Dolarizar a carteira é uma estratégia comumente usada para quem busca diversificar os investimentos e reduzir a exposição aos riscos da economia local. Afinal, ter parte do patrimônio atrelada a moedas fortes pode ajudar a proteger o poder de compra e equilibrar os resultados.

Além disso, investir em mercados internacionais oferece acesso a empresas e setores não disponíveis no Brasil, permitindo aproveitar oportunidades de crescimento global. Assim, para quem deseja construir uma carteira sólida e resiliente, entender como dolarizar os investimentos é importante.

Por essa razão, nós, da Genial Investimentos, preparamos este post. Aqui, você entenderá como dolarizar sua carteira em busca de proteção e crescimento do patrimônio. Confira!

Por que devo dolarizar a minha carteira de investimentos?

No contexto dos investimentos, a dolarização se refere à escolha de alternativas financeiras que estejam ligadas ao dólar norte-americano ou à economia dos Estados Unidos (EUA). Por exemplo, imagine que você decidiu investir em ações de empresas negociadas em uma bolsa de valores dos EUA.

Nesse caso, você dolarizou seu portfólio porque parte dos seus recursos está aplicada em ativos vinculados à moeda norte-americana. Mas por que pode ser interessante expor a carteira de investimentos ao dólar?

A seguir, veja os principais motivos que você pode considerar ao dolarizar o seu portfólio!

Redução do risco Brasil

O risco Brasil é um indicador que mede a confiança de investidores na capacidade do país de honrar seus compromissos financeiros. Ele reflete as condições políticas, econômicas, fiscais e sociais do país, influenciando o custo e a atratividade dos investimentos.

Quando o risco Brasil está elevado, significa que a economia nacional enfrenta instabilidades que costumam comprometer a liquidez e a segurança dos investimentos locais. Por exemplo, a saída de capital estrangeiro pode causar a desvalorização da moeda nacional e elevar as taxas de juros para controlar a inflação ou atrair investidores.

Além disso, as crises tendem a levar à redução das negociações de ativos nacionais, podendo diminuir sua liquidez e tornar o mercado interno menos atrativo. Ao dolarizar a carteira, é possível reduzir a exposição a esses riscos, já que parte do patrimônio não está atrelada à economia local.

Investimento em uma economia forte

Investir em ativos dolarizados pode ser uma estratégia para quem busca aproveitar o potencial de rentabilidade da economia norte-americana, que costuma ser mais estável. O mercado dos EUA é conhecido como diversificado e eficiente, o que costuma proporcionar maior resiliência em momentos de crise.

Ademais, o ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a inovação constante podem beneficiar investidores de longo prazo, por exemplo. Portanto, participar desse mercado permite explorar alternativas com chances de oferecer retorno além das limitações do mercado nacional.

Mais segurança diante de incertezas econômicas

O Brasil já passou por episódios de instabilidade política e econômica, como impeachment de presidentes, hiperinflação e crises fiscais. Essas situações, além de imprevisíveis, podem gerar impactos nos investimentos locais.

A dolarização da carteira permite diversificar o risco e reduzir a dependência das condições econômicas brasileiras. Dessa maneira, em momentos de crise interna, os ativos atrelados ao dólar ou investidos em outros mercados internacionais tendem a oferecer mais estabilidade.

Proteção cambial

Os ativos atrelados ao dólar podem funcionar como um escudo quando a moeda brasileira perde valor. Essa proteção é reforçada pela relação inversa que muitas vezes ocorre entre o dólar e o mercado brasileiro.

Muitas vezes, quando o Ibovespa — que é o principal índice da bolsa de valores no Brasil — enfrenta quedas, o dólar tende a se valorizar em relação ao real. Nesse contexto, manter parte dos investimentos em dólar pode equilibrar os efeitos negativos no restante da carteira.

Proteção contra inflação e oscilações no Brasil

Em períodos de alta inflação, o poder de compra da moeda nacional diminui, afetando o valor real dos investimentos atrelados a ela. Nesse cenário, ativos dolarizados oferecem uma proteção natural, já que eles estão vinculados a uma moeda mais forte e menos suscetível a desvalorizações abruptas.

Mais um ponto é que as oscilações econômicas no Brasil — que costumam ser impulsionadas por fatores como instabilidade política e volatilidade fiscal — podem impactar negativamente os mercados locais. Como você viu, manter parte do portfólio atrelada ao dólar reduz a dependência dessas condições internas.

Acesso a mercados globais

Investir no mercado norte-americano permite acesso às maiores empresas globais, como Apple, Microsoft, Amazon e Google. Essas companhias têm forte presença internacional e desempenham papel importante na economia mundial.

