A Selic chegou, em dezembro deste ano, a 7,00% ao ano, seu menor patamar histórico desde que foi adotada como taxa básica de juros. Isso traz um problema para o investidor. Acostumado a altas rentabilidades na renda fixa conservadora, o brasileiro se vê insatisfeito e perdido quando os juros baixam tanto. Afinal, onde investir com o menor juro da história?
O investidor brasileiro está acostumado a receber altas rentabilidades em aplicações de renda fixa de baixo risco, amarradas direta ou indiretamente à Selic.
Como juros altos no Brasil têm sido mais regra do que exceção, chegamos a criar uma âncora na nossa cabeça de que bom mesmo é receber pelo menos 1,00% ao mês. Quem não gosta de um número redondo, não é mesmo?
Só que com a Selic em 7,00% ao ano, a rentabilidade das aplicações conservadoras caiu, e 1,00% ao mês praticamente sem risco tornou-se um sonho distante.
Para manter os bons rendimentos dos tempos de juros em dois dígitos, o investidor terá necessariamente que se voltar para investimentos com mais risco. Essa é a orientação de Carlos Eduardo Rocha, o Duda, CEO e gestor do Asset Management do Brasil Plural, empresa do mesmo grupo financeiro da GENIAL Investimentos.
Adeus, 1,00% ao mês com baixo risco
Há pouco mais de um ano, a Selic estava em 14,25%. Agora, em 7,00% ao ano, pode cair ainda mais. A expectativa do mercado, com base no posicionamento do Banco Central, é de que ela possa chegar a 6,75% ou até mesmo 6,50% em 2018.
Em outras palavras, a rentabilidade das aplicações conservadoras, atreladas direta ou indiretamente à Selic, caiu mais ou menos à metade. Se uma Selic de 14,25% ao ano equivale a uma taxa de 1,11% ao mês, uma taxa de 7,00% ao ano equivale a apenas 0,57% ao mês.
Para o investidor brasileiro, uma rentabilidade dessas na renda fixa parece muito baixa. De fato é, para o que estamos acostumados. Principalmente se considerarmos que as aplicações mais conservadoras costumam pagar um pouco menos que a taxa Selic, e ainda pode haver a cobrança de taxas e impostos sobre os rendimentos.
Mas isso não quer dizer que investir em renda fixa conservadora no Brasil tenha se tornado totalmente desinteressante. Afinal, os juros reais por aqui continuam altos.
O juro real é a diferença entre a taxa básica de juros e a taxa oficial de inflação em um determinado período. Quanto mais altos os juros reais de uma economia, mais as aplicações conservadoras conseguem render acima da inflação. É esse rendimento acima da inflação que de fato faz o patrimônio do investidor crescer.
Por aqui, os juros reais continuaram elevados mesmo durante o último ciclo de cortes na taxa básica. Nos 12 meses terminados em novembro, ficaram acima de 7,00%, considerando-se a Selic média do período e a inflação acumulada.
Para 2018, porém, a expectativa é de um juro real bem menor. Não desprezível, é verdade, principalmente se comparado aos juros reais das economias desenvolvidas, que chegam a ser negativos. Mas ainda assim bem menor.
Com base nas projeções dos economistas ouvidos pelo Boletim Focus do Banco Central para a média da Selic e o IPCA no ano, o juro real em 2018 deve ficar em torno de 2,60%.
Ou seja, quem continuar conservador, provavelmente não vai ficar mais pobre. Aliás, é fundamental para qualquer investidor, por mais arrojado que seja, manter uma parte do seu patrimônio em investimentos conservadores e fáceis de resgatar. Esta é uma reserva que se presta a emergências.
Há inclusive investimentos de renda fixa conservadora que conseguem render um pouco acima do CDI, taxa de juros que caminha próxima da Selic, sem incorrer em risco. Também é possível, como já vimos aqui, aumentar a rentabilidade dos investimentos de baixo risco por meio da redução dos custos com taxas na renda fixa.
Mas uma coisa é fato: o investidor não vai mais receber acima de 1,00% ao mês na renda fixa conservadora neste novo cenário. “Para ter essa rentabilidade, o investidor inexoravelmente terá que ir para mais risco”, diz Duda.
É hora de ir para o risco – e a bolsa é o caminho
Segundo Duda, o investidor que quiser manter os bons ganhos de outrora deve se voltar para a bolsa de valores, que passa por um momento favorável.
