno, já que isso pode ajudar a identificar melhor a ocorrência desse quadro. 

Na sequência, veja quais são os quatro estágios comuns aos ciclos econômicos! 

Expansão  

A fase de expansão ocorre quando há um período contínuo de desenvolvimento no ciclo econômico. Nessa era, é comum que as pessoas gastem mais e, consequentemente, que os negócios tenham mais vendas e lucros. 

O cenário tende a diminuir o nível de desemprego, já que as empresas costumam realizar contratações para atender à demanda crescente. Isso gera mais estímulos à economia e aumento do consumo, criando um ciclo virtuoso de crescimento. 

Auge 

A fase de auge, pico ou boom do ciclo econômico acontece quando a atividade atinge o seu ponto mais alto. É nesse momento em que a economia tem o maior resultado possível, devido à sua elevada capacidade produtiva. 

Como o consumo também está alto nesse momento, é comum haver uma elevação na inflação e na taxa de juros — em uma tentativa de controle do aumento de preços. Esse cenário acaba contribuindo para a iminência de uma desaceleração do ciclo econômico em um momento posterior. 

Contração 

Na fase de contração, a economia começa a encolher, reduzindo progressivamente seus resultados. Em geral, isso é demonstrado pela piora dos indicadores financeiros, como a redução na produção, queda no faturamento das empresas e aumento dos preços. 

Com a inflação, tende a ocorrer uma baixa no poder de compra, diminuindo a demanda. Esse fator pode causar o aumento do desemprego, por exemplo. Também há possibilidade de quebra de confiança por parte do mercado sobre a economia. 

Recessão 

A fase de recessão, retração ou depressão gera o ponto mais baixo da economia no período avaliado. Nesse momento, é comum ocorrerem dificuldades financeiras devido ao declínio da atividade econômica. 

Então o desemprego tende a aumentar consideravelmente — o que afeta a capacidade de consumo do público e de geração de resultados das empresas. Ao mesmo tempo, essa fase precede um novo período de expansão, retomando o ciclo. 

Por que os ciclos econômicos afetam diretamente a economia? 

Você entendeu que os ciclos econômicos têm estágios que ajudam a determinar o fim de um período e o início do próximo, certo? Mas como determinar essas fases mais claramente? 

Uma das medidas mais importantes do período do ciclo econômico de um país é o seu Produto Interno Bruto (PIB). Esse indicador permite medir todas as riquezas geradas por uma economia em determinado período, que costuma ser de 12 meses. 

Quando o PIB está em alta, é sinal de que o ciclo econômico está na fase de expansão ou auge, enquanto uma queda indica contração ou recessão. Porém, ao mesmo tempo que o PIB indica o estágio do ciclo econômico, ele pode ser afetado pelas etapas que o compõem. 

Ou seja, se o PIB está em alta e um ciclo econômico de baixa começa, esse indicador perderá ritmo de crescimento, ou mesmo se tornará negativo. Além dessa questão, outros indicadores financeiros são afetados durante os ciclos econômicos. 

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Inflação 

Devido ao aumento do consumo nas fases iniciais, um ciclo econômico positivo tende a elevar a inflação. Isso se deve, principalmente, ao aumento da demanda e à mecânica da lei da oferta e da procura, fazendo com que haja uma elevação nos preços de modo generalizado. 

Normalmente, esse é um indício de que há mais dinheiro circulando na economia. Na prática, essa condição também pode estar relacionada à alta dos salários que costuma acontecer nessas fases iniciais. 

Em períodos de desaceleração ou recessão, por outro lado, a inflação tende a reduzir. Esse cenário se concretiza pela diminuição geral no nível de consumo. 

Taxa de juros 

Outro fator impactado pelos ciclos econômicos de uma economia é a taxa de juros do país. Ela costuma ser um instrumento da política monetária e tem como uma das principais utilidades a ação sobre a inflação. 

