Conteúdo atualizado em 18 de outubro de 2023 às 19:30 por Genial Investimentos.

O investimento em títulos públicos do Tesouro Direto é uma oportunidade que se destaca no mercado financeiro brasileiro. Isso acontece pelas características dessas aplicações, em especial a segurança e a alta previsibilidade. 

Emitidos pelo Tesouro Nacional, os títulos públicos podem atender investidores com diferentes objetivos e perfis. Porém, antes de investir neles, é preciso conhecer como eles funcionam para entender se as aplicações se alinham à sua realidade e às suas necessidades. 

O que são títulos públicos? 

Os títulos públicos são aplicações de renda fixa emitidas pelo Governo Federal, por meio da Secretaria do Tesouro Nacional. Eles servem para arrecadar dinheiro a fim de financiar a dívida pública. Os recursos também podem viabilizar as demais atividades governamentais que compõem o orçamento federal. 

Ao emitir esses títulos públicos, o Governo se compromete a remunerar quem aplica o dinheiro. Logo, eles funcionam como um empréstimo. Nele, os investidores fornecem recursos em troca do direito de receber o dinheiro acrescido de juros na data de vencimento.  

O que é e como funciona o Tesouro Direto? 

O Tesouro Direto é a plataforma criada pelo Tesouro Nacional para a negociação de títulos públicos. Então, embora seja comum escutar pessoas falando sobre “investir no Tesouro Direto”, ele não é um investimento propriamente dito. Em vez disso, ele é apenas a ferramenta por meio da qual essas aplicações ficam disponíveis.  

O programa foi lançado em 2002 pelo Tesouro Nacional em parceria com a bolsa de valores brasileira, hoje chamada de B3. A criação aconteceu para permitir que a população brasileira pudesse ter acesso à negociação dos títulos públicos.  

Antes do Tesouro Direto, as aplicações eram restritas a grandes instituições financeiras e empresas de maior relevância. Com a criação do programa, as pessoas físicas puderam aplicar recursos nos títulos públicos

Vale a pena destacar que o Tesouro Direto é destinado apenas para pessoas físicas. Para tanto, o investidor deve fazer a aplicação por meio de uma corretora de valores, como a Genial Investimentos

Como investir no Tesouro Direto? 

Para investir no Tesouro Direto, é preciso abrir conta em uma corretora de valores, como a Genial, que servirá como intermediária na compra e venda de títulos. Já as aplicações ficam custodiadas em seu nome na B3. 

Vale saber que existem corretoras que são agentes integrados de custódia, permitindo negociações dos títulos dentro das suas próprias plataformas online. Nas corretoras que não contam com essa funcionalidade, o investidor deve acessar o sistema do Tesouro Direto para fazer movimentações. 

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Outra possibilidade é contar com as compras e vendas programadas de títulos. Com a funcionalidade, como você viu, é possível agendar transações e reinvestir os cupons semestrais ou quantias recebidas no vencimento dos títulos, trazendo maior praticidade para implementar sua estratégia. 

No reinvestimento, por exemplo, sempre que o investidor recebe juros ou a devolução do principal, esses recursos são automaticamente aplicados em novos títulos. Essas opções podem ser interessantes para quem investe para o longo prazo ou quer criar o hábito de investir. 

Quais são os títulos do Tesouro Direto? 

Agora que você sabe mais sobre os títulos públicos e o Tesouro Direto, é hora de entender quais são as alternativas que você poderá encontrar nessa plataforma. As aplicações se diferenciam de acordo com seu funcionamento, em especial conforme as regras de rentabilidade. 

Acompanhe! 

1º Tesouro Prefixado 

O Tesouro Prefixado, como o nome explica, é um título com rentabilidade fixa e definida de modo prévio. Os juros são definidos de acordo com um percentual anual. Com isso, o investidor consegue saber o quanto o dinheiro renderá até o vencimento. 

Por exemplo, se você aplicar em um título com rentabilidade prefixada com juros de 10% ao ano, a taxa permanecerá fixa até o final do prazo estipulado. Não haverá mudanças nos juros, independentemente do momento econômico ou do prazo da aplicação.  

Caso você queira resgatar o título antes desse prazo, o Tesouro Nacional garante a recompra. No entanto, a negociação será feita pelo valor de mercado do título na data vigente, devido à marcação a mercado. 

Portanto, a rentabilidade prometida só é garantida no vencimento. Inclusive, resgates antecipados podem causar perdas para o investidor se o momento for desfavorável no mercado.  

