Com a crise financeira provocada pela pandemia, a educação financeira tem estado nos trends topics dos assuntos mais falados. Com isso, muitas pessoas estão procurando se informar sobre maneiras para conquistar uma renda extra ou, até mesmo, garantir a renda familiar.
Porém, é comum que os brasileiros se sintam perdidos e inseguros em relação à possibilidade de gerar renda a partir de investimentos financeiros. Afinal de contas, o mercado financeiro possui inúmeras possibilidades e ainda é desconhecido para a população geral.
Mas, se você está procurando saber mais sobre investimentos para decidir qual a melhor opção para você, saiba que a Bolsa de Valores é uma ótima possibilidade de obter ganhos e conquistar os seus sonhos.
E nós fizemos esse artigo justamente para te explicar como você pode começar a investir na Bolsa de Valores do zero. Continue a leitura!
O funcionamento da Bolsa e seus ativos
A Bolsa de Valores brasileira, também chamada de B3, é um espaço onde são comercializados ativos financeiros de renda variável. Alguns dos ativos da Bolsa mais conhecidos são as ações, os Exchange Traded Fund (ETF), os Fundos Imobiliários, Câmbio e Ouro.
Esse ambiente possui regras bem estabelecidas, com toda uma lógica de fiscalização, que promove a segurança das negociações. Por exemplo, para começar a investir, você precisa abrir conta em uma instituição financeira que será autorizada a operar na Bolsa de Valores.
E já te adiantamos, ter muito dinheiro não é um requisito para começar a investir na Bolsa. Na realidade, qualquer pessoa pode começar a investir, basta ter um CPF e algum dinheiro sobrando.
Investir na Bolsa de Valores é bem mais tranquilo do que muitas pessoas imaginam. Para muitos investidores experientes, o segredo do sucesso é ter um planejamento financeiro bem feito e atualizado.
Então, a nossa primeira dica para você que está iniciando na Bolsa é fazer o seu planejamento financeiro. Deixe sua vida financeira sempre organizada, pois só assim é possível poupar e tomar as melhores decisões de investimentos mesmo sem ter muito dinheiro.
Alguns termos antes de começar a investir
A cada dia que passa, mais pessoas estão começando a investir na Bolsa, mas a B3 ainda é um bicho de sete cabeças para a maioria da população.
Mas fique tranquilo, ao contrário do que muitos pensam, entender a Bolsa de Valores é simples e só exige que você estude sobre as principais informações.
Não é preciso ser expert em economia para investir na Bolsa. Acompanhar o mercado e conhecer alguns conceitos básicos já é o suficiente para começar as suas primeiras operações. Vamos explicar alguns desses conceitos, vamos lá?
Rentabilidade
A rentabilidade é um dos termos técnicos mais fáceis para quem está iniciando no mundo dos investimentos. Afinal de contas, você com certeza deseja sabe o quanto pode ganhar ao investir o seu dinheiro né?
A rentabilidade é justamente o conceito utilizado para indicar o percentual que você pode ganhar em cima do valor que foi investido. Ou seja, quanto o seu investimento teve de retorno.
Imagine que você fez um investimento em ações no valor de R$250 e ao final da aplicação você resgatou R$300. Nesse caso, a sua rentabilidade foi de 20%.
Os investimentos na Bolsa são configurados como investimentos em Renda Variável, o que significa que os rendimentos não são pré-estabelecidos e possuem grandes variações ao longo do tempo. Por isso, não é possível saber exatamente qual será a sua rentabilidade ao investir em uma ação, por exemplo. Mas isso não significa que investir na Bolsa é dar um tiro no escuro.
Em investimentos na Bolsa é possível fazer análises sobre o desempenho de determinados ativos. E se você investe para receber parte dos lucros da empresa, por exemplo, existem alguns indicadores que apresentam o histórico de distribuição de lucros e ajudam o investidor a ter uma certa previsibilidade.
Liquidez
A liquidez, assim como a rentabilidade, é um termo bastante simples. Em linhas gerais, ela nada mais é do que a facilidade de transformar um bem em dinheiro com rapidez. Ou seja, quanto mais rápido o rendimento do seu investimento cair na sua conta, maior é a liquidez desse ativo.
Para exemplificar, vamos mostrar o comportamento de dois ativos diferentes.
CDB
Os Certificados de Depósito Bancário (CDB) são investimentos de renda fixa em que você aplica o seu dinheiro e recebe o seu rendimento em uma data específica. Esse tipo de investimento geralmente tem uma data de vencimento, que é o único momento em que você pode resgatar o dinheiro que você investiu.
Nesse caso, a liquidez é baixa porque o seu dinheiro vai ficar investido sem possibilidade de resgate por todo o período pré-estabelecido.
Ações
No caso das ações da Bolsa a lógica é bem diferente. O investimento nesse caso acontece pela compra e venda de ações. Na Bolsa, as negociações acontecem diariamente, então a qualquer momento (durante o pregão) você pode comprar ou vender os seus ativos. Ou seja, se você comprar uma ação agora, você pode resgatar o seu dinheiro (com o lucro ou o prejuízo) a qualquer momento, basta apenas vender a sua ação.
Nesse caso, a liquidez é alta, pois você pode resgatar o dinheiro investido a qualquer momento durante o período de negociação da B3.
Relação de risco e retorno
Entender a relação entre risco e retorno é muito importante para quem deseja começar a investir na Bolsa de Valores.
