Já imaginou se você pudesse trabalhar apenas por hobby, sem precisar se preocupar com as contas do final do mês? Ou então poder parar de trabalhar e dedicar seu tempo exclusivamente para realizar seus sonhos e fazer o que você gosta? Parece ótimo, não é mesmo? Tudo isso é possível quando alcançamos a tão sonhada “independência financeira”:

A independência financeira pode ser entendida como a situação em que a pessoa tem dinheiro suficiente para não precisar trabalhar mais, pois o patrimônio que ela possui cobre suas despesas e lhe proporciona um bom padrão de vida. Ou ainda, quando os investimentos que uma pessoa tem geram rendimentos suficientes para cobrir suas despesas sem precisar de um emprego

Luíza tem uma despesa mensal de R$5 mil para viver bem. Ela possui imóveis alugados e outros tipos de investimentos que lhe fornecem uma receita de R$ 6 mil por mês. Ela não precisa trabalhar, pois o rendimento de seus investimentos cobrem seu custo de vida e um pouco mais. Então, podemos dizer que Luíza já alcançou a independência financeira.

Engana-se quem pensa que apenas quem recebe salários altíssimos pode sonhar com essa independência. Não é uma questão apenas de quanto se ganha, e sim de ter disciplina, planejamento e muito foco.

Seja qual for sua receita mensal, tudo começa com a mudança de mentalidade: é preciso aprender a pensar como os ricos pensam e adotar práticas que eles adotam. Trataremos disso logo mais.

O fato é que, com um bom planejamento financeiro, você pode conseguir viver apenas da renda obtida de seus investimentos. Se você acha isso algo impossível e muito distante, não se preocupe, grande parte da população brasileira tem essa meta, mas não sabe como conquistá-la.

Por isso, neste post você vai aprender passos valiosos que vão te ajudar a dar início à sua jornada rumo a tão sonhada independência financeira. Vamos lá?

Organize-se

Antes de qualquer coisa é necessário organizar suas finanças, isso é fundamental para conquistar a independência financeira. Contas atrasadas, dívidas, despesas maiores que receitas, tudo isso pode atrapalhar sua jornada.

O segredo aqui é estar no controle da situação: saber exatamente quanto você está gastando e quanto recebe, despesa a despesa, receita a receita, como se estivesse fazendo um “raio-x” de sua vida financeira.

Para isso, tenha um planejamento financeiro pessoal que vá de encontro aos seus objetivos. Se você quer ser independente financeiramente, é preciso incluir em seu planejamento a construção de uma reserva financeira consistente.

Para realizar esse planejamento, você pode usar uma planilha de controle financeiro, onde você vai conseguir listar suas receitas e despesas, traçar planos e metas para conquistar seus objetivos e definir quanto você pode poupar mensalmente para a construção de sua reserva financeira.

Em resumo, a multiplicação de seu capital e crescimento de seu patrimônio envolve 3 aspectos: reduzir gastos, poupar dinheiro e investir o montante poupado, para que ele cresça cada vez mais. Vejamos esses três aspectos a seguir.

Reduza os gastos

Depois de organizar suas finanças, é hora de reduzir os gastos. Isso porque a maioria de nós tem o hábito nada benéfico de gastar tudo o que ganha (ou até mais do que ganha), muitas vezes com coisas supérfluas.

Ter despesas que são a conta exata do salário, ou pior, gastar mais do que se ganha, são  hábitos que só atrasam a conquista da tão sonhada independência financeira. E se em um mês aparecer algum gasto que não estava previsto? Com certeza você terá dor de cabeça. É nesse momento que as pessoas acabam entrando em dívidas ou se enrolando com o cartão de crédito.

Se seu ganho mensal é suficiente apenas para pagar boletos, você será cada vez mais dependente da renda de seu trabalho. Você entrará em um ciclo vicioso: trabalha para pagar as contas, então faz novas dívidas e tem que trabalhar ainda mais para pagar essas dívidas, e isso segue indefinidamente. E não é isso que a gente quer, não é mesmo?

Por isso, se você está seguindo esta linha, é hora de mudar. É o momento de fazer uma transformação simples, mas que vai fazer total diferença em sua vida: liste quais gastos são supérfluos ou estão em excesso, coloque-os em uma lista de prioridades e defina qual deles você irá reduzir.