Ao incluir ações dessas empresas na sua carteira, por exemplo, você pode aproveitar o potencial de crescimento e a solidez que historicamente elas oferecem. Você também aprendeu que o mercado norte-americano pode oferecer oportunidades de investimento em áreas não tão desenvolvidas no Brasil, como tecnologia e biotecnologia, não é mesmo?

Como dolarizar a minha carteira de investimentos?

Agora que você já sabe as principais razões pelas quais pode ser interessante dolarizar a carteira de investimentos, é o momento de entender como aplicar essa estratégia.

Na sequência, conheça as principais alternativas que permitem expor o seu portfólio ao dólar!

Empresas com atuação global

Uma maneira de dolarizar a sua carteira é investir diretamente em ações de empresas globais. Ao comprar esses papéis, você se torna um sócio dessas grandes corporações. Dessa maneira, é possível ter participação nos resultados do negócio.

No entanto, é preciso ter em mente que os eventuais prejuízos da empresa também são assumidos pelos acionários. Tenha em mente que esse é um investimento em renda variável, em que não há previsibilidade de resultados.

Outros investimentos diretos

Além das ações de empresas globais, existem outros investimentos diretos que permitem dolarizar a sua carteira. Entre essas alternativas estão os bonds, que são títulos de dívida emitidos pelo Governo e por empresas dos Estados Unidos.

Ao investir em bonds, você empresta dinheiro ao emissor e, em troca, recebe uma remuneração na forma de juros até o vencimento do título, quando o montante inicial é devolvido. Dessa maneira, os bonds características da renda fixa brasileira, oferecendo previsibilidade de retorno.

Entre os tipos de bonds, os Treasury Bonds são emitidos pelo Governo dos EUA com prazos longos, de até 30 anos, enquanto os Treasury Notes têm vencimento mais curto, de 2 a 10 anos. Já os Treasury Bills são títulos de curto prazo, com vencimento de até 1 ano.

Essas aplicações do Governo dos EUA são vistas como extremamente seguras devido à solidez da economia do país. Além deles, há os corporate bonds, que são emitidos por empresas norte-americanas, apresentando características variadas dependendo das necessidades do emissor.

Mais uma forma de acessar o mercado dos EUA diretamente é por meio dos real estate investment trusts (REITs). Eles funcionam como empresas dedicadas à gestão de imóveis e seus lucros são gerados por meio de aluguéis e vendas de propriedades.

Os investidores podem adquirir essas cotas nas bolsas de valores dos EUA e, assim, participar dos resultados da empresa sem a necessidade de comprar propriedades físicas. Você deve ter percebido que os REITs se assemelham à dinâmica dos fundos imobiliários (FIIs) brasileiros, certo?

Fundos de investimento internacionais

Os fundos de investimento são veículos financeiros que reúnem o capital de diversos investidores para investir em comum. Além disso, a carteira é manejada por um gestor profissional, conforme a política de investimentos.

Para participar de um fundo e expor a sua carteira ao desempenho dele, é preciso adquirir as cotas. Assim, a sua participação é proporcional ao número de cotas em seu portfólio.

Existem diversos tipos de fundos, que variam de acordo com o foco e a estratégia de investimentos. No caso dos fundos internacionais, a política de investimento envolve a compra de ativos estrangeiros, como ações, títulos de dívida e demais alternativas emitidas fora do Brasil.

Portanto, para dolarizar a carteira por meio desse veículo, você precisa escolher fundos internacionais com portfólio composto por ativos expostos ao dólar. O investimento pode ser feito em reais em plataformas de investimento no Brasil.

ETFs

Os fundos de índice (ETFs) são fundos de investimento que buscam acompanhar o desempenho de um índice de mercado, como o Ibovespa. Para isso, a sua estratégia de alocação envolve a compra dos ativos que compõem a carteira teórica do índice-alvo, em proporções semelhantes.

Na bolsa brasileira, há ETFs que seguem índices de mercados internacionais, como o S&P 500, que reúne as 500 maiores empresas dos Estados Unidos. Ao investir nessa modalidade, você pode dolarizar a sua carteira, sem a necessidade do investimento direto na bolsa norte-americana.

Nesse caso, o investidor está exposto ao desempenho dos ativos que compõem a carteira do fundo à variação cambial do dólar em relação ao real. Também é possível investir diretamente em ETFs no mercado norte-americano.

Fundos cambiais

Os fundos cambiais têm como foco a alocação em ativos atrelados à variação de moedas estrangeiras, como dólar ou euro. Eles podem ser usados como uma forma de proteção cambial e como estratégia para tentar lucrar com a valorização de uma moeda estrangeira.

