Para diversificar a carteira e se expor a economias mais fortes, o investimento em ações internacionais pode ser uma alternativa. Afinal, você não precisa se limitar às companhias do Brasil, podendo explorar outras opções.
Por isso, vale a pena saber como investir nessas possibilidades e conhecer as suas vantagens. Contudo, antes de iniciar o processo, é importante entender os aspectos que devem ser considerados ao fazer investimentos em ações internacionais.
O que são ações internacionais?
As ações internacionais são papéis de empresas negociadas em bolsas de valores localizadas fora do país de origem do investidor. Ou seja, se você deseja adquirir ativos de uma companhia listada na bolsa de valores dos Estados Unidos, por exemplo, estará comprando ações internacionais.
Essas empresas globais podem variar em tamanho, setor e localização geográfica. Assim, elas oferecem aos investidores uma variedade de opções para diversificar a carteira.
Além disso, ao comprar ações internacionais, os investidores se tornam donos de uma parte da empresa. Como resultado, eles obtêm uma exposição direta ao mercado em que elas operam e à sua performance.
Quais são as vantagens de investir em ações internacionais?
Agora que você já sabe o que são ações internacionais, vale a pena conhecer as vantagens de investir nessa opção. Veja com mais detalhes, a seguir!
Diversificação da carteira
Uma das principais vantagens de investir em ações internacionais é a diversificação da carteira. Isso ocorre porque o processo ajuda a equilibrar os riscos, evitando que você se exponha apenas à economia brasileira.
Nesse caso, a diversificação global atua como um escudo para os investidores, principalmente em tempos de instabilidade no mercado financeiro nacional. Ao distribuir os investimentos em diferentes regiões do mundo, por exemplo, você reduz a probabilidade de que uma crise específica em um país tenha grandes impactos em seu patrimônio.
Ainda, se a economia nacional enfrentar turbulências, uma parte dos investimentos em ações internacionais pode permanecer mais estável. Isso ajuda a diluir os impactos da crise.
Ademais, a diversificação internacional aumenta o potencial de retorno da carteira de investimentos, devido à exposição a moedas mais fortes do que o real. Dessa maneira, os seus resultados no mercado têm perspectivas mais robustas.
Exposição a economias fortes
Investir em ações internacionais também oferece a vantagem de fazer com que o investidor se exponha a economias fortes ao redor do mundo. Elas podem ser mais sólidas diante de possíveis oscilações políticas e econômicas internacionais.
Por exemplo, empresas listadas em bolsas de valores de economias desenvolvidas, como os Estados Unidos, costumam demonstrar maior estabilidade e capacidade de crescimento. Isso ocorre em comparação com empresas de mercados emergentes, a exemplo do Brasil.
Além disso, investir em ações de países desenvolvidos oferece uma variedade maior de oportunidades de investimento. Em muitos casos, eles contam com diversos setores e indústrias que não estão estabelecidas no Brasil, incluindo tecnologia, saúde, finanças etc.
Assim, você encontra diferentes opções de empresas para avaliar e investir. Desse modo, aumentam as chances de encontrar boas oportunidades.
Acesso a outras moedas
O acesso a outras moedas é outra vantagem de investir em ações internacionais. Investindo em países como os Estados Unidos, por exemplo, você pode atrelar parte do seu patrimônio ao dólar americano, que é considerado a moeda mais forte do mundo.
Assim, em caso de desvalorização do real, os investimentos atrelados ao dólar, especialmente aqueles com desempenho positivo, ajudam a equilibrar eventuais perdas. Entretanto, diante de quedas no dólar, os investimentos internacionais atrelados à moeda também sofrerão esse impacto.
Potencialização dos ganhos
Você viu que é possível diversificar a carteira para incluir ações tanto do mercado brasileiro quanto do mercado internacional, certo? Com essa prática, os investidores podem se beneficiar do crescimento econômico em diferentes regiões do mundo.
Por exemplo, suponha que você investe em ações de empresas brasileiras e norte-americanas. Se ambas as economias crescerem, é possível obter ganhos com os dois mercados.
