Quem acompanha o mundo dos investimentos provavelmente já se deparou com os termos bear market e bull market. Eles são frequentemente utilizados em notícias e análises sobre o mercado financeiro. Contudo, é bastante comum que eles gerem dúvidas aos investidores.
Em tradução livre, bear market significa mercado de urso, e bull market, mercado de touro. Porém, o significado em português não traz muitos esclarecimentos sobre o assunto, não é?
Por isso, neste post você aprenderá de que se tratam esses conceitos e entenderá por que eles são importantes para o investidor. Acompanhe!
O que é um bear market?
Esse termo em inglês é bastante comum no mercado de ações norte-americano. O significado de bear market tem relação com a maneira como o urso ataca: de cima para baixo. Assim, ele representa um contexto econômico negativo.
A Securities and Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos, órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil, traz uma definição. Para ela, o bear market é um período de pelo menos dois meses em que os preços de mercado caem, no mínimo, 20%.
Ou seja, o termo representa o mercado em baixa. Não deve se confundir com os momentos de correção, nos quais análises técnicas ajudam a prever os pisos de baixa. Os bear markets costumam ser menos previsíveis — e acompanhados de perspectivas pessimistas em relação à economia.
Consequentemente, são também períodos de menor confiança dos investidores no mercado. Inclusive, talvez você tenha identificado alguns bear markets atuais.
O mais recente foi impulsionado pela crise global causada pelo novo coronavírus. O banco americano Goldman Sachs o considerou o mais agressivo para a economia e o mercado de ações dos EUA desde a década de 1980.
O que é um bull market?
O significado de bull market, por sua vez, é o oposto. Seguindo a ideia da tradução relacionada ao touro, ele trata da sua forma de ataque: as suas presas são atacadas de baixo para cima. Logo, o termo reflete um contexto positivo do mercado.
A SEC também tem uma definição para o termo. Trata-se de um período de pelo menos dois meses em que os índices do mercado de ações crescem no mínimo 20%. Esses períodos precisam ser diferenciados dos momentos de correção técnica nos preços, em que há valorização dos ativos.
Em geral, o bull market está atrelado ao otimismo dos investidores sobre perspectivas econômicas e à confiança no mercado de forma geral. Um contexto oposto ao observado no bear market.
Podemos citar alguns exemplos de bull market, como no início dos anos 2000. Na época, a economia global foi beneficiada pelo crescimento e pela alta demanda da China. Isso afetou principalmente as exportadoras de commodities, como o Brasil.
Como identificar um bear ou bull market?
Como você pode observar, os termos bear e bull market estão mais relacionados a critérios macroeconômicos fundamentalistas. A seguir, você aprenderá alguns fatores que contribuem e nos fornecem pistas sobre as tendências do mercado:
Produto Interno Bruno (PIB)
O PIB é um dos indicadores de movimentos positivos ou negativos na economia. A lógica é esta: tendências positivas apontam para um crescimento da economia como um todo. Já as perspectivas negativas apontam para um desaquecimento da economia.
No segundo cenário, há menos consumo, impactos sobre a taxa de desemprego e outras consequências negativas. Um PIB elevado costuma se relacionar com o bull market, enquanto a redução do indicador tem relação com o bear market.
Preço das ações
Em geral, o mercado de ações antecipa movimentos na economia. Isso porque a compra e venda de ativos é realizada com base nas perspectivas para o futuro. Diante disso, ele é um forte balizador dos bear e bull markets.
É importante, no entanto, lembrar que os preços dos ativos podem ser impactados por uma série de questões. Logo, essa observação do mercado de ações deve vir acompanhada da análise de outros fatores e indicadores.
Taxas de desemprego
A taxa de desemprego é outro indicador que ajuda a identificar tendências positivas ou negativas para as economias. Taxas baixas são um sinal do crescimento econômico das empresas – e também do país.
Afinal, com mais pessoas trabalhando, maior é a oferta de recursos para o consumo de bens duráveis e não duráveis. O cenário traz impactos diretos para o crescimento das empresas, com reflexos sobre o mercado de ações.
Por outro lado, um crescimento na taxa de desemprego significa que as empresas estão demitindo. Geralmente, isso faz com que não tenham perspectivas de crescimento a longo prazo e, portanto, as expectativas para a economia são pessimistas.
Como agir diante de um bear ou bull market?
Entendendo os conceitos, fica mais fácil identificar por que eles são importantes para o investidor. Afinal, a situação econômica, o mercado financeiro e as tendências de investimento devem ser acompanhadas para ajudar na tomada de decisão.
Portanto, é comum que traders e investidores profissionais acompanhem essas movimentações econômicas aplicadas aos preços das ações. A partir da análise, eles podem posicionar suas carteiras de ativos para obter rentabilidade independentemente do viés econômico.
Para o investidor comum, as tendências de baixa ou de alta nos preços também podem abrir oportunidades de ganhos. No entanto, isso demanda estudo dos ativos, análise dos preços e acompanhamento dos indicadores e das perspectivas econômicas.
Por exemplo, comprar ativos em bear market pode parecer atrativo pela queda de preços. Porém, isso não é sinônimo de ganho rápido com valorização. É preciso considerar que os preços podem se desvalorizar ainda mais e a recuperação das cotações talvez venha no longo prazo.
Contudo, o momento de queda também exige atenção em relação à venda. Muitas vezes, os investidores se desfazem dos ativos com medo de maiores perdas. A estratégia é válida, mas nem sempre é a mais indicada: tudo depende de outros fatores e indicadores.
Desse modo, como os investimentos em ações de forma não profissional, idealmente, são feitos no longo prazo, é preciso ter atenção. As entradas e saídas de posições nos bear e bull markets devem ser analisadas com cuidado e, se possível, amparadas por uma estratégia de investimentos.
Quem investe em ações deve saber que, em algum momento, passará por tendências positivas e negativas do mercado. O motivo é o seguinte: as ações na bolsa de valores representam as empresas e a economia real, que é cíclica.
Como acertar nas estratégias?
Para ajudar nas decisões sobre investimentos em períodos de bear ou bull market, vale contar com uma corretora que ofereça estrutura sólida para auxiliar o investidor. Os clientes da Genial Investimentos podem contar, por exemplo, com análises feitas por profissionais do mercado financeiro.
Elas são ferramentas essenciais para os investidores que desejam passar pelos momentos de alta e baixa com as melhores decisões sobre investimentos. Assim, é possível evitar a compra ou a venda de ativos em momentos desfavoráveis.
Agora que você já sabe como o bear market e o bull market afetam o mercado e os investidores, acompanhe essas oscilações com atenção. Assim, é possível identificar oportunidades e traçar melhores estratégias para investir.
Gostou do conteúdo? Então siga as nossas redes sociais para conferir outras dicas da Genial Investimentos: estamos no Facebook, no Instagram e no Twitter!