Ao investir em alguns ativos de renda variável, além de ter a chance de ganhar dinheiro com a valorização dos investimentos, há como lucrar com o recebimento de dividendos. Com esses proventos, você tem a possibilidade de viver de renda passiva e até alcançar a independência financeira.

Porém, para que essa estratégia seja colocada em prática com eficiência, é essencial saber quanto você precisa investir. Nesse contexto, uma calculadora de dividendos pode ser de grande utilidade. Afinal, ela o ajudará a calcular a quantia que você deve destinar ao mercado financeiro para atingir seus objetivos.

Sendo assim, se você deseja saber quanto precisa investir para obter uma boa renda por meio de dividendos e como uma calculadora pode auxiliar nesse processo, não deixe de conferir este artigo!

Vamos lá?

O que são dividendos?

Os dividendos são parte do lucro líquido que as empresas distribuem aos seus acionistas ou que alguns fundos, como os imobiliários (FIIs), pagam aos seus cotistas. Na prática, esse é um tipo de provento que remunera investidores por terem determinados ativos em seus portfólios.

É válido ressaltar que nem todas as empresas listadas na bolsa de valores distribuem dividendos, por exemplo. Além disso, nem todas pagam quantias expressivas a ponto de contribuir para o seu objetivo de recebimento de renda passiva mensal.

Por esses motivos, é indispensável que você faça análises adequadas para selecionar os melhores ativos para a sua carteira. Algumas companhias, por exemplo, optam por reinvestir os dividendos no próprio negócio, buscando o crescimento, em vez de distribuí-los aos acionistas.

Portanto, se você investe ou pretende investir com foco no recebimento desses proventos, é fundamental ir além dos fundamentos e das perspectivas do ativo. Também é preciso verificar outros pontos, como:

  • as políticas e estratégias da gestão quanto a distribuição desse tipo de provento;
  • a periodicidade de pagamento de dividendos, conferindo se ele é mensal, trimestral ou outra;
  • o dividend yield (DY) do ativo, um indicador que mostra, em forma de porcentagem, o rendimento de um investimento apenas quanto ao pagamento de dividendos.

A partir desses pontos, você poderá estabelecer alguns filtros de modo a encontrar os melhores ativos para a sua estratégia de dividendos.

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Como os investimentos em dividendos funcionam?

Conforme você acompanhou no tópico anterior, os dividendos são uma forma de recompensar os investidores que possuem ações de uma empresa ou cotas de um fundo. Ademais, eles servem para atrair novos acionistas e cotistas.

Na prática, o funcionamento desses investimentos é simples. Em primeiro lugar, você, como investidor, adquire o ativo na bolsa de valores (por meio do home broker da sua corretora) e passa a tê-lo em seu portfólio.

A partir de então, você tem direito a receber dividendos, desde que aconteça a distribuição. Se você comprar uma ação que costuma pagar dividendos e de uma empresa que geralmente tem lucro, é provável que você receba esse provento no futuro.

É necessário saber que distribuição de proventos é proporcional, paga por ação ou cota. Então, se você tem 150 papéis de uma companhia e outro investidor tem 75, você receberá o dobro de dividendos.

Quando a empresa decide distribuir esse provento, ela divulga a informação de modo antecipado em seus canais oficiais e, na data do pagamento, o dinheiro cai automaticamente na sua conta. Você não precisa fazer nenhum tipo de ação ou solicitação.

Além desses pontos, vale saber que cada empresa tem a liberdade de escolher o percentual dos lucros que será distribuído entre os investidores. Algumas podem dividir 25% dos ganhos, enquanto outras 80% ou até mais.

Confira uma simulação!

Exemplo de distribuição de dividendos — 25% x 80%

Suponha que uma companhia teve um lucro líquido de R$ 200 milhões e ela decidiu distribuir 25% desse ganho em forma de dividendos — ou seja, R$ 50 milhões. A empresa em questão tem 40 milhões de ações no mercado, o que dá R$ 1,25 por papel.

Logo, um investidor que tem 100 ações da companhia, receberá R$ 125 de dividendos (1,25 x 100). Se a empresa distribuir 80% dos lucros, o montante a ser partilhado entre os investidores será de R$ 160 milhões.

Como resultado, o dividendo por ação será de R$ 4,00 (160/40 = 4). Assim, um investidor que possui 100 papéis da companhia, receberá R$ 400 (4 x 100). Uma diferença bastante considerável, não é mesmo?