Portanto, ao investir internacionalmente, você tende a aproveitar oportunidades de crescimento em diversas economias. Dessa forma, é possível aumentar o potencial de retorno de sua carteira de investimentos.
Acesso a grandes corporações
Investir em ações internacionais oferece o acesso a grandes companhias globais. Algumas delas estão entre as maiores empresas do mundo em termos de valor de mercado.
Países como Japão, China, Estados Unidos e nações da Europa, por exemplo, abrigam muitas dessas empresas de renome. Em muitos casos, elas são líderes em seus respectivos setores, o que pode contribuir para a diversificação e o potencial de valorização do portfólio de investimento, como visto.
Por exemplo, empresas como Apple, Google, Microsoft, Toyota e Nestlé são apenas algumas das grandes corporações globais que estão listadas em bolsas internacionais. Então você pode se beneficiar da estabilidade dessas marcas reconhecidas em todo o mundo.
Recebimento de dividendos
Por fim, você tem chances de receber dividendos dolarizados ao investir em ações internacionais. Tenha em mente que, como no Brasil, empresas estrangeiras costumam distribuir parte de seus lucros aos investidores.
O recebimento desses proventos em moeda estrangeira é vantajoso para o investidor, principalmente quando se considera o contexto da diversificação da carteira. O motivo é que o retorno dos investimentos no mercado estrangeiro é realizado na moeda da economia relacionada aos ativos.
Logo, receber dividendos em dólar, por exemplo, pode favorecer os ganhos quando a moeda norte-americana está em alta. Além disso, o processo ajuda o investidor a ter uma fonte adicional de renda em uma moeda forte e bem aceita internacionalmente.
Quais são os riscos de investir em ações internacionais?
Apesar de haver diversas vantagens de investir em ações internacionais, saiba que existem alguns riscos que devem ser considerados. Um deles é a volatilidade cambial, que pode afetar o retorno dos investimentos.
As flutuações na taxa de câmbio são influenciadas, principalmente, pela oferta e demanda no mercado. Elas podem resultar em conversões desfavoráveis para os investidores, transformando potenciais ganhos em perdas — muitas vezes, em questão de dias.
Ademais, a instabilidade política em certos países pode representar um risco. Eventos como mudanças de Governo ou conflitos internos costumam levar a uma instabilidade nos mercados financeiros e causar prejuízos para os investidores.
A volatilidade também é um fator de risco a ser considerado ao investir em ações internacionais. Embora ela possa ser vista como uma vantagem, dependendo da sua estratégia, durante crises e recessões, os investidores podem enfrentar dificuldades.
O que considerar ao investir em ações internacionais?
Você conheceu as vantagens e os riscos de investir em ações internacionais, não é mesmo? Diante dessas informações, se você decidir que deseja fazer investimentos em ações globais, é importante saber o que deve ser considerado.
Confira os fatores mais relevantes!
Objetivos de investimento
Antes de investir em ações internacionais, você precisa ter clareza sobre os seus objetivos financeiros. Nesse sentido, analise se você está buscando crescimento de capital a longo prazo, geração de renda por meio de dividendos, proteção contra inflação ou uma combinação desses objetivos, por exemplo.
Lembre-se de que as suas metas ajudarão a orientar as decisões de investimento e a definir a sua estratégia global, tudo bem?
Perfil de investidor
É essencial considerar o seu perfil de investidor. De modo geral, existem três classificações:
- conservador: prioriza a preservação do capital e tem baixa tolerância ao risco;
- arrojado: tem alta tolerância ao risco e busca retornos maiores;
- moderado: fica entre conservador e arrojado, buscando um equilíbrio entre rentabilidade e segurança na hora de investir.
Risco e volatilidade
Os investimentos em ações podem apresentar alguns riscos, incluindo os cambiais, políticos, econômicos, de mercado e regulatórios. Isso ocorre por conta de eventos geopolíticos, flutuações cambiais e diferenças nos ciclos econômicos.