Ainda, vale saber que há dois tipos de título públicos prefixados na plataforma:

  • O Tesouro Prefixado (LTN) realiza o pagamento de uma só vez, no vencimento ou resgate.
  • Já o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F) paga a rentabilidade de maneira semestral, proporcionando uma renda passiva.  

Entretanto, como há o resgate dos juros periodicamente no segundo tipo, esses recursos deixam de compor a base de cálculo da rentabilidade futura. Assim, os títulos aproveitarão menos os impactos dos juros compostos.  

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2º Tesouro Selic 

Outro título público disponível é o Tesouro Selic (LFT). Esse é o título público pós-fixado do Tesouro Direto, que rende conforme a variação acumulada da taxa básica de juros e referencial da economia, a Selic.  

Diferentemente do Tesouro Prefixado, com o Tesouro Selic o investidor não consegue projetar de antemão quanto receberá no vencimento. Afinal, os rendimentos do título mudam conforme as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para a taxa Selic. 

Para entender melhor, considere o cenário em que a taxa básica de juros está em 13,75% ao ano. Logo, será esse o percentual de retorno do título no período. Contudo, o Copom se reúne a cada 45 dias para definir a Selic para o próximo ciclo, o que pode impactar nos retornos do Tesouro Selic. 

Outro ponto importante é que os resgates antecipados desse título são menos arriscados e praticamente não há chances de lidar com prejuízos. No entanto, não há possibilidade de resgatar cupons semestrais, já que a única forma de pagamento é no resgate — feito antes ou no vencimento.  

3º Tesouro IPCA 

O terceiro tipo de título público do Tesouro Direto é o Tesouro IPCA. Ele se caracteriza por ter rentabilidade híbrida, mesclando a rentabilidade prefixada e pós-fixada. Nesse caso, o título rende uma taxa fixa mais a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — índice oficial da inflação. 

Isso significa que, no vencimento, os investidores têm a garantia de obter rentabilidade real positiva — ou seja, ganhos acima da inflação. Por outro lado, o resgate antecipado também sofre os efeitos da marcação a mercado, de modo que a garantia de retorno só existe na data acordada. 

Assim como no Tesouro Prefixado, há dois tipos de títulos híbridos. No caso do Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal), o retorno é pago de uma só vez. Por sua vez, o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B) tem a possibilidade de resgate do rendimento a cada semestre. Ambos os tipos costumam ter prazos mais longos, que podem chegar a décadas. 

4º Tesouro RendA+ 

A última adição ao portfólio de títulos do Tesouro Direto foi o Tesouro RendA+. Ele se destaca por ser destinado a investimentos com foco no longo prazo, ainda mais para fins de construção de renda extra, como na aposentadoria. 

O funcionamento do Tesouro RendA+ se divide em duas fases distintas:

  1. A primeira consiste na etapa de acumulação de capital, na qual é possível fazer investimentos frequentes, inclusive programando aplicações mensais até o vencimento. Nessa fase, o dinheiro rende uma taxa fixa mais a variação do IPCA.  
  2. Na segunda etapa, os rendimentos começam a ser pagos. Essa característica torna o Tesouro RendA+ particularmente interessante para complementar o dinheiro da aposentadoria, fornecendo uma fonte adicional de recursos para o investidor. 

A partir desse momento, o investidor tem o direito de resgatar o investimento e os rendimentos em 240 parcelas. Assim, ao longo de 20 anos, será recebida uma renda extra para gerar mais comodidade ao planejamento financeiro.  

O dinheiro recebido será ajustado de acordo com o índice de inflação durante o período. Dessa forma, quando chegar a data de retirada, o poder de compra não será perdido. 

Porém, vale notar que o Tesouro RendA+ tem um período de carência inicial de 60 dias. Logo, é preciso esperar esse período para só então haver a liquidez diária. Assim como ocorre com o Tesouro IPCA+, o resgate antecipado desse título pode gerar perdas. 

Os títulos públicos têm liquidez diária? 

Os títulos públicos do Tesouro Direto se destacam pela liquidez diária. Isso significa que é possível resgatar o dinheiro a qualquer momento antes do vencimento e o próprio Governo Federal garante a recompra

Após o pedido, o dinheiro ficará disponível na conta em 1 dia útil (D+1). Entretanto, como você viu, a rentabilidade prometida só é garantida no vencimento. Nesse sentido, resgates antecipados do Tesouro Prefixado e IPCA podem até causar perdas

Isso acontece pela ação da marcação a mercado. Trata-se de um mecanismo de precificação diária dos títulos e indica o quanto você recebe se decidir resgatar o investimento naquele momento. Isto é, é quanto o mercado está pagando pelo título.  

