O mercado financeiro é repleto de siglas. Elas são usadas para modalidades de investimentos, taxas, índices, tributos, entidades e outros componentes. Por isso, contar com um glossário financeiro é importante para entender melhor os conceitos de cada termo.

Dessa forma, você compreenderá melhor o funcionamento do mercado e poderá levar seus investimentos a um novo patamar. Pensando nisso, nós, da Genial, preparamos este material.

Aproveite a leitura do nosso glossário com as principais siglas do mercado financeiro e veja o que cada uma representa!

CDB

O certificado de depósito bancário (CDB) é um título de renda fixa emitido por instituições bancárias. Ele funciona como um empréstimo que o investidor faz para o banco, tendo o direito de receber os recursos com juros no vencimento da aplicação.

Os retornos dos CDBs acontecem conforme sua regra de rentabilidade, que pode ser:

  • pós-fixada: tem juros indexados por uma taxa do mercado, fazendo que o investidor só saiba os rendimentos exatos no momento do resgate;
  • prefixada: apresenta juros previamente definidos, gerando mais previsibilidade, mas a garantia de retorno só existe no vencimento;
  • híbrida: combinam as duas taxas acima, geralmente utilizando uma taxa fixa mais um índice de preços.

Os CDBs possuem prazos distintos e que variam entre meses até anos. A própria instituição financeira emissora define qual será a regra de rentabilidade e quando será o vencimento da aplicação.

Por serem de renda fixa, os CDBs são aplicações de baixo risco. Além disso, eles são protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) — que você verá mais abaixo. A cobertura é de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e por instituição financeira, com um teto de R$ 1 milhão renovado em 4 anos.

Os lucros dos CDBs contam com a incidência do Imposto de Renda (IR). As alíquotas variam entre 22,5% e 15%, de acordo com o período em que o dinheiro ficou aplicado, e o recolhimento acontece direto na fonte.

LCI e LCA

As letras de crédito imobiliário (LCIs) e do agronegócio (LCAs) também são investimentos de renda fixa emitidos por instituições financeiras. Contudo, elas apresentam certas particularidades em relação aos CDBs.

Isso acontece pelo lastro. As LCIs e LCAs são vinculadas ao mercado imobiliário e ao setor agropecuário, respectivamente. Como ocorre com os CDBs, o investidor empresta dinheiro ao banco e, em troca, recebe uma remuneração na forma de juros no vencimento.

Uma das principais vantagens das LCIs e LCAs é a isenção de IR para pessoas físicas, o que pode ampliar a rentabilidade líquida do investidor. O benefício existe para aumentar a atratividade para o financiamento de dois setores relevantes para a economia.

Assim como os CDBs, as LCIs e LCAs são protegidas pelo FGC. Elas também têm as mesmas regras de remuneração. Porém, é usual que elas sejam títulos de menor liquidez, dificultando resgates antecipados.

CRI e CRA

Os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e do agronegócio (CRAs) são títulos de renda fixa lastreados no mercado de imóveis e no setor agropecuário. No entanto, eles fazem parte do crédito privado e são emitidos por companhias securitizadoras.

A criação deles ocorre a partir da cessão de direitos creditórios, como pela antecipação de recebíveis. Assim como as LCIs e LCAs, os CRIs e CRAs têm isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas.

Entretanto, não há proteção do FGC para os investidores, o que pode tornar o investimento mais arriscado. Mas vale destacar que esse aumento nos riscos costuma ser acompanhado de um potencial de retorno mais atrativo.

Os CRIs e CRAs também costumam ter prazos de vencimento mais longos. Para avaliar a qualidade do título, é vantajoso analisar a qualidade dos recebíveis e a reputação da securitizadora antes de investir.

ON e PN

Saindo da renda fixa e indo para a renda variável nesse glossário financeiro, você deve entender o significado das siglas ON e PN. Elas designam as ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN), que são duas categorias de papéis emitidos por empresas de capital aberto.