Portanto, é essencial entendê-los e estar preparado para lidar com esses riscos ao investir internacionalmente.
Pesquisa e análise
Antes de investir em ações internacionais, faça uma pesquisa sobre os mercados e empresas em que você pretende fazer seus aportes. Analise, por exemplo, os fundamentos financeiros das companhias, como receitas, lucros, fluxo de caixa e balanço patrimonial que podem ser encontrados no RI das empresas.
Considere também fatores como a posição competitiva da empresa, a qualidade da gestão e as perspectivas de crescimento futuro.
Diversificação da carteira
A diversificação é uma das estratégias mais usadas para reduzir o risco em uma carteira de investimentos. Ao investir em ações internacionais, pode ser interessante escolher ativos não apenas entre diferentes empresas, mas entre setores e regiões geográficas.
Esse processo ajudará a proteger o seu portfólio contra eventos adversos específicos de um único mercado ou região.
Monitoramento e revisão
Por fim, é importante monitorar regularmente os investimentos e estar preparado para revisar a estratégia conforme necessário. Então se mantenha atualizado sobre eventos econômicos, políticos e globais que possam afetar o portfólio.
A revisão periódica ajuda a garantir que ela permaneça alinhada com os seus objetivos e a tolerância ao risco ao longo do tempo.
Como investir em ações internacionais?
Ao considerar investir em ações internacionais, é preciso conhecer as diferentes possibilidades de fazer investimentos no exterior, certo? É possível fazer isso de forma direta e indireta. Confira com mais detalhes, a seguir!
Investimento direto
Uma das formas de investir em ações internacionais é por meio do investimento direto. Nesse caso, o investidor precisa abrir uma conta no exterior ou uma conta global de investimentos para ter acesso às oportunidades disponíveis no país, como os Estados Unidos.
Além das ações, você contará com REITs (real estate investment trusts), ETFs (exchange traded funds), títulos de renda fixa, entre outros. Essa abordagem proporciona flexibilidade para executar diversas estratégias de investimento, incluindo aquelas voltadas para o recebimento de dividendos.
Uma vez que a conta esteja aberta, o processo segue uma linha semelhante ao investimento em bolsa de valores no Brasil. O investidor pode acessar a corretora estrangeira, pesquisar os ativos desejados para emitir as suas ordens de compra e venda.
No entanto, antes de investir, você deve analisar se a decisão faz sentido na sua estratégia. Por exemplo, considere que os aportes diretos em ativos internacionais podem exigir quantias maiores de dinheiro, em especial, devido ao câmbio.
Outro ponto a avaliar são os custos da operação. Dependendo do país, pode haver cobranças sobre o envio de dinheiro a corretoras estrangeiras. Ainda, as regras para investimento e as leis que regem os impostos cobrados sobre os ganhos em cada país costumam ser diversas.
Por fim, em algumas nações, as instituições financeiras podem dificultar a abertura de conta para investimento direto no exterior. Logo, verifique quais são as exigências burocráticas para dar andamento ao processo, ok?
Investimentos indiretos
Outra possibilidade para investir em ações internacionais é de modo indireto, que pode ser realizado em reais, por meio de uma corretora de valores no Brasil. Há algumas possibilidades a explorar disponíveis na bolsa de valores brasileira (B3) e nas plataformas das instituições financeiras.
Apesar de os investimentos serem feitos em reais, eles permitem que o investidor se exponha aos resultados de ativos e veículos internacionais. Essa é uma possibilidade que tende a simplificar o processo.
Existem diversas possibilidades de investir de maneira indireta. Conheça as principais!
BDRs
Os BDRs (brazilian depositary receipts) são certificados negociados na bolsa de valores brasileira. Contudo, eles são lastreados em ativos internacionais, como cotas de fundos, títulos de dívida, ações e REITs.
Os certificados são emitidos por instituições depositárias, que são responsáveis por custodiar os ativos estrangeiros, como as ações de empresas globais. As instituições fazem os investimentos no exterior, mantêm os ativos em custódia e emitem os BDRs correspondentes no mercado brasileiro.