Normalmente, fatores como a taxa básica de juros e a inflação impactam a percepção do mercado sobre as aplicações. Assim, é comum que os títulos mudem de preço com regularidade. Em geral, costuma ser mais estratégico aguardar até o vencimento nesses casos, certo? 

Para o Tesouro Selic, há menos impactos da marcação a mercado, evitando os riscos de perdas em relação ao montante investido, conforme você também aprendeu. É por isso que o título é muito usado para quem deseja aplicar os recursos da reserva de emergência, por exemplo.  

Já o Tesouro RendA+ tem particularidades. Ele possui um período de carência de 60 dias, durante o qual o resgate antecipado não está disponível. Somente após esse prazo é que a liquidez diária entra em vigor e o investidor pode optar por resgatar o dinheiro investido antes do vencimento. 

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Como é a tributação no Tesouro Direto? 

Todos os títulos públicos do Tesouro Direto estão sujeitos à incidência do Imposto de Renda (IR). As alíquotas impactam apenas os lucros gerados e o recolhimento é direto na fonte, fazendo com que o dinheiro já chegue descontado para o investidor. 

As alíquotas seguem a tabela regressiva do IR, que acompanham o tempo que o investidor manteve o dinheiro na aplicação da seguinte maneira: 

Fundos de longo prazo e aplicações de renda fixa, em geral:

Período da aplicaçãoAlíquota do IR
até 180 dias22,5%
de 181 a 360 dias20%
de 361 a 720 dias17,5%
720 dias em diante15%
Fonte: Receita Federal – IRPF (Imposto sobre a renda das pessoas físicas)

Para aplicações de prazo inferior a 30 dias, ainda há a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre a rentabilidade. Nesse caso, a alíquota varia de 96%, para 1 dia de aplicação, até 0%, a partir dos 30 dias. 

Quais são as taxas do Tesouro Direto? 

Além do IR e do IOF, os investidores podem lidar com outros custos ao investir em títulos do Tesouro Direto. Primeiro, há a taxa de administração, cobrada pelas corretoras que viabilizam as operações do Tesouro Direto.  

Também chamada de taxa de agente de custódia, ela varia entre as instituições e parte delas ainda faz a cobrança. Contudo, na Genial Investimentos oferecemos taxa de administração zero para nossos clientes

Outra cobrança é a taxa de custódia. Em 2023, ela é de 0,20% ao ano sobre o patrimônio investido pela guarda dos títulos na bolsa. O recolhimento é semestral. Porém, o Tesouro Selic tem isenção para investimentos até R$ 10 mil

no caso do Tesouro RendA+, a taxa de custódia varia com o tempo de investimento e com o valor recebido. Confira as alíquotas sobre o valor de resgate, de acordo com o prazo até a saída: 

Período da aplicaçãoTaxa de Custódia
de 0 a 10 anos:0,50%
de 10 a 20 anos0,20%
acima de 20 anos0,10%
no vencimento0%

No caso dos títulos levados até o vencimento, a taxa também varia com o valor da renda obtida. Confira:

Valor da RendaTaxa de Custódia
até 6 salários mínimos0%
mais de 6 salários mínimos0,10% sobre o excedente

Quanto rende o Tesouro Direto?

O rendimento do Tesouro Direto pode variar de acordo com o título escolhido, as taxas de juros vigentes e o período de investimento. O Tesouro Direto oferece diferentes tipos de títulos, como Tesouro Selic, Tesouro IPCA e Tesouro Prefixado, cada um com suas características específicas de remuneração.

O Tesouro Selic é pós-fixado e acompanha a variação da taxa básica de juros (Selic), oferecendo uma remuneração diária. Já o Tesouro IPCA é indexado à inflação, com uma taxa de juros fixa mais a variação do índice de preços. Por fim, o Tesouro Prefixado possui uma taxa de juros predefinida, sendo indicado para quem deseja saber exatamente o valor que será resgatado no vencimento.

É importante ressaltar que o rendimento do Tesouro Direto também está sujeito à incidência de taxas, como a taxa de custódia cobrada pela B3 e, em alguns casos, a taxa de administração cobrada pela instituição financeira responsável pela intermediação da compra e venda dos títulos.

Vamos investir na prática (cenário hipotético)?

