Os títulos do Tesouro Direto estão entre as alternativas mais populares do mercado financeiro brasileiro. Isso acontece porque elas se destacam pelo baixo risco e pela acessibilidade que oferecem aos investidores.

Mas você sabe quanto rende o seu investimento em um título no Tesouro Direto? Os retornos dependem de diferentes fatores, como as regras de funcionamento da aplicação, as suas características e o prazo de vencimento.

Quer saber quanto rende um título do Tesouro Prefixado em 15% ao ano (taxa média do início de 2025)? Acompanhe a leitura deste artigo para ver a simulação com esse e outros percentuais que nós, da Genial, preparamos!

Como funciona a rentabilidade do Tesouro Direto?

Diferentemente do que muitos investidores acreditam, o Tesouro Direto não é uma alternativa de investimento. Ele é uma plataforma criada pelo Tesouro Nacional em parceria com a bolsa de valores brasileira (B3) para a negociação de títulos públicos federais.

Portanto, o investimento é feito nos títulos emitidos pelo Governo Federal. Quando o investidor aplica neles, empresta o dinheiro para o poder público com o objetivo de recebê-lo no futuro com acréscimo de juros.

As principais alternativas são:

  • Tesouro Prefixado: tem rentabilidade prefixada. Isso significa que o percentual de retornos prometido no vencimento é fixo e imutável;
  • Tesouro Selic: é um título pós-fixado, cujo retorno é indexado pela taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic;
  • Tesouro IPCA+: é uma aplicação híbrida, combinando uma taxa prefixada com uma variável que acompanha o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil.

Além do funcionamento geral, você pode encontrar aplicações com diferentes lógicas de retorno. Por exemplo, tanto o Tesouro Prefixado quanto o Tesouro IPCA+ têm alternativas que pagam juros semestrais. Logo, em vez de aguardar até o vencimento para recolher os ganhos, você recebe cupons a cada seis meses.

Também há mais alternativas na plataforma, como o Tesouro RendA+ e o Tesouro Educa+. Ambos são focados em objetivos de longo prazo e contam com duas fases: acumulação e usufruto. Nessa segunda, você recebe o dinheiro em parcelas a partir da data do vencimento.

Tributação

Vale destacar que seus rendimentos têm incidência de alíquotas do Imposto de Renda (IR), conforme a seguinte tabela:

  • até 180 dias de investimento: 22,5%;
  • de 181 a 360 dias: 20%;
  • de 361 a 720 dias: 17,5%;
  • mais de 720 dias: 15%.

O recolhimento é direto na fonte. Ainda, se o resgate for realizado antes de a aplicação completar 30 dias, há incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A tabela também é regressiva, zerando no trigésimo dia.

Por que acompanhar juros e inflação antes de investir no Tesouro?

Antes de saber quanto rende uma aplicação no Tesouro Prefixado, vale entender mais sobre a relação entre os investimentos, a inflação e a taxa de juros. A inflação é um aspecto econômico que deixa diversos impactos na sua vida financeira.

O motivo é que ela representa o aumento constante e generalizado de preços na economia, medindo a redução no seu poder de compra. Nesse sentido, considerá-la é indispensável para seus investimentos.

Para entender melhor, você precisa saber os conceitos de rentabilidade nominal e rentabilidade real. A nominal representa o seu percentual de retornos com um investimento. Por exemplo, se a sua valorização foi de 10%, essa porcentagem representa a sua rentabilidade nominal, certo?

Já a real coloca o número em perspectiva com a inflação. Se os rendimentos com um investimento ficarem abaixo do IPCA, por exemplo, sua rentabilidade real foi negativa, já que ela não resultou em aumento no poder de compra.

No contexto da política monetária nacional, a taxa básica de juros é o principal instrumento de controle da inflação — no Brasil, ela é a Selic. Quando o IPCA sobe, é comum que a Selic aumente para conter esse avanço. As decisões sobre a Selic são tomadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Relação com investimentos no Tesouro Direto

Como você viu, tanto a Selic quanto o IPCA funcionam como indexadores no Tesouro Direto. Assim, quando o Copom eleva a taxa Selic, a rentabilidade do Tesouro Selic, por exemplo, também aumentará.

Já o Tesouro IPCA+ é a aplicação que garante rentabilidade real positiva no vencimento, já que o percentual prefixado adiciona ganhos sobre a variação do IPCA. Mas o impacto não é somente nesses dois títulos.

No caso de uma aplicação prefixada, os juros prometidos não sofrem alterações se levados até o vencimento. Porém, quando há resgate antecipado, eles sofrem os efeitos da marcação a mercado, tendo seus preços atualizados conforme o cenário econômico.

Desse modo, é interessante saber as perspectivas para a Selic e o IPCA para projetar se um título prefixado seria mais interessante que um pós-fixado ou um híbrido, por exemplo.

Quanto rende o Tesouro Prefixado a 15% ao ano?

Em dezembro de 2024, a plataforma do Tesouro Direto vivenciou uma sequência de circuit breakers. Esse é um cenário em que há a interrupção da negociação de determinado título ou ativo devido a movimentações atípicas do mercado — com aumento da volatilidade.

No período, isso aconteceu pela disponibilização de aplicações do Tesouro Prefixado com rentabilidade acima de 15% ao ano. Também houve a oferta de títulos do Tesouro IPCA+ com taxas de 8% em cima da variação da inflação.