Ele explica que, após a sua pior recessão, o país está se recuperando e deve passar por um período de crescimento sustentado, que pode durar de cinco a dez anos. Suas perspectivas para as eleições também são favoráveis, com a crença na formação de uma coalizão de centro que “tem uma força muito grande para vencer”.
O gestor lembra que, pelo posicionamento adotado pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC) na ata da última reunião, o mercado espera que a Selic seja reduzida para 6,75% no ano que vem, podendo chegar a 6,5% caso a Reforma da Previdência seja aprovada e a inflação continue baixa.
“Se fizermos o dever de casa, principalmente na parte fiscal, os juros podem não sofrer aumento ou sofrer apenas aumentos pontuais, no próximo ano ou talvez nos próximos dois anos. Até pela recessão pela qual passamos, pela alta capacidade ociosa da indústria e pelo desemprego, que ainda tem que cair”, diz Duda.
Mas quem não se sente à vontade para investir na bolsa por conta própria não precisa aplicar diretamente no mercado de ações. É mais aconselhável, aliás, investir por meio de fundos de ações e multimercados que operem renda variável.
O mais importante, nesses casos, é escolher um bom gestor, responsável na gestão dos riscos e capaz de gerar alfa. A geração de alfa é a obtenção de rentabilidade acima da média do mercado, independente da direção do mercado e fruto de uma gestão ativa.
“Para ir para o risco, o investidor deve buscar um parceiro extremamente responsável e focado em gerar alfa. E para isso, você tem que ir aonde o alfa está, que é o mercado de ações”, diz o gestor.
Ele destaca que os juros não estão baixos apenas no Brasil, mas no mundo inteiro, o que favorece os mercados de ações e a tomada de risco. E, se os juros estão subindo ou têm perspectiva de alta em economias desenvolvidas, é por bons motivos.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a alta nos juros deve-se ao crescimento da economia americana, o que é favorável para a bolsa.
“O aumento esperado de juros lá fora é pequeno comparado aos padrões históricos, mas é por bons motivos. O mundo está crescendo mais que o normal, e isso favorece os ativos de risco”, explica Duda.
As oportunidades não estariam apenas na bolsa brasileira. Outra possibilidade para o investidor é aplicar em fundos que possam expor parte do patrimônio a ganhos nos mercados internacionais. “O ambiente está favorável para risco no exterior, principalmente para ações”, diz o gestor.
Fundos do Brasil Plural
Nesse sentido, Duda destaca três fundos do Brasil Plural, todos disponíveis na plataforma de fundos de investimento da GENIAL.
Para quem ainda não começou a investir em aplicações com maior risco, o CEO da asset do Brasil Plural recomenda começar por um fundo multimercado capaz de gerar valor no mercado de ações.
É o caso do recém reaberto fundo Brasil Plural Institucional FIC FIM II, multimercado moderado que aceita aplicações a partir de 3 mil reais.
O fundo investe em cotas do fundo Brasil Plural Institucional, que por sua vez investe nos mercados de câmbio, juros e ações com o objetivo de superar o CDI. Pode também investir até 20% do patrimônio no exterior.
“Historicamente, esse fundo rendeu perto de 115% do CDI. Ele busca o risco quando há risco favorável, e ainda tem liquidez”, observa Duda. Trata-se de um fundo com liquidação em D+1, isto é, o cotista tem acesso aos seus recursos no dia seguinte ao pedido de resgate.
Para os iniciados em investimentos de mais risco, o gestor menciona outros dois produtos da casa: o Brasil Plural Equity Hedge 30 FIC FIM e o Brasil Plural FIC FIA.
O Equity Hedge é um fundo multimercado arrojado, que investe nos mercados de ações, juros, câmbio e também no mercado internacional com o objetivo de superar o CDI no longo prazo. Pode investir até 20% do seu patrimônio no exterior e também operar alavancado (entenda o que é alavancagem).
A aplicação inicial mínima é de 20 mil reais e a liquidez é menor: o investidor só tem acesso aos recursos 31 dias após o pedido de resgate.
Já o Brasil Plural FIC FIA é um fundo de renda variável que investe em fundos de ações com o objetivo de superar o Ibovespa no médio e no longo prazo. Sua aplicação mínima inicial é de 5 mil reais. A liquidez também não é imediata: após o pedido de resgate, a cotização leva 15 dias corridos, e a liquidação, mais três dias úteis para ocorrer.
