A chegada da fatura de energia das empresas brasileiras costuma gerar questionamentos sobre como essa despesa pode ser otimizada. Afinal, esse é um gasto necessário, mas que tende a elevar os custos operacionais.

Porém, nem sempre é fácil entender quais são os elementos descritos no documento enviado pelas empresas de energia. A falta de conhecimento sobre as questões que afetam o montante a ser pago pode dificultar a tomada de decisão dos gestores a esse respeito.

Acompanhe a leitura e aprofunde os seus conhecimentos sobre os principais componentes da fatura de energia elétrica. Confira!

conheça sua fatura de energia

O que é a fatura de energia?

A fatura de energia, popularmente conhecida como conta de luz, é o documento que faz a comunicação entre o consumidor final e a distribuidora de energia. Ele apresenta informações sobre os serviços prestados e quanto é pago por cada um.

As informações contidas na fatura seguem regulação específica da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), e a cobrança realizada pelas Distribuidoras está prevista na Constituição Federal. Em relação ao preço da conta, ele se altera conforme especificidades tributárias e tarifárias, além d o montante de energia e potência consumida.

Qual é a diferença entre consumo e demanda?

Ao analisar a fatura de energia, é possível observar dois termos que impactam o valor total e tendem a gerar dúvidas: consumo e demanda. Ter a compreensão clara de ambos é muito importante, pois sua cobrança diferenciada tem grande impacto na fatura.

Confira a definição de consumo e demanda, e as diferenças entre eles!

Consumo

O consumo descrito na fatura se refere à quantidade total de energia utilizada por uma unidade consumidora ao longo de um período específico. Essa unidade é medida em kWh (quilowatt hora) ou MWh (megawatt hora), representando o quanto foi efetivamente usado pelo consumidor. 

Demanda

Por outro lado, a demanda é a potência total necessária para atender à necessidade do consumidor pelo uso de energia em determinado período. Ela também pode representar quanto o sistema precisa suportar quando a unidade consumidora atinge sua carga máxima de consumo energético.

Portanto, a demanda é medida em kW ou MW, geralmente em um curto intervalo de tempo, que pode ser de 15 minutos. As  empresas podem contratar uma demanda específica, que é a potência máxima permitida. Ultrapassar esse limite resultaria em uma penalidade financeira.

A partir dessas definições, fica mais fácil entender as diferenças entre consumo e demanda de energia. Enquanto o consumo reflete a quantidade total de energia usada ao longo do tempo, a demanda representa a potência máxima necessária em um intervalo curto.

Além disso, a conta de luz é baseada no consumo total de energia, influenciando o valor mensal. Já a demanda contratada pode resultar em penalidades financeiras se for ultrapassada.

Qual é a importância de conhecer os detalhes da fatura?

Na prática, a fatura de energia apresenta informações importantes sobre os serviços prestados e a formação dos preços cobrados. A partir da leitura correta do documento, é possível ter uma visão mais ampla para auxiliar na elaboração do planejamento financeiro.

Desse modo, saber ler as informações da conta de luz traz subsídios para decisões sobre o controle de gastos com energia. Com a análise, é possível embasar decisões sobre a possibilidade de ingressar no Mercado Livre de Energia, por exemplo.

Quais são os principais componentes da fatura de energia?

Ao avaliar a fatura de energia, podem surgir outras dúvidas sobre os registros que ela apresenta. Aqui, o próximo passo é saber quais são os principais componentes dessa conta.

Entenda!

Classes de tensão

Para começar, é essencial saber qual é a modalidade tarifária da conta. As tarifas são divididas em dois grupos, conforme o perfil de consumo na unidade. No Brasil, o grupo A compreende os grandes consumidores, como empresas, e o B se refere aos clientes com demandas menores.

Assim, as tarifas aplicadas mudam de acordo com a categoria. Ela atrela o custo e o número de instalação da unidade consumidora aos dados do titular, como CPF, endereço e CNPJ.

Tributação

Os tributos fazem parte da fatura de energia. Neles, estão incluídos os seguintes elementos:

  • Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);
  • Programa de Integração Social (PIS).

Estes são tributos federais.. Nos estados, também é cobrado o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Ainda há os tributos municipais, que se relacionam à manutenção da iluminação de vias públicas.

Nesse caso, o principal é o de Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP). Outro ponto de atenção são os encargos, que têm a finalidade de financiar projetos direcionados ao setor elétrico brasileiro.

Tarifação

Em relação às tarifas, os valores estão relacionados ao processo de distribuição de energia. Essa arrecadação é feita a partir das Tarifas de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) e da Tarifa de Energia (TE).