Logo, a alta dos preços causada por um ciclo econômico tende a ser remediada com uma elevação na taxa de juros. Isso torna o acesso ao crédito mais caro e desestimula o consumo, o que pode ter efeitos contracionistas na economia — e ajuda a explicar as fases seguintes do ciclo. 

Por outro lado, uma inflação baixa ou a necessidade de estímulos econômicos para a retomada do desenvolvimento tendem a reduzir a taxa de juros. É o que ocorre quando o Governo deseja estimular a economia, já que o consumo tende a aumentar com essa medida. 

Taxa de desemprego 

O ciclo econômico de um país também costuma afetar o número de pessoas desempregadas em determinado período. Como você viu, fases de crescimento geram aumento na demanda e na capacidade produtiva, levando a contratações e reduzindo a taxa de desemprego. 

Por outro lado, um período negativo do ciclo costuma fazer com que as empresas diminuam suas atividades e seus quadros de funcionários. Com mais demissões, a taxa de desemprego sobe e o potencial de consumo da população costuma cair. 

Confiança do mercado 

O momento de um ciclo econômico afeta a percepção e a confiança do mercado. Em uma fase de desenvolvimento, pessoas e empresas ficam mais positivas em relação às perspectivas econômicas. Logo, é comum haver maior consumo e investimentos, estimulando ainda mais a economia. 

O contrário acontece em uma fase de desaceleração ou retração econômica. Nesse período, as empresas e as pessoas têm mais dúvidas sobre o futuro econômico e costumam adotar medidas de proteção. Essa insegurança enfraquece a economia — ao menos temporariamente — e afeta o desempenho do país. 

Como você percebeu, os ciclos econômicos interferem nos principais indicadores econômicos do país. Por isso, acompanhar esses resultados costuma ser uma forma de identificar os diferentes cenários e se preparar para eles. 

Quais foram os principais ciclos econômicos do Brasil? 

Depois de aprender as características gerais dos ciclos econômicos, vale a pena entender quais são os principais tipos. No Brasil, especificamente, esses processos estão muito relacionados aos produtos que mais afetaram a economia em determinados períodos, provocando o desenvolvimento ou o declínio de regiões. 

No entanto, antes de conhecer os ciclos, é importante considerar dois pontos. O primeiro é que a divisão entre ciclos costuma existir para fins didáticos, mas muitos eventos acontecem ou ocorreram simultaneamente. Por isso, é possível que o início de um ciclo coincida com o meio ou final de outro. 

Também convém lembrar que o fim de um ciclo econômico nem sempre significa que o Brasil parou de produzir ou exportar determinado item. Em muitas situações, o ciclo apenas captura o período em que ele teve mais peso na economia, por exemplo. 

Com isso em mente, confira quais foram — e são — os principais ciclos econômicos do Brasil! 

Pau-brasil 

A extração de pau-brasil foi a primeira atividade econômica desenvolvida no Brasil pré-colonial. Ela começou nos primeiros anos do século XVI, com a chegada dos portugueses ao território recém-descoberto. 

O pau-brasil é uma espécie conhecida tanto por sua madeira resistente quanto pela sua cor vermelha. Com isso, a madeira servia para diversas funcionalidades construtivas, enquanto o pigmento era útil para tingir tecidos. 

Os portugueses aproveitaram a mão de obra dos povos indígenas para extrair o pau-brasil encontrado nas áreas de Mata Atlântica. Como o território ainda era inexplorado, essa extração aconteceu, majoritariamente, no litoral brasileiro. 

Esse produto ajudou a estabelecer um ciclo econômico próspero para a coroa portuguesa, já que era Portugal que lucrava com a comercialização e com o uso desse material. 

Esse ciclo durou até meados de 1530, quando teve início a colonização mais efetiva do Brasil e a mudança no cenário econômico. Outro motivo para o encerramento desse ciclo foi o esgotamento da madeira, devido à elevada derrubada de árvores ao longo de três décadas. 