Vamos imaginar algumas situações para entender melhor como funcionam os investimentos a longo prazo. No primeiro exemplo, vamos pensar que você fez um investimento único, colocando uma certa quantia de dinheiro de uma só vez. No segundo exemplo, vamos considerar que você decide investir um pouco todo mês. Com esses dois cenários, conseguiremos ver na prática como os investimentos crescem com o tempo e isso vai te ajudar a decidir como quer investir seu dinheiro.

1º Cenário Hipotético (aporte único)

Neste cenário, vamos fazer um exercício prático usando um tipo específico de investimento como exemplo. Vamos considerar que você escolheu investir em um título do Tesouro Direto, mais especificamente o Tesouro Selic 2026, que é um título com rendimento prefixado.

Agora, imagine que você tem R$ 1.000,00 disponíveis para investir, e decide aplicar todo esse dinheiro de uma só vez nesse título. Não vamos colocar mais dinheiro mês a mês, é um investimento único de mil reais.

Com essa simulação, poderemos observar como esse investimento pode crescer até o ano de 2026, baseado nas características do Tesouro Selic. Isso te dará uma ideia de quanto você poderá ganhar no futuro com o investimento que fez hoje.

  • Título: Tesouro Selic 2026 (prefixado)
  • Data do investimento: 18/10/2023
  • Data do vencimento: 01/03/2026
  • Valor investido (aporte único inicial): R$ 1.000,00
  • Valor líquido do resgate (com as taxas aplicadas): R$ 1.592,19

Isso mesmo! Considerando o cenário que descrevemos, onde você investiu R$ 1.000,00 de uma só vez no Tesouro Selic 2026, ao final do período do investimento, você teria acumulado R$ 1.592,19. Esse valor é o total que você receberia se resgatasse seu investimento no final do prazo, em 2026. Esse montante inclui o valor que você investiu inicialmente mais os rendimentos gerados ao longo do tempo pelo título.

2º Cenário Hipotético (aportes mensais)

Neste novo cenário, vamos mudar a estratégia de investimento. Em vez de fazer um único investimento, você vai optar por investir R$ 100,00 todo mês no Tesouro Selic 2026, que é um título com rendimento prefixado.

Então, funciona assim: você começa com R$ 100,00 no primeiro mês, e continua investindo R$ 100,00 a cada mês até o final do período, que é o ano de 2026. Dessa forma, você estará investindo um total de R$ 100,00 multiplicado pelo número de meses até 2026.

Com essa abordagem, você não só investe uma quantia inicial, mas continua contribuindo regularmente, o que pode ajudar a aumentar o valor total que você acumula. No final, você terá o dinheiro que investiu mais os rendimentos que esse título gerou ao longo dos anos.

Assim como no cenário anterior, o valor exato que você terá no final vai depender de vários fatores, incluindo as taxas de juros durante esse período e a situação econômica. Mas, com essa estratégia de fazer aportes mensais, você tem a oportunidade de aumentar seu investimento total e potencialmente receber um valor maior no resgate em 2026.

  • Título: Tesouro Selic 2026 (prefixado)
  • Data do investimento: 18/10/2023
  • Data do vencimento: 01/03/2026
  • Período do investimento: 27 meses
  • Valor do investido (aportes mensais): R$ 100,00
  • Valor do investimento (total após 27 meses): R$ 2.700,00
  • Valor líquido do resgate (com as taxas aplicadas): R$ 4.298,91

Exatamente! No cenário em que você escolhe fazer aportes mensais de R$ 100,00 no Tesouro Selic 2026, você acabaria acumulando um total de R$ 4.298,91 até o final do investimento, em 2026. Esse valor é uma combinação do total de dinheiro que você investiu ao longo do tempo mais os rendimentos que esse investimento gerou.

Vamos quebrar isso: você investiu R$ 100,00 por mês. Dependendo do número exato de meses até o vencimento do título em 2026, esse investimento mensal soma uma certa quantia. Além disso, o dinheiro que você investiu foi crescendo graças à taxa de rendimento do Tesouro Selic.

O valor final de R$ 4.298,91 é o que você teria se decidisse resgatar seu investimento no final do período. Isso mostra o poder dos investimentos regulares, pois você não só beneficia do rendimento, mas também do efeito dos juros sobre juros ao longo do tempo.

Tabela com outras simulações de investimento

Para a tabela abaixo utilizamos também o título do Tesouro Selic 2026 (prefixado) e o valores de investimento são referentes a aportes mensais, ou seja, você precisaria investir mensalmente de acordo com cada faixa de investimento entre R$1 mil, R$5 mi a R$10 mil. O período do investimento é o mesmo utilizado para os cenário acima, sendo 18/10/2023 a 01/03/2026 (27 meses).