As ações ordinárias conferem aos seus detentores o direito ao voto nas assembleias. Logo, elas permitem que os acionistas participem das decisões estratégicas da empresa, como a eleição do conselho de administração e a aprovação de alterações no estatuto social.

É preciso destacar que a influência de cada acionista é proporcional à quantidade de ações que ele possui. Os papéis ON são identificados pelo número “3” no final do código de negociação — como PETR3, da Petrobras.

Já as ações preferenciais se destacam pela preferência no recebimento de proventos, como dividendos. Também há a preferência no reembolso do capital se ocorrer a liquidação da empresa. Os papéis PN normalmente trazem o número 4 no ticker, como PETR4, também da Petrobras.

A escolha entre os tipos de ações depende dos objetivos dos investidores e das características definidas pela empresa para as ações. No Novo Mercado da bolsa de valores brasileira (B3) — segmento em que estão listadas empresas com destaque de governança corporativa — é obrigatório que as companhias tenham apenas ações ordinárias.

BDR

BDR é a sigla para brazilian depositary receipt ou certificado de depósitos de valores mobiliários. Ele se destaca por ter lastro em um investimento internacional, como ações ou títulos de renda fixa.

Nesse sentido, os BDRs permitem que investidores brasileiros internacionalizem a carteira sem precisar abrir uma conta em corretoras estrangeiras ou realizar operações de câmbio. Dessa forma, esses ativos podem ser alternativas mais práticas para acessar o mercado global.

Os BDRs são negociados diretamente na B3 durante os pregões, de maneira similar às ações. Eles também possibilitam que os investidores recebam dividendos dolarizados, caso a instituição internacional faça esses repasses.

Nesse sentido, os BDRs podem ser uma oportunidade para investidores que desejam se expor a mercados internacionais e diversificar sua carteira de investimentos. Inclusive, há certificados de grandes empresas na bolsa brasileira, como Apple, Disney e Meta.

ETF

Os exchange traded funds (ETFs), também chamados de fundos de índice, são uma modalidade de fundo de investimento cujas cotas são negociadas na bolsa. Eles se caracterizam por serem veículos de gestão passiva com foco em replicar o desempenho de um determinado índice de mercado, como o Ibovespa.

Para isso, é comum que o gestor do ETF estruture o portfólio do fundo com os mesmos ativos presentes na carteira teórica do índice. Assim, será possível entregar resultados similares aos cotistas.

Como o gestor precisa realizar menos movimentações, esses fundos costumam ter taxas de administração mais acessíveis que os fundos ativos. Ademais, os ETFs facilitam a diversificação por, muitas vezes, garantirem a exposição a uma ampla carteira de ativos com apenas um aporte.

Outro ponto interessante é que, desde 2023, a bolsa permitiu que sejam lançados ETFs que não sejam de índices de retorno total distribuam proventos aos cotistas. Também há fundos de índice ligados a indicadores internacionais, permitindo dolarizar a carteira.

FII

Outra modalidade de fundo de investimento que tem cotas negociadas na bolsa são os fundos imobiliários (FIIs). Como o próprio nome sugere, eles investem em ativos relacionados ao setor de imóveis.

Os principais tipos de FII são:

  • fundos de tijolo: investem em imóveis e costumam lucrar com a venda ou locação do espaço;
  • fundos de papel: montam a carteira com títulos lastreados no mercado, como LCIs e CRIs;
  • fundos de fundos (FOFs): tem cotas de outros FIIs na carteira.

A regulamentação do mercado estabelece que os FIIs devem distribuir 95% dos lucros semestrais aos investidores. Então a maior parte dos rendimentos gerados é repassada aos cotistas conforme a participação de cada um.

Os FIIs podem ser uma alternativa para investidores que buscam diversificar sua carteira de investimentos no mercado imobiliário. Afinal, a aquisição das cotas deles é mais acessível e prática que a compra direta de um imóvel.

Além disso, os FIIs costumam fazer parte da estratégia de investidores focados em dividendos. No momento de análise dos FIIs, vale a pena considerar não apenas o seu tipo, mas também a qualidade dos ativos que compõem o seu portfólio.