“O Equity Hedge rendeu historicamente aproximadamente 130% do CDI, enquanto o nosso fundo de ações rendeu mais de 80% nos últimos cinco anos, frente a um Ibovespa de aproximadamente 20%”, diz Duda.
Brasil Plural Institucional FIC FIM II
Aporte inicial: 3 mil reais
Movimentação mínima: Não há
Taxa de administração: 1,00% a.a., com taxa de administração máxima de 2,00% a.a.
Taxa de performance: 20% sobre o que exceder 100% do CDI
Resgate: Cotização em D+0 e liquidação em D+1 úteis após a data de cotização.
Brasil Plural Equity Hedge 30 FIC FIM
Aporte inicial: 20 mil reais
Movimentação mínima: Não há
Taxa de administração: 2,00% a.a., com taxa de administração máxima de 2,50% a.a.
Taxa de performance: 20% sobre o que exceder 100% do CDI
Resgate: Cotização em D+30 corridos e liquidação em D+1 úteis após a data de cotização.
Brasil Plural FIC FIA
Aporte inicial: 5 mil reais
Movimentação mínima: Não há
Taxa de administração: 3,00% a.a., com taxa de administração máxima de 4,00% a.a.
Taxa de performance: Não há
Resgate: Cotização em D+15 corridos e liquidação em D+3 úteis pós a data de cotização.
Advertência
Este material tem propósito informativo, não consistindo recomendação financeira ou estratégica para investimentos. A Geração Futuro pode efetuar alterações no conteúdo deste documento a qualquer momento. As informações contidas neste material são de caráter exclusivamente informativo e não necessariamente foram auditadas. Fundos de investimento não contam com garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do Fundo Garantidor de Créditos – FGC.
A rentabilidade divulgada não é liquida de impostos. Para a avaliação de performance de fundo de investimento é recomendada uma análise de no mínimo 12 (doze) meses. LEIA O PROSPECTO E O REGULAMENTO ANTES DE INVESTIR EM QUALQUER FUNDO DE INVESTIMENTO. RENTABILIDADE PASSADA NÃO REPRESENTA GARANTIA DE RENTABILIDADE FUTURA. A comparação da rentabilidade dos Fundos com os respectivos indicadores econômicos se trata de mera referência econômica, e não meta ou parâmetro de performance.
Brasil Plural Institucional FIC FIM II: iniciou atividades em 06/07/2012, P.L. em NOVEMBRO de R$ 97.639.045,04 e P.L. Médio 12 Meses R$ 121.655.655,45. No MÊS sua rentabilidade foi de 0,38% contra 0,57% do CDI. No ANO acumulou uma rentabilidade de 10,01% contra 9,36% do CDI e ao longo dos últimos 12 meses acumulou uma rentabilidade de 10,78% contra 10,59% do CDI. A rentabilidade acumulada desde o início foi de 76,49%, enquanto o CDI acumula no mesmo período 74,90%. O FUNDO ACIMA É DESTINADO AO PÚBLICO EM GERAL.
Brasil Plural Equity Hedge 30 FIC FIM: iniciou atividades em 20/08/2012, P.L. em NOVEMBRO de R$ 354.886.646,72 e P.L. Médio 12 Meses R$ 376.562.421,77. No MÊS sua rentabilidade foi de -0,13% contra 0,57% do CDI. No ANO acumulou uma rentabilidade de 10,39% contra 9,36% do CDI e ao longo dos últimos 12 meses acumulou uma rentabilidade de 10,56% contra 10,59% do CDI. A rentabilidade acumulada desde o início foi de 74,55%, enquanto o CDI acumula no mesmo período 73,27%. O FUNDO ACIMA É DESTINADO AO PÚBLICO EM GERAL.
Brasil Plural FIC FIA: iniciou atividades em 01/04/2010, P.L. em NOVEMBRO de R$ 138.737.778,63 e P.L. Médio 12 Meses R$ 213.542.887,07. No MÊS sua rentabilidade foi de -2,54% contra -3,15% do Ibovespa. No ANO acumulou uma rentabilidade de 19,02% contra 19,50% do Ibovespa e ao longo dos últimos 12 meses acumulou uma rentabilidade de 13,17% contra 16,26% do Ibovespa. A rentabilidade acumulada desde o início foi de 73,00%, enquanto o Ibovespa acumula no mesmo período 19,23%. O FUNDO ACIMA É DESTINADO AO PÚBLICO EM GERAL.