Se você está interessado em investir sem dinheiro, então, provavelmente, já ouviu falar sobre os fundos de investimento. Mas se você ainda está inseguro sobre esse tipo de investimento, não sabe como funciona ou qual escolher, então iremos tirar todas suas dúvidas,  a seguir!

O que são fundos de investimento?

Os fundos de investimento estão chamando a atenção de quem está começando a investir e estão se tornando cada vez mais populares.

Os brasileiros colocaram R$191,6 bilhões em fundos de investimento, apenas em 2019, de acordo com dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais. Bastante dinheiro, não é mesmo?

Porém, mesmo com tantas pessoas investindo nessa modalidade, ainda existem muitas dúvidas nas cabeças dos investidores, principalmente dos iniciantes. 

Mas essas dúvidas vão chegar ao fim a partir de agora! Os fundos de investimentos são um tipo de investimento coletivo, ou seja, a junção dos recursos financeiros dos investidores para um único investimento em conjunto. 

Em outras palavras, esse tipo de investimento é formado por vários investidores que investem no mercado financeiro e de capitais e dividem os resultados obtidos entre todos os investidores participantes, porém, com a proporção de acordo com o que cada um investiu. 

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Como funciona um fundo de investimento?

Vamos explicar como funciona na prática esse tipo de investimento: essa aplicação financeira reúne diversos investidores que adquirem cotas do patrimônio do fundo. 

O fundo de investimento possui regras que seguem as normas da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e um regulamento próprio. 

Esse regulamento possui as informações referente à política de investimento, tipos de ativos negociados, riscos que envolvem as operações financeiras e outros dados importantes.

Ao investir em um dos fundos de investimentos, o investidor adquire cotas do patrimônio e se torna um cotista. 

O patrimônio de um fundo de investimento é dividido por essas cotas que possuem valores que podem mudar diariamente, dependendo da performance do fundo.

Tipos de fundos de investimentos

Agora que você sabe que fundos de investimentos são um tipo de investimento coletivo que possui cotas que podem ser adquiridas pelos cotistas (investidores), então deve estar se perguntando quais são as opções de tipo de fundo no mercado financeiro e de capitais. São eles: 

Fundos de renda fixa

O conceito de renda fixa se aplica no investimento que informa o retorno do capital investido no momento em que o título é adquirido. 

Esses títulos podem ser públicos (emitidos pelo governo) ou privados (emitidos por instituições privadas, como instituições financeiras e empresas). 

Os principais títulos públicos são: Tesouro Pré-fixado, Tesouro Selic e Tesouro IPCA. Já os títulos privados são:  CDBs, LCIs, LCA,s DPGEs, CRIs, CRAs, debêntures e outros.

A rentabilidade de cada título de renda fixa varia de acordo com o produto financeiro escolhido e as regras da instituição.

O prazo do vencimento da sua aplicação também é informado no momento que o título é adquirido. 

Fundos de ações

Os fundos de ações são uma ótima opção para quem deseja investir na bolsa para lidar com a variação de preços de ações admitidas à negociação no mercado financeiro.

Você pode escolher como investir seu dinheiro através de 3 opções: 

Fundos de valor/crescimento: investir em ações de empresas que possuem valor subavaliado na bolsa e valorização (método value investing).

Fundos de dividendos: ações que possuem um histórico de dividend yield (renda gerada por dividendos).

Fundos Small Caps: investir em ações de empresas de menor capitalização que possuem valor particular, ou seja, ainda não foram reconhecidas pelo mercado.

Fundos multimercado

Esse tipo de fundo investe em variados mercados, como renda fixa, ações e câmbio. Desse modo, por possuir essa variedade, pode ter maior rentabilidade e baixo risco.

Os fundos multimercado possuem vários subtipos e de estratégias, são eles:

Fundos long and short neutros: realizam operações compradas e vendidas de renda variável (ações, opções e contratos). A operação utiliza pares de ativos do mesmo setor e espera que um seja valorizado e outro desvalorizado para lucrar com essa diferença de ativos.

Fundos long and short direcionais: operações em renda variável que aumentam os ganhos e lucram com a formação de posições compradas e vendidas. Por não ter limite financeiro, o ideal é ser operada por um investidor ou gestor mais experiente que saiba lidar com altos riscos e com prazos mais longos. 

Fundos macro: utilizam aplicações em diversos ativos (título de renda fixa, ações, câmbio e outros) de acordo com os indicadores macroeconômicos de médio e longo prazos. A ideia é identificar e investir nos ativos menos avaliados no presente, mas que podem ser mais valorizados no futuro.

Fundos trading: as operações são realizadas em curto prazo no mercado financeiro, portanto, o lucro está presente nas oscilações em um pequeno intervalo de tempo.

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Fundos cambiais

Os fundos cambiais são investimentos na variação das moedas estrangeiras, como o dólar e o euro. 

Esse tipo de fundo cambial é aberto, ou seja, permite novas aplicações ou resgates do investidor. 