COE

O certificado de operações estruturadas (COE) é um tipo de investimento que combina características das diferentes classes de investimentos. Ele é emitido por instituições financeiras e seu valor é determinado pela performance dos ativos que compõem a estrutura de investimento.

Nessa composição, a instituição pode usar ações, moedas, commodities e títulos de renda fixa em uma única estrutura de investimento. Assim, a modalidade pode apresentar diferentes níveis de risco e retorno, dependendo das estruturas criadas.

Por isso, é importante que o investidor entenda bem a estrutura do COE e os riscos envolvidos antes de investir.

CDI

CDI é a sigla para Certificado de Depósito Interbancário. Esse é um tipo de título de renda fixa negociado no mercado interbancário — logo, a aplicação é usada apenas por instituições financeiras e não está disponível aos investidores.

Com prazo de vencimento que costuma ser de 1 dia útil, eles servem para os bancos não fecharem o dia com o caixa no vermelho — atendendo à regulamentação do Banco Central.

Os juros médios desses empréstimos representam a taxa DI — que, popularmente, é chamada de CDI. Ela é utilizada como referência para o rendimento pós-fixados de diversos investimentos de renda fixa, como CDBs, LCIs, LCAs, entre outros.

Nesse caso, é comum que a rentabilidade de um investimento pós-fixado seja apresentada como uma porcentagem do CDI. Por exemplo, se um CDB oferece uma rentabilidade de 110% do CDI, isso significa que o investimento renderá 10% a mais do que o CDI no período estipulado.

O CDI costuma ter um percentual muito próximo à taxa Selic — a taxa básica de juros da economia brasileira. Entretanto, ele é ligeiramente inferior. Por esse modo, as operações interbancárias são atraentes para as instituições que tomam o crédito de curto prazo.

IOF

O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é um tributo que incide sobre diversas movimentações financeiras, como empréstimos, financiamentos e operações de câmbio. Ele é cobrado pelo Governo Federal e visa arrecadar recursos para o financiamento de políticas públicas.

O IOF pode variar de acordo com a natureza da operação financeira. Por exemplo, no caso de operações de câmbio, o IOF é cobrado com uma alíquota sobre o valor movimentado. Entretanto, o Governo já tem um cronograma para zerar o IOF cambial até 2029.

Quanto aos investimentos financeiros, o IOF incide sobre a rentabilidade de títulos de renda fixa tributados, como os CDBs. Assim como acontece com o Imposto de Renda, ele segue uma tabela regressiva conforme o tempo de investimento.

Como resultado, o IOF é cobrado apenas se o resgate ocorrer antes da aplicação completar seus 30 primeiros dias. Após o prazo, as alíquotas são zeradas e o investidor lidará apenas com o IR, caso o investimento seja tributável.

DARF

Outra sigla relacionada a tributos nesse glossário financeiro é o DARF. Ela designa o Documento de Arrecadação de Receitas Federais, que é utilizado para recolher tributos e contribuições federais, como Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Ele é bastante usado para pagamento do IR em investimentos de renda variável, como ações e FIIs. Isso ocorre pelo fato de o recolhimento não ser na fonte. Na prática, a Receita Federal disponibiliza um programa para a emissão do documento.

No DARF, é necessário informar o código do tributo ou contribuição, a data de vencimento, o montante a ser pago e os dados do contribuinte que está efetuando o pagamento. No mercado de investimentos, o pagamento ocorre no último dia útil do mês subsequente à operação.

Por exemplo, se você vendeu ações com ganho de capital em março, o pagamento do DARF deve acontecer até o último dia útil de abril. O não pagamento pode resultar em multas e juros, além de aumentar as chances de problemas futuros com a Receita Federal.

IPCA

Já o IPCA é a sigla para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o indicador oficial da inflação no Brasil. Ele mede a variação de preços de uma cesta de bens e serviços consumidos pelas famílias brasileiras com renda entre 1 e 40 salários mínimos.

