Conteúdo atualizado em 27 de outubro de 2022 às 19:24 por Genial Investimentos.

renda fixa é uma classe de investimentos em que é possível ter uma previsibilidade sobre os rendimentos. Por isso, pode ser procurada por investidores mais conservadores ou para atender a diferentes objetivos. Entre as alternativas disponíveis, estão os CDBs (certificados de depósito bancário). 

Essas aplicações podem ser atrativas para estratégias cuja intenção é se expor a riscos menores. No entanto, é importante saber como os CDBs funcionam para analisar se vale a pena inseri-los em sua carteira de investimentos

Se você quiser entender mais sobre o assunto, continue a leitura. Neste post, você conhecerá as características do CDB e como investir nele! 

Vamos lá? 

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O que é e como funciona o CDB? 

O CDB é um tipo de título emitido por instituições financeiras para captar recursos para financiar as suas atividades. Logo, quem investe em um CDB está emprestando dinheiro para o banco em troca de uma remuneração. 

Depois, a instituição usa os recursos captados com investidores para fazer empréstimos a seus clientes, financiar projetos próprios de crescimento ou, até mesmo, pagar dívidas. No entanto, como esses títulos podem ser emitidos por instituições diferentes, eles também apresentam características distintas.  

Por esse motivo, é imprescindível saber quais são e como funcionam antes de investir em CDBs. A seguir, confira essas informações! 

1. Rentabilidade de um CDB 

Quando se fala em investimentos, é comum se perguntar sobre a rentabilidade deles. Primeiro, vale destacar que o rendimento desses títulos não é padronizado como o da caderneta de poupança, cujo seu rendimento é estabelecido em lei.  

Já os CDBs têm diferentes remunerações, dependendo do banco emissor, do prazo e das regras de liquidez, por exemplo. Portanto, é preciso avaliar essas características antes de investir, inclusive para comparar alternativas e identificar a mais alinhada às suas necessidades.  

Além disso, o formato da remuneração de um CDB pode variar, seguindo três tipos principais. Veja quais são e como eles funcionam!

2. Pós-fixados 

Os títulos pós-fixados remuneram o investidor seguindo o desempenho de um índice — o mais comum é o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Então um CDB pós-fixado pode pagar 90% do CDI, 100% do CDI, 105% do CDI, 110% do CDI etc. 

O percentual é aplicado sobre o CDI diariamente, o que faz com que a remuneração também seja diária. No entanto, como o desempenho do índice varia com o tempo, o investidor só saberá qual será o retorno no momento do resgate ou na data de vencimento do título. 

3. Prefixados 

Os CDBs prefixados pagam uma taxa de juros acordada no momento do investimento. Desse modo, o investidor sabe exatamente qual será a rentabilidade percentual do tempo em que deixará o dinheiro investido.  

Por exemplo, ao encontrar um CDB prefixado a 9% ao ano, com prazo de 12 meses, você pode calcular qual será o montante no momento do resgate, conforme o vencimento. 

4. Híbridos 

Os CDBs híbridos levam esse nome porque misturam as 2 formas de remuneração, as quais você viu. Assim, eles pagam uma taxa prefixada mais a variação de um índice de inflação, como o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).  

Dessa forma, o rendimento sempre estará acima da inflação, ajudando a proteger o patrimônio e o seu poder de compra. 

5. Prazo e liquidez  

Em relação ao prazo, todos os CDBs têm uma data de vencimento. Ela se refere ao prazo em que o emissor pagará a remuneração ao investidor, junto ao montante aportado. Na prática, é possível encontrar alternativas de curto, médio e longo prazo, o que também pode afetar a rentabilidade. 

Quanto maior o prazo de vencimento, maior tende a ser o retorno oferecido, já que o investidor disponibiliza o valor por mais tempo ao emissor. Ademais, é preciso ter atenção à liquidez, que se refere a facilidade para converter o investimento em dinheiro.  

