Além de compreender as características do Tesouro Direto, é fundamental para o investidor conhecer detalhadamente as taxas envolvidas nos investimentos dessa plataforma. Isso porque os custos podem ter um impacto direto e significativo nos rendimentos obtidos ao longo do tempo.

Portanto, estar ciente das taxas aplicadas e saber como minimizá-las é essencial para maximizar o retorno da aplicação nos títulos públicos federais. Desse modo, você pode elaborar uma estratégia mais alinhada aos seus propósitos.

O que é o Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional em parceria com a bolsa de valores brasileira, a B3. Ele permite que pessoas físicas invistam em títulos públicos federais de forma direta, sem a necessidade de intermediários, e com preços acessíveis — a partir de R$ 30.

O Tesouro Direto oferece uma variedade de aplicações com diferentes prazos de vencimento e modalidades de remuneração. Assim, entre os principais títulos, estão:

Na prática, essas aplicações podem ser compreendidas como empréstimos. Quando um investidor adquire um título do Tesouro Direto, ele está emprestando dinheiro para o Governo.

Em troca, o credor se compromete a devolver o valor investido acrescido de juros em uma data futura, que é o vencimento da aplicação. Esses recursos são utilizados para financiar as atividades públicas, como investimentos em infraestrutura, saúde, educação, entre outros.

Ademais, os títulos do Tesouro Direto são considerados os investimentos mais seguros do mercado brasileiro. Afinal, eles são garantidos pelo Governo Federal, o que significa que o risco de crédito é muito baixo.

Como funcionam as taxas do Tesouro Direto?

Você entendeu o que é o Tesouro Direto, certo? Agora é o momento de descobrir como funcionam as taxas envolvidas no investimento em títulos públicos federais.

Taxa de custódia

A taxa de custódia no Tesouro Direto é cobrada pela B3. Ela é destinada a cobrir os custos associados à custódia dos títulos públicos, que é realizada pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) e pelo Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic).

Dessa forma, ao adquirir um título por meio do Tesouro Direto, ele fica custodiado no nome do investidor, garantindo a segurança e a transparência das operações.

Função e valor

A taxa de custódia tem como finalidade cobrir os serviços de:

  • guarda dos títulos e das informações;
  • movimentação de saldos;
  • envio de extratos mensais.

Em 2024, o percentual da taxa de custódia era de 0,20% ao ano sobre o valor total aplicado e os rendimentos. Por exemplo, se um investidor investiu R$ 20 mil, ele pagará uma taxa de custódia de R$ 40 somado aos reflexos sobre os rendimentos por ano.

Periodicidade de cobrança

É importante ressaltar que essa taxa é cobrada semestralmente, nos meses de janeiro e julho. Além disso, o investidor paga o valor proporcional ao período em que o dinheiro se manteve aplicado.

Logo, se ele permaneceu com a aplicação durante 1 ano, é preciso pagar a taxa integralmente. No entanto, se o investidor vendeu o título antes desse tempo, ele pagará a taxa de modo proporcional à duração do investimento.

Tenha em mente que a taxa de custódia pode ser cobrada em outros eventos, como na venda antecipada dos títulos, no pagamento de juros e no resgate do capital principal. Ainda, se o valor devido for inferior a R$ 10, o montante é acumulado para o pagamento no semestre seguinte.

Contudo, nos eventos de custódia ou venda antecipada, a taxa será cobrada independentemente do valor mínimo, combinado?

Exceção na cobrança

Outro ponto importante a saber é que existe uma exceção na cobrança da taxa de custódia. Os investimentos no Tesouro Selic com valor de até R$ 10 mil não estão sujeitos ao pagamento dessa taxa.

Entretanto, se a aplicação ultrapassar esse limite, a taxa é cobrada sobre o valor total investido, e não apenas sobre a parcela que excede os R$ 10 mil.

Pagamento da taxa

Mais uma dúvida comum em relação à taxa de custódia é como é feito o pagamento dela. O valor referente a ela é debitado diretamente da conta do investidor na corretora. Por essa razão, é essencial se certificar de que existe saldo nessa conta, ok?

Taxa de corretagem

Para investir nesses títulos, é necessário contar com um agente de custódia, como uma corretora, que é responsável por manter a sua posição no Tesouro Direto. É essa instituição que faz suas transações, desde o momento em que você disponibiliza o montante para aplicação até o resgate dos seus investimentos.

Nesse cenário, a taxa de corretagem é uma tarifa administrativa que a corretora pode cobrar para realizar diversas operações em nome do investidor. Entre essas transações, estão o cadastro na B3, a intermediação da transferência de valores e as negociações dos títulos públicos.

