Quem deseja aumentar o nível de proteção do seu portfólio pode se interessar pelo investimento em moedas estrangeiras fortes — como o dólar. Isso porque, ao dolarizar a sua carteira, você não dependerá apenas do desempenho do mercado nacional para ter resultados.
Nesse sentido, saber como investir em dólar pode ser uma estratégia interessante para ser explorada. Afinal, a moeda norte-americana é mais estável que o real brasileiro — além de estar atrelada aos Estados Unidos, que é a maior economia global.
Ficou interessado nesse assunto? Então confira este artigo preparado por nós, da Genial Investimentos, sobre como investir em dólar e descubra como dolarizar sua carteira.
Não perca!
Investimento em dólar: o que é e como funciona?
Quando se fala em investir em dólar, muitas pessoas associam à ideia de comprar a moeda norte-americana em espécie. No entanto, adotar essa tática não caracteriza, exatamente, a realização de um investimento.
Tenha em mente que a compra de papel-moeda envolve altos custos, independentemente da moeda. Normalmente, as casas de câmbio e agentes cambiais repassam aos seus clientes os custos com a emissão, transporte e segurança dos valores, além da taxa de câmbio vigente.
Então o dinheiro que poderia ser melhor aproveitado em um investimento acaba sendo destinado ao pagamento de taxas — distanciando-se do papel que o ato de investir deve ter. Inclusive, há grandes chances de você se deparar com prejuízos ao realizar esse tipo de operação.
Logo, buscar investimentos financeiros atrelados ao dólar faz mais sentido para consolidar um retorno positivo. Ou seja, vale procurar por alternativas que tenham o seu preço ligado às variações da moeda estadunidense.
Essa é uma forma mais prática e que pode estar alinhada tanto ao investimento considerando o longo prazo quanto à especulação. Ademais, o mercado nacional é repleto de alternativas com exposição ao dólar, não havendo a necessidade de tirar o seu capital do país para obter essa exposição.
Quais são as opções do mercado para investir em dólar?
Após ver que a compra de dólares em espécie não é propriamente um investimento, talvez você queira saber quais são as opções do mercado nacional para investir nessa moeda. Há diversos produtos, ativos e veículos financeiros disponíveis em diferentes ambientes de negociação.
Nesse contexto, é pertinente conhecer cada alternativa e como elas funcionam para que você possa verificar qual delas é a mais apropriada para o seu portfólio. Veja as principais opções disponíveis!
ETF
O exchange traded fund (ETF) ou fundo de índice é um tipo de fundo de investimento que tem o objetivo de alcançar desempenho equivalente a um indicador de mercado. As suas cotas são negociadas na B3 (a bolsa de valores brasileira), sendo uma forma indireta de investir em dólar.
Isso acontece porque o fundo pode espelhar um índice do mercado estadunidense — a exemplo do Standard & Poor’s 500 (S&P 500), Dow Jones Industrial Average (DJI) ou outro. Esses fundos são formados pela comunhão de recursos de diferentes investidores.
O patrimônio reunido fica sob a responsabilidade de um gestor profissional. Ele montará o portfólio do fundo com base na sua experiência e nas propostas que justificaram a sua criação. Para obter resultados semelhantes ao do índice, o gestor investe nos mesmos ativos que compõem a carteira teórica do indicador.
Por exemplo, o S&P 500 é um benchmark composto pelas 500 ações de maior representatividade dos Estados Unidos. Desse modo, um ETF que acompanha esse índice investirá nos mesmos 500 ativos que o integram — sendo considerado um modelo de gestão passiva.
Em contrapartida, os cotistas fazem o rateio das despesas envolvidas, em especial a taxa de administração. Até 2022, os ETFs brasileiros não pagavam dividendos. Porém, no início de 2023, a B3 autorizou o surgimento de fundos de índice que distribuem esse provento.
Dessa forma, é possível considerar diferentes composições no momento de investir em ETFs relacionados ao dólar, seja para ter ganhos com a valorização das cotas ou com o recebimento de proventos.
BDRs
BDR é a sigla para brazilian depositary receipts ou certificado de depósito de valores mobiliários, em português. Trata-se de um investimento de renda variável encontrado na B3 que está ligado a um ativo internacional.
