Quando o assunto é investimento, os objetivos de cada investidor podem ser variados. Há aqueles, por exemplo, que miram o longo prazo na renda variável, a fim de obter dividendos, ou seja, ganhos recorrentes. 

Ao considerar ativos e fundos com essas características, é crucial compreender como calcular o dividend yield. Através desse cálculo, é viável avaliar a capacidade do investimento de gerar renda passiva por meio de proventos.

Você busca informações sobre o que é esse indicador e de que forma calcular o dividend yield? Então, não deixe de acompanhar as informações que nós, da Genial, reunimos para você.  

Boa leitura!

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Afinal, o que é o dividend yield? 

Aqueles que investem na bolsa de valores têm a possibilidade de receber proventos provenientes da distribuição de lucros das empresas ou de fundos de investimento. Isso ocorre ao investir em ações ou em Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs). O dividendo se destaca como o principal tipo de provento.

Ele representa pagamentos recorrentes, podendo ser pagos cada mês, trimestre, semestre ou ano — a depender da decisão da empresa ou fundo. Assim, é uma estratégia para quem busca investir para obter uma renda passiva com os investimentos.  

Ao investir em ações, os proventos normalmente derivam dos lucros do negócio. No contexto particular dos Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), os dividendos são provenientes das operações realizadas com imóveis, títulos do mercado imobiliário ou até mesmo cotas de outros fundos.

Se você tem o objetivo de investir com foco em dividendos, é essencial compreender o que é o dividend yield, também conhecido como DY, um dos principais indicadores da análise fundamentalista. Este indicador revela a relação entre os proventos distribuídos e o preço atual da cota ou ação.

Assim, ao alocar o capital em ações, por exemplo, o investidor pode descobrir o retorno do investimento em relação ao dividendo que foi pago pela companhia. Pode analisar, então, se o investimento faz ou não sentido para o seu portfólio e para suas expectativas de ganhos. 

É importante ressaltar que o índice tem como objetivo mostrar a porcentagem dos dividendos pagos no último ano em relação ao valor da cota. Dessa forma, um dividend yield de 7% indica que, para cada R$ 1.000,00 investidos na cota de um fundo, por exemplo, o retorno foi de R$ 70,00 em proventos.

Fórmula para calcular o dividend yield é a seguinte:
Dividend Yield = (Dividendos por Ação / Preço da Ação) * 100

No exemplo dado, onde o dividend yield é de 7%, podemos usar a fórmula para calcular os dividendos por ação:

– Dividendos por Ação = (Dividend Yield / 100) * Preço da Ação
– Assumindo que o Preço da Ação seja R$ 1.000,00, os cálculos seriam:
– Dividendos por Ação = (7 / 100) * 1000 = 70

Portanto, um dividend yield de 7% indica que, para cada R$ 1.000,00 investidos na cota de um fundo, o retorno foi de R$ 70,00 em proventos.

Para que serve o indicador? 

Agora que você já compreendeu o conceito de dividend yield, é importante entender por que ele desempenha um papel crucial. Ao calcular o DY, você obtém um parâmetro para avaliar a potencialidade de retorno do investimento. Dessa forma, esse indicador auxilia a determinar se existe uma vantagem real em investir.

Isso porque ao alocar os recursos em ações ou em um fundo imobiliário, a ideia é obter ganhos com a valorização dos papéis ou cotas ou ainda com o recebimento de proventos. Então, no segundo caso, é importante escolher companhias ou FIIs que sejam bons pagadores de dividendos, certo? 

E é por esse motivo que o DY é importante para quem investe na bolsa de valores: o indicador aponta quem são bons pagadores, ajudando na sua tomada de decisão. Se o seu intuito central for obter renda passiva, avaliar o indicador é indispensável. 

Como calcular o dividend yield? 

Agora você sabe que é importante conhecer o DY. Mas como é feito o cálculo do indicador? É uma conta bem simples: basta dividir os dividendos pagos no último ano pelo valor atual da cota ou ação. Depois, é preciso multiplicar o resultado por 100. 

Como exemplo, imagine uma ação tem o preço R$ 50,00 reais na bolsa de valores e os dividendos pagos nos últimos 12 meses têm uma média de R$ 2 por papel. O cálculo consiste em dividir 2 por 50 e o resultado é um DY de 4%. 