Quanto rende?Investimento
(aporte mensal)
Rentabilidade
(mensal)
Total investido
(27 meses)
Valor do resgate
(27 meses)
Quanto rende 1.000 reais por mês no Tesouro Direto?R$ 1.000R$ 1.020,23R$ 27.000,00R$ 42.816,98
Quanto rende 5 mil reais por mês no Tesouro Direto?R$ 5.000R$ 5.101,15R$ 135.000,00R$ 214.084,89
Quanto rende por mês 10 mil no Tesouro Direto?R$ 10.000R$ 10.200,02R$144.181,85R$ 428.169,77
* Nota: Os valores da simulação foram realizados direto no Site Oficial do Tesouro Direto de acordo com o Título do Tesouro Selic 2026. Taxa de rentabilidade no investimento de 10,95% ao ano acumulado em 27 meses (de 18/10/2023 a 01/03/2026). Taxa de administração do banco/corretora 0% ao ano. Taxa Selic para o período 12,75% ao ano.

O investimento em títulos do Tesouro é seguro? 

O investimento em títulos do Tesouro Direto costuma ser visto como o mais seguro do Brasil. Como são emitidos pelo Governo Federal, o risco de crédito é considerado baixo já que as chances de calote são mínimas

Possivelmente, um calote na dívida pública só aconteceria em uma situação econômica que já teria afetado todo o mercado financeiro. Ademais, o Governo poderia emitir mais papel-moeda para realizar o pagamento, se fosse necessário. 

Outro ponto relevante é o fato de as aplicações serem integralmente garantidas pelo Tesouro Nacional. A característica diverge da cobertura limitada do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), presente em alguns títulos de renda fixa — como Certificados de Depósito Bancário (CDB).  

Por fim, vale destacar que Tesouro Direto oferece uma plataforma online que permite aos investidores acessar informações detalhadas sobre os títulos, taxas, prazos e histórico de rentabilidade. Isso proporciona transparência e facilita a tomada de decisões. 

Quais os riscos do Tesouro Direto? 

Mesmo sendo tratados como as aplicações mais seguras do país, é importante conhecer outros riscos do Tesouro Direto para guiar melhor as suas decisões.  

a) Risco de liquidez 

O risco de liquidez se refere à possibilidade de um investimento não poder ser convertido em dinheiro rapidamente. Em títulos públicos ele é reduzido por conta da liquidez diária. Apesar de terem prazos médios e longos, todas as aplicações podem ser resgatadas antes do vencimento. 

Nesse sentido, as negociações podem acontecer nos dias úteis pelos preços e taxas do momento da transação. Se a solicitação acontecer fora do horário de operação e em fins de semana e feriados, ela ficará agendada para o primeiro dia útil subsequente. 

b) Risco operacional 

Quanto ao risco operacional, muitos investidores se preocupam com a solidez da corretora pela qual farão as transações. Entretanto, vale saber que ela é apenas uma intermediária. No caso do Tesouro Direto, os títulos ficam custodiados na bolsa de valores (B3). 

Assim, se a corretora quebrar, basta ao investidor transferir sua custódia para outra instituição financeira e o seu patrimônio permanecerá intacto. A transferência de custódia pode ser feita sempre que o investidor quiser mudar de corretora, sem custos. 

c) Risco de mercado 

Em relação à segurança, o Tesouro Direto exige atenção extra quanto ao risco de mercado. Ele aparece, com destaque, para os títulos prefixados e híbridos. Como você já viu, a rentabilidade deles só é garantida para quem carrega o papel até o vencimento. 

Quando ocorre uma venda antecipada, o título é negociado a preço de mercado. Na prática, os preços definidos pela marcação a mercado dos títulos do Tesouro Direto dependem da taxa Selic atual e das perspectivas para o futuro. 

Projeções de alta para os juros tendem a desvalorizar esses papéis, enquanto perspectivas de queda podem valorizá-los. Ainda, quanto maior for o prazo do título, maiores costumam ser as oscilações de preço. 

Lembre-se de que, nesse ponto, o Tesouro Selic é o título mais conservador, pois seu preço flutua conforme a taxa básica de juros. Na venda antecipada, o rendimento do investidor tende a ser positivo, ainda que não seja exatamente igual à Selic do período. 

Tesouro Direto x Poupança: Quais as Diferenças? 

Por ser uma alternativa de renda fixa, o Tesouro Direto pode ser comparado à poupança em diversos aspectos. Inclusive, ele pode se tornar uma opção para quem deseja sair da caderneta para buscar resultados mais atrativos. 