Para que os investidores entendam o seu potencial de retorno, a própria plataforma do Tesouro Direto disponibiliza um simulador. Por exemplo, um investimento de R$ 10 mil em janeiro de 2025 no Tesouro Prefixado 2027, com juros de 15,18% a.a., geraria um resultado líquido de mais de R$ 12.500 no vencimento.

Já para o Tesouro Prefixado 2031, com percentual de 15,19% a.a., os mesmos R$ 10 mil iniciais superariam R$ 20.800 após 72 meses — já com desconto do IR. Inclusive, é importante entender que os juros compostos, ou juros sobre juros, atuam sobre esses resultados.

Por meio deles, os seus rendimentos se acumulam sobre os retornos anteriores, não somente sobre a aplicação inicial. Assim, eles geram aumento exponencial no seu potencial de ganhos.  

Entretanto, é importante destacar que a garantia de rentabilidade do Tesouro Prefixado, independentemente do percentual, só existe no vencimento. Resgates antecipados tendem a ser mais arriscados.

Isso acontece pelos efeitos da marcação a mercado, como mencionado. Ela consiste em um ajuste diário nos preços de títulos de renda fixa conforme as expectativas do mercado para juros e inflação e as negociações dos títulos no mercado secundário. Dessa maneira, se você se desfizer da aplicação antes do vencimento, há chances de prejuízos.

Qual a rentabilidade do Tesouro IPCA+?

No caso do Tesouro IPCA+, a sua rentabilidade depende das variações da inflação e do percentual prefixado prometido. Por exemplo, também usando a calculadora do Tesouro Direto, considere que você fez um investimento de R$ 10 mil em janeiro.

Conforme as simulações da plataforma, o Tesouro IPCA+ 7,74%, com vencimento em maio de 2029, geraria um resultado de mais de R$ 15.200. Já no Tesouro IPCA+ 7,61%, com prazo até maio de 2035, você resgataria mais de R$ 25.900, já com desconto do IR sobre os lucros.

Vale a pena reforçar que as simulações feitas pelo Tesouro Direto em títulos pós-fixados ou híbridos são apenas projeções, ok? Os seus retornos dependerão do acumulado da inflação no período em que o dinheiro ficar aplicado.

Ainda, assim como acontece com o Tesouro Prefixado, o Tesouro IPCA+ garante os juros acordados apenas no vencimento. Portanto, para alcançar a rentabilidade oferecida, é preciso aguardar o encerramento do prazo.

A aplicação também sofre com os reflexos da marcação a mercado. Então se você optar por resgatar antes do prazo, vale a pena saber que existem chances de prejuízos a depender do cenário econômico.

Ademais, entre os títulos do Tesouro Direto, o Tesouro Selic é a alternativa que menos sente os impactos da marcação a mercado. Os rendimentos dele são acumulados diariamente conforme a taxa Selic, com riscos mínimos de perdas pela atualização diária de preços.

Qual a melhor alternativa entre Tesouro Direto e poupança?

A poupança é uma das aplicações mais tradicionais do Brasil e ainda muito buscada entre os investidores. Por essa razão, quando se fala em títulos do Tesouro Direto, é comum haver comparações com a caderneta.

Um dos destaques da poupança é a praticidade que ela oferece, já que em muitos casos ela é integrada às contas bancárias, além de oferecer segurança. Entretanto, os retornos da caderneta podem não ser os mais interessantes para o seu dinheiro.

O motivo é que os rendimentos se dão de duas maneiras:

  • com a Selic acima de 8,5% a.a., a poupança rende 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR);
  • se a Selic estiver igual ou abaixo do percentual, a poupança rende 70% da taxa básica de juros mais a TR.

Por outro lado, uma aplicação como o Tesouro Selic rende 100% da taxa básica de juros. Para visualizar essas diferenças, considere um investimento nos mesmos moldes dos exemplos acima de Tesouro IPCA e Tesouro Prefixado.

A calculadora do Tesouro Direto mostra que os R$ 10 mil no Tesouro Selic 2027 (vencimento em março) se transformariam em R$ 12.508,55. No mesmo período, a manutenção da aplicação na poupança geraria um montante final equivalente a R$ 11.710,02.

Além do potencial de retorno geralmente mais baixo, os rendimentos não são diários. Você só terá resultados no aniversário da poupança, que é quando a aplicação completa 30 dias.

Como investir no Tesouro Direto?

Ao entender quanto rende o investimento em aplicações do Tesouro Direto, caso você acredite que o investimento está alinhado às suas estratégias, é preciso saber como investir, certo? O primeiro passo é ter conta em uma corretora, como a Genial.

Investindo no Tesouro Direto conosco, você não precisa pagar a taxa de corretagem que outras instituições financeiras podem cobrar. Os únicos custos são a taxa de custódia (geralmente cobrada pela B3) e a tributação sobre os ganhos no resgate.

Antes de investir, analise as características de cada título e as projeções de cenários econômicos — especialmente para juros e inflação. Assim, é possível encontrar as oportunidades mais adequadas aos seus objetivos.

Neste conteúdo, você descobriu quanto rende uma aplicação no Tesouro Prefixado com rentabilidade de 15% a.a. no Tesouro Direto. Entender como funciona a rentabilidade dos títulos da plataforma ajuda na sua tomada de decisão para novos investimentos.

Quer investir no Tesouro Direto e aproveitar a segurança oferecida pelos títulos públicos federais? Abra sua conta na Genial!

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