O mercado financeiro é repleto de oportunidades capazes de fazer você se aproximar dos seus sonhos e objetivos. No entanto, existem riscos a serem considerados e, a depender das escolhas feitas e dos movimentos do mercado, você pode estar sujeito a perdas.

Logo, é importante conhecer estratégias como a diversificação. Ao montar uma carteira diversificada, você aumenta o nível de proteção do seu patrimônio, ao mesmo tempo que potencializa os seus resultados. Essa abordagem pode ser usada de diferentes maneiras.

Você quer saber como montar uma carteira de investimentos diversificada, na prática? Então acompanhe a leitura deste artigo preparado por nós, da Genial Investimentos!

O que é a diversificação de investimentos?

A diversificação de investimentos é um dos pilares fundamentais da gestão financeira. Ela envolve a distribuição estratégica de recursos em variadas classes de ativos — sejam eles de renda fixa ou de renda variável.

Ou seja, em vez de concentrar todo o seu capital em apenas uma alternativa, a carteira é montada com investimentos de distintas classes, setores, segmentos e, até mesmo, mercados. Porém, isso não significa que você deva pulverizar seu patrimônio, fazendo escolhas aleatórias.

Na realidade, a proposta da diversificação é conseguir explorar investimentos que apresentem uma correlação negativa ou que estejam descorrelacionados. Isto é, ativos que se comportem de maneira distinta, ainda que diante de um mesmo cenário de mercado.

Dessa forma, se um investimento tiver um rendimento abaixo do esperado ou até mesmo negativo, os lucros obtidos nos demais podem ser suficientes para equilibrar os seus resultados. Assim, as chances de você fazer o seu patrimônio crescer de maneira consistente aumentam.

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Como a diversificação funciona?

Agora que você já sabe o que é a diversificação de investimento, é pertinente explorar melhor como ela funciona. Uma forma de ter a carteira diversificada é aprofundar o conhecimento sobre as correlações, descorrelações e correlações negativas, presentes no mercado.

Como você viu, esses termos indicam como um investimento se relaciona com outro. Por exemplo, na renda fixa, existem LCIs (letras de crédito imobiliário) e LCAs (letras de crédito agronegócio) que têm correlação positiva com determinados CDBs (certificados de depósito bancário).

Isso ocorre quando ambos estão atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), por exemplo. Nesse cenário, se a taxa subir, as LCIs e os CDBs indexados a ela terão ganhos positivos. Caso contrário, se o CDI cair, as duas opções terão a rentabilidade afetada.

Portanto, você não estará diversificando a sua carteira se tiver apenas essas aplicações no seu portfólio. Uma forma diferente seria investir em uma dessas alternativas juntamente a um FII (fundo de investimento imobiliário), disponibilizado na B3 (a bolsa de valores brasileira).

Nessa hipótese, você teria um título de renda fixa ligado ao CDI e um ativo de renda variável atrelado ao mercado imobiliário. Perceba que eles são influenciados por fatores diferentes, não havendo um padrão entre si, permitindo a diversificação com base nessa descorrelação.

Também é possível diversificar a carteira aproveitando investimentos da mesma classe, mas de setores distintos. Um exemplo é o investimento em ações de companhias do setor de saneamento básico e papéis de empresas de tecnologia.

Outra possibilidade de diversificação se dá com a correlação negativa. É o caso de quando se investe em ativos ligados ao dólar e em ações da B3, por exemplo. Afinal, é comum observar quedas no mercado acionário nacional quando a moeda norte-americana valoriza — e vice-versa.

Quais as vantagens de ter uma carteira diversificada?

Sabendo que existem muitas formas de diversificar a sua carteira de investimentos, é comum ter dúvidas se essa estratégia vale a pena. A resposta pode ser obtida ao identificar as vantagens que a abordagem oferece.

Confira, a seguir, os principais benefícios da diversificação!

1º Mais proteção

Como você aprendeu, a diversificação proporciona uma camada adicional de segurança à sua carteira. Isso porque, ao não concentrar todo o seu capital em um único tipo de ativo, você deixa de estar sujeito a somente um risco.

Nesse contexto, você estará menos exposto a eventos inesperados que afetam o desempenho de um investimento. Você ainda diminui as chances de sofrer grandes perdas financeiras devido às oscilações naturais do mercado.

2º Maior potencial de ganhos

Além de aumentar a proteção dos seus investimentos, a diversificação possibilita aumentar o seu potencial de ganhos. Tenha em mente que, ao diversificar, você não dependerá de apenas uma alternativa para obter resultados.