Um BDR pode estar lastreado em ações, títulos públicos, REITs (fundos imobiliários americanos), ETFs, entre outros. Muitas vezes, os investimentos que dão lastro ao BDR são precificados em dólar, por serem negociados fora do país.
A emissão de um BDR envolve duas principais figuras: a depositária e a custodiante. A primeira é responsável pela realização do investimento no exterior, enquanto a segunda se encarrega de mantê-lo sob custódia, para que ele não seja vendido.
Na sequência, a depositária emite os BDRs com lastro no investimento estrangeiro e, depois, os disponibiliza para negociação na B3. Vale dizer que, ao adquirir um desses certificados, você não será o titular do ativo que o lastreia.
De todo o modo, é comum que a depositária repasse os proventos recebidos no exterior para aqueles que compraram os BDRs. Nesse sentido, mesmo sendo um investimento indireto, o certificado possibilita a realização de lucros com o recebimento de dividendos ou com a valorização do ativo atrelado a ele.
Fundos internacionais
Os fundos internacionais são veículos de investimentos coletivos encontrados nas plataformas de corretoras de valores, como a Genial. Como acontece em um ETF, esse tipo de fundo tem o patrimônio administrado por um gestor.
Contudo, o profissional tem maior liberdade quanto à escolha dos ativos. Isso porque ele não precisa acompanhar o desempenho de um índice, podendo montar a carteira conforme as suas estratégias e as diretrizes que deram origem ao fundo.
Em fundos internacionais, é comum que o gestor priorize o investimento em ativos e derivativos estrangeiros. Assim, cada veículo pode ter um foco de atuação. Por exemplo, há modalidades que focam em ações globais, enquanto outras buscam adquirir cotas de outros fundos.
Devido à grande variedade de veículos, é importante fazer uma análise criteriosa sobre as condições, estratégias, taxas e a composição do portfólio. Dessa maneira, há a chance de fazer investimentos adequados aos objetivos que você deseja conquistar.
Fundos cambiais
Outro tipo de fundo de investimento que pode ajudar nessa estratégia é o fundo cambial. Ele prioriza alternativas que possuam exposição direta ou indireta a moedas estrangeiras.
Semelhante às demais modalidades, as decisões são tomadas pelo gestor, o que traz bastante praticidade ao investidor. Além disso, esse é um veículo financeiro que ajuda na diversificação da carteira e ainda é mais acessível que o investimento individual.
Antes de investir, convém analisar a estratégia do fundo, o nível de risco associado e os seus resultados anteriores. Também é importante considerar os custos envolvidos, como a taxa de administração e a taxa de performance (se houver).
Mercado futuro
O mercado futuro é um dos ambientes de negociação da B3, onde são negociados contratos futuros ligados a diversos ativos, como commodities, ouro, índices e moedas internacionais.
No contrato de dólar, por exemplo, você se expõe ao preço da moeda no futuro. Geralmente, estão posicionados na ponta compradora aqueles que acreditam na valorização do dólar frente ao real. Quem acredita na queda da moeda tende a se posicionar na ponta vendedora.
Diariamente, os preços são ajustados com base em uma média ponderada das negociações ocorridas no dia, no chamado ajuste diário. Nessa oportunidade, todos os participantes que estão posicionados são debitados ou creditados com base na diferença entre a sua posição e o preço do ajuste diário.
Por meio desses contratos, é possível aproveitar as diversas situações referentes ao comportamento do dólar. Porém, é preciso saber que não existe liquidação física, com entrega de um ativo. No caso, a liquidação é somente financeira.
É pertinente destacar que muitas corretoras oferecem uma alta alavancagem para operações no mercado futuro. Isso significa operar uma quantia financeira muito maior que a mantida em conta. A medida amplia o potencial de ganhos, mas eleva os riscos das operações.
Para tanto, é exigida uma margem de garantia mínima, que pode ser dada em dinheiro ou determinados ativos financeiros.
Quais são as vantagens e riscos de se expor à moeda americana?
Agora que você conferiu as principais alternativas que permitem investir em dólar, provavelmente você deve querer saber as vantagens e riscos de se expor à moeda norte-americana.
Confira abaixo!
Vantagens
Uma das principais vantagens do investimento em dólar é o potencial de diversificação proporcionado. Essa estratégia é bastante conhecida entre quem investe. Ela consiste em investir em mais de uma opção.