Isso irá te ajudar a canalizar seu dinheiro para o que realmente importa. É importante existir uma folga em seu orçamento mensal, pois assim você conseguirá poupar cada vez mais, o que nos leva ao próximo passo.

Poupe dinheiro

Depois de se organizar e reduzir os gastos é hora de estabelecer uma meta de poupança mensal. Ela servirá para que você crie uma reserva financeira. É esta reserva que, se bem investida, será a chave para a sua independência.

O valor que será poupado dependerá das suas receitas e dos seus objetivos. Qual percentual da sua renda você consegue poupar por mês? Em quanto tempo você pretende alcançar seu objetivo? Quanto menor for o seu prazo, mais dinheiro terá que poupar mensalmente.

Uma opção é começar poupando um valor menor e depois ir aumentando o percentual ao longo do tempo. O importante é tornar isso um hábito: nunca deixar de poupar, manter o foco, abrir mão de certos prazeres no curto prazo para desfrutar de uma tranquilidade financeira no médio e longo prazo. Um pequeno montante poupado mensalmente, ao longo de um bom prazo, pode produzir resultados surpreendentes!

Vamos ver um exemplo: suponhamos que você decida aplicar R$500 reais por mês, a uma taxa de 1% ao mês, durante 30 anos. Ao final do período você terá acumulado R$ 1.764.956,89. Ou seja, em trinta anos você pode ter quase dois milhões de reais!

Para simular o valor que pode ser obtido em uma aplicação e fazer outras contas úteis, o Banco Central possui uma excelente ferramenta: a “Calculadora do Cidadão”. Ela foi utilizada para fazer o cálculo acima e nela você pode calcular os rendimentos esperados de uma aplicação sempre que quiser.

Uma dica importante para conseguir acumular capital é estabelecer metas que sejam alcançáveis para poupar dinheiro. Caso contrário, você pode se frustrar ao longo do tempo. O mais importante aqui é cumprir o valor estabelecido. Com disciplina e foco é possível ser bem-sucedido nessa tarefa.

Preste bastante atenção neste detalhe: poupar não significa apenas guardar dinheiro na caderneta de poupança, e sim escolher os melhores tipos de investimentos para você, de acordo com seu perfil e objetivos.

Existem várias aplicações que são até mais seguras que a poupança, como o Tesouro Selic, e que fornecem rendimentos melhores. A rentabilidade do investimento é fundamental para acelerar o processo de acúmulo de riqueza e pode encurtar sua jornada rumo à independência financeira. É a partir desse momento que você vai ver seu dinheiro trabalhando para você. Vamos falar um pouco mais sobre isso no próximo tópico.

Mas antes, vamos analisar a diferença no retorno de uma aplicação de R$ 30 mil na caderneta de poupança e outra de mesmo valor em um título público conservador (mais seguro que a poupança) durante 20 anos.

Título público – Tesouro SELIC

Poupança

Taxa base: 10,11% a.a.

Ano de referência: 2017

Retorno bruto: R$205.900,08

Retorno líquido (15% de Imposto): R$175.015,07

Taxa base: 6,8% a.a.

Ano de referência: 2017

Retorno da poupança: R$113.726,79


Leia mais: Entenda como funciona o rendimento da poupança e veja uma simulação


Compre ativos

Uma ótima maneira de fazer o dinheiro trabalhar para você é comprando ativos e diminuindo os passivos. Já vamos explicar melhor.

Antes, vamos lembrar um pouco do conceito de independência financeira, que significa ter uma renda mensal capaz de manter o seu padrão de vida sem que você precise trabalhar – suas aplicações e investimentos rendem o suficiente para cobrir suas despesas.  É deixar de depender do seu salário mensal para pagar as contas e conseguir viver bem.

Essa renda que acabamos de citar precisa vir de alguma fonte. Uma boa saída é investir na compra de ativos. Mas como saber se um bem é um ativo de um passivo?

O Livro “Pai rico, pai pobre” do autor Robert Kiyosaki (nós da Vexter aconselhamos muito a leitura!), descreve a diferença entre ativos e passivos de maneira simplificada:

  • Ativo: tudo que coloca dinheiro no seu bolso
  • Passivo: tudo que retira dinheiro do seu bolso

Parece simples não acha? Mas na prática, algumas pessoas podem acabar se confundindo, já que um mesmo bem pode ser um ativo ou um passivo.