Entre os itens considerados estão alimentos, bebidas, transportes, habitação, vestuário, saúde, educação, entre outros. O IPCA é calculado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A medição é feita nas principais metrópoles do Brasil e o resultado é publicado mensalmente. Vale ressaltar que a média é ponderada, o que faz com que cidades maiores e itens mais relevantes tenham maior influência no cálculo.

Sendo o índice oficial da inflação, o IPCA é monitorado regularmente pelo Banco Central e considerado em diversas decisões econômicas. A definição da taxa Selic, por exemplo, costuma ser influenciada pelo percentual do IPCA e as metas de inflação do país.

FGC

Como você já viu, FGC é a sigla para Fundo Garantidor de Créditos. Ele é uma entidade privada, sem fins lucrativos e que foi criada em 1995. Seu objetivo é proteger os depositantes e investidores diante da insolvência de instituições financeiras participantes.

O FGC é formado pelas próprias instituições financeiras participantes, que contribuem com uma taxa mensal para um fundo comum. Em caso de intervenção ou liquidação da instituição financeira participante, a entidade assume a responsabilidade de pagar os montantes garantidos aos depositantes e investidores, até o limite de cobertura.

O fundo garante os valores depositados em conta corrente, poupança e determinados títulos de renda fixa. Até 2023, não houve registro de um caso em que a entidade não conseguiu fornecer a cobertura prometida quando foi necessário.

CVM

Já entre as entidades do mercado financeiro, vale começar conhecendo a CVM. Essa é a sigla para Comissão de Valores Mobiliários, que é uma autarquia federal responsável por regulamentar, fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil.

A CVM foi criada em 1976 e procura proteger os investidores e garantir a transparência e a integridade do mercado de capitais brasileiro. Ela é responsável por aprovar a emissão e negociação de valores mobiliários no mercado, como ações, debêntures, títulos de dívida, entre outros.

A autarquia também registra e fiscaliza a atuação de diversos agentes que operam no mercado de valores mobiliários, como corretoras de valores, fundos de investimento e outros participantes. A CVM atua de forma independente, visando minimizar riscos que poderiam ser causados por conflitos de interesse.

ANBIMA

ANBIMA é a sigla para Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais. Ela é uma organização sem fins lucrativos que atua como entidade autorreguladora do mercado financeiro e de capitais do Brasil.

A associação foi criada em 2009 a partir da fusão de duas outras associações. Seu objetivo é desenvolver e aprimorar as melhores práticas do mercado financeiro, promovendo a ética, a transparência, a eficiência e a segurança nas atividades financeiras.

A ANBIMA também representa instituições financeiras, distribuidores de valores mobiliários, consultores de investimentos e outros profissionais ligados ao mercado financeiro. Além de atuar como entidade autorreguladora, ela oferece diversos serviços, como certificação profissional, treinamentos, pesquisas e estudos de mercado.

Copom

Outro organismo relevante no mercado financeiro brasileiro o Comitê de Política Monetária (Copom). Ele faz parte do Banco Central e é responsável por definir a taxa básica de juros da economia brasileira.

O grupo se reúne a cada 45 dias para avaliar as condições econômicas do país e decidir se a taxa Selic deve ser mantida, aumentada ou reduzida. O encontro dura dois dias, com o primeiro deles sendo usado para apresentação de dados e o segundo para as decisões.

A definição do Copom sobre a taxa Selic é muito importante, visto que ela impacta toda a economia. Quando a taxa está alta, é sinal que o Banco Central está com uma política monetária mais restritiva — geralmente, com foco em controlar a inflação.

Portanto, quando a taxa Selic é aumentada, os empréstimos e financiamentos ficam mais caros. Por outro lado, quando a taxa Selic é reduzida, linhas de crédito ficam mais baratas, o que estimula o consumo e o investimento das empresas.

As decisões do Copom são acompanhadas de perto pelos investidores e analistas do mercado financeiro, já que elas podem afetar diretamente o mercado. Uma semana após os encontros, o órgão publica uma ata com os detalhes da reunião.

