Inicialmente prevista para ocorrer em junho de 2022, a transição do protocolo proof of work (prova de trabalho, ou PoW) para o sistema proof of stake (PoS – prova de participação), da plataforma de criptomoedas Ethereum, foi adiada mais uma vez.

Ainda não há previsão para que a adoção da nova solução, que consome menos energia e é mais sustentável, ocorra. No entanto, o time de desenvolvimento da criptomoeda acredita que a migração, que será apresentada ao público por meio do evento “The Merge” (ou “A Fusão”), venha a acontecer nos meses seguintes, possivelmente ainda em 2022.

Mas, afinal, para que servem esses protocolos? Como eles funcionam na prática? Se essas perguntas estão na sua cabeça nesse momento, você está no lugar certo. Basta seguir a leitura para entender mais sobre o PoS!

O que é proof of stake

O proof of stake (PoS), também conhecido como “prova de participação”, é um algoritmo de consenso utilizado em blockchains – e seu principal objetivo é garantir autenticidade às criptomoedas, visto que existe a possibilidade de fraude e cópia dos arquivos que constituem os ativos digitais.

Na prática, se essa situação – também chamada de gasto duplo – ocorresse, um mesmo criptoativo poderia ser utilizado mais de uma vez, evidenciando uma grande vulnerabilidade da plataforma digital. 

Portanto, é por meio da prova de consenso, ou de participação, que a blockchain valida as transações, indicando que determinado valor saiu de uma carteira e foi enviado para outra. Dessa forma, o valor da criptomoeda deixa de existir para quem realizou a transferência, o que faz com que não haja duplicidade de uma mesma moeda digital por aí.

Além de ser considerada uma alternativa mais inteligente ao método tradicional (o proof of work – PoW), o proof of stake (PoS) também chama bastante a atenção dos usuários, uma vez que oferece recompensas percentuais sobre os valores investidos. 

Como funciona o protocolo proof of stake

Nos sistemas baseados em proof of work, os usuários mineradores são recompensados com a criação de criptoativos – enquanto que, nas redes baseadas no protocolo proof of stake, são pagas taxas transacionais como recompensa. No caso do PoS, vale lembrar que, apesar de usarmos a palavra mineração para referir aos blocos, eles não são minerados – mas, sim, construídos.

O algoritmo do proof of stake (baseado em uma combinação de fatores, que podem incluir o tempo de participação do usuário na rede, a randomização e a riqueza de seus nodes – ou, pontos de comunicação e transmissão das informações digitais), elege os proprietários ativos na plataforma de forma aleatória: a partir disso, esses usuários passam a poder construir novos blocos, validando transações de outros negociadores. 

Cada vez que um minerador é selecionado neste processo, a idade das moedas digitais que compõem a sua carteira é reiniciada. No entanto, geralmente são empresas que realizam a mineração hoje em dia, visto que decifrar os algoritmos demanda uma alta capacidade operacional dos computadores.

Popularização do processo de mineração proof of stake

Como vimos, o processo de mineração é bastante atrativo, já que são oferecidas recompensas aos usuários. Transacionar nas blockchains utilizando os protocolos em questão tornou-se uma atividade competitiva – ainda que, na maioria das vezes, seja realizada por empresas e ou grandes grupos de pessoas.

Apesar de também exigir uma alta capacidade operacional dos computadores, o protocolo proof of stake consome menos energia e é mais ágil em comparação à operação proof of work. A seguir, listamos outros fatores que têm colaborado para a adesão ao PoS:

Mais segurança e solidez nas transações

A mineração não envolve nenhuma possibilidade de alteração nos blocos de criptomoedas já criados – além disso, a segurança no processo de validação é muito maior, uma vez que o proof of stake visa justamente eliminar quaisquer riscos de gasto duplo dos ativos digitais. 

Ou seja, trata- se de uma alternativa segura e inteligente de validação de operações nas plataformas de ativos digitais. 

Blockchains de olho no protocolo Proof of Stake

A Ethereum é a primeira blockchain (e a maior delas) a considerar a adoção do protocolo proof of stake. No sistema Ethereum 2.0, a expectativa é de que o PoS venha a englobar também a governança, dando direito a votos de decisão sobre mudanças na plataforma.

Além do Ethereum, a Cardano é outra plataforma de ativos que pretende adotar o proof of stake – visando garantir seu espaço ao reunir redes menores (também interessadas na adoção do PoS). 

Por incentivar investidores a negociarem as criptomoedas que adotam esse sistema de trabalho, o protocolo PoS vem chamando cada vez mais a atenção dos usuários. 

Ouroboros e a otimização do sistema

Os times desenvolvedores afirmam que um novo protocolo de PoS, tão seguro quanto o proof of work, já foi criado. Conhecido como “Ouroboros”, o sistema pode elevar a escalabilidade dos ativos, reduzindo o tempo de transação quando muitos usuários estão operando na rede ao mesmo tempo. 

A expectativa, agora, é de que o evento The Merge (“A Fusão”) reduza em até 99,95% o consumo de energia na plataforma Ethereum – mas, como vimos anteriormente, ainda não há data para conclusão da transição do protocolo. Nos resta, então, aguardar e acompanhar de perto as movimentações do mercado.

E você, já ouviu falar no protocolo proof of stake? Ainda tem dúvidas sobre o processo de mineração? Conte para a gente deixando um comentário aqui no blog! Estamos aqui para auxiliá-lo nessa jornada no mundo dos investimentos em criptos. 🙂 

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