Ao fazer um investimento em renda variável você está exposto a alguns riscos devido às oscilações do mercado e ao cenário socioeconômico
Mas por outro lado, na maioria dos casos, quanto mais riscos um investimento representa, maior poderá ser o retorno financeiro. E é por isso que os investimentos em ativos da B3 podem gerar maior rentabilidade.
A dica é procurar manter uma relação de risco x retorno saudável e coerente com o seu planejamento financeiro. Lembre-se que, para obter bons resultados na bolsa, o investidor precisa ganhar mais vezes do que perder.
Perfil de investidor
Como já mencionamos, para começar a investir na Bolsa de Valores você precisa compreender que os seus ganhos não são certos e que existem riscos. Pesquisar e se manter informado sobre os produtos financeiros pode ser a chave para te ajudar aumentar sua chance de sucesso.
E conhecer o seu perfil de investidor é tão importante quanto. Por meio dele é possível descobrir quais os investimentos mais indicados para você e traçar um plano de investimentos que melhor atenda as suas preferências.
De forma geral, podemos dizer que o perfil de investidor é uma escala de tolerância ao risco.
Se solidez e segurança são características essenciais para você investir, o seu perfil é de investidor conservador. Esse tipo de investidor possui a tendência em optar por investimentos de renda fixa – ou em outras modalidades com menos riscos.
Agora, se a palavra equilíbrio for tudo para você e a segurança importa tanto quanto a rentabilidade do investimento, o seu perfil é moderado. A carteira de investimentos desse perfil costuma ser composta por ativos que tenham baixo risco. Mas também conta com investimentos mais arriscados para garantir uma maior rentabilidade.
Bom, se você é arrojado e se sente confortável correndo altos riscos o seu perfil é de investidor agressivo. Esses investidores lidam bem com as variáveis do mercado e acreditam que as possibilidades de aumentar o retorno fazem os riscos valerem a pena.
Como começar a investir na Bolsa de forma prática?
Tão importante quanto a teoria é a prática, certo? E para te ajudar, nós elaboramos algumas dicas importantes sobre como começar a investir na Bolsa de Valores na prática. Continue a leitura e saiba mais!!!
1- Escolher uma corretora
Se você chegou até aqui já sabe que uma das mais importantes regras da Bolsa de Valores brasileira é a necessidade de ter uma conta em uma instituição financeira. Essa instituição é responsável por intermediar as suas operações.
Além disso, as corretoras, em grande maioria, costumam cobrar uma taxa para intermediar suas negociações e isso afeta o valor do seu rendimento final. Por isso escolher boas corretoras e que atendam às suas demandas deve ser o primeiro passo.
Vale lembrar que todas as corretoras que operam na B3 são certificadas e seguras. E também contam com plataformas modernizadas, chamadas de Home Broker, que auxiliam você a investir de forma simples e rápida de qualquer lugar.
2- Escolher o ativo adequado
Após escolher uma corretora, o passo seguinte é escolher qual o ativo adequado para você. Tomar essa decisão nunca é fácil e não existe uma fórmula que garanta quais são as melhores escolhas.
Mas como já te contamos, saber o seu perfil de investidor, pesquisar sobre os produtos financeiros, fazer um bom planejamento financeiro e ter seus objetivos estabelecidos pode fazer toda a diferença.
Imagine, por exemplo, que ao fazer o seu planejamento financeiro você descobriu que o seu limite para investir é de R$100. O seu objetivo com o investimento é realizar uma viagem no final do ano no valor de R$1000 reais. E o seu perfil de investidor é moderado.
A partir dessas informações você sabe que o seu investimento não precisa ter uma liquidez diária e, por isso, talvez possa investir em ações que gerem dividendos.
Por outro lado, a previsão dos dividendos não indica que você terá o retorno do dinheiro necessário no final do ano, será preciso explorar outras possibilidades. Com o perfil moderado, o investidor tem mais abertura a se arriscar e pode optar por fazer outros tipos de operações mais rentáveis.
3- Enviar a ordem de compra
Com os ativos escolhidos, é hora de enviar a sua ordem de compra. As ordens de compra, em suma, são as instruções de como você quer que a corretora lide com as suas operações dentro da Bolsa.
Mas fique atento, existem diversos tipos de ordem e nós vamos te contar agora algumas das mais utilizadas.
- Ordem limitada: é quando o investidor estabelece um limite de valor tanto para compra e venda.
- Ordem a mercado: essa é uma das mais utilizadas dentro da Bolsa de Valores. Nela, o investidor diz que quer uma determinada quantidade de ativos ao melhor preço que for possível naquele momento.
- Ordem stop loss: essa modalidade permite que as ordens sejam enviadas de forma instantânea caso atinja o limite de valor programado pelo investidor. Nesse caso, a ordem passa a ser limitada.
- Ordem Stop Móvel: a lógica dessa ordem é similar ao caso da stop loss, contudo, ela conta com uma ajuda para que o investidor proteja seus rendimentos. Se o ativo estiver valorizando a instrução é que ele seja mantido e continue a gerar lucros, e que seja vendido apenas em caso de desvalorização.
4- Acompanhar a operação
Com as etapas anteriores realizadas, agora é o momento de acompanhar as suas operações e observar a necessidade de reformular suas estratégias ou identificar outras possibilidades.
Agora que você conhece as principais dicas sobre como começar a investir na Bolsa de Valores, dobre as mangas e faça seu investimento hoje mesmo. Mas antes, assine nossa newsletter para se manter informado sobre os acontecimentos financeiros e ficar por dentro das principais dicas que podem te ajudar a alcançar o sucesso financeiro.