Açúcar 

Para diversificar as atividades em relação à extração de pau-brasil, em 1530, começou um novo ciclo econômico no Brasil: o de cana-de-açúcar. Os primeiros locais a prosperarem nesse setor foram as capitanias de Pernambuco e de São Vicente, onde hoje fica São Paulo. 

O processo iniciou porque a coroa portuguesa queria diminuir o risco de invasões ao território brasileiro. Com isso, foram doadas porções de terras para promover a ocupação territorial, dando origem aos primeiros engenhos. 

Como Portugal já dominava a técnica de produção açucareira, os conhecimentos foram aplicados na nova colônia. Ao longo dos séculos XVI e XVII, a mão de obra indígena foi utilizada na produção dos engenhos. Posteriormente, os escravizados advindos da África passaram a atuar nessas propriedades. 

Além do próprio açúcar, os engenhos fabricavam outros produtos, como a cachaça nos alambiques. Porém, o ciclo deu sinais de encerramento no final do século XVII. 

Esse foi o período no qual os holandeses invadiram a nova colônia. Após serem expulsos, eles se firmaram na América Central e deram início à produção açucareira naquela região, fazendo o mercado brasileiro entrar em declínio. 

Ouro 

No final do século XVII e ao longo de todo o século XVIII, o ciclo econômico mais importante do Brasil foi aquele relacionado à mineração. Foi nessa fase que houve a descoberta de metais preciosos em solo brasileiro, levando a uma intensa atividade exploradora dos materiais no território. 

As principais regiões de interesse ficavam onde hoje estão Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. O ouro era o metal mais abundante, mas o diamante também foi encontrado nessas áreas. Com a descoberta, houve uma corrida de mineradores para essas localidades, aumentando vertiginosamente a população dos pequenos acampamentos. 

A coroa portuguesa percebeu a oportunidade e passou a cobrar impostos sobre o ouro extraído na colônia. Esse foi um dos motivos para a Inconfidência Mineira, movimento separatista brasileiro, pois os impostos se tornaram mais elevados com a queda na produção de metais preciosos da colônia. 

O ciclo durou até meados de 1770, quando começou a haver um esgotamento dos principais pontos de extração. Além disso, o período coincidiu com a Primeira Revolução Industrial, acontecida na Inglaterra. 

Café 

Apesar de o ciclo econômico do ouro ter acontecido na sequência do declínio da economia açucareira, a exploração e a exportação de ouro não foram as atividades que substituíram a atuação dos engenhos. Na verdade, foi a economia cafeeira que assumiu a função exportadora de commodities. 

O começo desse ciclo aconteceu em meados do século XVIII, quando o café se tornou um dos produtos de maior interesse na Europa. As primeiras plantações vingaram na cidade do Rio de Janeiro, expandindo-se pelo Vale do Paraíba. 

A produção cafeeira no país era centrada em grandes latifúndios que praticavam a monocultura, ou seja, cultivavam apenas esse tipo de produto. Pouco depois, a produção se expandiu para outros lugares no interior de São Paulo. 

No entanto, em meados de 1850, houve a proibição do tráfico de escravizados. Sem o acesso à mão de obra exploradora, o ritmo do ciclo econômico sofreu uma diminuição. 

A solução para os donos de latifúndios surgiu com a atração de imigrantes para trabalhar nas lavouras cafeeiras. A chegada dos estrangeiros foi custeada pelo poder público e permitiu a retomada produtiva do café. 

Ao longo das décadas, essa intensa produção ajudou a urbanização do Brasil, fomentando a construção de ferrovias para escoamento das safras e a expansão de cidades. No entanto, no começo do século XIX o produto começou a perder importância para outras alternativas da economia nacional, encerrando o ciclo. 

Borracha 

A partir de 1880, outro ciclo econômico começou no Brasil: o da borracha. Essa etapa se baseou na extração de látex das seringueiras e, por isso, a atividade se concentrou na região amazônica, possibilitando a urbanização e o crescimento de áreas do Norte do país. 