IPO

IPO é a sigla em inglês para initial public offering, que em português significa oferta pública inicial. Esse é um processo pelo qual uma empresa de capital fechado vende ações na bolsa de valores pela primeira vez. Logo, ela se torna uma companhia de capital aberto.

A partir desse momento, qualquer pessoa interessada em investir na empresa pode comprar as ações e ingressar em seu quadro societário. O processo de IPO envolve diversas etapas, como a contratação de corretoras de valores para auxiliar na oferta e a elaboração do prospecto detalhando o processo.

A oferta pública inicial pode ser uma forma de captar recursos para a empresa, que tem a chance de usar o capital para investir em novos projetos, pagar dívidas ou expandir seus negócios. Ainda, o IPO pode aumentar a visibilidade da companhia e melhorar sua reputação no mercado.

Por outro lado, a empresa que realiza um IPO também está sujeita a diversas obrigações regulatórias e a prestar contas aos acionistas. Isso demanda maior transparência e responsabilidade da gestão, certo?

Após o IPO, a empresa pode fazer novas ofertas subsequentes no mercado — chamadas de follow-on. A partir delas, a companhia amplia seu capital social e pode gerar mais recursos.

ROE

Entre os indicadores fundamentalistas desse glossário financeiro, é interessante começar com o ROE. Ele é a sigla para return on equity, que significa retorno sobre o patrimônio líquido. Esse indicador econômico-financeiro mede a capacidade que uma empresa tem de gerar lucro a partir dos seus próprios recursos.

Para entender esse conceito, é essencial ter em mente o que é patrimônio líquido. Ele aparece no balanço patrimonial e é obtido pela diferença entre os passivos e os ativos da companhia.

Como o ROE é dado pela relação entre lucro líquido e patrimônio líquido, ele pode ajudar a identificar empresas que conseguem rentabilizar seus recursos.

Como consequência, ele pode ser útil para ajudar o investidor a procurar companhias nas quais pode ser oportuno investir para o longo prazo. Afinal, o negócio precisa gerar lucro para oferecer bons resultados aos seus investidores.

Ademais, o ROE permite que você faça comparativos entre diferentes ações para definir em qual investir. Associado a outros dados empresariais, o indicador traz uma visão sobre o rendimento da empresa no período escolhido.

Porém, é válido entender que nenhum indicador deve ser usado de forma isolada ao avaliar um investimento. Quanto mais dados você usar, mais completa tende a ser sua análise, combinado?

ROI

O ROI é outro termo muito comum na análise de investimentos. Ele é o return on investment (retorno sobre o investimento) e é utilizado para identificar retornos financeiros sobre aportes feitos.

O ROI pode ser calculado tanto com base em retornos passados quanto em perspectivas de performance. Por meio dessa taxa, é possível saber quanto um investidor ganhou ou perdeu em relação ao valor investido.

Assim, o indicador também oferece uma análise sobre o que aconteceu com o investimento e uma perspectiva sobre o futuro dele. Com o cálculo do ROI é possível avaliar diversos fatores.

Ele permite analisar como iniciativas diversas contribuem para a obtenção de resultados, por exemplo. O indicador também ajuda a planejar objetivos com base em resultados atingíveis. Com isso, ele pode ser útil para apoiar o processo de tomada de decisões, tornando-o mais objetivo.

DY e DP

Para investidores com foco em renda passiva, vale conhecer o dividend yield (DY) e dividend payout (DP). Eles são dois indicadores financeiros utilizados para avaliar o desempenho de uma empresa quanto ao pagamento de dividendos aos seus investidores.

O dividend yield é a relação entre o total dos dividendos pagos pela empresa em um determinado período e a cotação dos papéis em circulação no mercado. Um DY alto indica a obtenção de um retorno mais elevado em relação à cotação do papel.

