Buscar investimentos seguros e obter uma boa rentabilidade são objetivos comuns para muitas pessoas que ingressam no mercado financeiro. Na renda fixa, é possível escolher entre CDB (certificados de depósito bancário) ou LCI/LCA (letras de crédito imobiliário ou do agronegócio), por exemplo.

Ao investir nelas, você empresta dinheiro para uma instituição financeira custear suas operações e, em troca, recebe uma remuneração combinada. Porém, muitos investidores se questionam sobre qual dos títulos rende mais.

Se você também tem essa dúvida, prossiga com a leitura deste artigo preparado por nós, da Genial Investimentos, revelando qual aplicação rende mais: CDB ou LCI/LCA!

Veja a resposta!

Quais são as diferenças entre CDB, LCI e LCA?

Tanto os CDBs quanto as LCIs e LCAs são títulos de emissão bancária, possuindo muitas semelhanças. Entretanto, eles também apresentam diferenças que precisam ser entendidas para que você possa escolher a alternativa mais apropriada para o seu caso.

Confira as principais distinções!

Destinação dos recursos

É comum que um banco emita CDBs, LCIs e LCAs para levantar recursos visando financiar projetos em diferentes frentes. Nesse contexto, a destinação dos recursos é o primeiro diferencial entre os títulos.

O capital levantado por meio dos CDBs não está vinculado a uma atividade específica. Logo, ele pode ser usado pelo banco para emprestar dinheiro a outros clientes, financiar projetos ou investimentos específicos, entre outros fins.

Já as LCIs têm a finalidade de angariar recursos para financiar atividades ligadas ao setor imobiliário. Elas abrangem a concessão de empréstimos para a compra de imóveis, para a construção ou reforma de casas, prédios, shoppings e mais.

Por sua vez, o dinheiro obtido com as LCAs é destinado ao financiamento do agronegócio brasileiro. Ou seja, trata-se de atividades como fabricação e comércio de produtos agrícolas, compra de imóveis ou maquinários rurais e outras.

Tributação

Outra diferença entre CDBs, LCIs e LCAs diz respeito à tributação. Grande parte dos títulos disponíveis no mercado contam com a incidência do IR (Imposto de Renda), recaindo sobre os ganhos obtidos em cada operação. E além do IR, a realização de um resgate antecipado em menos de 30 dias resulta na retenção do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

No caso dos CDBs, a tributação é baseada em uma tabela regressiva aplicável à maioria dos investimentos de renda fixa. Desse modo, quanto mais tempo a aplicação for mantida, menor é a alíquota recolhida.

Veja a tabela:

PrazoAlíquota
Até 180 dias22,5%
De 181 dias a 360 dias20%
De 361 dias a 720 dias17,5%
Mais de 720 dias15%

Por outro lado, os ganhos obtidos nas LCIs e LCAs são isentos de IR para pessoas físicas. Essa é uma forma de o Governo estimular o investimento em aplicações que financiam setores considerados relevantes para a economia brasileira.

No caso das empresas, no entanto, os investimentos em LCIs e LCAs seguem a mesma tabela regressiva de imposto aplicada aos CDBs.

Liquidez

Ainda no campo das distinções, é possível destacar a diferença de liquidez entre as aplicações. Em termos financeiros, a liquidez representa a velocidade com que se pode converter um investimento em dinheiro novamente.

Muitos dos CDBs, LCIs e LCAs possuem baixa liquidez, por somente serem resgatáveis em sua data de vencimento. Porém, existem CDBs com liquidez diária, enquanto LCIs e LCAs com a característica são raras.

Ademais, a partir das Resoluções CMN (Conselho Monetário Nacional) n.º 5.119/2024 e 5.168/2024, a carência mínima para LCIs e LCAs passou a ser de 9 meses. Ou seja, ao fazer esses investimentos, você deve esperar 180 dias para solicitar um resgate antecipado.

Para qualquer um dos três títulos, se você precisar do dinheiro antes do vencimento ou do término da carência, existe a possibilidade de vendê-lo para outro investidor no mercado secundário. Contudo, a prática depende da existência de um interessado na aplicação — o que nem sempre ocorre.

Nessa hipótese, o título também sofre a chamada marcação a mercado — uma atualização do seu preço com base nas condições atuais do mercado. A questão é que, a depender da situação, o preço pode ser maior ou menor do que foi pago pelo título.

Quanto rende o CDB, a LCI e a LCA?