Dessa maneira, a taxa de corretagem não é uma cobrança do Tesouro Direto, como a de custódia. Por essa razão, há instituições, como a Genial Investimentos, que não cobram essa tarifa de seus clientes.

Quais são os demais custos envolvidos nessa aplicação?

Além das taxas de custódia e de corretagem, existem outras cobranças envolvidas na aplicação em títulos públicos e que podem impactar seus investimentos. Por isso, também é interessante conhecer esses custos.

Na sequência, veja quais são eles!

Imposto de Renda

Os investidores com aplicações em títulos do Tesouro Direto devem considerar o Imposto de Renda (IR) sobre os rendimentos obtidos. O tributo incide sobre o valor dos ganhos auferidos, seguindo uma tabela regressiva.

Isso significa que as alíquotas variam de acordo com o prazo do investimento realizado. Então, quanto maior o prazo de investimento, menor será a alíquota do IR.

Os percentuais aplicados são:

  • até 180 dias: 22,5%;
  • entre 181 e 360 dias: 20%;
  • entre 361 e 720 dias: 17,5%;
  • após 720 dias: 15%.

É importante ressaltar que o Imposto de Renda só será cobrado no momento da venda do título, no vencimento ou quando há a opção pelo recebimento de juros semestrais. Ademais, o IR é retido na fonte, o que traz mais praticidade para o investidor.

Imposto sobre Operações Financeiras

Outro custo que os investidores devem considerar ao aplicar no Tesouro Direto é o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele é um tributo federal aplicado sobre diversas transações financeiras, incluindo alguns investimentos em renda fixa.

A cobrança do IOF incide apenas no resgate dos títulos em um prazo de até 30 dias após a aplicação. Assim, quando o investidor retira o investimento em um prazo inferior a esse período, o IOF é aplicado sobre os rendimentos auferidos.

Além disso, a alíquota do IOF varia de acordo com o prazo da aplicação. Logo, ela é mais elevada para resgates realizados nos primeiros dias após o investimento, diminuindo gradativamente até o trigésimo dia.

Portanto, para evitar a incidência do IOF sobre os rendimentos dos títulos públicos, é recomendado manter os investimentos por um prazo superior a 30 dias.

Qual é o impacto de taxas nos investimentos em geral?

Ao conhecer as taxas envolvidas na aplicação no Tesouro Direto, é comum querer saber como elas afetam seus investimentos. Embora os custos possam parecer pequenos em termos percentuais, as taxas são potencializadas pela ação dos juros compostos nos rendimentos.

Isso significa que, ao longo do tempo, elas reduzem o valor acumulado, impactando a capacidade de reinvestir os ganhos. Como resultado, deixar de considerar essas cobranças ao avaliar investimentos pode levar a escolhas desinformadas.

Nesse cenário, alternativas que parecem atrativas à primeira vista podem se mostrar menos vantajosas após deduzidos os descontos. Afinal, elas têm chances de gerar resultados abaixo das expectativas e prejudicar as metas financeiras do investidor.

Mais um ponto é que, ao ignorar os custos envolvidos, o investidor corre o risco de perder oportunidades de explorar alternativas que podem ser mais interessantes. Então é fundamental ter uma visão geral dos gastos ao investir e considerar os impactos desses descontos na rentabilidade.

Como reduzir os custos de investir no Tesouro Direto?

Você viu que as taxas e tributos podem ter impacto nos rendimentos dos investimentos. Então como reduzir esses custos ao investir no Tesouro Direto? Existem estratégias eficazes que os investidores podem adotar.

Para começar, é importante considerar a escolha dos títulos de acordo com o perfil do investidor e os objetivos financeiros. Nesse contexto, optar por títulos com prazos mais longos pode ser uma alternativa interessante, já que eles sofrem alíquotas mais baixas de IR devido à tabela regressiva.

Outra questão a considerar é evitar resgates de curto prazo para minimizar os custos relacionados ao IOF. Como o imposto incide sobre resgates realizados em até 30 dias após a aplicação, manter os investimentos por um período mais longo pode ajudar a evitar esse custo adicional.

Outra estratégia importante é escolher corretoras que não cobram taxa de corretagem, como a Genial Investimentos. Essa é uma opção mais econômica para os investidores, permitindo que eles maximizem o retorno líquido de seus investimentos.

Genial Investimentos

Somos uma plataforma de investimentos que tem como objetivo facilitar o acesso ao mercado financeiro e ampliar a educação financeira no Brasil.

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