Já o dividend payout é a proporção do lucro líquido distribuída aos acionistas em forma de dividendos. Em geral, empresas que têm um histórico consistente de pagamento de dividendos despertam interesse em investidores focados em proventos.

Entretanto, vale a pena destacar que o repasse de dividendos não é previsível. Ele depende dos resultados da empresa ou fundo no período e também do planejamento da gestão — que pode optar por reinvestir os lucros, por exemplo.

VPA

Também entre os indicadores há o VPA, que é a sigla para valor patrimonial da ação. Esse indicador financeiro representa o valor contábil de uma empresa dividido pelo número total de ações em circulação no mercado.

Ele é um indicador relevante para investidores que desejam avaliar se uma ação está sendo negociada a um preço justo no momento. Se a cotação do ativo estiver abaixo do VPA, pode ser uma oportunidade de compra, já que o investidor estaria adquirindo ações a um preço inferior ao valor patrimonial da empresa.

Por outro lado, se o preço da ação estiver acima do VPA, esse pode ser um sinal de que a ação está sobrevalorizada. Ademais, o indicador pode ajudar a avaliar a saúde financeira de uma companhia.

Por exemplo, se o VPA estiver aumentando ao longo do tempo, pode ser um sinal de que a empresa está gerando lucros e ampliando seu patrimônio líquido. Por outro lado, se o VPA estiver diminuindo, a empresa pode estar com problemas financeiros ou ter emitido mais ações no período.

YoY

YoY é a sigla para year over year, que significa ano a ano. Ela tem relação com os resultados divulgados pelas empresas de capital aberto na bolsa de valores.

O indicador se refere a um cálculo matemático utilizado para comparar os resultados obtidos em um determinado período com o mesmo intervalo temporal do ano anterior. Os resultados dessa apuração são expressos em porcentagem.

Normalmente, a comparação feita pelo cálculo do YoY envolve um ano fiscal em relação a outro. A análise é útil para observar como o mercado se movimenta e ela pode ser feita para praticamente qualquer dado ou disponível no mercado.

Os resultados da comparação YoY são importantes tanto para as empresas quanto para os investidores. Afinal, companhias com resultados positivos e que mostram crescimento ao longo dos anos tendem a atrair a atenção de novos investidores.

Por outro lado, se a empresa apresentar uma queda no faturamento, o resultado pode fazer com que os investidores vendam suas ações. Vale ressaltar que a comparação é válida também para outros períodos.

QoQ

Agora que você sabe o que é e como funciona o parâmetro YoY, fica mais fácil entender o que é o QoQ. Em inglês, a sigla significa quarter over quarter que, em português, pode ser traduzida como trimestre a trimestre.

Nesse caso, o cálculo faz uma comparação trimestral. No YoY, o investidor pode ter uma visão de longo prazo do negócio, enquanto o QoQ permite analisar indicadores de curto prazo.

Você também pode encontrar a sigla MoM (month over month, ou mês a mês), embora ela apareça com menos frequência. A análise, nesse caso, pode ser utilizada para indicadores de curtíssimo prazo.

Ebitda

Ebitda representa o conceito de earnings before interest, taxes, depreciation and amortization. Em português há a sigla Lajida, que representa lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização.

Essa é uma medida de desempenho financeiro utilizada para avaliar a capacidade de geração de caixa de uma empresa. O Ebitda é calculado a partir do lucro líquido do negócio, adicionando-se as despesas com juros, impostos, depreciação e amortização.

O resultado obtido é uma medida do lucro operacional da empresa, já que desconsidera as despesas financeiras e tributárias e o desgaste dos ativos. O Ebitda pode ajudar a avaliar o desempenho de empresas, mostrando a capacidade dela em gerar resultados a partir de sua própria operação.

Inclusive, ele ajuda na comparação de companhias concorrentes, já que permite uma análise mais precisa da eficiência operacional delas.

Neste conteúdo, você teve acesso a um glossário completo com as principais siglas do mercado financeiro. Agora será mais fácil se situar no mundo dos investimentos e entender mais sobre economia e funcionamento do mercado!

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