Dessa forma, o seu capital não estará sujeito a somente um tipo de risco e não dependerá de apenas um investimento para ter resultados. No entanto, para que a estratégia seja efetiva, é fundamental que os ativos escolhidos estejam descorrelacionados ou tenham correlação negativa.
A ideia é que eles possam apresentar resultados diferentes mesmo quando estão diante do mesmo cenário econômico. Um exemplo bastante conhecido se refere à correlação negativa que costuma ser observada entre o dólar e a bolsa brasileira.
Quando a moeda norte-americana perde força, a tendência é que a pontuação na bolsa brasileira aumente. No cenário contrário, eventuais altas no preço do dólar poderão pressionar a bolsa para baixo. Portanto, explorar essa característica na sua carteira pode potencializar os ganhos e reduzir as perdas.
A acessibilidade também é uma vantagem a ser destacada. Como você viu, as alternativas mostradas podem ser adquiridas no mercado nacional sem complicações. Isto é, você não precisa tirar o seu capital do país para conseguir se expor às variações do dólar.
Riscos
Em relação aos riscos, tenha em mente que todo investimento possui algum tipo de risco. Mesmo alternativas conhecidas por sua segurança podem resultar em prejuízos diante de determinadas situações.
Nesse contexto, você precisará avaliar se o seu perfil e nível de abertura aos riscos são compatíveis com a do investimento, antes de fazê-lo. Ao investir em dólar, o seu capital poderá aumentar ou diminuir conforme as variações da moeda americana.
Cabe ressaltar que, embora o dólar seja uma moeda demandada mundialmente, o seu preço pode oscilar conforme o ânimo do mercado internacional e dos Estados Unidos. Logo, mesmo adotando estratégias de proteção — como a diversificação —, é preciso ter cuidado para não realizar grandes prejuízos.
Afinal, vale a pena investir em dólar?
Até aqui, você já reúne conhecimentos relevantes sobre o investimento em dólar, mas ainda pode ter a dúvida se vale a pena fazê-lo. Como vimos, essa é uma moeda forte e que pode ajudar na proteção da sua carteira. Logo, investir nela tende a compensar a desvalorização do real.
Além disso, como o dólar apresenta uma correlação negativa frequente com a nossa economia, menor será a sua exposição ao risco-Brasil. Ou seja, ter investimentos atrelados a ela aumenta o equilíbrio da sua carteira.
Portanto, dolarizar o portfólio pode ser interessante. Outro motivo para aproveitar essa estratégia é que muitos brasileiros possuem despesas afetadas pela moeda estadunidense. Além de planos de viagens internacionais, o preço de produtos importados também pode variar.
Para quem tiver uma tolerância maior à volatilidade, é possível também especular com dólar. Nesse cenário, existe a chance de obter ganhos no curto prazo, explorando oscilações nos preços da moeda no mercado futuro.
Contudo, independentemente da sua escolha, lembre-se de que qualquer decisão no universo dos investimentos deve ser embasada no seu perfil e objetivos. O perfil revela o seu nível de abertura aos riscos, enquanto os objetivos ajudam a selecionar os ativos mais apropriados para atingi-los.
Como investir em dólar sem sair do país?
Mais um ponto que você deve aprender sobre a realização do investimento em dólar é como isso pode ser feito sem a necessidade de sair do país, correto?
Como você notou, os investimentos mostrados ao longo deste conteúdo são negociados na B3 ou junto às plataformas de investimentos das corretoras de valores. Para acessá-los, basta abrir uma conta junto a uma instituição de sua confiança.
Ela fornecerá o home broker para que você possa lançar ordens de compra e venda por conta própria, diretamente na bolsa de valores. Já para investimentos que não são negociados em bolsa, a corretora fornecerá uma plataforma ou ambiente virtual específico para a sua negociação.
Com a Genial, por exemplo, você terá acesso aos principais ativos do mercado sem a cobrança de taxa de corretagem. Esse é um benefício oferecido para que você possa aproveitar ao máximo a rentabilidade dos seus investimentos, sem precisar se preocupar com os custos.
Depois de conferir as informações desse artigo, agora você já sabe como investir em dólar. Então, se entender que esse investimento faz sentido, não deixe de considerar seu perfil e objetivos para montar sua carteira de acordo com suas necessidades e de contar com o suporte da Genial!
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