Vale ter em mente que, embora a rentabilidade desses veículos esteja ligada à variação do câmbio, os aportes e resgates são feitos em reais, combinado?

BDRs

Os brazilian depositary receipts (BDRs) funcionam como recibos emitidos por uma instituição brasileira e negociados no Brasil. No entanto, eles representam ativos de empresas estrangeiras, podendo ser ações, ETFs ou títulos de renda fixa.

Assim, a rentabilidade dos BDRs acompanha o desempenho das alternativas no exterior — seja a valorização de ações, a performance de um ETF ou os juros dos títulos. Essa é uma forma de se expor a oportunidades de ganhos no mercado dos EUA, com a conveniência de operar na bolsa brasileira.

Criptomoedas

As criptomoedas são moedas digitais descentralizadas, criadas por meio de tecnologias de blockchain, que garantem a segurança e a transparência nas transações feitas digitalmente. Embora elas não pertençam a nenhum Governo, existem aquelas com preço pareado a uma moeda tradicional.

As criptomoedas com essa característica são chamadas de stablecoins. Para dolarizar a carteira usando essa estratégia, é necessário investir nos criptoativos atrelados ao dólar norte-americano. Eles são emitidos com lastro em reservas de dólar ou alternativas dolarizadas.

O que considerar na hora de dolarizar a carteira?

Quando você decide dolarizar a sua carteira, é fundamental considerar pontos para garantir que essa estratégia esteja alinhada aos seus objetivos. Ainda que investir em ativos ligados ao dólar ofereça proteção contra a desvalorização do real, é preciso lembrar que isso não significa isenção de riscos, ok?

Por isso, é preciso fazer uma análise dos mercados e ativos nos quais você pretende investir. Afinal, o desempenho do dólar, assim como de outras moedas e ativos no exterior, depende de uma série de fatores econômicos globais, que podem refletir de forma positiva ou negativa em sua valorização.

Outro fator a considerar é o seu perfil de investidor, que mensura a sua tolerância aos riscos. Se você é conservador, pode estar alinhado ativos mais seguros, como títulos de renda fixa, em geral. Já se seu perfil é arrojado, pode estar disposto a correr mais riscos em busca de maior rentabilidade.

Nesse caso, as ações de empresas em crescimento ou criptomoedas costumam chamar a atenção. Também vale considerar os objetivos financeiros para compreender o horizonte de investimento, que é o tempo no qual você pretende manter o capital investido.

Para horizontes mais curtos, as alternativas conservadoras e com alta liquidez podem ser uma escolha para quem busca evitar perdas causadas pela volatilidade. Já os horizontes mais longos permitem investir em ativos voláteis, pois o tempo tende a diluir o efeito das oscilações sobre os investimentos.

Além disso, quando se investe diretamente no exterior, a questão fiscal precisa ser considerada. Cada país tem suas próprias regras tributárias, então é fundamental entender como elas se aplicam aos seus investimentos.

Por fim, saiba que investir em ativos internacionais pode envolver taxas de corretagem mais altas, impostos e custos de conversão de moeda. Esses gastos impactam o potencial retorno dos seus investimentos, sendo importante prestar atenção a eles antes de tomar decisões, combinado?

Como a Genial Investimentos pode ajudar?

A Genial Investimentos é uma corretora completa e 100% digital, atuando há mais de 10 anos no mercado financeiro. Buscamos democratizar o acesso às oportunidades, oferecendo soluções para quem deseja diversificar a carteira — incluindo ativos para dolarizar o patrimônio.

Por meio de nossas plataformas de investimento intuitivas, você encontra uma variedade de alternativas financeiras, tanto em renda fixa quanto em renda variável. Ademais, oferecemos corretagem zero em diversos ativos e acesso a ferramentas modernas.

Isso facilita o processo de negociação das alternativas, permitindo que você se exponha a investimentos internacionais sem complicação. Nossa equipe de assessores está pronta para ajudá-lo a entender as melhores estratégias para o seu perfil e objetivos.

Ainda, você pode contar com o suporte 24 horas, 7 dias por semana, por meio de chat, telefone ou e-mail.

Neste artigo, você entendeu como dolarizar a sua carteira e proteger o seu patrimônio por meio da exposição ao dólar. Agora, vale a pena considerar as informações na hora de elaborar a sua estratégia, tendo a Genial como a sua aliada.

Você quer contar conosco para dolarizar a sua carteira com segurança e praticidade? Abra a sua conta e venha ser Genial!

Genial Investimentos

Somos uma plataforma de investimentos que tem como objetivo facilitar o acesso ao mercado financeiro e ampliar a educação financeira no Brasil.

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