1. Segurança 

Até aqui, foi possível entender que o Tesouro Direto é considerado o investimento mais seguro do mercado brasileiro, já que é garantido pelo Tesouro Nacional. Por sua vez, a poupança tem a proteção do FGC

Embora seja positiva para a segurança, a atuação da entidade traz limitações. O FGC cobre até R$ 250 mil em investimentos por CPF ou CNPJ em uma única instituição financeira. Também há um limite global de R$ 1 milhão que se renova a cada 4 anos. Assim, quantias que ultrapassarem o limite não serão cobertas. 

Já os títulos do Tesouro são integralmente garantidos. Nesse sentido, R$ 300 mil investidos estarão protegidos em sua totalidade nos títulos públicos, mas apenas parcialmente seguros na poupança. 

2. Rentabilidade 

Outra diferença entre os investimentos se relaciona à rentabilidade. Na caderneta, o retorno pode seguir duas regras distintas, que variam conforme a Selic. São elas: 

Selic estiver menor que 8,5% ao anose a Selic for igual ou maior que 8,5% ao ano
o retorno será de 70% da Selic + Taxa Referencial (TR) ao mêso retorno será de 0,5% ao mês + TR

Aqui, é importante saber que TR apresenta um percentual que costuma ser baixo, fazendo com que o desempenho da poupança dependa muito da Selic. Pelas regras aplicadas, é comum que a poupança apresente um desempenho abaixo da inflação.

Isso acontece porque a Selic, tradicionalmente, varia para controlar a inflação. Desse modo, como os rendimentos da poupança são inferiores à taxa básica de juros, é comum que os investidores tenham rentabilidade real negativa.  

Quando isso se concretiza, existe uma perda do poder de compra — ou seja, não há um aumento efetivo do patrimônio. Outra característica da poupança é que os rendimentos são pagos apenas no aniversário do depósito. Então o dinheiro aplicado só será somado ao retorno após 30 diasSe você resgatar antes desse aniversário, não terá o rendimento do mês.

Já no Tesouro Selic, por exemplo, o rendimento é diário. Ele também consegue render mais que a poupança, pois o desempenho corresponde a 100% da Selic. 

Tributação 

Em relação à cobrança de impostos, o Tesouro Direto é tributado na fonte, com alíquotas que variam de 22,5% a 15% sobre os rendimentos, como você já viu. A poupança, por outro lado, é isenta de IR. 

Embora essa seja uma vantagem para a caderneta, ela tende a não ser suficiente para superar o desempenho dos títulos públicos. Assim, mesmo com os descontos do tributo, o rendimento real das aplicações do Tesouro Direto costuma ser maior. 

Tesouro Direto ou Títulos Privados: Qual o Melhor Investimento? 

Junto da poupança, outras aplicações populares de renda fixa são os títulos privados. Os principais exemplos são os CDBs e as letras de crédito imobiliário (LCIs) e do agronegócio (LCAs). Os três são emitidos por instituições financeiras, como bancos. 

Assim como acontece com os títulos públicos, eles funcionam como empréstimos. O emissor disponibiliza o título para captar recursos e se compromete a pagar a rentabilidade prometida no vencimento.  

Os retornos também podem ser prefixados, pós-fixados ou híbridos. No caso dos pós-fixados, é comum que a rentabilidade acompanhe o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), cujo percentual é similar à Selic.  

Ainda, cada instituição tem a liberdade de definir como será o funcionamento do seu título. Então características como lógica de rentabilidade, prazo e liquidez podem mudar a cada título privado. 

Além disso, embora haja proteção do FGC, a segurança deles depende do rating do emissor, que consiste em uma classificação de risco. Quanto menor for essa avaliação, mais arriscada tende a ser a aplicação. 

Contudo, é usual que títulos com mais riscos tenham potencial de retorno mais alto. A instituição emissora pode fazer uma proposta mais atrativa exatamente para compensar os riscos e chamar a atenção de investidores. 

Para definir quais são as melhores aplicações, você precisa comparar as oportunidades disponíveis. Considere o retorno prometido, os riscos aos quais você estará exposto, o prazo de vencimento e outras características para encontrar o investimento mais estratégico para as suas necessidades

Vale a pena investir no Tesouro Direto? 

Você já aprendeu sobre o funcionamento e as alternativas disponíveis no Tesouro Direto, certo? Porém, essa compreensão pode ainda não ser suficiente para decidir se vale ou não a pena investir nessa alternativa. 

