Em 2020, o mercado viu um grande número de brasileiros migrar da renda fixa para a renda variável, diversificando ainda mais sua carteira de investimentos.

De fato, o momento é propício para aplicar na Bolsa de Valores: isso porque a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, está em um dos menores patamares da história.

Com a baixa na rentabilidade dos investimentos em renda fixa, que compreende o Tesouro Direto, os CDBs e as Letras de Crédito, por exemplo, as ações e outros mercados da B3 acabam se tornando opções atrativas para investidores – mesmo para iniciantes.  

Apesar do cenário tomado pelas incertezas, a expectativa dos especialistas é de que a Bolsa de Valores continue em ritmo de crescimento ao longo de 2021, o que favorece quem investe na renda variável.

Se você deseja saber como esse mercado funciona na prática, fique tranquilo: estamos aqui para te ajudar. Continue a leitura e entenda os benefícios de investir em renda variável! 

O que é renda variável

Como o próprio nome sugere, renda variável é um tipo de investimento em que a rentabilidade dos produtos pode variar, levando em consideração aspectos do cenário econômico brasileiro e mundial.

Portanto, é um tipo de aplicação na qual não é possível saber quais serão os retornos, como ocorre com as aplicações de renda fixa. Isso quer dizer que o investidor não tem garantia sobre o resultado que vai obter com as operações.

Por isso, investir em renda variável costuma ser uma solução para investidores mais arrojados, que têm um maior grau de tolerância a riscos. Apesar de incertos e voláteis, os investimentos de renda variável também contam com um potencial de retorno maior.

Antes de começar a investir, é muito importante conhecer bem os seus objetivos e o seu perfil de investidor. Existem muitas opções de investimento disponíveis hoje em dia – além disso, a B3 está cada vez mais acessível para diferentes públicos.

Para potencializar seus resultados e operar com mais confiança, esteja sempre por dentro das últimas notícias do mercado, conheça os produtos financeiros e, por último, mas igualmente relevante: diversifique sua carteira!

Renda fixa X renda variável

Podemos dizer que a principal característica da renda fixa é a previsibilidade. No momento da aplicação, é possível conhecer a rentabilidade do investimento e o valor a ser obtido em dado período de tempo.

Emitidos por instituições financeiras ou pelo Governo, os títulos de renda fixa são divididos em três categorias: prefixados (no ato da compra, é possível saber exatamente o valor que o papel irá render); pós-fixados, que são indexados às taxas do CDI ou da Selic; e híbridos, que, unem características das duas categorias em um mesmo investimento.

Vale lembrar que, assim como o risco envolvido nas operações é baixo, o potencial de retorno também é proporcionalmente menor.

Quando falamos em renda variável, no entanto, o foco está no potencial de rendimento. Os ativos são negociados durante o pregão da Bolsa de Valores e oscilam de acordo com as tendências do mercado, a saúde financeira das instituições e o tipo de aplicação. Não há nenhum tipo de garantia de retorno, porém, o potencial de ganho é maior se comparado à renda fixa.

Outro ponto que merece atenção é: investimentos de curto prazo em renda variável são bem mais arriscados do que investimentos de médio e longo prazo.

Ações, ETFs, fundos de investimento, commodities e derivativos são exemplos de mercados negociados na nossa B3.

Talvez você esteja se perguntando: e agora, qual é a melhor opção para mim – renda fixa ou variável? No mercado financeiro, não há investimento certo ou errado, melhor ou pior: há o mais adequado para você.

Uma estratégia bastante utilizada por investidores experientes e bem-sucedidos é a diversificação da carteira de investimentos. Por meio dessa ferramenta, é possível aplicar uma parte do dinheiro em títulos previsíveis para manter uma reserva de segurança e, a outra, em ativos de renda variável. Assim, o investidor dilui os riscos de seus investimentos e pode potencializar seus ganhos.   

Quem pode investir em renda variável

Qualquer pessoa pode investir em renda variável desde que tenha um perfil de investidor moderado ou arrojado. Lembrando que o perfil de investidor não é algo fixo e constante, à medida que você adquire mais conhecimento, mais disposto a correr alguns riscos você pode estar. 

Mas antes de mais nada, é importante se manter fiel às suas características. Caso você seja um investidor conservador, dê prioridade a investimentos mais previsíveis e com menos riscos. Mas isso não o impede de entrar na Bolsa de Valores em um outro momento, adotando as estratégias certas e diversificando sua carteira.

Ah, e você não precisa ser um investidor experiente para começar a se aventurar no mercado financeiro. Existem opções interessantes para quem é iniciante, como os ETFs (Exchange Traded Fund) e alguns fundos de investimento, por exemplo, que falaremos logo em seguida.

Benefícios de investir em renda variável

Maior potencial de rentabilidade

Como vimos, o potencial de rentabilidade é uma das principais características da renda variável. Os ganhos obtidos na Bolsa de Valores podem ser surpreendentemente altos, mas nada é certo e garantido. Afinal, volatilidade e imprevisibilidade são proporcionais ao potencial de ganho.

Você pode se tornar sócio de grandes empresas

Caso você esteja investindo em ações, além de contar com a possibilidade de valorização do ativo, você se torna sócio da empresa da qual adquiriu o ativo. Isso porque ações são como cotas – ou, frações – de instituições listadas na B3.

Praticidade

Hoje, investir na Bolsa de Valores é algo relativamente simples e descomplicado – graças ao Home Broker. Por meio da plataforma, é possível comprar e vender ativos em tempo real, online, de onde você estiver. Antes, todo o processo de negociação era feito por telefone. Um verdadeiro alvoroço!

