O Comitê de Política Monetária (Copom) é um órgão responsável pela condução da política monetária no País. Vinculado ao Banco Central (Bacen), ele se reúne a cada 45 dias para definir diversas questões que impactam a economia brasileira, a exemplo da taxa básica de juros (Selic). 

Para acompanhar as reuniões ao longo do ano, é interessante conferir o calendário do Copom 2023, divulgado antecipadamente. Para quem investe, é essencial explorar as decisões do comitê, já que elas geram perspectivas econômicas que podem afetar seus resultados. 

Diante disso, nós, da Genial Investimentos, preparamos um artigo apresentando o calendário do Copom 2023 para que você possa ver as datas das próximas reuniões e suas expectativas. 

Não perca! 

Quais são as datas das próximas reuniões do Copom de 2023? 

Considerando a importância das reuniões do Comitê de Política Monetária para o mercado nacional, elas são agendadas com bastante antecedência. O calendário do Copom 2023, por exemplo, foi divulgado pelo Bacen em junho de 2022. 

Nele é possível observar que são 8 reuniões realizadas por ano e cada uma delas possui dois dias de duração. No primeiro dia, os membros do comitê assistem a apresentações técnicas sobre o cenário econômico brasileiro e mundial.  

No segundo dia, os participantes discutem diversas questões e tomam as suas decisões com base no material que foi apresentado. Os votos de cada integrante do comitê são registrados em uma ata, que agrega tudo o que foi discutido nos dois dias de reunião.  

Uma semana após o encontro, o documento é publicado para o mercado e pode ser acessado por qualquer interessado. Até julho de 2023, já tinham ocorrido 4 reuniões no ano: em fevereiro, março, maio e junho. 

Além desses, ainda estavam previstos mais 4 encontros para 2023, nas seguintes datas: 

  • 1 e 2 de agosto; 
  • 19 e 20 de setembro; 
  • 31 de outubro e 1 de novembro; 
  • 12 e 13 de dezembro.
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Quais as principais definições do Copom no primeiro semestre de 2023? 

Depois de ver quais são as datas de reunião do Copom, você pode querer saber quais foram as definições mais relevantes do órgão no primeiro semestre de 2023. O principal tema que envolve a atuação do Comitê de Política Monetária é a definição da Selic. 

Quanto mais elevada for a taxa de juros, maior é o custo do crédito no país. Nesse sentido, o aumento da Selic resulta em uma desaceleração do crescimento econômico, uma vez que os empréstimos e financiamentos tendem a ficar mais caros. 

Normalmente, o aumento da Selic é uma estratégia para conter o avanço da inflação. Isso porque o alto custo do crédito contribui para a redução da circulação de dinheiro e do consumo de produtos e serviços, pressionando a inflação para baixo. 

Entre agosto de 2022 e julho de 2023, o Copom manteve um ciclo de juros altos. Na ocasião, o órgão aumentou a Selic para 13,75% ao ano, o maior patamar desde 2016. Essa foi uma forma de reduzir a inflação acumulada que, por sua vez, havia ficado em 11,89% em julho daquele ano. 

Nas 4 reuniões do primeiro semestre de 2023, o Copom manteve a taxa básica de juros inalterada. Por comunicado, o órgão justificou a manutenção da Selic elevada em razão de uma inflação corrente ainda alta e da deterioração das expectativas de inflação para os anos seguintes. 

O que esperar das próximas reuniões do Copom? 

Na reunião de 1 e 2 de agosto o Copom decidiu iniciar o ciclo de queda da Selic com um corte mais agressivo da taxa, de 50 pontos-base para 13,25% ao ano. 

Nas 3 reuniões restantes (19 e 20 de setembro, 31 de outubro e 1 de novembro, 12 e 13 de dezembro) o Comitê já sinalizou a intenção de manter esse mesmo ritmo de afrouxamento monetário de modo que, assim, a taxa Selic deve encerrar o ano de 2023 em 11,75%. 

Os membros do Copom também impuseram três condições para acelerar o ritmo de corte de juros (desaceleração da inflação de serviços, abertura do hiato de produto e uma maior ancoragem das expectativas de inflação). Dado o fechamento recente do hiato do produto e interrupção do movimento de ancoragem das expectativas, a desaceleração da inflação de serviços é a única dessas três condições que até agora está sendo satisfeita, ainda que apenas parcialmente dado o lento processo de desinflação dessa métrica de inflação. Sendo assim, um eventual corte de 75 pontos-base na taxa Selic só terá maiores chances de ocorrer na última reunião do ano em dezembro caso o PIB do 3º trimestre, que será conhecido logo antes, apresente crescimento negativo. 

Esse lento processo de queda de juros no Brasil faz com que a taxa de juros real no país permaneça como uma das maiores do mundo. O cálculo é dado pela taxa de juros nominal menos a inflação corrente. A título de comparação, em junho de 2023, os Estados Unidos estavam com uma taxa de juros de 5,25% ao ano e uma inflação de 4,0%, resultando em juros reais de 1,25%. 

Ainda que elevada, o fato de a taxa de juros já se encontrar em trajetória de queda gera uma expectativa de desvalorização cambial do real brasileiro em vista da queda no diferencial entre os juros brasileiros e os dos demais países. Esse movimento tende a gerar uma saída de dólares do Brasil dada a queda na rentabilidade de aplicações de renda fixa, como títulos do Tesouro Direto

O calendário do COPOM para 2024 já foi projetado? 

Como você viu, as decisões do Copom quanto à taxa Selic podem afetar diretamente a quantidade de recursos que entram e saem do país, o que impacta o mercado financeiro. Por isso, as suas reuniões são marcadas com meses de antecedência. 

Nesse contexto, vale dizer que as datas das reuniões para 2024 já foram divulgadas pelo Bacen, são elas: 

  • 30 e 31 de janeiro; 
  • 19 e 20 de março;
  • 7 e 8 de maio; 
  • 18 e 19 de junho; 
  • 30 e 31 de julho; 
  • 17 e 18 de setembro; 
  • 5 e 6 de novembro;
  • 10 e 11 de dezembro. 

Neste artigo, você conferiu quando acontecerão as reuniões do Copom, com base no calendário de 2023 e de 2024. Também viu as decisões adotadas pelo órgão e as previsões quanto ao que pode ser decidido nas próximas reuniões. Então não deixe de acompanhá-las para nortear as suas escolhas no momento de investir. 

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