Nessa época, a Primeira Revolução Industrial havia acabado de acontecer na Inglaterra, o que gerou uma demanda pela borracha e seus derivados. Afinal, já havia a tecnologia necessária para garantir o desenvolvimento dos processos, como a vulcanização. 

Com o crescimento da produção e da demanda, a borracha passou a ser o segundo produto mais exportado pelo Brasil no período, ficando atrás apenas do café. Porém, a partir da década de 1910, a borracha passou a ser produzida na Ásia por um custo menor. 

Isso fez com que o produto brasileiro entrasse em declínio, encerrando o ciclo econômico no período. Posteriormente, houve um novo e breve ciclo da borracha, entre 1941 e 1945, devido à Segunda Guerra Mundial. 

Com o encerramento do conflito, a demanda internacional normalizou, o que afetou novamente a produção brasileira. 

Cacau 

Entre os séculos XIX e XX ocorreu o chamado ciclo do cacau no Brasil, colocando o país na primeira posição entre os produtores dessa matéria-prima. A atividade iniciou no sul da Bahia. 

Foi graças à elevada produção de cacau que a região baiana de Ilhéus passou por um salto de desenvolvimento, até meados de 1920. Em partes, o processo de industrialização pelo mundo ajudou a expandir a fabricação de chocolate, o que deu impulso à produção cacaueira do Brasil. 

No entanto, as décadas seguintes foram acompanhadas de uma queda constante nos preços do produto no mercado internacional. Em partes, isso aconteceu porque os ingleses começaram a utilizar a Costa do Ouro para plantar cacau. 

Ademais, em 1990, a região baiana sofreu com uma praga que afetou a produção, causando mais um declínio no ciclo econômico. 

Algodão 

Ainda na produção agrícola, outro ciclo econômico do Brasil foi aquele relacionado ao algodão. Ele ocorreu entre os séculos XVII e XIX, relacionando-se diretamente ao processo de industrialização do país. 

No geral, esse ciclo se posiciona entre o fim da febre do ouro e o início da expansão da atividade cafeeira — embora essa última tenha ocorrido de modo relativamente paralelo. 

O fato é que durante o ciclo do algodão, esse se tornou o produto mais relevante para as exportações brasileiras. A maioria das lavouras ficava no Maranhão, mas elas também se espalharam por outros estados do Nordeste, bem como por São Paulo e pelo Rio de Janeiro. 

No início, a larga produção dessa matéria-prima serviu para apoiar a expansão da indústria têxtil no Brasil. Depois, as vendas passaram a acontecer, principalmente, para os países da Europa — com destaque para a Inglaterra, em meio à sua Revolução Industrial. 

O ciclo do algodão se encerrou, em especial, pelo destaque que o café passou a ter na economia nacional. Então, embora a produção dele tenha permanecido até os dias atuais, o que houve foi uma queda da participação do algodão na economia nacional. 

Soja 

Como você acompanhou até aqui, muitos ciclos econômicos do Brasil foram influenciados pelo agronegócio. Outro tipo que também foi impactado por essa atividade foi o ciclo da soja. Ele começou a ocorrer em 1970 e se manteve, ao menos, até 2023. 

A consolidação desse ciclo foi possível pelo desenvolvimento da cultura do grão em latifúndios — muitas vezes, de monocultura. Com a automação do campo e o desenvolvimento de novas tecnologias, o país alcançou a capacidade de produzir milhões de toneladas do grão por ano. 

A relevância desse produto é tão intensa para a economia brasileira que, na safra de 2022/2023, o Brasil foi o maior produtor de soja do mundo. Considerando a safra 2002/2003, o aumento no volume produzido foi de 322%, passando de 47,4 milhões de toneladas para 152,9 milhões de toneladas. 

Também é interessante observar que o agro representa 27% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Já que a soja responde por uma grande parte desse setor, ela também tem impacto nas riquezas geradas pelo país e no crescimento da economia, de modo geral. 