Sabendo as principais diferenças entre CDB, LCI e LCA, é interessante conferir quanto rende cada uma das alternativas para descobrir qual delas tem o maior retorno. O primeiro ponto a ser destacado é que a rentabilidade desses títulos pode se dar de 3 maneiras.

São elas:

  • prefixada: remunera o investidor com base em uma taxa fixa;
  • pós-fixada: o retorno do investimento segue um índice de mercado, geralmente o CDI (Certificado de Depósito Interbancário);
  • híbrida: mescla as duas formas de remuneração anteriores, pagando uma taxa fixa somada às variações de um indexador.

Ademais, a rentabilidade de CDBs, LCIs e LCAs varia conforme o banco emissor, o prazo da aplicação e as condições do mercado. No entanto, é válido entender como cada uma das alternativas costuma ser remunerada.

Normalmente, os CDBs têm a sua rentabilidade atrelada ao CDI — um indicador muito próximo à Selic (a taxa básica de juros da economia). Com isso, você encontra no mercado diferentes títulos que pagam entre 90% a 120% do CDI ou até mais.

Nesse contexto, quanto maior a porcentagem do CDI oferecida, maior é a rentabilidade esperada do CDB. Porém, o seu resultado não é líquido, uma vez que ainda seria preciso abater os impostos e taxas que recaem sobre o investimento.

Em contrapartida, também há LCIs e LCAs com rentabilidade atrelada ao CDI. Mas existe a possibilidade de encontrar alternativas ligadas ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ou IGP-M (Índice Geral de Preços — Mercado).

Geralmente, as LCIs e LCAs oferecem um percentual do CDI inferior ao dos CDBs (entre 70% e 100% do CDI). Contudo, o fato de elas serem isentas de IR pode fazer com que, na prática, os seus resultados superem os dos CDBs, em alguns casos.

Qual é a melhor opção de investimento?

Depois de ver quanto um investimento em CDBs, LCIs e LCAs rende, é hora de descobrir como identificar qual deles é a melhor opção, certo? Na verdade, não há uma resposta única para o questionamento.

Afinal, cada investidor possui o seu próprio perfil e objetivos. Logo, o que funciona para uma pessoa pode não atender ao que outra busca — e vice-versa. Desse modo, avalie qual é a oportunidade que mais faz sentido no seu caso.

Por exemplo, se você procura uma alternativa para montar uma reserva de emergência, não faz sentido buscar por LCIs e LCAs. Afinal, esses títulos costumam ter baixa liquidez e existe o risco de ter dificuldades em fazer um resgate em caso de necessidade — além da carência.

Nessa hipótese, vale considerar a possibilidade de investir em um CDB com liquidez diária, que permite um resgate rápido, compatível com a ocorrência de uma emergência. O cenário se inverte em relação àquele que deseja construir uma reserva para se aposentar no futuro.

Geralmente, um plano de aposentadoria demanda juntar dinheiro por um bom período para, depois, usar a quantia acumulada. Nesse cenário, o investidor não precisa ter um título com liquidez diária, fazendo mais sentido as alternativas com longos prazos de vencimento.

LCIs e LCAs indexadas ao IPCA, por exemplo, são capazes de proteger o seu patrimônio dos efeitos da inflação ao longo do tempo e gerar uma remuneração adicional. Logo, para cada objetivo traçado, existe um investimento que se encaixa melhor, ok?

Quais são as vantagens e desvantagens desses investimentos?

Além de considerar os seus objetivos na hora de investir, avaliar as vantagens e desvantagens de cada alternativa ajuda na escolha. Um ponto positivo presente tanto em CDBs quanto em LCIs/LCAs é a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).

A associação assegura o ressarcimento de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e por instituição financeira, caso o banco emissor do título não consiga realizar seu pagamento. A proteção observa um teto de R$ 1 milhão por CPF, renovado a cada 4 anos.

Considerando esse critério, os 3 tipos de títulos são considerados seguros, atendendo a diversos perfis — em especial o conservador. Entretanto, a segurança proporcionada contribui para a redução da rentabilidade esperada das alternativas.

Tenha em mente que, no mercado, o retorno de um investimento tende a ser inversamente proporcional ao seu risco. Assim, quanto mais seguro ele for, menor costuma ser o seu retorno — enquanto um alto risco normalmente gera uma remuneração maior.