É importante ressaltar que nem sempre o BDR corresponde a um ativo. Na verdade, os certificados podem ter uma relação de paridade diferente, como 10:1 — o que significa que 10 BDRs são equivalentes a uma ação estrangeira, por exemplo.
Isso acontece porque, no exterior, existem bolsas que permitem a negociação de parcelas de ativos — como é o caso dos EUA. Assim, os BDRs oferecem diversas vantagens para os investidores brasileiros.
Primeiramente, eles facilitam o acesso a investimentos internacionais de forma prática, permitindo a diversificação da carteira além das fronteiras nacionais. Ainda, como são negociados na bolsa de valores brasileira, os BDRs podem proporcionar maior liquidez e facilidade de negociação.
Outra vantagem é o acesso a grandes empresas globais, como Google, Amazon e Apple. Ainda, existem BDRs de negócios em outros países, como a chinesa Alibaba. Mais um ponto é que os investidores têm a possibilidade de receber dividendos, caso as empresas estrangeiras distribuam seus lucros.
Vale saber que as companhias não são obrigadas a pagar os proventos, como ocorre no Brasil, ok? Portanto, se esse for o seu objetivo, é preciso buscar informações sobre as empresas que costumam fazer esse tipo de distribuição.
ETFs
Os ETFs, conhecidos como fundos de índice, têm o objetivo de replicar o desempenho de um indicador de mercado específico, como o S&P 500 (Standard & Poors 500), dos Estados Unidos. Ao adquirir cotas, o investidor passa a ter acesso a um portfólio diversificado de ativos que replicam o índice subjacente.
Desse modo, é possível investir indiretamente em diferentes ativos internacionais, sem a necessidade de adquirir cada ação individualmente. Por exemplo, ao investir no ETF IVVB11, que segue o S&P 500 dos EUA, o investidor se expõe às 500 maiores empresas americanas listadas na bolsa.
Uma das principais vantagens dos ETFs é a praticidade e acessibilidade oferecidas aos investidores brasileiros. Os investimentos são realizados diretamente na bolsa de valores, em reais, o que simplifica o processo de investimento em mercados internacionais.
Saiba que os ETFs são fundos de investimento com gestão passiva, ou seja, o objetivo é replicar o desempenho do índice de referência, mas não superá-lo. Isso resulta em taxas de administração mais baixas, em comparação com os fundos de gestão ativa.
Nesse caso, como não há uma equipe de gestão ativamente tomando as decisões de investimento, as taxas são menores. Outra vantagem é que o ambiente de negociação na bolsa de valores tende a proporcionar liquidez aos ETFs.
Nele, os investidores podem negociar cotas dos ETFs a qualquer momento durante o horário de funcionamento do mercado.
Fundos internacionais
Os fundos internacionais são veículos de investimento coletivos que se concentram em investir em alternativas do mercado externo, como ações de empresas estrangeiras. Eles são gerenciados por gestores profissionais que implementam estratégias de investimento predefinidas, de acordo com as características e objetivos do fundo.
Por exemplo, um fundo internacional de ações mais arrojado poderá priorizar investimentos em corporações de menor capitalização de mercado, com um potencial de crescimento mais elevado. Por outro lado, fundos internacionais mais conservadores podem focar em empresas mais consolidadas.
O objetivo é reduzir a volatilidade e preservar o capital investido. Uma das principais vantagens dos fundos internacionais é a diversificação que eles costumam oferecer aos investidores.
Nesse caso, ao investir em um único fundo, você pode ter acesso a diversas empresas e mercados internacionais, reduzindo o risco específico de cada companhia ou país. Porém, é importante conferir a estratégia específica para compreender se o fundo se alinha com suas necessidades.
Com o conhecimento obtido neste post, você está mais preparado para investir em ações internacionais. Caso essa estratégia faça sentido para o seu portfólio, avalie as possibilidades disponíveis para optar pela alternativa mais adequada para a sua carteira de investimentos.
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