Em geral, empresas maiores e mais sólidas, que já estão há bastante tempo no mercado, pagam proventos mais elevados. Já companhias menores e em crescimento costumam fazer uma distribuição menor, pois procuram investir o lucro no negócio para que ele possa se desenvolver.

Quais investimentos pagam dividendos?

Após entender o que são dividendos e como funcionam os investimentos que pagam esse provento, vale conhecer as alternativas do mercado financeiro relacionadas a essa estratégia. Veja as principais:

  • ações;
  • fundos imobiliários (FIIs);
  • fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagro);
  • brazilian depositary receipts (BDRs);
  • exchange traded funds (ETFs).

Todos esses investimentos fazem parte da renda variável. Portanto, não existem garantias de resultados positivos. Ainda, nem todos os investimentos contam com distribuição obrigatória dos proventos, então é preciso avaliar cada alternativa para entender se ela é adequada para a estratégia.

Qual a importância dos dividendos para o seu futuro?

Além de conhecer os investimentos que pagam dividendos, é interessante entender por que esses proventos são tão relevantes para o seu futuro.

Em primeiro lugar, os dividendos funcionam como uma forma de renda passiva, o que significa que você pode recebê-los sem precisar trabalhar. Por esse motivo, inclusive, muitos investidores recorrem a esses proventos pensando na aposentadoria.

Ligado a esse ponto, os dividendos também são relevantes para o seu futuro, pois eles garantem mais tranquilidade e segurança financeira. Afinal, mesmo que você não esteja trabalhando de modo ativo, você terá uma fonte de renda e não dependerá da aposentadoria do Governo para viver.

É válido mencionar que os dividendos podem ser um complemento para a sua renda mensal e, até mesmo, chegar a ser a sua fonte de recursos principal. Nesse caso, inclusive, você pode conquistar a sua liberdade ou independência financeira, como já mencionado.

Como estipular a sua renda com dividendos?

Até aqui, você conferiu os principais pontos relacionados ao funcionamento e à importância dos dividendos para o seu futuro. Mas, afinal, como estipular a sua renda a ser obtida com base nesse tipo de provento?

Para esse propósito, você deve, inicialmente, pensar no seu custo de vida atual e como projeta que ele evoluirá no futuro. Muitas pessoas desejam manter o padrão de vida no futuro e, portanto, estipulam que o que recebem hoje tende a ser suficiente daqui a alguns anos.

Porém, não é o caso que ocorre. Na verdade, ao longo do tempo, há os efeitos da inflação sobre o dinheiro. Com o passar dos anos, também é comum que o custo de vida aumente — até pelos efeitos da idade.

Então se você recebe R$ 4 mil hoje e consegue viver com essa quantia, no futuro, a tendência é que você precise de mais capital. Afinal, os preços dos produtos e serviços aumentarão.

Logo, ao estipular a sua renda com dividendos, não pense em apenas reproduzi-la com o que você recebe hoje. O montante precisa ser maior — exceto se você deseja que ela seja apenas um complemento.

A seguir, acompanhe um cenário prático para ilustrar melhor essas situações!

Exemplo para estipular a sua renda com dividendos

Suponha que hoje você receba R$ 6 mil por mês e esse dinheiro seja suficiente para cobrir seus gastos e bancar o seu estilo de vida. Se você deseja que os seus dividendos representem a sua renda total no futuro, R$ 6 mil é o seu ponto de partida.

Porém, há a questão da inflação e de novos gastos, conforme você viu. Logo, é necessário considerar essas questões. Para tanto, é preciso fazer um cálculo para chegar ao valor corrigido.

Imagine que você deseja receber a sua renda com dividendos daqui a 10 anos e, ao longo desse período, a inflação média anual será de 5%. Considerando apenas o avanço dos preços, é necessário utilizar a seguinte fórmula para obter o resultado:

Valor futuro = Valor presente x (1 + Taxa de inflação) ^ Número de anos

Valor futuro = 6.000 x (1 + 0,05) ^ 10

Valor futuro = 6.000 x (1,05) ^ 10

Valor futuro = 9.773,37

Logo, R$ 6 mil corrigidos pela inflação equivalem a R$ 9.773,37 no futuro, caso a inflação fique dentro da média definida. Essa é a renda que deve ser projetada, considerando o exemplo em questão.

Já se você não desejar que os dividendos sejam equivalentes à sua renda total atual, atuando apenas como um complemento, o valor estipulado pode ser menor.

Como calcular a estimativa de tempo para viver de dividendos?

Sabendo como estipular a sua renda com dividendos, incluindo a inflação, o próximo passo é entender como calcular o tempo que você levará para viver por meio desses proventos. Primeiramente, você precisa compreender qual montante total precisa ter acumulado para esse propósito.