Grande variedade de produtos

Se você pensava que a Bolsa de Valores se resumia às ações, chegou a hora de abandonar essa ideia. A B3 possui diversos mercados e, dentre eles, o mercado fracionário.

Para além dele, existem o mercado futuro, o mercado de derivativos, das criptomoedas e dos fundos de investimento, por exemplo.

E os prazos dos investimentos também são democráticos: é possível investir a curto prazo, operando day trade, ou a médio e longo prazo.

Riscos de investir em renda variável

Oscilações acontecem a todo instante

Os mais diversos cenários internos e externos contribuem para as constantes oscilações no mercado de renda variável. É por isso que investir na Bolsa de Valores é arriscado: não é possível saber se o(s) ativo(s) negociados sofrerão desvalorização, e nem quando ela acontecerá.

Essa característica pode assustar os investidores iniciantes, mas vale lembrar que, com conhecimento, prática e controle emocional, é possível gerir adequadamente seus investimentos de forma a minimizar perdas até mesmo em períodos de baixa.

É necessário investir em conhecimento também

Como sabemos, há um grande leque de ativos na Bolsa de Valores, cada um com suas características e particularidades – o que os torna complexos e distintos.

Investir em conhecimento, nesse caso, é tão importante quanto investir o seu dinheiro. Ao contrário da renda fixa, por meio da qual o investidor não precisa atuar ativamente, na B3 será necessário acompanhar de perto os investimentos e traçar estratégias para diluir os riscos e potencializar os ganhos.

Taxas

Em comparação à renda fixa, investir em renda variável inclui mais taxas, como a de corretagem, de home broker, custódia e Imposto de Renda, por exemplo.

Por isso, escolher uma boa corretora de investimentos é fundamental para evitar cobranças e taxas extras ou desnecessárias.

Melhores opções em renda variável para quem é iniciante

Ações

Modalidade de investimento mais conhecida dentre as opções de renda variável, as ações são títulos emitidos por empresas que conferem aos seus detentores (investidores) a participação na sociedade da companhia. Ou seja, uma vez que você compra uma ação de determinada empresa, você se torna sócio dela.

Para a empresa, a emissão de ações é importante para que ela capte recursos e desenvolva projetos que viabilizem o seu crescimento. Em troca, o investidor pode receber dividendos – pagamento pela participação no lucro líquido da empresa – ou obter lucro com a venda dos papéis. 

Entre as vantagens dos investimentos em ações, estão o potencial de boas rentabilidades e de receber dividendos periodicamente. Apesar de haver uma crença de que é um tipo de investimento reservado apenas a investidores de alto poder aquisitivo, não é preciso ter muito dinheiro para investir em ações.

O investidor pode comprar títulos no mercado fracionário com menos de R$ 100. Vale lembrar que o investidor pode comprar ou vender suas ações no momento em que desejar, desde que haja demanda.   

ETFs

Outro produto de renda variável é o Exchange Traded Fund (ETF), também conhecidos como fundos de índice. É um tipo de fundo que aplica seus recursos em várias ações negociadas na Bolsa de Valores. É um tipo de investimento que vem sendo cada vez mais procurado, principalmente por investidores que estão começando, devido à sua praticidade.

São chamados de fundos de índice porque acompanham um indexador, como o índice Bovespa (IBOV), por exemplo.  Os ETFs, portanto, proporcionam o investimento em uma carteira diversificada de ações, sem que o investidor tenha que aplicar individualmente em cada uma delas.

Fundos Imobiliários

Conhecidos como FIIs (Fundos de investimento Imobiliário), são um tipo de aplicação na qual um conjunto de recursos é destinado ao investimento em ativos do mercado imobiliário.

O objetivo é usar o montante do fundo para adquirir imóveis construídos ou em construção para alugar ou arrendar para novos locatários, obtendo rendimento com aluguéis e vendas após a valorização.

O investidor pode aplicar nos FIIs adquirindo cotas, que são administradas por gestores especializados. Os FIIs são vantajosos porque permitem ao investidor operar no mercado imobiliário sem, de fato, precisar desembolsar o valor total de compra de um imóvel.  

Dicas para começar a investir em renda variável

1-    Identifique o seu perfil de investidor

Esse é o primeiro passo de todos. Conheça as suas características e o perfil no qual você se encaixa. Observe seu nível de tolerância ao risco, o tempo pelo qual está disposto a investir e os seus objetivos.

Confira este nosso artigo e entenda mais sobre os três perfis de investidor: conservador, moderado e arrojado.

2-    Planeje-se e comece aos poucos

Planejamento quando o assunto é renda variável é imprescindível. Apesar de não ser possível prever a tendência dos ativos, é possível planejar e traçar estratégias de gerenciamento de risco.

Outro ponto importante: comece aos poucos e não vá com muita sede ao pote! Que tal investir em fundos de investimentos ou ETFs para começar? Quanto mais experiência você adquirir, mais possibilidades encontrará no mercado financeiro.

3-    Diversifique sua carteira

Quanto mais diversificada uma carteira for, mais diluídos poderão estar os riscos. Essa estratégia busca trazer equilíbrio para os investimentos, uma vez que o mercado, por si só, já é bastante volátil.

Como ativos diferentes reagem ao mercado de formas distintas, as chances de perder dinheiro são mais baixas.

4-    Mantenha-se informado

Investidores bem-sucedidos têm uma arma importante em mãos: a informação. Não é possível prever as oscilações do mercado, mas acompanhar os eventos internos e externos no âmbito da economia pode fazer muita diferença na hora de investir, principalmente, em renda variável.

Por isso, consuma informações de qualidade e esteja sempre por dentro das últimas notícias do mercado financeiro. Se você deseja começar agora mesmo a colocar essas dicas em prática, basta assinar gratuitamente a nossa newsletter!

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