Graças ao aumento da educação financeira, difundida principalmente pela internet, os jovens estão começando a investir cada vez mais cedo. Nesse cenário, é comum se perguntar qual é o melhor investimento para essa faixa etária.

Apesar de não haver uma resposta certa para o questionamento, existem alguns fatores que devem ser considerados para basear as escolhas. Dessa maneira, os jovens poderão encontrar alternativas adequadas para seus objetivos.

Neste guia, nós, da Genial, ajudaremos você a encontrar as informações importantes para escolher o melhor investimento. Acompanhe!

O que observar antes de começar a investir?

Para começar a investir é fundamental analisar alguns pontos importantes. Lembre-se de que o seu portfólio deve ser composto seguindo uma estratégia definida. Dessa forma, será possível alcançar seus objetivos financeiros com mais eficiência.

Confira a seguir o que considerar!

Perfil de risco do investidor

O perfil de investidor é uma forma de determinar a resistência aos riscos dos investimentos de cada pessoa. Logo, é preciso defini-lo antes de começar a fazer os aportes, para escolher aqueles que fazem sentido para essa característica.

Os perfis são divididos em três tipos: conservadores, moderados e arrojados (ou agressivos). Os investidores conservadores são os menos resistentes aos riscos, então preferem priorizar a segurança em seus aportes, mesmo que limite a rentabilidade.

Já os investidores arrojados são aqueles que têm mais resistência aos riscos dos investimentos. Dessa maneira, eles conseguem suportar aportes menos seguros e com possibilidades de perda, desde que isso potencialize a rentabilidade.

No meio, há os moderados. Eles unem características dos dois perfis já explicados e são considerados mais versáteis. Logo, apesar de optar por investimentos seguros, conseguem suportar alguns riscos, principalmente a longo prazo, para aproveitar oportunidades.

Definição de metas e objetivos

Além de conhecer qual é o perfil de risco do investidor, é essencial definir metas e objetivos financeiros. Dessa maneira, os investimentos terão uma finalidade certa, o que facilitará a escolha e trará mais benefícios.

A ideia é traçar objetivos financeiros de curto, médio e longo prazo. Eles podem ser divididos em pequenas metas, para que você consiga visualizar a evolução do seu patrimônio por meio dos investimentos.

Tire um tempo para pensar no futuro e anotar todos esses objetivos, quanto eles custam e qual é o prazo para que eles se concretizem. Desse modo, ao escolher seus investimentos, eles sempre estarão presentes para pautar suas decisões.

Como essa é uma questão pessoal, é essencial que você reflita sobre o assunto e não copie objetivos de outras pessoas. Contudo, existem alguns que são comuns entre os investidores e que podem ser adequados a você.

Um exemplo é ter uma renda passiva para aposentadoria ou independência financeira. Isso significa ganhar com os investimentos um valor suficiente para arcar com o custo de vida mesmo parando de trabalhar.

Criação da reserva de emergência

Como você viu, não há limites e regras para os seus objetivos financeiros. Entretanto, há um item que é essencial para todos os investidores: a reserva financeira. Você conhece esse conceito e a importância de montar uma?

A reserva financeira serve como um valor que o investidor guarda com o objetivo específico de utilizá-lo em caso de necessidades. Vale ressaltar que as emergências devem ser realmente situações inesperadas que podem afetar o seu sustento ou patrimônio.

Assim, você pode ficar mais tranquilo diante de casos como desemprego, acidentes, problemas de saúde e outros sinistros. Para isso, o indicado é que ela contenha um valor de, pelo menos, 6 meses do seu custo de vida.

A reserva também é conhecida como “colchão de liquidez”, pois é fundamental que ela esteja alocada em alternativas com alta liquidez. Essa característica diz respeito à facilidade com que o investidor tem de transformar o aporte em dinheiro.

Geralmente ela é alocada em um investimento com liquidez diária, como títulos do Tesouro Nacional. No Tesouro Selic, por exemplo, há a possibilidade de resgatar o valor diariamente, sem precisar esperar um prazo de carência ou de vencimento.

Impactos do tempo no investimento

Quem é jovem também precisa considerar quais são os impactos do tempo nos investimentos. Geralmente, quem consegue fazer aportes de longo prazo e manter o investimento durante todo o período terá vantagens em relação à rentabilidade e ao manejo de risco.

Isso acontece porque investimentos com um maior risco atrelado, como as opções de renda variável, podem sofrer oscilações intensas em curto prazo. Então, se for necessário resgatar o dinheiro antes do prazo estabelecido pela análise, pode haver perdas.