Para fazer a escolha certa, é preciso considerar dois aspectos fundamentais: o seu perfil de investidor e os seus objetivos financeiros. O perfil é dividido em conservador, moderado ou arrojado, conforme o nível de tolerância aos riscos.  

Se você está a investir ou se considera conservador, o Tesouro Direto pode ser uma alternativa à poupança. Ele oferece tanta segurança e liquidez quanto a caderneta, mas tem maior potencial de ganhos. 

Entretanto, os títulos também podem ser adequados para investidores com outros perfis. Os investidores moderados e arrojados podem aproveitar as alternativas para diversificar o risco da carteira, por exemplo. 

É o que acontece, principalmente, quando o portfólio prevê alocações em renda variável e outros ativos de maior risco. Já o Tesouro Selic pode ser usado para manter a reserva de emergência de modo seguro e líquido, como você entendeu.  

Outro ponto relevante é o prazo de investimento. Se o foco for o longo prazo, como ao compor patrimônio para a aposentadoria, o Tesouro RendA+ pode ser estratégico, assim como o Tesouro IPCA com juros semestrais, por exemplo. 

Portanto, considere essas características para definir se investir nos títulos do Tesouro Direto vale a pena. Cada alternativa tem seu próprio funcionamento e pode se adequar a objetivos distintos do seu planejamento.

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Dicas para investir no Tesouro Direto 

Caso você decida que o investimento em títulos públicos é adequado à sua realidade, vale a pena ter atenção para evitar erros que podem comprometer os resultados obtidos. A seguir, veja dicas para investir com mais inteligência no Tesouro Direto! 

1º Fuja da taxa de administração 

Como você conferiu sobre os custos, a taxa de administração pode ser cobrada pela instituição intermediária, por meio da qual você faz o investimento. Para evitá-la, basta escolher uma corretora de valores que não efetue a cobrança.  

Com a Genial Investimentos, você pode investir em títulos públicos federais sem esse custo. Porém, tenha em mente que não é possível evitar a taxa de custódia, pois ela é cobrada pela bolsa de valores. 

2º Evite vender o título antes dos 30 dias iniciais 

Ainda sobre os custos, é importante notar que, embora o resgate antecipado seja possível no Tesouro Direto, ele pode não ser atrativo em um prazo menor do que 30 dias. Nesse período, há incidência de IOF, que pode chegar a 96% dos lucros, comprometendo o rendimento do período. 

Além disso, em um período tão curto você pagará a alíquota mais alta de IR — 22,5% sobre os rendimentos. Como consequência, seu desempenho poderá ser prejudicado. 

Para minimizar as chances de precisar do dinheiro antecipadamente, você pode construir uma reserva de emergência. Esse dinheiro pode reduzir os riscos de realizar um resgate antecipado do investimento em casos não planejados.  

O dinheiro da reserva pode ser aplicado no Tesouro Selic, por ser pós-fixado e ter menos riscos. Nesse caso, um resgate antes de 30 dias para um caso de urgência pode ser feito sem preocupações, já que esse é o objetivo do dinheiro.  

3º Entenda o que significa vender o título escolhido 

Além da preocupação com os tributos, é preciso ter atenção aos demais impactos do resgate antecipado, como a marcação a mercado. Como visto, todos os títulos públicos têm liquidez diária, mas o levantamento dos recursos antes do prazo apresenta riscos. 

Na prática, podem ocorrer perdas, pois o preço de mercado pode ser inferior ao de compra ou comprometer a rentabilidade. Portanto, antes de considerar o resgate antecipado é preciso avaliar os impactos que isso trará para a carteira. 

Lembre-se de que levar os títulos até o vencimento é a única forma de garantir o recebimento da rentabilidade acordada — e a exceção fica para o Tesouro Selic. Então avalie todos os impactos antes de considerar a venda antecipada, de modo a fazer uma escolha mais segura. 

4º Conheça bem os prazos dos títulos 

O fato de os títulos públicos terem liquidez diária não deve ser motivo para você ignorar os prazos deles. Além da marcação a mercado, vale saber que o vencimento está atrelado tanto aos riscos quanto aos objetivos. 

Por exemplo: nem todos os títulos são adequados para o investimento da reserva de emergência. Afinal, para atingir esse objetivo, o investimento precisa ter liquidez diária e maior segurança, sem riscos de perdas no resgate — como o Tesouro Selic.  

