Os investimentos encontrados na bolsa de valores brasileira (B3) estão cada vez mais populares. Uma prova disso é o aumento do número de contas de investidores com ações ou outros ativos negociados nesse ambiente.

Uma das causas desse crescimento é a busca por oportunidades mais rentáveis e o acesso facilitado às informações relacionadas aos investimentos. Para se juntar aos milhões de investidores da bolsa brasileira, é importante conhecer as oportunidades disponíveis no mercado.

Neste post, o nosso time, da Genial Investimentos, apresenta os principais ativos que podem ser encontrados na B3 e como você pode incluí-los em sua estratégia.

Vamos lá?

O que é a bolsa de valores?

A bolsa de valores é um mercado organizado onde são negociados diversos investimentos, como ações, cotas de fundos e outras alternativas. Assim, os investidores podem comprar e vender esses ativos, visando obter rentabilidade a partir das variações de preços e dos rendimentos gerados por eles.

Na prática, a bolsa tem a função de organizar e fiscalizar essas negociações, tendo a responsabilidade de garantir a transparência e a segurança das informações. Para isso, as transações são realizadas eletronicamente por sistemas que conectam investidores e corretoras de valores.

Além disso, a bolsa de valores tem papel importante na economia, pois possibilita às empresas a levantarem recursos para as suas atividades por meio dos investimentos. Consequentemente, ela ajuda no desenvolvimento econômico do país.

Como ela funciona?

Além de saber o que é a bolsa de valores, é preciso entender como ela funciona. Afinal, a instituição apresenta diversos ambientes de negociação, que são chamados de mercados. Como cada um deles apresenta características específicas, é interessante conhecer mais sobre eles.

Na sequência, conheça os mercados da bolsa!

Mercado à vista

O mercado à vista é o mais popular de todos e o principal deles. Nele, a compra e a venda de um ativo acontecem com o preço praticado no momento da negociação. Já o vendedor recebe o montante em poucos dias após a liquidação da ordem. Somente após esse processo é que os ativos negociados farão parte da carteira do comprador.

Mercado a termo

No mercado a termo, os investidores envolvidos negociam a compra e a venda de um ativo em uma data futura, sendo o preço fixado no momento da negociação. O preço do contrato a termo é obtido pela aplicação de uma taxa de juros sobre a cotação atual do ativo.

Isso significa que o comprador se compromete a comprar o ativo pelo valor negociado, independentemente de qual seja o preço de mercado na liquidação. Ademais, para garantir a operação, o comprador deve apresentar uma margem de garantia.

Mercado futuro

O mercado futuro, assim como o mercado a termo, é composto por derivativos. Os contratos futuros permitem que os operadores se posicionem a favor (comprados) ou contra (vendidos) o desempenho de um ativo de referência em uma data futura.

Ainda, não há a entrega real dos ativos negociados. Ou seja, não é necessário que o investidor obtenha o dólar ou o petróleo comprado, por exemplo. Isso porque esse tipo de operação visa aproveitar a oscilação dos preços e tem liquidação apenas financeira.

Mercado de opções

O último mercado é o de opções, onde são negociados derivativos que concedem o direito de comprar ou vender um ativo por determinado preço em uma data futura. Porém, quem adquire o direito não tem obrigação de exercer o contrato no dia previsto para a liquidação, podendo avançar ou não no acordo.

Qual é a bolsa de valores brasileira?

Após saber mais sobre o funcionamento geral da bolsa, é possível que você tenha curiosidade para conhecer a história da bolsa de valores brasileira, não é mesmo? A Brasil, Bolsa, Balcão, também chamada de B3, é a bolsa de valores do país.

Ela é uma empresa privada, fundada em 1851 como Bolsa de Valores do Rio de Janeiro quando as negociações ainda eram realizadas nas ruas. Já em 1890, foi criada a Bolsa Livre de São Paulo, que se tornou a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), em 1965.

Essa bolsa ganhou destaque nos anos seguintes, ultrapassando a bolsa do Rio de Janeiro. Essas bolsas foram se expandindo e incorporando outras bolsas regionais, até que nos anos 2000 houve a integração entre as duas, abarcando as demais opções do país.

Com a criação da BM&F Bovespa (Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo), ela se tornou a principal bolsa do país. Em 2017, a BM&F Bovespa se fundiu com a Cetip (Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos), formando a Brasil, Bolsa, Balcão.

Assim, a B3 é uma das principais bolsas de valores do mundo, com uma ampla variedade de ativos e derivativos negociados e uma grande base de investidores.

Quais são as principais bolsas do mundo?

Até aqui, você conferiu a história da bolsa de valores brasileira, que é um dos principais mercados organizados de investimentos do mundo. Agora que tal conhecer quais são as outras bolsas de destaque mundial?