Elas representam o valor de distribuição e o preço cobrado dos clientes pela contratação do serviço. Dessa forma, o cálculo é baseado no transporte e geração de energia, além de encargos e tributos.

Quais são as alterações de preço devido às bandeiras tarifárias?

Outra característica relevante é o impacto das bandeiras tarifárias no total da conta. Elas sinalizam os custos adicionais de geração de energia em períodos de seca e alta demanda. Portanto, quanto maior a crise energética no país, mais caro será o preço cobrado na fatura de energia.

Elas podem ser de cinco níveis:

  • verde;
  • amarela;
  • vermelha 1;
  • vermelha 2;
  • escassez hídrica.

Nessa classificação, a bandeira verde significa que a produção de energia está funcionando normalmente, então não há valor adicional. No caso da amarela, as condições não são favoráveis e há aumento no preço a cada 100 kWh consumidos.

Já as bandeiras vermelha 1 e 2, e a de escassez hídrica apontam que a oferta energética disponível é insuficiente para cobrir alguns cenários probabilísticos da demanda no curto e médio prazo. Com isso, termelétricas mais caras têm de ser acionadas em caráter de emergência para que o sistema siga fornecendo energia de modo seguro.

Como o consumo de energia pode afetar o montante cobrado?

Além dos custos que envolvem a fatura de energia, o consumo da casa ou empresa afeta o total da conta. É preciso identificar quais aparelhos e equipamentos elétricos são usados diariamente e por quanto tempo.

Ao adicionar os gastos variáveis, será mais fácil compreender o valor final apresentado no documento. A seguir, entenda como calcular o seu consumo!

Cálculo da conta de luz

Conforme a lei, as embalagens dos equipamentos elétricos devem apresentar a potência deles. Com esse número, você pode calcular o consumo de energia. Por exemplo, um aparelho que tem 200W, ligado por 8 horas, poderá consumir 1,6 kWh (200 × 8 / 1.000).

Caso o uso dele seja diário, é preciso multiplicar o resultado pelos dias do mês para obter o total mensal. Assim, 1,6 kWh multiplicado pelos 30 dias resultaria em 48 kWh de gasto pelo equipamento.

Multiplicando esse resultado pela tarifa de energia da distribuidora — disponível na conta de luz —, você descobrirá o preço relativo ao consumo em kWh. Logo, é importante verificar qual o consumo energético ao comprar um aparelho, pois ele trará consequências para os seus gastos mensais.

Ademais, existem maneiras de economizar energia que podem ser fatores determinantes na conta. Veja:

  • não deixar dispositivos ligados desnecessariamente;
  • fazer a manutenção dos equipamentos com constância para evitar gastos energéticos dispensáveis.

Como as empresas podem otimizar os seus custos energéticos?

Ao entender os conceitos de consumo e demanda, além de identificar os elementos que compõem a fatura de energia, a gestão tem mais base para tomar decisões estratégicas para otimizar os custos com energia elétrica em empresas. Uma tendência é a entrada no Mercado Livre de Energia.

Esse é o ambiente de compra e venda de energia elétrica que torna possível prever a quantidade, o preço a ser pago, o prazo de fornecimento, o fornecedor e as formas de pagamento pela prestação do serviço no setor. O mercado foi criado em 1998, a partir da criação do Ambiente de Contratação Livre (ACL).

Em 2022, por exemplo, havia quase 30 mil unidades consumidoras inseridas no Mercado Livre de Energia, segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). Essa quantidade correspondia a 38% da energia consumida no Brasil, um número que tende a crescer.

Trata-se de uma forma de reduzir os custos com eletricidade, por oferecer a oportunidade de negociar os contratos livremente, ao contrário do que ocorre no mercado tradicional. Ao fazer a contratação, a empresa receberá em sua fatura de energia a tarifa referente à compra nos moldes negociados.

Portanto, as empresas podem diminuir o custo de energia com os serviços de comercialização e consultoria energética especializada em Mercado Livre de Energia, com o suporte da Genial. Desse modo, é possível potencializar a economia com soluções da área energética.

Agora você sabe que a fatura de energia se refere à geração, transmissão, distribuição, tributação, tarifação e consumo elétrico. Com essas informações, é possível desenvolver seu entendimento do assunto para aprimorar a gestão de energia elétrica da sua empresa.

Estas informações foram úteis? Então conheça o site da Genial Energy e descubra possibilidades de economizar!

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Somos a área de energia da Genial, fornecemos os serviços de Comercialização e Consultoria Energética especializada em Mercado Livre de Energia com objetivo de reduzir o custo de energia para consumidores finais.

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