Para muitas pessoas comprar uma casa, por exemplo, significa  adquirir um ativo. Porém, o livro apresenta outra perspectiva. Segundo Kiyosaki, uma casa é na verdade um passivo, pois ela gera muitos gastos e não te dá receita alguma, ou seja, ela retira dinheiro do seu bolso.

Contudo, quando você aluga para outros uma casa que comprou, ela se torna um ativo, pois passa a te gerar renda. Percebeu a diferença?

Os ativos trabalham para fazer dinheiro para você. Eles podem ser: ações da Bolsa de Valores, títulos públicos ou de renda fixa, fundos, imóveis alugados, royalties e qualquer outra coisa que te gere receita.

Já os passivos retiram dinheiro do seu bolso, como a prestação do financiamento de uma casa, de um carro, a fatura do cartão de crédito, dentre outros.

Veja abaixo, uma lista de exemplos de ativos e passivos:

Ativos

Passivos

Imóveis alugados

Ações

Fundos de investimento

Títulos públicos

Títulos de Renda Fixa

Royalties

Propriedade intelectual

Promissórias

Carro

Casa

Fatura de cartão

Impostos

Alimentação

Vestuário

Empréstimos

Transporte

Observe que, se eu comprar um imóvel ele será um passivo, pois vai me gerar gastos. Mas, se eu alugar o imóvel para outra pessoa, ele se torna um ativo, pois o dinheiro estará trabalhando para mim. Mesmo eu não estando presente fisicamente e nem fornecendo meu trabalho, esse ativo me gera receita.

A regra de ouro é aumentar o número de ativos que você possui e reduzir o número de passivos.

Agindo dessa maneira, uma hora seus ativos vão se tornar sua principal fonte de renda e, se for o seu desejo, você poderá ser livre para escolher se continua trabalhando ou não. Afinal, nesse momento, você não precisará mais da receita de seu trabalho para sobreviver.

O segredo para a independência financeira não é quanto dinheiro você ganha e sim o quanto você acumula, isto é, o quanto poupa e investe. Então, fica a grande lição para você que busca independência financeira: acumule ativos!


Leia também: Regras para investir com disciplina em aplicações financeiras


Mude seu Mindset

Muitas vezes somos condicionados a trabalhar uma vida inteira por dinheiro. Porém, o que muitas pessoas não sabem é que a forma como lidamos com nossos recursos faz toda a diferença na hora de buscar a independência financeira.

Por isso, é preciso mudar nosso Mindset. Para quem não conhece a expressão, Mindset é a nossa mentalidade, é a forma como enxergamos as coisas. Se achamos que devemos trabalhar por dinheiro, o faremos a vida toda. Mas, se entendemos que é o dinheiro que deve trabalhar para nós através da receita gerada pelos ativos, mudamos a maneira como lidamos com ele.

Harv Eker defende em seu livro “Os segredos da mente milionária”, (recomendamos essa leitura também!), que as crenças, pensamentos e hábitos determinam o grau de sucesso de cada um. Portanto, se você quer enriquecer, programe o seu cérebro para isso!


Leia o conteúdo: Como manter o controle emocional ao investir em renda variável


Pensamentos pessimistas não ajudam em nada, mas, apenas pensar positivo também não vai te fazer enriquecer e nem ser independente financeiramente. No entanto, se você eliminar suas crenças limitantes e adotar bons hábitos, você terá mais chances de alcançar seus objetivos.

Conquistar a independência financeira não é algo que vai acontecer da noite para o dia. Também não pense que ela chegará sem nenhum esforço. Você precisará fazer alguns ajustes em suas finanças, estabelecer prioridades e terá que dizer não algumas vezes.

Mas não desanime! A independência financeira é algo totalmente alcançável e extremamente recompensador! Siga esses passos, busque conhecimento, tenha foco e disciplina e você perceberá que estará cada dia mais perto de alcançá-la!

Já segue algum desses passos para alcançar sua independência financeira? Lembre-se que comprar ativos é uma das práticas mais importantes para esse objetivo. Para sentir mais preparo e segurança ao investir e tornar essa jornada de investimentos mais simples, leia mais sobre os conceitos básicos sobre investimentos financeiros.

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