Confira quais são as instituições com os maiores volumes de negociação de investimentos do mundo!

NYSE

A NYSE (New York Stock Exchange) é a Bolsa de Nova Iorque, considerada a maior bolsa de valores do mundo em termos de capitalização de mercado. Ela também é responsável por dois dos índices de desempenho mais importantes do cenário mundial: o Dow Jones e o S&P 500.

Fundada em 1792, a bolsa fica em Wall Street, no distrito financeiro de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Nela, estão listadas algumas das maiores empresas de capital aberto do mundo, como:

  • Alibaba;
  • Coca-Cola;
  • Disney;
  • Berkshire Hathaway;
  • Boeing;
  • McDonald’s;
  • Jonhson & Jonhson;
  • Nike;
  • Visa.

NASDAQ

A NASDAQ (National Association of Securities Dealers Automated Quotations) também é uma bolsa norte-americana localizada em Nova Iorque, mas sua sede é na Broadway. Ela foi fundada muito tempo depois da NYSE, em 1971, tendo sido a primeira bolsa de valores a adotar o pregão eletrônico do mundo.

Além disso, ela é conhecida por ser uma bolsa em que há a negociação de ações de diversas empresas de tecnologia, como:

  • Meta;
  • Apple;
  • Alphabet;
  • Google;
  • Microsoft;
  • Netflix.

Contudo, a NASDAQ também tem listadas companhias gigantes de diversas áreas do mercado, como Amazon e Starbucks.

TSE

A TSE (Tokyo Stock Exchange) é a Bolsa de Valores de Tóquio. Criada em 1878, ela é a principal bolsa do Japão. Estruturalmente, ela é composta por três seções de mercado, sendo a Primeira Seção destinada às maiores empresas listadas.

Já a Segunda Seção lista as empresas de médio porte e em crescimento. Por fim, há a seção Mothers, que é dedicada às companhias de tecnologia e inovação. Vale ressaltar que as empresas de maior destaque nessa bolsa são aquelas dos setores de automobilismo e tecnologia, como:

  • Honda;
  • SoftBank Group Corp;
  • Mitsubishi;
  • Sony Corporation;
  • Toyota.

SSE

A SSE (Shanghai Stock Exchange) ou Bolsa de Valores de Xangai foi fundada em 1990, em Xangai, na China. Ela é uma das duas principais bolsas do país asiático, sendo a maior no que se refere à capitalização.

Ademais, ela apresenta dois mercados para investir, sendo um deles para negociações em moeda chinesa e destinado aos investidores locais. Já o outro realiza as transações em dólar para os investidores estrangeiros poderem fazer suas negociações.

Entre as empresas com maior destaque na SS, vale destacar:

  • Industrial and Commercial Bank of China;
  • Agriculture Bank of China;
  • PetroChina.

Euronext

A Euronext (European New Exchange Technology) é a bolsa de valores europeia, criada em 2000 a partir da fusão das bolsas de Paris, Amsterdã e Bruxelas. Posteriormente, ela incorporou as bolsas de Lisboa, Dublin e Oslo.

Assim, na contramão das bolsas de valores de outros países, a Euronext é composta por mercados de diversas nações. Saiba, ainda, que a sua sede fica em Amsterdã, na Holanda, e que as principais companhias listadas nela são:

  • Airbus;
  • ASML;
  • Danone;
  • Heineken;
  • L’Oréal;
  • LVMH;
  • Air Liquide;
  • Royal Dutch Shell.

Quais investimentos podem ser feitos na bolsa de valores?

Agora que você já sabe quais são as bolsas de valores com destaque mundial, é o momento de descobrir quais são os principais investimentos que podem ser realizados nesses ambientes. Desse modo, é possível conferir as alternativas disponíveis para investir.

Na sequência, confira os principais investimentos negociados na bolsa de valores brasileira!

Ações

As ações são os ativos mais famosos em negociação na bolsa de valores. Elas representam a menor parte do capital social de uma empresa. Dessa maneira, quando você compra um papel, se torna sócio da empresa. Com isso, você participa dos resultados dela, que podem ser positivos ou negativos.

As formas mais comuns de lucrar com ações é por meio do ganho de capital ao vendê-las por um preço maior do que pagou ou o pelo recebimento de proventos. Esses são benefícios distribuídos pela empresa a seus acionistas.

Além disso, existem tipos diferentes de ações. A primeira classificação é a ação ordinária (ON), que dá ao investidor o direito de votar nas assembleias deliberativas. Com isso, o sócio pode ajudar a decidir o rumo da companhia, a depender do percentual de sua participação no negócio.

