Também conhecido por DY entre os investidores, o Dividend Yield é um importante indicador financeiro quando o assunto é renda variável. Em linhas gerais, ele representa o retorno pago por uma companhia – em dividendos – aos seus investidores em dado período de tempo.

Ao analisar o histórico das empresas nas quais pretende se investir, é possível fazer uma estimativa dos valores a serem pagos por ela nos próximos 12 meses, o que facilita (e muito) na hora de escolher os melhores investimentos de acordo com o seu perfil de investidor.

Vale lembrar que, investindo em ações, é possível lucrar tanto com a variação do valor dos papéis no mercado, quanto com a distribuição dos dividendos – mecanismos que funcionam de formas distintas. Se você pretende construir uma carteira de investimentos focada em dividendos, é fundamental conhecer mais sobre o Dividend Yield e saber como calculá-lo. Para isso, basta seguir a leitura deste artigo!

O que é Dividend Yield

Quando falamos em ações, muita gente pensa, imediatamente, na valorização dos papéis na Bolsa de Valores, certo? Fato é que, para além dessa possibilidade, há como obter bons retornos e fazer seu patrimônio crescer por meio dos dividendos pagos pelas empresas também.

Isso porque, ao investir recursos em determinada ação, você se torna sócio da companhia emissora daquele papel. De tempos em tempos, as empresas são obrigadas, por lei, a distribuir pelo menos 25% dos proventos entre seus acionistas, o que torna os investimentos em renda variável interessantes até mesmo durante as altas nas taxas de juros.

Para analisar se o pagamento de dividendos e Juros Sobre Capital Próprio (JCP de determinada companhia atende às suas expectativas, basta utilizar o Dividend Yield (DY), rendimento de dividendos, em português – um indicador da rentabilidade relativa dos proventos pagos aos acionistas ao longo do último ano. Se ainda parece um pouco confuso, fique tranquilo. Logo abaixo explicaremos como calculá-lo!

Como calcular o Dividend Yield de uma empresa

Não há segredo nenhum aqui: para calcular o Dividend Yield de uma empresa, você deve dividir o valor dos dividendos pagos nos últimos 12 meses pelo valor individual da ação antes da distribuição desses dividendos – e, em seguida, multiplicar o resultado por 100.

Pense em uma instituição financeira que chegou a pagar R$4 de proventos por cada ação no último ano. Se o preço desse ativo estivesse em R$40, o DY seria de 10% naquele período.

Veja só:

Dividend Yield = (dividendos pagos por ação / valor individual da ação) x 100

ou:

DY = R$4,00 dividido por R$40 = 0,1 x 100 = 10%

Se o investidor adquiriu 100 ações dessa companhia por R$40 cada, ele acabou recebendo aproximadamente R$400 reais em proventos – que representa 10% do investimento feito inicialmente. Ou seja, o DY é de 10%.

É importante ressaltar alguns pontos:

  • O DY pode variar, já que o preço das ações oscila bastante no mercado financeiro.
  • O calendário de pagamentos dos dividendos pode variar de empresa para empresa.
  • Apesar de a análise de histórico e do fundamento das empresas (que envolve o DY também) ser uma ótima ferramenta para o investidor, vale lembrar que resultados anteriores não representam, necessariamente, nenhuma garantia de resultados futuros.

Para consultar o histórico de pagamentos de proventos de uma companhia e calcular o DY, o investidor deve acessar a área de Relações com Investidores (RI) no site da empresa ou o site da B3.  

Por que entender esse indicador

Como estamos vendo, investir em instituições que pagam bons dividendos pode ser uma boa oportunidade para quem deseja fazer seu patrimônio render.

Como parte do processo de análise fundamentalista de uma empresa, o indicador Dividend Yield é importante para o investidor ter conhecimento das possibilidades de retorno que a companhia da qual pretende se tornar acionista costuma oferecer – sendo muito útil na hora de escolher os papéis que irão compor a sua carteira.

Com o tempo, de acordo com os resultados obtidos, a empresa poderá aumentar a remuneração paga aos acionistas – também conhecida como payout. Conhecer a Política de Distribuição dos Lucros e acompanhar seu histórico no mercado pode ajudá-lo a tomar decisões mais assertivas.

Um outro ponto que também merece atenção é: no geral, quanto maior o preço das ações, menor o percentual de retorno pago em dividendos aos acionistas. Isso quer dizer que o DY vai na contramão das altas do mercado.

No entanto, uma empresa com o Dividend Yield baixo não está, necessariamente, em um momento ruim ou com proventos pouco atrativos: ela pode estar em expansão. Companhias em crescimento costumam investir seus lucros em sua própria estrutura física e organizacional e, com isso, os valores distribuídos entre seus acionistas tendem a ser menores – em contrapartida, empresas já consolidadas no mercado costumam distribuir maiores lucros entre seus investidores.

Como interpretar o Dividend Yield

Apesar de o cálculo do Dividend Yield ser relativamente simples, a interpretação dos resultados pode ser um pouco mais complexa. Isso porque o DY não pode ser analisado separadamente – mas, sim, levando em conta todas as características da companhia e as variáveis do mercado financeiro.

Mesmo em prejuízo, uma companhia pode pagar bons dividendos a fim de atrair capital. Como o indicador é inversamente proporcional ao preço das ações da empresa no mercado, os valores baixos podem trazer uma impressão falsa ao investidor (de que a instituição é boa pagadora de proventos ou que está financeiramente saudável, por exemplo).

É por isso que, antes de começar a investir, o investidor deve fazer uma análise completa e detalhada das empresas nas quais deseja aportar seu capital – assim, minimiza riscos e potencializa suas chances de sucesso.

Além de levar em conta todos os pontos anteriores, investidores que desejam obter bons rendimentos com dividendos devem adquirir ações de empresas que possuam um Dividend Yield acima de 100% do CDI.

Atualmente, o mercado estima que pelo menos 15 empresas paguem um DY acima de 5% – o que compreende a previsão para a Selic até o final de 2021. Instituições financeiras e mineradoras são, no momento, os setores que melhor pagam dividendos aos seus acionistas. 

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