Mas essas não são as únicas vantagens e desvantagens dos títulos, acompanhe!

CDB

Entre os pontos positivos, os CDBs costumam oferecer maior flexibilidade de prazos e liquidez, como visto. Ademais, o fato de muitos deles estarem ligados ao CDI permite que o investidor acompanhe os resultados dos juros no mercado nacional.

Outro benefício desses certificados é a diversidade encontrada, visto que diversos bancos em atuação no país os emitem. A dinâmica tende a aumentar a concorrência entre as instituições e traz múltiplas alternativas com as mais variadas taxas e prazos.

Sobre as desvantagens em relação a LCI/LCA, destaca-se a tributação de IR que recai sobre os CDBs. Ela reduz a quantia a qual o investidor tem acesso ao encerrar a aplicação, podendo gerar uma diferença significativa.

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LCIs/LCAs

A principal vantagem de investir em LCIs e LCAs é a possibilidade de ter um retorno livre das alíquotas de IR para pessoas físicas. O fator faz com que o resultado tenha chances de superar o de outras aplicações conservadoras.

Como muitas LCIs e LCAs possuem vencimento no longo prazo, o investidor consegue usá-las para atingir diversos objetivos. Alguns exemplos são o planejamento da aposentadoria, a compra de um imóvel e a independência financeira.

Quanto às desvantagens, o prazo de carência e a baixa liquidez dessas aplicações em alguns casos tendem a ser as mais relevantes. A disponibilidade também é um ponto negativo, já que nem sempre há LCIs ou LCAs com boa remuneração ou em condições vantajosas.

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Quais são as taxas e impostos aplicáveis aos CDBs, LCIs e LCAs?

As taxas e impostos aplicáveis aos investimentos são fatores determinantes para otimizar suas escolhas. Tenha em mente que tanto os custos envolvidos quanto a tributação reduzem o seu retorno.

Como você aprendeu, os CDBs estão sujeitos à tabela regressiva de IR, enquanto as LCIs e LCAs são isentas — exceto para pessoas jurídicas. Entretanto, além do IR, a realização de um resgate antecipado em menos de 30 dias resulta na retenção do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Veja as alíquotas aplicáveis:

DiasAlíquotaDiasAlíquotaDiasAlíquota
196%1163%2130%
293%1260%2226%
390%1356%2323%
486%1453%2420%
583%1550%2516%
680%1646%2613%
776%1743%2710%
873%1840%286%
970%1936%293%
1066%2033%300%

Vale dizer que o IOF recai somente sobre o ganho obtido no período e não sobre o total investido. Para evitar a ocorrência do tributo, basta manter o dinheiro aplicado na alternativa escolhida por, no mínimo, 30 dias.

No que diz respeito à cobrança de taxas, muitas corretoras de valores — como a Genial Investimentos — isentam os custos para investir em CDBs, LCIs e LCAs. Contudo, ainda existem aquelas que cobram taxa de custódia e de corretagem.

Como investir em CDB ou LCI e LCA?

Ao chegar até aqui, você já reúne conhecimentos relevantes sobre o investimento em CDBs, LCIs e LCAs, mas falta saber como investir neles, não é mesmo? Para começar, você deve ter conta em uma corretora de valores, como a Genial Investimentos.

Oferecemos acesso a múltiplos investimentos de renda fixa, inclusive CDBs, LCIs e LCAs. Com a nossa plataforma, você não precisa se limitar a uma única opção. Uma alternativa é combinar títulos com diferentes prazos e rentabilidades.

Tenha em mente que a diversificação é uma estratégia muito utilizada por investidores para aumentar a proteção do seu portfólio, ao mesmo tempo que possibilita a otimização dos seus ganhos. Ao diversificar a sua carteira, você pode aproveitar as vantagens que cada título oferece.

Por fim, abrindo sua conta na Genial, você recebe o suporte gratuito de um assessor de investimentos. Ele é profissional com expertise para sanar suas dúvidas e apresentar as alternativas que mais se encaixam no seu perfil e objetivos financeiros.

Após ver como funcionam as principais alternativas de renda fixa de emissão bancária, fica mais fácil decidir entre CDB ou LCI/LCA. Para fazer boas escolhas, avalie qual opção faz mais sentido em cada caso e considere diversificar o portfólio para aproveitar os benefícios de cada uma delas.

Quer investir nas alternativas de renda fixa que você viu neste artigo? Abra a sua conta na Genial Investimentos!

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