A Bolsa de Valores tem batido recordes consecutivos e, recentemente, ultrapassou os 130 mil pontos. Um dos fatores que explicam esse cenário é o crescimento do lucro das empresas, mesmo em meio a um período de incertezas.

Para quem deseja começar a investir em renda variável, essa pode ser uma ótima notícia. Afinal, a primeira coisa que precisamos ter em mente antes de aventurar pela Bolsa de Valores é que estamos nos tornando sócios – ou parcialmente donos – de uma (ou várias) empresa(s). E ninguém vai querer colocar dinheiro em uma instituição que está indo mal, certo?

É por isso que é tão importante pesquisar e analisar uma série de fatores antes de investir – como o histórico, ritmo crescimento, preço das ações, as práticas de governança corporativa e a reputação das empresas. Mas a questão é, como fazer isso na prática? Fique tranquilo, nós vamos te explicar. Continue a leitura e saiba mais!

Importância de encontrar as empresas certas para investir

Tudo que acontece com uma companhia influencia o preço das suas ações. Pense em uma empresa envolvida em algum escândalo: é de se imaginar que o preço de seus papéis caia rapidamente, não é mesmo?

Mas esse não é o único fator que leva uma empresa a ser ideal ou não para se investir. Investidores bem-sucedidos sabem interpretar o cenário como um todo para poder escolher as melhores empresas de acordo com o seu perfil de investidor.

Aqui entra um ponto que merece atenção: geralmente, quanto mais diversificada for a carteira de um investidor, menores serão os riscos envolvidos nas operações – e maiores as possibilidades de ganho.

Ninguém quer entrar na Bolsa de Valores para perder dinheiro – ainda que qualquer investidor esteja sujeito a isso. Saber analisar quais são as empresas certas para investir de acordo com o seu perfil é importante justamente para isso: fazer escolhas conscientes e tomar decisões cada vez mais assertivas.

O que você precisa saber antes de escolher as empresas para investir

Conheça o seu perfil de investidor e defina objetivos claros

Se você possui um perfil mais conservador e acaba investindo em uma empresa mais nova no mercado, pode se frustrar – ou enfrentar riscos que não está disposto a correr.

Se possui um perfil arrojado e opta por uma empresa mais estável e menos volátil, também pode se frustrar, observando seu patrimônio render abaixo do esperado.

É por isso que é tão importante, antes de mais nada, conhecer o seu perfil de investidor e saber onde você pretende chegar com os seus investimentos. Não invista em determinada companhia por indicação de um amigo ou colega de trabalho: vocês podem ter perfis e metas completamente diferentes!

Informe-se sobre os setores

É importante que você compreenda como cada setor interage com os movimentos políticos e econômicos atuais do país – só assim, conseguirá fazer uma boa leitura de como cada instituição reage às diferentes tendências do mercado.

Veja como a nossa Bolsa de Valores é dividida hoje:

  • Bens industriais;
  • Comunicações;
  • Consumo cíclico;
  • Consumo não cíclico;
  • Financeiro;
  • Materiais básicos;
  • Petróleo, Gás e Biocombustíveis;
  • Saúde;
  • Tecnologia;
  • Utilidade pública;
  • Outros.

Estude a fundo as empresas

Quando falamos em estudar sobre as empresas, estamos falando também sobre a análise fundamentalista. Por meio dela, o investidor tem a possibilidade de fazer projeções futuras sobre a companhia a partir de uma análise de alguns indicadores – ou fundamentos.

Avaliar também a liquidez de uma ação é super importante para determinar se a empresa é ideal ou não para você, tendo em vista os seus objetivos. Mas não é só isso: vários outros fatores devem ser considerados de forma combinada. Veja só:

  • Compliance

Observe as diretrizes de compliance da companhia – afinal, é por meio delas que você saberá o nível de compromisso da instituição com as normas regulamentares, legais e de prevenção à lavagem de dinheiro, por exemplo.

  • Governança 

Toda companhia possui um plano de governança próprio, responsável por traduzir a sua estratégia de negócio. Para conhecê-lo, basta consultar o departamento de Relações com Investidores da empresa.

  • Sustentabilidade

Se você ainda não ouviu falar em ESG, ouvirá muito em breve. A sigla, que significa “environmental, social and governance”, ou aspectos ambientais, sociais e de governança, em português, traduz um novo olhar das empresas para as questões relacionadas à sustentabilidade – cada vez mais fortes nos dias atuais.

É de se imaginar que, quanto mais sustentáveis, mais sólidas essas companhias serão a médio e longo prazo, certo? Certo! 

Conheça os indicadores para analisar as empresas corretamente

  • Dívida e Patrimônio

Esse indicador mostra ao investidor o risco potencial de uma instituição quando ela se encontra muito endividada – e sem apresentar bons resultados.

  • Dividend Yield (DY)

Representa o potencial de pagamento de dividendos de uma empresa aos seus acionistas. Isso quer dizer que, quanto maior for o DY, maiores serão os lucros divididos entre os investidores.

  • Índice de Liquidez Corrente

Também encontrado nos balanços das companhias, esse índice representa a capacidade de uma companhia honrar com suas obrigações a curto prazo.

  • Relação Preço sobre Lucro (P/L)

Esse indicador representa o preço da ação de uma empresa dividido pelo lucro por ação. P/Ls altos são comuns em empresas que estão em crescimento; nas companhias já consolidadas no mercado, no entanto, pode representar um cenário arriscado para o investidor.

  • Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE)

O ROE pode ser encontrado dividindo-se o lucro pelo patrimônio líquido da empresa – e representa a taxa de retorno da companhia sobre o seu patrimônio.

Algumas dicas para investir com mais confiança

Dê preferência às empresas que costumam ser boas pagadoras de dividendos: elas geralmente possuem uma boa gestão e estão bem consolidadas no mercado.

Investir em fintechs e ou em empresas mais novas também pode ser uma boa opção se o seu foco estiver no longo prazo. Apesar de possuírem um perfil mais arrojado e de risco, essas instituições podem trazer retornos (positivos) igualmente maiores a partir do crescimento de seus negócios.

Por fim, observe como andam os ânimos políticos e sociais do país. Todos esses elementos interferem no ritmo de crescimento dos mais diversos setores da economia – o que reflete diretamente nas empresas que os integram.

Sem conhecimento técnico, não há como analisar corretamente as empresas para investir com mais assertividade. Por isso, não deixe de estudar e acompanhar o mercado – afinal, investir bem não é sorte; é estratégia. Para ficar por dentro das últimas notícias sobre o assunto, basta assinar a nossa newsletter. Ela é completamente gratuita!

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