Provavelmente, você já ouviu falar que, para ser um investidor de sucesso, é necessário ser racional. Mas você acredita que os seres humanos conseguem ser técnicos o tempo todo? A resposta óbvia é não. 

Para ajudar a entender os impulsos naturais e os hábitos que moldam o investidor, surgiu uma frente de pesquisa que foca na economia comportamental, uma teoria que prega que o investidor, mesmo quando treinado para tomar decisões analiticas, tende primariamente a agir com base em seus hábitos e em suas experiências pessoais. 

Normalmente, o investidor escolhe o caminho mais simples ou mais familiar para um fim, mesmo que esteja pensando no campo financeiro de sua vida. A linha de pesquisa da economia comportamental é, portanto, uma mescla de estudos da economia, da psicologia, da neurociência e de outras ciências sociais. 

Quer entender melhor as decisões que os investidores tomam da forma mais realista possível, para tentar moldar os seus comportamentos em prol de um mindset mais forte e assertivo nos investimentos? Descubra quais tipos de comportamento podem ser prejudiciais aos seus investimentos no nosso blogpost! 

Reflexos comportamentais nos investimentos

No processo de aprendizado, algumas perdas são comuns. Porém, a partir do momento em que essas perdas começam a ser constantes e os resultados insatisfatórios, é possível afirmar que alguma parte da execução não está correta. 

Quando o erro surge na parte técnica da operação, a solução é simples: muito estudo e análise para aumentar a assertividade! Contudo, quando todos os passo técnicos estão corretos e mesmo assim as perdas estão constantemente superando os ganhos, é hora de observar os seus reflexos comportamentais nos investimentos.

Tem dúvida sobre onde está errando? Separamos abaixo os principais e mais comuns hábitos que atrapalham os resultados dos investidores. 

Prova social e efeito manada

Tanto a prova social quanto o efeito de manada se baseiam em um mesmo princípio que diz que, por serem seres sociais, é comum que as pessoas se espelhem no comportamento umas das outras para tomarem decisões importantes. Por exemplo, quando alguns investidores começam a prever uma possível queda de determinada ação, é comum que várias pessoas com medo de perder dinheiro vendam seus lotes ao mesmo tempo. 

Esse movimento normalmente é feito apenas para seguir o fluxo e para não contrariar as expectativas coletivas. A parte irônica é que, quando a venda é feita por várias pessoas ao mesmo tempo a ação pode, de fato, cair muito. 

Na economia, esse efeito é preocupante, pois tende a prejudicar as decisões independentes, baseadas em análises que condizem melhor com cada carteira e perfil de investidor. Quando o investidor se sente pressionado a comprar ou vender ações, pois a maioria dos players assim o fazem, ele pode subjugar seus estudos e até mesmo contrariar seus princípios e planejamentos. 

Aversão à perda

A verdade é que ninguém gosta de perder dinheiro. Contudo, um bom investidor sabe que aprender a gerenciar perdas nos investimentos é essencial para se dar bem no mercado. 

A aversão à perda pode fazer com que os investidores permaneçam na zona de conforto pelo medo de fracassar em um investimento. Por medo de se expor e falhar, ele pode perder a oportunidade de fazer um bom investimento ou até mesmo assumir ainda mais riscos do que o normal para evitar o prejuízo a todo custo. 

É importante saber também que a dor influencia diretamente a nossa tomada de decisão. Essa teoria foi comprovada por Daniel Kahneman, especialista em ciência cognitiva, por meio de testes empíricos. Segundo ele, as pessoas correm mais riscos para evitar uma dor quando ela está relacionada a uma possibilidade de perda, sendo normal que não corramos riscos grandes quando já temos um ganho (mesmo que pequeno) garantido.

Excesso de confiança

Qualquer sentimento em excesso pode nublar a tomada de decisões. É evidente o impacto do medo, mas o que poucos sabem é que o excesso de confiança na hora de operar pode ser ainda mais perigoso. 

Ter confiança é importante para ser mais decisivo. Contudo, quando o ego e as certezas absolutas começam a afetar o desempenho dos investimentos, é hora de rever seu caminho no mercado financeiro. 

Um bom trader nunca para de estudar. Experiência ajuda muito na hora de operar, mas estar munido das mais diversas informações e ter a consciência de que a Bolsa de Valores exige constante aprendizado é essencial. Tente manter o pé no chão e evite superestimar sua visão do mercado. 

Viés (ou heurística) da confirmação

Hábitos são confortáveis e, por isso, é natural ao ser humano criar padrões para continuar seguindo seus hábitos continuamente. O viés da confirmação tem a ver com esse anseio. Ele acontece quando o investidor busca informações que visam sempre comprovar um ponto de vista próprio. Fazendo com que, assim, ele sempre esteja “certo”. 

O viés da confirmação tem muito a ver com o excesso de confiança. Contudo, nem sempre isso quer dizer que o ego está influenciando a tomada de decisão.

É natural que sejamos naturalmente impulsionados por certezas prontas que, às vezes, nem sabíamos que habitavam nosso inconsciente. Mas é importante procurar informações em outras fontes e ter autocrítica para que essas certezas não nos deixem cegos para outras possibilidades. 

Racionalidade e conhecimentos técnicos são vitais para operar. Contudo, para ter uma carteira de sucesso, é preciso ir além e entender como as emoções impactam na tomada de decisão, visando reprogramar os hábitos para ter a chance de aumentar o seu sucesso nos investimentos. 

Entendeu a importância de trabalhar o psicológico na hora de investir? Se você quer aprender algumas técnicas e aprofundar ainda mais no assunto, baixe agora nossa apostila sobre controle emocional e gestão de risco!

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