Já o outro tipo é a ação preferencial (PN), que concede ao acionista a preferência para receber dividendos, que são os pagos a partir dos lucros apurados pela empresa. Ademais, o investidor com ações preferenciais tem prioridade para receber o eventual ressarcimento diante da liquidação da companhia.

Também existem as units, que são pacotes de ações contendo os dois tipos anteriores de papéis. Cada empresa pode definir a proporção entre ações ordinárias e preferenciais. Com as units, o investidor garante todos os benefícios. Interessante, não é mesmo?

ETFs

Os exchange traded funds (ETFs), ou fundos de índice, são um tipo de fundo de investimentos cujas cotas são negociadas na bolsa. Esse veículo financeiro é composto pelo capital de diversos investidores que desejam participar dos resultados obtidos com a estratégia definida.

Dessa maneira, um fundo funciona como uma espécie de condomínio financeiro, sendo que os investidores interessados compram as cotas e garantem a sua participação nos resultados da sua carteira.

Nesse cenário, quem realiza o manejo do portfólio é um gestor profissional — e há uma administradora para garantir que o fundo cumpra o seu propósito.

Existem diversos tipos de fundos de investimentos, que se diferem pelo seu foco ou estratégia de investimentos. No caso dos ETFs, o objetivo é obter resultados semelhantes à performance de um índice de referência do mercado, como o Ibovespa ou o Dow Jones.

Para isso, o mais comum é o gestor espelhar a carteira teórica do indicador de referência, adquirindo os mesmos ativos e em proporções semelhantes. Dessa maneira, a gestão dos ETFs é considerada passiva.

Em relação às oportunidades de ganhos com ETFs, é possível obter ganho de capital ao vender as cotas por um preço maior do que o total pago na compra ou pelo recebimento de proventos. Desde o começo de 2023, a B3 autorizou que novos ETFs brasileiros distribuíssem dividendos.

FIIs

Os fundos de investimentos imobiliários (FIIs) também são veículos financeiros focados no setor imobiliário. Assim, o seu portfólio pode ser composto por imóveis físicos (fundos de tijolos), títulos de renda fixa atrelados a esse mercado (fundos de papel) e cotas de outros FIIs (fundos de fundos).

Além de uma estratégia de investimentos diferente dos ETFs, por exemplo, os FIIs se diferem dos demais fundos pela sua obrigação de distribuir os lucros aos cotistas. Por regra, eles devem distribuir, no mínimo, 95% dos lucros semestrais na forma de dividendos.

No entanto, não é incomum encontrar FIIs que distribuem dividendos com intervalos menores. Por conta disso, esse tipo de investimento costuma ser atraente para pessoas que desejam obter renda passiva.

BDRs

Entre as alternativas encontradas na bolsa de valores também estão os brazilian depositary receipts (BDRs) ou certificados de depósito de valores mobiliários. Na prática, eles são recibos emitidos no Brasil e que são lastreados em um investimento realizado no exterior.

Há BDRs com lastro em:

  • ações;
  • cotas de ETFs;
  • títulos internacionais (bonds);
  • entre outros.

Nesse caso, uma instituição depositária compra um ativo em outro país, o mantém sob custódia e emite um certificado no Brasil lastreado no investimento.

Desse modo, ao investir em BDR, você pode se expor ao desempenho do ativo internacional. Se ele fizer a distribuição de dividendos, por exemplo, você receberá proventos proporcionais à sua participação.

Vale saber que os BDRs são uma maneira mais prática de se expor ao mercado externo, já que eles são negociados em reais na bolsa brasileira. Com isso, o investidor não precisa abrir conta internacional e nem lidar com os trâmites que investir em outro país demanda.

Consequentemente, esses certificados podem ser utilizados em estratégias de diversificação de investimentos, já que eles expõem a carteira a outros riscos e oportunidades.

Derivativos

Como você viu, a bolsa de valores apresenta outros ambientes de negociação de derivativos financeiros. Esses instrumentos têm o preço derivado da cotação de seus ativos-objetos, que podem ser ações, commodity ou moeda, por exemplo.

Com os derivativos, você não negocia o ativo diretamente e, sim, contratos expostos a eles. Além disso, a liquidação da transação só acontece no futuro. Portanto, esses instrumentos podem ser usados para obter proteção ou para lucrar com a especulação.

A bolsa cobra taxas do investidor?

O próximo aspecto para conferir sobre a bolsa é se a empresa cobra taxas para intermediar essas negociações. Entender essa questão é fundamental na hora de escolher as alternativas com melhores condições para alocar os seus recursos.

Na prática, a bolsa de valores pode cobrar os emolumentos, que são taxas cobradas para realizar as operações de compra e venda. O montante pode variar de acordo com o tipo de operação e o valor negociado.