Petróleo 

Outra commodity de grande importância para a economia brasileira é o petróleo. Esse produto deu origem ao ciclo de petróleo no Brasil, que começou na década de 1930. 

Foi nesse período em que ocorreu a descoberta dos primeiros campos de exploração do petróleo, com a criação posterior de regras referentes à extração e à participação da União. Em 1940, a exploração petrolífera em um campo da Bahia foi estabelecida. 

Já na década de 1950 ficou determinada a exploração estatal do petróleo brasileiro, com a criação da Petrobras. A partir dos anos de 1970, a empresa descobriu outros pontos de exploração e passou a atuar sobre eles, inclusive em campos de águas profundas. 

Em 2003, a descoberta de novos locais abundantes em petróleo elevou consideravelmente a produção nacional, que passou a ser autossuficiente em 2006. Em 2021, o Brasil era o 8° maior exportador de petróleo e seus derivados do mundo. Com isso, o país tem especial relevância no mercado global e esse produto continua a contribuir para a economia brasileira. 

Quais ciclos econômicos marcaram a economia mundial?  

Após saber quais são os principais ciclos econômicos do Brasil, vale a pena entender quais são os destaques desse fenômeno pelo mundo. Resumir toda a economia global ao longo dos séculos em poucos eventos não é simples. 

Afinal, milhares de acontecimentos tiveram impactos maiores ou menores nos países e em toda a configuração. Porém, observando a história dos últimos séculos, é possível perceber alguns ciclos econômicos que se destacaram no mundo. 

Veja quais são eles! 

Primeira Revolução Industrial 

Ocorrida na Inglaterra do século XVIII, como você viu, a Primeira Revolução Industrial teve grande impacto na economia daquele país e do mundo. Com a invenção da máquina a vapor, as fábricas ganharam produtividade e novos mercados surgiram. 

O desenvolvimento provocado por essa revolução também estimulou economias de outros países, como aconteceu no Brasil. 

Grande Depressão 

Em 1929, a Grande Depressão teve início nos Estados Unidos, mas atingiu todo o mundo em maior ou menor escala. Uma das suas causas foi a excessiva facilidade de acesso ao crédito, criando um cenário especulativo insustentável. 

Nesse período, centenas de empresas faliram e milhares de pessoas tiveram grandes perdas. Porém, essa também foi uma abertura para a recuperação que ocorreu nas décadas seguintes. 

Crise do petróleo 

Na década de 1970, o súbito aumento do preço do petróleo no mercado internacional provocou cenários de inflação em boa parte do mundo. Isso levou à necessidade de alta nas taxas de juros, comprometendo o desenvolvimento de diversas economias. 

Por outro lado, essa também foi uma oportunidade para o investimento em novas soluções de energia para reduzir a dependência do petróleo, por exemplo. Além disso, o cenário trouxe a possibilidade de outros países ganharem relevância na produção da commodity. 

Desenvolvimento chinês 

Até meados do século XX, a China tinha um caráter essencialmente rural. A partir do desenvolvimento e da implementação de um plano de industrialização, o país asiático começou a ganhar relevância na economia naquele continente e, depois, no cenário global. 

Em 2023, a China já era a segunda maior economia do mundo — e isso se relaciona ao ciclo econômico de expansão pelo qual ela passou. 

Revolução digital 

Perto do final do século XX, o setor de tecnologia passou por avanços importantes, como a criação da internet e a popularização dos computadores. Isso ajudou a consolidar uma revolução digital que permanece — e não demonstra proximidade de esgotamento. 

À época, entretanto, o ciclo econômico também foi marcado pela chamada bolha da internet. Esse foi um cenário especulativo que ocorreu sobre as empresas de tecnologia e que gerou uma forte desvalorização de diversas companhias do segmento. 

Era da globalização 

Próximo da época que iniciou a revolução digital se consolidou a era da globalização. Ela se deu pela expansão do comércio internacional, bem como pelas trocas financeiras e culturais, gerando mais conexão entre diferentes mercados. 