Porém, não é preciso gastar tempo ou ficar preocupado em realizar esse cálculo. Na verdade, o dado consta nas informações que as companhias e fundos compartilham com os investidores. 

Quais fatores podem influenciar o DY? 

É necessário ressaltar que há aspectos que influenciam o dividend yield e podem transmitir uma ideia distorcida. Por conta disso, devem ser considerados pelo investidor para ter uma noção mais confiável do retorno que pode ser obtido com o investimento. 

A distorção pode acontecer, por exemplo, quando há eventos que interferem no caixa de uma companhia. Caso haja um lucro acima da média, o DY pode ficar momentaneamente maior do que o comum. Por outro lado, em momentos críticos ele pode cair muito, de forma apenas pontual. 

O mesmo acontece em relação aos FIIs. Caso haja períodos de muitos imóveis desocupados, por exemplo, o recebimento dos aluguéis fica comprometido e os dividendos caem. Já se o fundo faz uma venda pontual o DY pode aumentar muito, mas sem manter o valor no futuro. 

Por isso, é recomendado analisar o DY de maneira histórica e contextualizada, tendo informações também sobre a qualidade da companhia ou do fundo. Além disso, vale considerar o cenário geral do investimento. 

Isso porque há empresas ou determinados setores de atuação que são mais consolidados e costumam distribuir mais dividendos. Já outras investem muito em expansão e têm DY mais baixo. Os fundos também podem ter estratégias diferenciadas entre si. 

Logo, é preciso avaliar tudo, como a procedência dos dividendos e ainda fazer uma análise de sua recorrência ao longo do tempo. Não foque apenas no DY atual, mas em todo o histórico dele ao longo do tempo. 

Quais outros indicadores podem ajudar em uma análise fundamentalista? 

Como foi possível notar, o DY é um dos indicadores da análise fundamentalista. No entanto, para escolher os ativos e fundos para compor sua carteira de investimentos é preciso levar em conta outros aspectos. Isso porque considerar apenas um fator para sua análise pode resultar em uma decisão equivocada.

Sendo assim, além do dividend yield, há outros indicadores fundamentalistas que o investidor precisa conhecer, entre eles: 

IndicadoresDescrição
P/VPApreço da ação/cota em relação ao valor patrimonial dela; 
ROE (return on equity)retorno sobre o patrimônio líquido; 
ROIC (return on invested capital)retorno sobre o capital investido; 
P/Lretorno sobre o capital investido; 

A ideia deste post foi mostrar como o dividend yield é um indicador que faz a diferença na tomada de decisão na hora de escolher ações ou FIIs. No entanto, como você viu, é preciso levar outros fatores em consideração antes de aportar os recursos. 

Em resumo, compreender o Dividend Yield é uma ferramenta fundamental para qualquer investidor que busca maximizar seus ganhos e garantir uma renda passiva estável ao longo do tempo. Este indicador não apenas oferece uma visão clara da capacidade de uma empresa ou fundo em distribuir proventos, mas também auxilia na avaliação do potencial retorno do investimento.

No mundo dos investimentos, tomar decisões informadas é crucial. Além de conhecer o Dividend Yield, é essencial considerar outros indicadores e fatores que possam influenciar a performance dos ativos em sua carteira. É por isso que nós, da Genial, estamos aqui para auxiliá-lo em sua jornada de investimentos.

Convidamos você a explorar nossas carteiras recomendadas, cuidadosamente elaboradas por nossos especialistas, que levam em consideração não apenas o Dividend Yield, mas também uma variedade de fatores que podem impactar seus resultados. Não perca a oportunidade de tomar decisões embasadas e estratégicas que podem potencializar seus investimentos.

Lembre-se, na Genial, estamos comprometidos em fornecer o conhecimento e as ferramentas necessárias para que você alcance seus objetivos financeiros com confiança. Visite nosso site e descubra como podemos ajudá-lo a construir um futuro financeiro sólido e bem-sucedido. Estamos aqui para você, em cada passo do caminho.

Filipe Villegas

Filipe Villegas é responsável pelas carteiras recomendadas da Genial e relatório GENOMA. Ele é pós-graduado em administração de empresas pela FGV e tem MBA em engenharia financeira pela POLI-USP. Está no mercado há mais de 10 anos.

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