Já o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA+ podem ser mais adequados aos investimentos de médio e longo prazo, conforme os seus vencimentos

5º Acompanhe sua carteira 

Ainda que você não tenha a intenção de vender os títulos públicos antecipadamente, é fundamental acompanhar o desempenho da sua carteira. Em especial, confira os vencimentos dos títulos e os prazos de recebimento dos juros semestrais, se for o caso. 

Afinal, quando ocorre um pagamento de cupom semestral, o resgate do título ou o prazo de vencimento, os recursos ficarão disponíveis na sua conta da corretora de valores. A partir disso, você poderá sacar montante ou reinvestir, conforme seus interesses e estratégias. 

Entretanto, se você não estiver atento a esses fatores, o dinheiro ficará parado na conta, sem apresentar rendimentos. Nesse cenário, você deixa de aproveitar o potencial do seu capital, inclusive com riscos de perda de poder de compra diante da inflação. 

6º Aproveite diferentes títulos 

Você não precisa ficar limitado a um tipo de título. Em vez disso, é possível distribuir suas aplicações nas diferentes alternativas do Tesouro Direto e aproveitar os pontos positivos de cada uma delas, aproximando-se dos seus objetivos financeiros. 

7º Monitore o mercado 

Outra dica é ficar atento às taxas de juros e às expectativas de inflação, pois elas afetam a rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto. Por exemplo, se houver expectativa de diminuição das taxas de juros, o resgate antecipado do Tesouro Prefixado pode se tornar mais atrativo enquanto o Tesouro Selic terá menor rentabilidade

Já quando a inflação está em alta e o Copom aumenta a Selic, os novos títulos Prefixados podem ficar mais interessantes. Ao entender o momento econômico, você poderá tomar decisões mais inteligentes.  

Como declarar o investimento no Tesouro Direto no IR? 

Mesmo com a cobrança de alíquotas sobre os lucros ocorrendo na fonte, você pode ter que declarar os títulos públicos no IR caso atenda aos requisitos de obrigatoriedade de envio da declaração à Receita Federal. 

Tomando como referência o IR 2023, saldos superiores a R$ 140 precisam ser informados na ficha de “Bens e Direitos”, sob o código 02 do grupo 04, referente ao investimento em títulos públicos. No campo “Discriminação”, você deverá apresentar os dados completos. 

Informe o nome da corretora, o número da conta e, se for conjunta, o nome e o CPF do cotitular. No campo CNPJ, informe o documento da instituição financeira. Essas informações ficam disponíveis no informe de rendimentos que a corretora envia.  

O campo “Situação em” deve ser preenchido com os valores discriminados nesse documento. Aqui, note que o investidor só aufere rendimentos com títulos públicos quando realiza o resgate antecipado ou quando ocorre o vencimento do papel. 

Caso você tenha recebido rendimentos durante o ano, eles devem ser informados na ficha “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva”. O código apropriado é o 06, de “Rendimentos de aplicações financeiras”. 

Também é necessário informar se os rendimentos são do titular da declaração ou de um dos dependentes. Não se esqueça de declarar o nome do beneficiário, o CNPJ da instituição financeira pagadora e o valor recebido.

Como investir melhor no Tesouro Direto?

Primeira dica: escolha uma boa corretora de valores 

Ao investir em títulos do Tesouro Direto, não basta saber em qual oportunidade aplicar seu dinheiro. Também é preciso ter cuidado com a instituição por meio da qual você realizará os aportes. Logo, escolher uma boa corretora também faz a diferença. 

A decisão influencia, por exemplo, na cobrança (ou não) da taxa de administração. Ela também interfere se você poderá contar com uma plataforma confiável, se terá suporte qualificado e se a experiência será positiva.

Ao escolher a Genial Investimentos, você aproveita uma estrutura completa e um portfólio amplo para complementar a composição da sua carteira. Ou seja, além dos títulos do Tesouro Direto, você terá acesso a outras oportunidades para investir.

Saiba Mais: Como Abrir Conta na Genial Investimentos?

Ao mesmo tempo, será possível contar com o apoio de profissionais capacitados e prontos para atendê-lo para esclarecer suas dúvidas. Desse modo, você poderá tomar decisões de modo mais qualificado. 

Como você viu, os títulos do Tesouro Direto estão entre os investimentos mais seguros do mercado e trazem diversas condições de rentabilidade. Conhecendo as características dessas aplicações, o seu perfil de investidor e os seus objetivos, é possível definir como, quando e quanto investir nessas oportunidades. 

Quer contar com uma experiência completa e de qualidade na hora de investir? Abra sua conta na Genial Investimentos e aproveite os títulos públicos e outras alternativas! 

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