Muito possivelmente, você já deve ter ouvido falar dos Bitcoins – uma das criptomoedas mais conhecidas do mercado. Para além dela, no entanto, existem pelo menos outras 2 mil criptomoedas em circulação.

E se engana quem pensa que elas são novidade: descritas pela primeira vez em 1998 por Wei Dai, as criptos nasceram com o objetivo de dispensar a existência de órgãos controladores para intermediar sua emissão e as negociações entre investidores no mercado.

Um ponto em comum com as moedas convencionais é que ambas sofrem variações diárias a partir da lei de oferta e procura devido a, principalmente, dois fatores: especulação e número limitado de criptomoedas. Isso mesmo: só podem ser emitidas, no máximo, 21 milhões de moedas virtuais – número que deve ser alcançado no ano de 2140.

Ainda parece complexo? Fique tranquilo: nosso objetivo hoje é te ajudar a entender como as criptomoedas funcionam, para que servem e se, de fato, vale a pena investir nesse mercado. Basta seguir a leitura! 

O que são as criptomoedas

Para começarmos a entender as criptomoedas, podemos fazer uma analogia com a escassez de recursos naturais e a extração de metais preciosos da Terra pelo homem. As criptomoedas são finitas e também acabarão em algum momento, mesmo que relativamente distante. 

Vamos pensar assim: se podemos esgotar as reservas de minério, por exemplo, podemos também minerar (termo utilizado para trazer à circulação novas criptomoedas) todos os criptoativos existentes.

Descentralizadas, uma vez que não são controladas por nenhum órgão regulador, as moedas virtuais são criadas em uma rede blockchain, que nada mais é, de maneira bem simplificada, do que um ambiente virtual responsável por armazenar diversos tipos de informações – como dados e transações financeiras – em blocos de dados. Essas criptomoedas geradas são protegidas por criptografia, e, em alguns casos, podem ser convertidas em outras moedas também. 

Fernando Ulrich, autor do livro Bitcoin: A moeda na era digital, resume bem o funcionamento do mercado das criptos com a seguinte frase: “o que o e-mail fez com a informação, as criptomoedas farão com o dinheiro”. 

Como as criptomoedas funcionam

As criptomoedas possuem a mesma finalidade do dinheiro físico, no entanto, não são armazenadas em contas correntes – e, sim, em carteiras digitais específicas, também conhecidas por Exchanges.

Como vimos anteriormente, elas surgem por meio do processo de mineração realizado no blockchain, e cada uma passa a contar com um código complexo que não pode mais ser alterado por ninguém. As moedas são registradas pelos mineradores nesse ambiente – e, em contrapartida, esse grupo de pessoas recebe o pagamento em criptomoedas, que passam a estar disponíveis para circulação no mercado.

Os criptoativos são negociados diretamente nas Exchanges, e também via fundos de investimentos (por meio do intermédio de corretoras de investimentos, como veremos mais à frente).

Principais tipos de criptomoedas

  1. Bitcoin (BTC)

É a moeda digital mais conhecida em todo o mundo. Em outubro deste ano, atingiu a marca dos US$ 65 mil, o maior valor já registrado desde sua criação, em 2008. 

  1. Bitcoin Cash (BCH)

Criado recentemente, em 2017, é uma versão aperfeiçoada do Bitcoin, com vistas a tornar as taxas mais atrativas e reduzir o tempo de processamento das operações.  

  1. Tether (USTD)

Ao contrário do Bitcoin e de outras moedas digitais, o Tether é considerado uma stablecoin (moeda estável), porque tem lastro no dólar, uma moeda física.

  1. Ether (ETH)

Similar ao Bitcoin, o Ether se difere um pouco no que diz respeito ao seu foco principal, que é o desenvolvimento da plataforma de blockchain Ethereum – e não necessariamente no crescimento da sua criptomoeda, como ocorre com os outros ativos.

  1. Ripple (XRP)

Trata-se de um protocolo de pagamento distribuído criado em 2011, com vistas a viabilizar transações seguras e instantâneas. Hoje, é considerada uma das moedas mais valiosas do mercado, junto com o Bitcoin e o Ethereum.

  1. Litecoin (LTC)

Também muito semelhante ao Bitcoin, foi criado em 2011 com o objetivo de reduzir o tempo necessário para confirmar as transações feitas com a criptomoeda, tornando-a mais acessível e prática para operações do dia a dia. 

Fundos de investimento em criptomoedas

Para quem está começando ou ainda não entende muito sobre o mercado das moedas virtuais, investir nos fundos de investimento em criptos pode ser uma alternativa interessante e de custo mais acessível – além de ser também uma boa ferramenta para diversificar a carteira e diluir os riscos envolvidos nas operações. 

O primeiro fundo de criptomoedas listado na Bolsa de Valores brasileira foi o HASH11, um Exchange Traded Fund (ETF). Os ETFs, como sabemos, são investimentos que lastreiam determinados índices de mercado, como o Ibovespa, por exemplo, e têm suas cotas negociadas na Bolsa de Valores.

O HASH11, no caso, replica o índice das principais criptomoedas do mercado, o Nasdaq Crypto Index (NCI). Isso quer dizer, na prática, que quem investe nesse ETF está diversificando seus rendimentos a partir da combinação das principais criptomoedas listadas no mercado hoje em dia.  

Sem dúvida nenhuma, o mercado de renda variável é bastante atrativo – especialmente, o das criptomoedas. No entanto, é extremamente importante ter em mente que quanto maiores são as possibilidades de rendimento, maiores são, também, os riscos envolvidos.

Dessa forma, antes de começar a colocar a mão na massa, faça uma análise do seu perfil de investidor, conheça bem os seus objetivos com os investimentos e use todas as ferramentas disponíveis a seu favor – como a diversificação da sua carteira de investimentos e as análises sobre os diferentes tipos de ativos – e esteja sempre por dentro das últimas tendências de mercado. 

Seguindo esses passos, você potencializa as chances de ser cada vez mais assertivo em suas escolhas. Se esse conteúdo foi útil para você, deixe um comentário para a gente aqui no blog!

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