Na verdade, os seus ganhos poderão partir de múltiplas frentes. Dessa maneira, as possibilidades de você ter rentabilidade serão maiores do que investindo no mesmo ativo. De toda forma, é importante ressaltar que a utilização da diversificação não garante os resultados esperados.

3º Aumenta a sua educação financeira

Outra vantagem de diversificar a sua carteira é que essa prática contribui para o seu aprendizado financeiro. Afinal, para conseguir utilizar essa estratégia com eficiência, você precisará aprender mais sobre o mercado e as alternativas disponíveis.

Além disso, será necessário observar a existência ou não de correlação, como os ativos se comportam diante de ciclos específicos do mercado e muito mais. Esse conhecimento ajudará você a tomar decisões mais conscientes e apropriadas às suas necessidades.

O que considerar antes de diversificar?

Depois de compreender o potencial da diversificação para aprimorar o seu portfólio de investimentos, é o momento de ver o que considerar antes de adotar essa estratégia. Aqui estão algumas etapas que devem ser observadas!

a. Avalie o seu perfil de investidor

Antes de tomar qualquer decisão no mercado, é fundamental avaliar o seu perfil de investidor. Essa análise envolve a identificação do seu apetite ao risco e da quantidade de segurança que você está disposto a abdicar em busca de ganhos potenciais mais elevados.

Compreender o seu perfil auxilia na distribuição dos seus investimentos em termos de classes, tipos e níveis de risco. Dessa forma, você terá a possibilidade de verificar, entre os ativos disponíveis, quais deles fazem mais sentido para o seu portfólio.

Saiba Mais: Perfil de Investidor: Você sabe o seu tipo de investidor?

b. Defina prazos e objetivos

O próximo passo, após avaliar o seu perfil, será estabelecer os prazos e objetivos para seus investimentos. Essa abordagem facilitará a seleção das alternativas, uma vez que você poderá excluir aquelas que não são aptas a entregar os resultados desejados.

É válido destacar que a diversificação também pode ser feita em relação aos prazos, escolhendo investimentos de curto, médio e longo prazo. Então os seus resultados podem ser obtidos em diferentes horizontes de tempo, seguindo cada objetivo traçado.

Saiba Mais: Objetivos Financeiros: Como se planejar antes de investir

c. Não se esqueça do tripé dos investimentos

Uma forma de planejar a diversificação dos seus investimentos é seguir o tripé formado por segurança, rentabilidade e liquidez. Esses são os três aspectos principais que devem ser analisados pelos investidores na hora de montar uma carteira diversificada.

A segurança diz respeito ao risco de perdas que um investimento apresenta. A rentabilidade, por outro lado, se refere ao retorno que uma aplicação pode gerar para ajudar a alcançar seus objetivos. Já a liquidez é a capacidade de transformar um investimento em dinheiro.

O tripé sugere que não é possível otimizar os três aspectos ao mesmo tempo, sendo necessário preterir um deles. Nesse contexto, investimentos mais seguros tendem a entregar uma rentabilidade reduzida. Por outro lado, ativos arriscados costumam oferecer maior retorno.

O fato de um investimento ter alta ou baixa liquidez também pode influenciar o seu risco ou retorno. Portanto, ao diversificar, é importante que você consiga balancear esses três fatores para ter um portfólio equilibrado.

Como diversificar seu portfólio de investimentos da maneira correta?

Após adquirir um conhecimento mais aprofundado sobre a diversificação de investimentos, ainda falta aprender como diversificar seu portfólio de maneira correta, certo? A estratégia pode ser adotada por qualquer investidor, independentemente do seu perfil.

No entanto, a composição da carteira de cada um observará as suas prioridades e abertura aos riscos. Confira!

Perfil conservador

O investidor conservador costuma priorizar o investimento em alternativas que ofereçam segurança, mesmo que elas possam ter baixa rentabilidade. Nesse sentido, é comum que suas escolhas sejam focadas em renda fixa, que oferece maior previsibilidade e menor risco.

Por exemplo:

  • Títulos do Tesouro Direto;
  • CDBs;
  • LCIs e LCAs;
  • Debêntures
  • Entre outros.

Com essa variedade, o investidor conservador consegue diversificar a sua carteira em busca de resultados diferenciados. Por exemplo, ele pode deixar a maior parte do seu capital em um título do Tesouro Direto e, ao mesmo tempo, investir uma pequena fração em debêntures.

Os títulos do Tesouro são considerados os investimentos mais seguros do mercado por terem o Governo Federal como devedor. Já as debêntures são títulos emitidos por empresas para levantar recursos, possuindo um risco maior e, por consequência, podendo ter uma rentabilidade mais elevada.

