A era das criptomoedas trouxe mudanças na forma com a qual lidamos com o dinheiro. Diversas novas e revolucionárias tecnologias foram surgindo, com várias aplicações no mundo financeiro – a exemplo das blockchains e dos smart contracts, também chamados de contratos inteligentes.

Esses últimos são programas que executam transações de forma automática, visando garantir que acordos firmados entre diferentes partes sejam cumpridos. A título de ilustração, os smart contracts podem ser entendidos como pedaços de códigos de computador – que, por sua vez, são utilizados para troca de dinheiro, emissão de tokens, acordos no mercado imobiliário e negociações, no geral.

Para saber mais sobre smart contracts, entender como ela funciona e qual é a sua relação com o universo das criptomoedas, basta seguir a leitura deste artigo!

Como funcionam os smart contracts

Resumidamente, os smart contracts – ou, contratos inteligentes – são sistemas utilizados para viabilizar transações de forma automática e digital, sem que haja a necessidade de intermédio de uma empresa ou governo, por exemplo. Todo o processo é realizado por meio de códigos de computador, que executam as regras pré-definidas pelas partes.

Assim que firmados, os contratos inteligentes não podem ser manipulados, alterados ou excluídos. Eles são imutáveis e visíveis ao público, garantindo segurança, transparência e confiabilidade a todo o processo.

Os smart contracts são executados nas blockchains – tecnologias que podem ser entendidas como plataformas que armazenam e viabilizam transações por meio da criptografia, de forma descentralizada – e seu principal objetivo é automatizar as regras e cláusulas contidas nos contratos, permitindo um maior controle e acompanhamento do processo pelas partes envolvidas.

Diferença entre os smart contracts e os contratos convencionais

Para visualizar melhor o que estamos falando, vamos imaginar uma solicitação de empréstimo junto a um banco: para ter acesso ao dinheiro, algumas etapas precisam ser concluídas – como o envio de dados cadastrais, análise de perfil, de restrições e de renda, por exemplo, certo? Se todas as informações estiverem válidas, os valores são liberados; posteriormente, o tomador deverá, então, devolver o dinheiro à instituição com juros dentro do prazo acordado – caso contrário, terá que arcar com as penalidades impostas.

No caso dos smart contracts, todo esse processo de intermédio não é realizado por nenhum banco, instituição ou órgão, como no exemplo anterior – mas, sim, pelas blockchains, tecnologias que começaram a ganhar evidência com a popularização das criptomoedas.

Ou seja, nos contratos convencionais, um documento – assegurado por lei e viabilizado pelo intermediador – garante a negociação entre as partes. No caso dos contratos inteligentes, é a plataforma blockchain que executa, por meio de códigos e regras automáticas, todo esse processo.

Aplicações dos smart contracts

Os contratos inteligentes têm inúmeras aplicações no nosso dia a dia, e diversos são os setores que podem se beneficiar dessa tecnologia.

Alguns exemplos práticos são o setor imobiliário, automobilístico, indústria fonográfica, e-commerce, marketplace, logística e cadeia de suprimentos, prestação de serviços, processo eleitoral, na garantia de propriedades/bens por meio dos tokens, compra e venda de criptomoedas, etc.

Ou seja, o potencial dos smart contracts é realmente gigante – e tende a ser cada vez mais diante do avanço das novas tecnologias. 

Principais plataformas de smart contracts

Ethereum (ETH)

O Ethereum é a blockchain que inaugurou o uso de smart contracts e aplicativos descentralizados – que incluem as stablecoins, indústria de tokens, NFTs, jogos do metaverso, etc. Ela é a plataforma mais popular quando o assunto são os contratos inteligentes.

Cardano (ADA)

Essa blockchain, criada em 2015, também permite a negociação de contratos inteligentes. Os responsáveis pelo projeto alegam que a rede é detentora da primeira criptomoeda científica do mercado.

Solana (SOL)

Criada em 2017, a Solana possui um diferencial quando comparada à maioria das blockchains: sua escalabilidade, que garante mais agilidade e sustentabilidade nas transações.

EOS (EOS)

A EOS surgiu em 2018 e, assim como a Solana, foi desenvolvida objetivando resolver os problemas de escalabilidade e velocidade das blockchains.

Tezos (XTZ)

Em relação às outras, podemos dizer que a Tezos é uma das blockchain mais avançadas em termos de viabilização de smart contracts – sendo capaz de modificar seu próprio conjunto de regras com mínimas interrupções na rede.

TRON (TRX)

Apesar de viabilizar o armazenamento dos contratos inteligentes e de aplicativos descentralizados, a TRON foi desenvolvida visando o mercado de conteúdo. Em 2018, a plataforma adquiriu o sistema de compartilhamento de arquivos BitTorrent.

Relação entre as criptomoedas e os smart contracts

Antes de mais nada, precisamos ter em mente que nem toda criptomoeda possui um smart contract – assim como não são todas as blockchains que possibilitam a criação e armazenamento dos contratos inteligentes. O Bitcoin mesmo não possui smart contracts em sua blockchain, por exemplo.

É por meio das blockchains que são realizadas as transações com criptomoedas e armazenados os smart contracts – mas os contratos inteligentes, por sua vez, só vieram a ser incorporados a essas plataformas a partir do surgimento do Ethereum.

Os smart contracts não são fundamentais para uma blockchain funcionar, mas trazem consigo alguns recursos, como o desenvolvimento de aplicações descentralizadas.

Hoje, já é discutida a utilização de contratos inteligentes na transferência de herança de criptomoedas aos herdeiros do proprietário, por exemplo. É comum as moedas digitais ficarem inacessíveis se os herdeiros não possuírem a chave de acesso ou de transferência desses ativos. Os smart contracts surgem, nesse contexto, como uma alternativa viável, segura e transparente para garantir esses acordos entre as partes interessadas.

E você, já ouviu falar nos contratos inteligentes? O que achou da tecnologia por trás dessa ferramenta? Conte para a gente se esse artigo foi útil para você deixando um comentário aqui no blog!

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