Investir em dólar costuma ser uma escolha para quem deseja aproveitar ou até se proteger das oscilações da moeda estrangeira. Porém, em vez de focar na compra da moeda, é possível recorrer a instrumentos diferentes, como é o caso do dólar futuro. 

Esse tipo de derivativo pode fazer parte de estratégias com objetivos distintos, mas é essencial saber como ele funciona. Assim, você tem a chance de ter uma alternativa que expõe seu patrimônio à variação cambial. 

Na sequência, nós, da Genial Investimentos, apresentamos o que é o dólar futuro e como ele se caracteriza. Confira! 

O que é o mercado futuro? 

O mercado à vista é o ambiente de negociação mais conhecido da bolsa de valores, mas não é o único. Ela também é composta pelo chamado mercado futuro, onde são negociados derivativos chamados de contratos futuros

Nele, cada operador assume uma posição em relação ao preço ou ao desempenho de um ativo, como índice, câmbio ou commodities, por exemplo. 

Eles são negociados com liquidação em uma data futura, sendo que ocorrem ajustes diários em relação à performance dos ativos a cada pregão. Sendo assim, não é feita a operação diretamente com o ativo, mas atrelada ao seu desempenho no mercado. 

O que é dólar futuro? 

É no contexto do mercado futuro em que está inserido o dólar futuro. Ele consiste em um tipo de contrato que permite se expor à flutuação da cotação do dólar até a data de vencimento prevista para o derivativo. 

São, portanto, contratos de câmbio, mas que não preveem o investimento em dólar diretamente. Ou seja, não há aquisição de papel-moeda e nem a liquidação das operações é feita nessa moeda. Ao final, se houver resultado positivo, o rendimento é recebido em reais. 

Como funciona o dólar futuro? 

Para entender melhor o que significa adquirir contratos de dólar futuro, considere a situação em que uma empresa recebe em reais, mas compra em dólar. Se a moeda variar para cima, entre o recebimento dos clientes e o pagamento dos fornecedores, podem ocorrer prejuízos. 

Devido a isso, a empresa recorre à aquisição de contratos de dólar futuro quando a moeda está cotada a R$ 5,30. Como a companhia acredita que o câmbio pode subir e alcançar R$ 5,35, por exemplo, ela adquire contratos no valor atual — se posicionando comprado. 

Ocorre, então, o ajuste diário, de acordo com a cotação da moeda no final do pregão. Se ela ficar acima de R$ 5,30, há lucro. No exemplo, o ganho servirá para cobrir as operações financeiras da empresa, evitando que ela tenha problemas para pagar os fornecedores. 

Se o câmbio ficar abaixo de R$ 5,30, há prejuízo. Apesar de perder no mercado futuro, a empresa ganharia no pagamento dos fornecedores. Isso porque, na prática, o dólar ficou abaixo do esperado para quitar seu compromisso financeiro.  

O valor é somado ou debitado da conta e o resultado da operação corresponde ao acumulado do desempenho dos ajustes diários. Vale saber que os contratos cheios de dólar futuro têm valor de US$ 50 mil, sendo 5 contratos a quantidade mínima obrigatória para operar.  

Porém, não é preciso dispor de todo esse dinheiro de uma vez. O dólar futuro permite realizar a alavancagem. Nesse caso, o investidor recebe ou paga somente a diferença. Para tanto, é necessário dispor da margem de garantia exigida pela corretora em sua conta. 

Como funcionam os minicontratos de dólar futuro? 

Além de conhecer os contratos cheios, vale a pena compreender o que é o minidólar. Ele foi criado para tornar os contratos futuros ligados ao câmbio mais acessíveis. Na prática, ele permite operar apenas um minicontrato. Além disso, corresponde a 20% do valor dos contratos cheios. 

O funcionamento geral do minidólar futuro, entretanto, é idêntico ao dos contratos cheios. Uma diferença principal é o volume mínimo exigido, o que também altera o total definido para a margem de garantia, por exemplo. 

Além disso, há uma distinção sobre a liquidez. Por serem mais acessíveis, os minicontratos tendem a apresentar maior liquidez, o que permite se desfazer deles com mais facilidade. 

Por que é importante conhecer o dólar futuro? 

Conhecer esses contratos de câmbio e como eles funcionam é essencial para quem tem interesse em investir ou especular de acordo com a movimentação da moeda estrangeira. Esses derivativos estão entre os principais instrumentos para expor os recursos ao câmbio, o que traz a chance de obter lucros. 

Outro ponto relevante é que os contratos de dólar futuro podem ser operados de forma comprada ou vendida. Portanto, há como se beneficiar tanto da alta quanto da baixa do mercado. 

Ao saber como essa alternativa funciona, é possível analisar outra possibilidade para incorporar em sua estratégia. Logo, entender as características desse tipo de contrato pode ajudá-lo a identificar outras alternativas de se posicionar no mercado — se fizer sentido para você; 

Para que serve o dólar futuro? 

Como você viu, operar contrato de dólar futuro tem duas funções principais: fazer hedge cambial ou especular com base no desempenho da moeda estrangeira. 

No caso de fazer hedge, a intenção é proteger a carteira das oscilações cambiais. É o que muitas empresas importadoras e exportadoras fazem para diminuir os impactos negativos diante de períodos de forte oscilação cambial. 

A outra possibilidade envolve a especulação. A ideia é operar esses contratos futuros para lucrar com as movimentações cambiais, em curto prazo. Com isso, existe a chance de obter ganhos e rentabilizar o patrimônio sem, necessariamente, investir em dólar. 

Como operar contratos de dólar futuro? 

Considerando todos esses pontos, é preciso definir se operar dólar futuro faz sentido para você. Lembre-se de que eles são derivativos, o que significa que os riscos são maiores quando o objetivo é especular. O hedge, por outro lado, é adequado quando a proteção é o objetivo principal. 

Se decidir operar contratos do tipo, você deverá ter uma conta em uma corretora de valores. Por meio dela, será possível acessar o home broker da bolsa e, consequentemente, o mercado futuro. Os contratos cheios de dólar são identificados como DOL e os minicontratos, como WDO. 

Para operar, também será necessário dispor de um montante financeiro disponível em conta ou, como é mais comum, da margem de garantia. Cada corretora costuma ter as próprias exigências, então é importante conhecer as condições propostas antes de fazer suas operações. 

Em relação à liquidação, o contrato poderá ser levado até o vencimento ou poderá ser vendido antes. Ao final, são apurados lucros ou prejuízos diariamente, de acordo com a movimentação cambial. 

Como você viu, o dólar futuro tem liquidação financeira em reais e não exige a compra da moeda estrangeira. Ainda assim, permite se proteger ou mesmo lucrar com as variações cambiais — e tudo isso só é possível pelas características do mercado futuro.  

Contudo, vale considerar os riscos e avaliar se a alternativa faz sentido para você, suas estratégias e seu perfil enquanto investidor. 

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