Perfil moderado

O perfil moderado é aquele que está disposto a aumentar a sua exposição ao risco em busca de uma rentabilidade maior, mas sem deixar de lado a segurança. Com isso, é comum observar na carteira desse tipo de investidor ativos de renda fixa e variável.

Normalmente, esse perfil de investidor busca equilibrar o risco e o retorno de sua carteira. Desse modo, ele pode investir em fundos de ações para se expor ao mercado acionário, ao passo que mantém parte do seu capital em CDBs e outros ativos de renda fixa para a sua segurança, por exemplo.

Logo, além das aplicações de renda fixa que você já conheceu, o investidor moderado também costuma investir em:

  • FIIs (fundos imobiliários);
  • COE (certificado de operações estruturadas);
  • FIA (fundo de ações);
  • ETF (fundo de índice) e outros.

Perfil arrojado

Por sua vez, o investidor com perfil arrojado é aquele que tem maior predisposição a correr riscos. Dessa maneira, ele tende a priorizar o investimento em alternativas de renda variável, mesmo que os seus resultados sejam incertos e exista o risco de se deparar com perdas.

Por estar mais aberto aos riscos, o investidor arrojado é aquele que costuma contar com o maior número de possibilidades de diversificação no mercado. Por exemplo, ele pode investir em ações nacionais e em BDRs — que são certificados nacionais ligados a investimentos internacionais.

Dessa forma, ele aproveita a correlação negativa comumente observada entre o mercado acionário nacional e o internacional que, muitas vezes, é dolarizado. Mas outras estratégias também podem ser adotadas por quem tem esse perfil, incluindo o uso de títulos de renda fixa.

Confira alternativas que costumam estar presentes na carteira de investidores arrojados:

  • Ações;
  • Derivativos;
  • FIM (fundo multimercado);
  • FIP (fundo de investimento em participações);
  • BDR (brazilian depositary receipts), entre outros.

Quais ferramentas ou recursos podem ajudar a aplicar a diversificação?

Ao se deparar com múltiplos ativos que podem ser usados na diversificação da sua carteira, não é raro o investidor ficar confuso na hora de tomar decisões. Portanto, é interessante explorar algumas ferramentas ou recursos que podem ajudar a aplicar essa estratégia.

Veja!

1. Planilhas e aplicativos

Existem diversas planilhas e aplicativos disponíveis no mercado financeiro. Eles permitem que o investidor faça registros e comparações de variados tipos de investimentos, facilitando a montagem de uma carteira diversificada.

Essas informações também podem ser usadas para remanejar o seu portfólio periodicamente. Ao longo do tempo, um investimento pode ter o seu risco e rentabilidade impactados por fatores como mudanças nos juros, notícias, crises, entre outros, demandando o rebalanceamento da carteira.

2. Robôs advisors

Com o avanço da tecnologia, surgiram os chamados robôs advisors. Eles são softwares que automatizam o processo de seleção e alocação de ativos, considerando fatores como o seu perfil de risco e objetivos.

Geralmente, para fazer o uso dessas tecnologias, o investidor precisa pagar uma mensalidade ou comprar a ferramenta. Caso você se interesse por essa solução, precisará verificar qual delas atende às suas necessidades e esteja dentro do seu orçamento.

3. Carteiras recomendadas

Uma forma bastante prática de diversificar sua carteira é seguir carteiras recomendadas de corretoras de valores — como a Genial Investimentos. Elas são elaboradas por profissionais qualificados e com amplo conhecimento sobre o mercado financeiro.

Na Genial Analisa, por exemplo, você encontra carteiras recomendadas de Renda Fixa, Ações, FIIs e muitas outras. Elas ainda possuem abordagens discriminadas conforme os perfis (conservador, moderado e arrojado) para que você possa seguir aquela que faça mais sentido para suas expectativas.

O acesso é gratuito e, assim, sobra mais dinheiro para você investir e construir seu patrimônio. Porém, vale registrar que as carteiras recomendadas não garantem resultados positivos. Logo, você precisará fazer as suas próprias avaliações para a tomada de decisão.

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Com o conhecimento aprendido neste conteúdo, você tem condições para montar uma carteira diversificada. Lembre-se de que, se for o caso, você poderá se valer de ferramentas para ajudar na sua jornada ou carteiras recomendadas montadas por profissionais do mercado, combinado?

Você está pronto para dar o próximo passo na sua jornada de investimentos? Descubra como a Genial pode ajudá-lo a construir uma carteira diversificada. Explore nossas soluções!

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