Ao realizar operações no mercado financeiro, o investidor pode querer transferir a sua carteira de uma corretora para outra. Para tanto, ele precisa entender as duas formas principais de realizar a operação: STVM e OTA. 

STVM é a sigla para solicitação de transferência de valores mobiliários, enquanto OTA se refere a ordem de transferência de ações. A partir desses procedimentos, você realiza a portabilidade dos investimentos e pode aproveitar as condições que considera mais favoráveis. 

Quer entender mais sobre STVM e OTA para saber qual é a mais adequada para o seu caso? Continue a leitura e descubra! 

O que é transferência de custódia? 

Antes de conhecer a STVM e a OTA, é necessário compreender o processo de transferência de custódia. Primeiramente, a custódia no mercado financeiro é o serviço de guarda, manutenção e atualização dos produtos ou ativos financeiros. 

Assim, as instituições cuidam dos investimentos para os seus titulares, permitindo que os ativos fiquem seguros e em conformidade com as normas do mercado. A custódia tem quatro participantes essenciais: 

  • instituição depositária: são as companhias autorizadas pelo Banco Central para registro, guarda e liquidação dos investimentos; 
  • agente de custódia: trata-se de uma companhia intermediária entre a instituição depositária e o investidor, administrando as contas dos clientes; 
  • escriturador: são instituições responsáveis por abrir e manter eletronicamente o livro de registro de ações escriturais (aquelas que não existem de forma física); 
  • operador: é a pessoa que emite as ordens de compra e venda para as corretoras de valores. Ele costuma ser o próprio investidor. 

Portanto, a transferência de custódia é o processo por meio do qual o investimento é repassado para outro agente de custódia ou escriturador. Considere que a instituição depositária é sempre a mesma, mas você pode transferir seus produtos ou ativos de uma corretora para outra. 

Nesse sentido, ao realizar a mudança, os registros também são repassados para a nova instituição. Como resultado, o investidor tem todas as informações concentradas no mesmo local, inclusive com dados de movimentações realizadas anteriormente. 

Essa é uma vantagem para o operador, pois ele pode manter os seus investimentos nas condições do aporte, evitando a necessidade de resgatar os valores antes do prazo e reinvestir. O processo pode ocorrer de duas formas principais: STVM e OTA. Logo, é relevante entender como elas funcionam antes de fazer uma transferência de custódia, certo? 

O que é STVM? 

Agora que você já entendeu como funciona a transferência de custódia, é o momento de saber mais sobre a STVM, uma das formas de realizar o procedimento. Ela abrange alguns investimentos, como: 

  • ações; 
  • exchange traded funds (ETFs); 
  • certificados de depósito bancário (CDBs); 
  • letras de crédito imobiliário (LCIs); 
  • letras de crédito do agronegócio (LCAs). 

O processo é relativamente simples, mas varia conforme a instituição. Ele costumava ser feito por meio do preenchimento de um formulário físico. No entanto, por conta da pandemia de covid-19, no ano de 2020 a transferência de custódia em diversas instituições passou a ser realizada online. 

Assim, muitas delas optaram por manter esse formato em virtude da praticidade que ele oferece. Para tanto, basta incluir todas as informações solicitadas, que abrangem os dados do investidor, da corretora e dos ativos. Em certos casos, é exigido o reconhecimento de firma das assinaturas. 

A última etapa da STVM é a entrega do formulário para a corretora que detém a custódia dos investimentos. Ela cuidará da portabilidade e, quando a mudança for concluída, o investidor já conseguirá movimentar o portfólio na nova corretora.  

Assim, ele pode encerrar a sua conta na instituição antiga — caso tenha transferido todos os ativos — ou mantê-la, se desejar.  

O que é OTA? 

Você aprendeu como acontece a transferência de custódia na forma STVM, certo? Então precisa saber como ela ocorre na OTA. Os procedimentos são semelhantes, porém, na OTA são transferidos apenas os investimentos que estejam em contas de banco ou de instituições escrituradoras. 

Nesse tipo de portabilidade, o procedimento costuma ser mais complexo. Também é necessário preencher um formulário, mas com a exigência da entrega de três vias autenticadas. O titular deve, ainda, encaminhar as cópias dos seus documentos pessoais, como RG, CPF e comprovante de endereço. 

Após o recebimento da documentação, o banco ou instituição escrituradora realiza uma conferência do Imposto de Renda do solicitante. A partir desses passos, o titular recebe uma resposta reconhecendo a sua posição nas ações escriturais em questão. 