Também podem existir outros custos para investir na bolsa que devem ser conhecidos. Veja quais são os principais:

  • Corretagem: é uma taxa que pode ser cobrada pela corretora para intermediar a compra e venda de ativos. Ela incide como uma porcentagem sobre o valor da operação ou como um valor fixo por ordem executada;
  • Custódia: é uma taxa pode ser cobrada pela instituição financeira para guardar os seus ativos em sua conta de investimento;
  • Imposto de Renda: incide sobre o lucro obtido na maioria das operações com lucros.

Por fim, vale destacar que as taxas podem variar conforme a corretora e o tipo de operação realizada. Portanto, é essencial verificar as taxas cobradas pela instituição antes de investir e conferir as regras de cada investimento.

Quais são os principais riscos de investir na bolsa de valores?

Depois de entender quais são as principais oportunidades disponíveis na bolsa de valores, é importante conhecer os riscos que envolvem os investimentos nela. Afinal, as alternativas negociadas nesse ambiente integram a renda variável, na qual não é possível prever ou garantir rendimentos.

Logo, os investimentos negociados na bolsa são mais arriscados do que aqueles de renda fixa, nos quais a lógica de rentabilidade é conhecida no momento do aporte. Nesse cenário, é possível destacar dois principais riscos que podem afetar as alternativas da bolsa.

O primeiro deles é o risco de mercado, que está atrelado à lei da oferta e demanda. Assim, se há muitos compradores interessados em um determinado ativo com baixa disponibilidade, o preço dessa alternativa costuma aumentar.

Em contrapartida, se existe oferta de um investimento maior do que o número de interessados nele, a cotação tende a cair. Logo, as flutuações nos preços dos ativos podem afetar negativamente o valor do seu portfólio.

Outro risco a destacar na bolsa é o de liquidez, que envolve uma possível dificuldade em vender os seus ativos. Nessa situação, quanto mais difícil for encontrar compradores para os seus investimentos, maior é o risco de liquidez.

O que o investidor deve analisar antes de investir na bolsa?

Como você viu, o investimento na bolsa envolve riscos que podem comprometer o valor da sua carteira. Contudo, ele também pode otimizar o potencial de rendimentos, já que a rentabilidade das alternativas desse mercado pode ser maior do que a renda fixa.

Por isso, é importante analisar determinados fatores antes de investir nesse ambiente. Assim, você pode fazer investimentos de forma consciente, minimizando os riscos e buscando maiores lucros.

A seguir, confira o que analisar antes de investir!

  • perfil de investidor: mensura a sua tolerância aos riscos, permitindo entender se os ativos se alinham ao seu comportamento, emoções, conhecimentos e necessidades perante os investimentos;
  • objetivos financeiros: são as metas que você pretende alcançar com o dinheiro investido. Eles ajudam a identificar os investimentos que se encaixam em suas necessidades, principalmente em relação aos riscos e ao horizonte de tempo (curto, médio e longo prazo);
  • idade: qualquer pessoa que tenha um CPF (cadastro de pessoa física) pode investir na bolsa de valores, mesmo aquelas menores de idade. Entretanto, só é permitida a negociação no mercado futuro os investidores com mais de 18 anos;
  • qualificação: existem investimentos que são destinados apenas para os investidores qualificados e profissionais, pois, geralmente, eles apresentam alto risco.

Como começar a investir na bolsa de valores?

Se, após analisar os fatores, você decidir que os investimentos na bolsa de valores podem se encaixar na sua estratégia, é o momento de saber como investir. Para começar, é preciso abrir uma conta em uma corretora de valores, como a Genial Investimentos.

Além de descobrir o seu perfil de investidor, você terá acesso ao home broker, que é uma plataforma que permite a negociação na bolsa de valores. Em seguida, é preciso depositar na sua nova conta a quantia que você deseja investir.

Com o dinheiro disponível, procure pelo código de identificação (ticker) do ativo. Feito isso, basta indicar a quantidade de ativos desejados e o preço que deseja pagar neles para emitir a ordem de compra. Assim que a transação for liquidada, o ativo aparecerá na sua carteira.

Neste post, você descobriu quais são os principais investimentos negociados na bolsa de valores, bem como suas características, riscos e formas de investir. Agora, é possível utilizar essas informações para entender quais ativos podem se encaixar na sua estratégia.

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Filipe Villegas

Filipe Villegas é responsável pelas carteiras recomendadas da Genial e relatório GENOMA. Ele é pós-graduado em administração de empresas pela FGV e tem MBA em engenharia financeira pela POLI-USP. Está no mercado há mais de 10 anos.

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