Se o investidor deseja aumentar sua participação no fundo, então ele pode adquirir novas cotas. Ao contrário, se ele deseja sair, então basta pedir o resgate e recuperar os recursos.

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Fundos de previdência privada

Esse tipo de fundo de investimento é indicado para quem deseja construir um patrimônio ou formar uma renda para aposentadoria.

Os fundos da previdência privada oferecem atraentes benefícios fiscais, como recolhimento do Imposto de Renda, redução de alíquotas do IR por conta do tempo de aplicação, entre outros. 

Esse tipo de fundo possui diferentes produtos financeiros que podem ser adquiridos pelos cotistas: PGBL e VGBL. Entenda: 

PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre): ideal para quem faz declaração de IR completo para excluir até 12% da renda bruta tributável anual.

VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre): o IR cai apenas sobre a rentabilidade do investimento, então é recomendado para quem faz declaração anual pelo formulário simples.

Fundos imobiliários

Como o próprio nome já diz, esse tipo de fundo de investimento é composto por fundos do setor imobiliário, sem a necessidade de comprar um imóvel.

O fundo imobiliário aplica em dois tipos de categorias: 

Fundo de tijolo: empreendimentos físicos, como escritórios, shoppings, hospitais, escolas, etc.

Fundos de papel: títulos do mercado imobiliário, como Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).

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Fundos de índice (ETFs)

Os Fundos de índice ou Exchange Traded Fund (ETF) são investimentos com cotas negociáveis em bolsa sobre a performance de um determinado índice de mercado, como o Ibovespa. 

A maior vantagem desse tipo de fundo de investimento é o seu custo baixo, já que possui uma gestão passiva da cesta de ações porque copiam o desempenho de determinado índice.

Quais as vantagens dos fundos de investimentos?

Veja as vantagens que essa opção oferece, tanto para pessoas físicas como jurídicas:

  • os fundos são geridos por profissionais capacitados que aumentam a sua chance de ter uma boa rentabilidade;
  • são excelentes opções para quem deseja diversificar seus investimentos;
  • podem ser feitos mesmo por investidores mais inexperientes, já que o gestor cuidará das decisões estratégicas e você não precisará ficar acompanhando diariamente o desempenho do fundo;
  • o recolhimento dos tributos (IR e IOF) são cobrados diretamente na fonte, reduzindo as preocupações do investidor;
  • o cotista tem acesso antecipadamente à política de funcionamento do fundo, custos, formas de administração e outros detalhes;
  • muitos fundos de investimentos contam com uma alta liquidez, ou seja, você poderá solicitar o resgate a qualquer momento;
  • existem fundos com cotas mais acessíveis, o que permite que investidores menores também optem por eles;
  • diminuição dos custos e dos riscos, já que os gastos administrativos e as taxas são partilhados entre os cotistas.

Como começar a investir?

Gostou da ideia e quer começar a aplicar nos fundos de investimentos? Veja duas orientações importantes que separamos para você:

Escolha o fundo adequado ao seu perfil

Primeiramente, entenda qual é o seu perfil de investidor e seus objetivos com aquela aplicação. A partir daí, escolha um fundo que tenha um grau de segurança equivalente ao seu perfil e que traga a rentabilidade esperada.

Muitas vezes, os investidores iniciantes olham apenas a rentabilidade média do fundo – e essa não é a melhor maneira de fazer essa escolha, já que você precisará comparar outros pontos e entender se a opção é válida para a sua realidade. Por exemplo, vale a pena ficar de olho na classificação e risco do fundo, prazo de resgate, histórico do fundo, aplicação inicial, taxa de administração e prospecto do fundo. Por isso, o mais indicado é sempre realizar o investimento nos fundos por meio de uma corretora capaz de lhe prestar essa orientação para definir qual é o melhor investimento.

Diversifique seus investimentos

Os fundos de investimento são ótimas opções, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. Porém, como sempre falamos, é muito importante diversificar suas aplicações, porque essa é a melhor maneira de conseguir uma boa rentabilidade e reduzir os seus riscos ao mesmo tempo.

Afinal, os fundos de investimentos valem a pena?

Para concluir o artigo, é importante frisar que os fundos de investimentos podem sim valer a pena. Afinal, os fundos são opções acessíveis de investimento, possuem uma rentabilidade interessante, contam com a figura do gestor e ainda possuem custos menores, já que as taxas são divididas pelos cotistas.

Mas, para que essa opção seja realmente vantajosa, é preciso analisar caso a caso, entendendo o seu perfil de investidor e os seus objetivos. Por isso, quem não tem muita experiência precisa considerar o apoio de uma assessoria especializada, de modo a encontrar o melhor fundo para a sua realidade. Além disso, é sempre importante diversificar seus investimentos, aplicando uma parte nos fundos e outra nas demais possibilidades oferecidas pelo mercado, protegendo seu patrimônio e aumentando a sua rentabilidade.

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