Por fim, o solicitante deve levar todos os documentos que reuniu e o reconhecimento das ações para a nova corretora. Todo o trâmite da transferência de custódia por OTA pode levar semanas para ser concretizado. Nesse contexto, é relevante contar com auxílio das instituições envolvidas para evitar erros e atrasos. 

Qual é a diferença entre as transferências STVM e OTA? 

Até aqui, você viu como funcionam a STVM e a OTA. Então, é hora de avaliar as diferenças entre essas formas de transferir os investimentos. A principal delas é que na STVM o investidor transfere seus ativos de uma corretora para outra. Já na OTA, é feita a transferência da ação do escriturador para uma corretora ou vice-versa. 

As operações também contam com uma forma de funcionamento distinta. Como foi possível aprender, a STVM é rápida e simples, bastando preencher o formulário emitido pela corretora que custodia os ativos ou produtos financeiros. 

Por outro lado, a OTA é mais burocrática, exigindo cópias autenticadas de documentos e análise do Imposto de Renda. Além disso, ela pode levar semanas até ser consolidada, conforme visto. 

Portanto, é fundamental conhecer as diferenças entre as modalidades para selecionar a melhor forma de realizar a portabilidade dos seus investimentos. Verifique quais são as possibilidades para a sua situação e defina a alternativa mais adequada, ok? 

Quais investimentos não podem ser transferidos? 

Além de saber os procedimentos para a portabilidade dos investimentos, é necessário ter em mente que algumas alternativas não podem passar pelo processo. Antes de fazer a transferência de custódia, você deve avaliar se a corretora de destino oferece os ativos que você deseja levar. 

A razão é que alguns investimentos podem ser exclusivos de determinadas plataformas, logo, não estão autorizados a serem repassados para outra. Ainda, há esse impedimento caso o recurso esteja sendo utilizado como garantia em operações realizadas na instituição de origem. 

Portanto, é necessário verificar se existe alguma barreira para a transferência antes de solicitá-la na sua plataforma. Assim, você evita surpresas e dificuldades no processo. 

Quando realizar a portabilidade dos investimentos? 

Até aqui, você conheceu as formas de realizar a portabilidade dos investimentos, seu funcionamento e as diferenças. Mas também é necessário avaliar quando é interessante fazer a transferência de custódia dos ativos.  

Veja o que analisar antes da operação! 

Custos mais atrativos 

Tenha em mente que os investimentos costumam ter custos adicionais que remuneram os participantes das operações. Por esse motivo, é preciso avaliar se a corretora escolhida tem taxas na média do mercado. 

Da mesma forma, há possibilidade de os custos estarem acima ou abaixo do que é praticado pelas demais. Esse aspecto interfere nos seus ganhos e pode levar a uma necessidade de trocar de corretora. 

Dificuldades operacionais 

A eficiência operacional é outro critério essencial para o investidor na hora de selecionar a sua plataforma. Problemas nesse sentido costumam causar transtornos ou até mesmo prejuízos, já que determinadas operações exigem agilidade para a realização. 

Portanto, quando as dificuldades operacionais forem frequentes, é possível que o investidor sinta a necessidade de mudar de instituição. Contudo, antes desse processo, é preciso verificar como é o sistema da nova corretora selecionada, concorda? 

Alinhamento com as suas necessidades 

Ainda, é importante considerar que cada corretora tem um perfil que pode se alinhar mais ou menos com as suas necessidades. Por exemplo, existem algumas que têm o foco em investidores de alta renda, enquanto outras priorizam aportes mais acessíveis. 

Você encontra também aquelas que têm como ponto forte as operações de especulação e as que focam em investimentos de longo prazo. Note que as corretoras tendem a ter uma diversidade de alternativas, contudo, elas podem apresentar como ponto forte determinada estratégia de investimentos. 

Assim, se você quiser aproveitar ao máximo o potencial da instituição, costuma ser interessante escolher uma que esteja mais alinhada com as suas características e objetivos no mercado financeiro. 

Insatisfação com o atendimento 

Por fim, problemas com o atendimento tendem a ocasionar a necessidade de trocar de corretora. Quando a instituição oferece um serviço falho constantemente, o cliente enfrenta dificuldades nas suas operações. 

Nesse cenário, é comum buscar um serviço com melhor assistência, o que é essencial para uma boa experiência nas suas operações. Novamente, o processo exige pesquisas para se certificar de que a nova instituição é superior nos critérios definidos pelo cliente. 

Conseguiu entender o que é STVM e OTA, bem como as diferenças entre essas formas de transferência de custódia de investimentos? Como você viu, a portabilidade é uma alternativa válida quando os serviços não são satisfatórios, por exemplo, proporcionando mais praticidade ao investidor. 

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