Como os investidores mais jovens têm mais tempo disponível para realizar os aportes, podem se expor a maiores riscos de forma controlada. Logo, se esse for o seu caso, tire vantagem dessa característica e procure investimentos adequados a esse fator.

Quais são as alternativas de investimento para jovens investidores?

Antes de conhecer algumas alternativas de investimentos para jovens, é fundamental entender as duas classes de investimentos: a renda fixa e a renda variável. Elas têm diferenças significantes e podem ser adequadas para diversos perfis.

A renda fixa aborda os títulos de dívida pública, de instituições financeiras ou de empresas privadas. Dessa maneira, quem faz um aporte nessa classe está emprestando dinheiro para o emissor do título.

A sua principal característica é a rentabilidade previsível, pois o cálculo da remuneração será conhecido pelo investidor. Desse modo, é possível definir quanto o investimento renderá ou, pelo menos, como a taxa de juros será calculada.

Já a renda variável é composta por diversos ativos e não há uma relação de credor e devedor no investimento. A principal característica desses ativos e derivativos é o maior risco em relação à rentabilidade, pois ela não pode ser definida.

Contudo, também há mais possibilidades de lucro, tendo em vista que não existe um limite para a valorização. Nessa classe estão as ações, os fundos com ativos de renda variável, as commodities etc.

Agora que entendeu como funcionam os dois grupos principais, acompanhe a seguir algumas alternativas que podem fazer parte do portfólio de jovens investidores!

Títulos de renda fixa

Como você viu, os títulos de renda fixa funcionam como empréstimo aos emissores. Assim, o investidor faz o aporte e receberá o valor de volta com os juros combinados na data de vencimento.

Essa rentabilidade pode se dar de três formas:

  • prefixada: quando se estabelece um percentual fixo de remuneração;
  • pós-fixada: quando a remuneração está atrelada a um índice financeiro;
  • híbrida: a remuneração é atrelada a um índice somado a um percentual fixo.

É possível encontrar diversos títulos no mercado. Os mais populares são os do Tesouro Direto, que é a plataforma de negociação de títulos do Governo Federal — como o Tesouro Selic. Lá o investidor encontra diversas opções, com prazos e rentabilidades distintas.

As instituições financeiras também podem emitir títulos, que são comercializados pelas corretoras de valores. Existem muitas opções, como os certificados de depósitos bancários (CDBs), as letras de crédito imobiliário (LCI) entre outros.

Por fim, as empresas são outros emissores de títulos de renda fixa. Os principais são chamados de debêntures e servem para levantar recursos para essas companhias expandirem os negócios ou arcarem com projetos.

Cada um possui suas próprias regras e os emissores também podem definir como se dará a rentabilidade, prazos, liquidez e outros detalhes. Assim, o ideal é pesquisar os disponíveis na plataforma da sua corretora e contar com uma assessoria para esclarecer dúvidas.

Fundos de investimentos

Você já ouviu falar nos fundos de investimentos? Eles funcionam como uma espécie de condomínio de investidores, com uma carteira administrada por um gestor profissional. Dessa maneira, o fundo é criado com uma estratégia definida.

Os interessados, então, adquirem as cotas disponíveis desse fundo e participam dos resultados obtidos com as negociações. Quando o patrimônio do fundo aumenta, o preço das cotas também sobe. Por outro lado, em períodos de baixa, as cotas são desvalorizadas.

Existem diversos tipos de fundos de investimentos, que se distinguem pela composição da carteira e pelas estratégias adotadas. Então é possível encontrar um fundo que seja adequado para os seus objetivos e perfil.

Os fundos multimercado, por exemplo, que têm um portfólio composto por ativos e títulos de diversos segmentos, podem ser bem versáteis para os jovens investidores. Desse modo, é possível escolher opções que tenham estratégias alinhadas às suas necessidades.

Ações

As ações são uma pequena parte do capital social das empresas. Assim, ao investir em uma ação, você se tornará sócio da companhia — participando dos resultados que ela obtiver ao longo do tempo.

Os papéis são negociados na bolsa de valores e são conhecidos por suas oscilações, especialmente no curto prazo. Contudo, para objetivos mais distantes — como aposentadoria, os riscos tendem a ser diluídos. Por isso, podem fazer parte do portfólio de jovens investidores.