Esse cenário ajudou diversos países a se desenvolverem, como a partir da importação de matérias-primas ou da exportação de bens industrializados. 

Pandemia de covid-19 

Na história recente da economia mundial, a pandemia de covid-19 forçou um ciclo econômico de baixa em centenas de mercados. O fechamento temporário dos negócios gerou quedas no PIB de diversos países. 

Já a inflação subsequente causou efeitos nas taxas de juros e no desenvolvimento das economias, aumentando os riscos de recessão. 

Por que o investidor deve conhecer os ciclos econômicos? 

Com o que você leu até aqui, ficou fácil compreender que os ciclos econômicos são importantes para o desempenho geral de um país e da economia global, certo? Devido aos efeitos que eles podem causar, é essencial que os investidores os conheçam. 

Ao entender como ou por que eles acontecem, por exemplo, quem investe aumenta sua capacidade de análise sobre o cenário econômico e financeiro. Também se torna mais fácil reconhecer os sinais para identificar em qual estágio a economia se encontra em determinado período. 

No geral, esse nível de compreensão mais elevado permite tomar decisões informadas sobre a sua estratégia. Você conseguirá avaliar se é o momento de se proteger ou se há oportunidades para aproveitar um período de alta, por exemplo. 

Logo, o entendimento sobre ciclos econômicos serve tanto para compor a carteira em um primeiro momento quanto para garantir que ela permaneça atualizada. Dessa maneira, você tem a chance de capturar oportunidades, mitigar riscos e favorecer o alcance dos seus objetivos. 

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Quais oportunidades os ciclos econômicos podem gerar ao investidor?  

Já que é preciso ficar atento aos ciclos econômicos devido a seus impactos nos investimentos, vale a pena conhecer quais são as oportunidades que eles podem gerar. Desse modo, você poderá definir qual é a melhor maneira de aproveitá-los, de acordo com o seu perfil de investidor e seus objetivos financeiros. 

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Alta 

Nas fases de expansão e auge, os ciclos econômicos se destacam pelo desenvolvimento oferecido e seus impactos. Essa é uma oportunidade para lucrar com o crescimento de empresas — em especial, daquelas que estão diretamente envolvidas com a atividade em elevação no momento. 

Porém, é preciso notar que isso não significa, necessariamente, correr para comprar as ações desses negócios. Como o propósito do investimento de renda variável é comprar barato e vender mais caro, um período de alta pode não ser o ideal para investir nas alternativas em valorização. 

Em vez disso, esse costuma ser o momento de colher os resultados dos seus investimentos, como na forma de recebimento de dividendos. Mais do que isso, sabendo que a economia se movimenta em ciclos, você também pode aproveitar esse período para se proteger de resultados futuros. 

É o caso de investir em títulos atrelados à inflação. Como a tendência é que os preços aumentem de modo generalizado, você pode manter seu poder de compra com esse tipo de aplicação. 

Baixa 

Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, um período de desaceleração ou retração no ciclo econômico também pode trazer oportunidades de investimento. Como essa fase tende a ser temporária, ela pode trazer a chance de adquirir ativos descontados. 

É o caso de ações de empresas negociadas abaixo do valor intrínseco da companhia que mantém bons fundamentos. Como o esperado é que o papel se valorize, existe a chance de investir nesses ativos para melhorar os lucros. 

Também é possível aproveitar um período de juros altos para investir em títulos prefixados ou pós-fixados, por exemplo. Logo, existem diferentes configurações para a sua carteira que permitem buscar proveito desse momento. 

Agora, você sabe que os ciclos econômicos estão relacionados ao modo como a economia se movimenta ao longo do tempo. Considerando que os cenários tendem a se repetir, é importante conhecer os sinais de cada fase do ciclo e saber identificar as oportunidades para embasar suas decisões de investimento. 

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Palloma Baccarin

Jornalista especializada em conteúdo digital com foco em trazer informações relevantes e descomplicar assuntos complexos do universo financeiro.

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