A seguinte fórmula ajuda a encontrar esse dado:

Montante total necessário = Gasto anual / Taxa de juros

Para facilitar o cálculo, considere o exemplo anterior arrendando o montante futuro para R$ 10 mil (R$ 120 mil por ano). Já quanto à taxa de juros, suponha que ela seja de 7,5% a.a. Ela se refere a quanto o seu dinheiro investido renderá em dividendos, nesse caso.

Sendo assim, com base nesses dados, basta calcular:

Montante total necessário = 120.000/0,075

Montante total necessário = 1.600.000

Logo, se você deseja viver recebendo R$ 10 mil de rendimentos por mês, é necessário ter pelo menos R$ 1,6 milhão investido — seja em ações, FIIs ou outra alternativa. Porém, essa é apenas a primeira parte do cálculo, pois você deseja saber em quanto tempo poderá alcançar essa meta, certo?

Aqui, é preciso considerar outros fatores também, como a busca por ativos que permitam atingir esse percentual de lucros por proventos, por exemplo, e as outras alternativas que compõem a sua carteira. Afinal, elas podem influenciar a sua renda mensal.

Para esse propósito, você deve pensar na sua capacidade de aporte. Entenda!

A importância dos aportes para saber quando você alcançará a sua renda com dividendos

No cálculo anterior, você viu que precisaria de, ao menos, R$ 1,6 milhão investido para obter uma renda mensal de R$ 10 mil com dividendos no futuro. Esse resultado foi obtido considerando uma taxa de 7,5% ao ano (0,62% ao mês).

Se você fizer aportes, por exemplo, de R$ 4 mil por mês, durante 17 anos, com uma taxa de 7,5% a.a., é possível acumular cerca de R$ 1,63 milhão, chegando ao valor calculado anteriormente. Já se você investir R$ 5 mil por mês, esse tempo cai para 15 anos.

Vale ter em mente que quanto maior forem os seus aportes, menos tempo levará para você de fato viver de dividendos. Porém, nem sempre é possível fazer investimentos com quantias muito elevadas, concorda?

Diante desse contexto, você pode ou estender o prazo para realizar o seu objetivo ou buscar uma taxa de juros mais elevada — porém, elas também tendem a ser mais arriscadas. Afinal, o seu dinheiro tende a render mais se ele estiver alocado em alternativas com um maior potencial de rentabilidade.

Então é necessário ponderar sobre essas variáveis para estruturar corretamente o seu plano para viver de dividendos. O cálculo em si para saber quanto tempo leva para alcançar essa meta é complexo e envolve diferentes contas.

Por esse motivo, nós, da Genial, sugerimos que você utilize uma calculadora de dividendos para esse propósito. Desse modo, será possível projetar cenários com muito mais facilidade.

Calculadora de dividendos: como fazer as contas?

Como você viu no tópico anterior, o cálculo para viver de dividendos envolve diferentes elementos e contas. Fazer tudo manualmente, além de ser mais trabalhoso, aumenta as chances de erros — o que pode influenciar os resultados.

Por essas razões, recorrer a uma calculadora de dividendos tende a ser mais interessante. Afinal, por meio dessa ferramenta, é possível tornar o processo muito mais fácil e prático. Basta inserir os dados necessários em cada campo, como:

  • a quantia que você planeja investir todo mês;
  • o período do investimento;
  • a rentabilidade projetada.

Depois, basta clicar no botão para calcular que a ferramenta fará todos os cálculos automaticamente e fornecerá de maneira instantânea os resultados para você. Caso eles estejam aquém do que você gostaria, basta mudar os números e fazer novas simulações.

Assim, você poderá encontrar o melhor cenário para você. Quer saber quanto você precisa investir para ter uma renda mensal com proventos? Utilize a calculadora de dividendos da Genial!

Porém, vale lembrar que o pagamento de proventos depende do lucro obtido por empresas ou fundos de investimentos. Logo, não há garantia de que esses resultados serão obtidos, de modo que os pagamentos podem ou não ocorrer.

A calculadora de dividendos é uma ferramenta de grande relevância para investidores. Por meio dela, você pode avaliar o potencial de rendimento dos seus ativos, fazer simulações e projcalculadora de dividendosetar quanto você pode receber de renda mensal com seus investimentos.

Quer dicas e sugestões para saber quais ações que pagam bons dividendos mensais? Acesse a Genial Analisa e confira nossos relatórios e carteiras recomendadas!

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