Além disso, é importante saber que muitas empresas negociadas em bolsa distribuem dividendos — que são parcelas do lucro obtido pelo negócio em determinado período. O recebimento frequente desses e de outros proventos, inclusive, podem ajudar o investidor mais jovem a compor patrimônio com maior facilidade.

Previdência Privada

A Previdência Privada é um investimento voltado para quem tem objetivos de longo prazo, como a aposentadoria. Contudo, é importante não confundir esse aporte com a Previdência Pública, garantida pelo INSS aos seus segurados.

Nos fundos de Previdência, o investidor adquire um plano, faz aportes e, ao final, resgata o valor. Como nos demais fundos, também existem diversas opções de planos de Previdência Privada.

Os planos se dividem em dois tipos, o VGBL e o PGBL, em que a principal diferença é a forma de incidência do Imposto de Renda (IR). Também é possível escolher entre fundos com uma estratégia mais agressiva ou mais conservadores.

ETF

Os ETFs, sigla para exchange traded funds, conhecidos como fundos de índice, são outro tipo de fundos de investimento. No entanto, eles têm uma estratégia bem específica: acompanhar a movimentação de um determinado índice financeiro.

Dessa forma, os ETFs também são geridos por um gestor responsável, mas a finalidade é espelhar um indicador. Aqui podem ser escolhidos diversos benchmarks, como índices de bolsas de valores, de cotação de criptomoedas, de renda fixa, de commodities etc.

Um diferencial dos ETFs é a possibilidade de diversificar a carteira. Inclusive, de modo global. Ou seja, o investidor consegue, com poucos aportes, expor-se a diversos setores e economias — até mesmo de outros países.

Para isso, é fundamental escolher ETFs que repliquem indicadores dos quais você tem interesse. Como você viu, os fundos desse tipo podem ter perfil de risco bastante distinto.

BDR

Você já ouviu falar em BDRs? Os brazilian depositary receipts podem ser uma alternativa adequada para quem quer se expor ao mercado internacional. Eles são certificados de valores mobiliários lastreados em ativos do exterior.

Desse modo, é possível adquirir um BDR de uma empresa listada na bolsa de valores de Nova Iorque, por exemplo. Ele não é a própria ação da empresa, mas sim um certificado lastreado nesse papel, custodiado por uma instituição brasileira.

Os certificados são comercializados na bolsa de valores brasileira e disponíveis para qualquer investidor interessado. Existem diversas opções e não se limitam apenas a ações — também é possível encontrar lastro em ETFs, títulos de renda fixa etc.

Como começar a investir?

Você já conheceu os pontos que precisa considerar antes de investir e algumas alternativas para jovens investidores. Vale ressaltar que é fundamental pautar suas decisões em seus objetivos e no perfil de risco, para compor uma carteira adequada.

Além disso, existem alguns hábitos de investimento importantes para todo investidor. Confira algumas dicas a seguir!

Poupar mensalmente

Poupar mensalmente é um hábito que deve estar na rotina dos investidores. Para melhorar o acúmulo de patrimônio e diminuir o risco de endividamento, é fundamental reservar uma parcela dos ganhos.

Assim, você conseguirá destinar esse valor para alternativas que ajudem a alcançar os objetivos financeiros. Por isso, providencie um controle financeiro próprio e crie o hábito de nunca gastar tudo o que ganha.

Fazer aportes frequentes

Junto a poupar mensalmente, uma dica essencial para jovens investidores é fazer aportes frequentes. Essa é uma ótima maneira para acumular patrimônio e potencializar os seus resultados com os investimentos.

Economizar um valor por mês e realizar aportes é essencial para fazer bom uso do seu dinheiro. Então, sempre que possível, aloque parte do seu capital em aplicações ou ativos financeiros de acordo com os seus objetivos.

Diversificar a carteira de investimentos

A diversificação da carteira é uma dica que você escutará com frequência na sua jornada de investimentos. Essa é uma estratégia indispensável para diluir riscos e potencializar os resultados dos seus aportes.

Ela consiste em evitar que o seu capital fique exposto a apenas um ativo ou um setor, por exemplo. Se isso acontecesse, qualquer problema relacionado a essas áreas gerariam perdas que afetariam grande parte do seu patrimônio.

Conseguiu esclarecer suas dúvidas sobre qual o melhor investimento para jovens investidores? Lembre-se de que não há uma resposta certa para essa dúvida, pois cada um terá objetivos e perfis diferentes. Assim, manter-se atualizado e estudando sobre o mercado ajudará na composição do seu portfólio.

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