Alguns títulos pós-fixados costumam apresentar liquidez diária. Ou seja, a aplicação pode ser resgatada a qualquer momento, mesmo antes do prazo de vencimento. Contudo, os CDBs prefixados ou híbridos não costumam permitir o levantamento antecipado do valor. 

Nesses casos, o investidor deve permanecer com o título até o fim do prazo para garantir a remuneração acordada. Porém, se for necessário fazer o resgate antes do vencimento, é preciso recorrer ao mercado secundário

Nele, o título é disponibilizado para outras pessoas interessadas. Entretanto, como a venda expõe o investidor ao preço de mercado do título, o resgate antecipado pode gerar perdas financeiras.  

Vale saber que, para acessar o mercado secundário, é preciso do auxílio da instituição financeira onde foi feito o aporte para intermediar a transação.  

6. Investimento mínimo 

Também é comum que a instituição exija um investimento mínimo para o CDB. Esse montante é definido pelo emissor, mas a aplicação costuma ser bastante acessível mesmo para quem deseja investir pequenas quantias.  

Afinal, existem CDBs que permitem aplicações a partir de R$ 1 ou R$ 100, por exemplo. No entanto, os rendimentos mais altos, geralmente, estão relacionados a aportes mínimos maiores.  

7. Riscos 

Todos os investimentos possuem um nível de riscos, e com o CDB não é diferente. Ao aplicar nesses títulos, o investidor está exposto ao risco de crédito — que se refere à possibilidade de o banco emissor não cumprir com o pagamento acordado.  

Porém, quanto mais sólida a saúde financeira do banco, menor o risco do título. Ainda, vale destacar que o CDB é uma alternativa de baixo risco porque conta com a cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).  

Trata-se de uma entidade privada sem fins lucrativos cujo objetivo é, entre outras funções, ajudar a manter a saúde do Sistema Financeiro Nacional. Ele oferece garantia de 250 mil reais por CPF e por instituição financeira, com um limite total de R$ 1 milhão, renovável a cada 4 anos.  

Isso significa que, se o banco emissor do CDB entrar em falência, o FGC ressarcirá o investidor até esse limite. Por outro lado, se o investidor aplicar mais de 250 mil reais em um mesmo banco, o valor que ultrapassar essa quantia não contará com a garantia. 

Nesse sentido, o montante excedente fica sujeito ao risco da instituição financeira. Outro ponto de atenção é a rentabilidade: ela também é paga pelo FGC, mas a soma do retorno com o montante original deve respeitar os limites informados.  

Assim, uma estratégia que pode ser interessante para quem busca segurança e pretende realizar aportes mais elevados é distribuir os recursos em instituições financeiras diferentes. A medida permitirá proteger uma parcela maior do patrimônio. 

8. Taxas e imposto de renda 

Em relação aos custos envolvidos, os rendimentos do CDB são tributados seguindo a tabela regressiva do Imposto de Renda — que também é válida para outros investimentos de renda fixa. Nela, a alíquota é reduzida conforme o prazo da aplicação.

Confira como funciona:

Período da aplicaçãoAlíquota do IR
até 2 anos35%
de 2 a 4 anos30%
de 4 a 6 anos25%
de 6 a 8 anos20%
de 8 a 10 anos15%
acima de 10 anos10%
Fonte: Previdência – Tabela Regressiva

Fundos de longo prazo e aplicações de renda fixa, em geral:

Período da aplicaçãoAlíquota do IR
até 180 dias22,5%
de 181 a 360 dias20%
de 361 a 720 dias17,5%
720 dias em diante15%
Fonte: Receita Federal – IRPF (Imposto sobre a renda das pessoas físicas)

Ademais, as aplicações resgatadas antes de completar 30 dias contam com a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Ele também segue uma tabela regressiva conforme o prazo de aplicação — a alíquota começa em 96% no primeiro dia e chega a 0 ao fim de 30 dias. 

Também é importante saber que a tributação acontece sempre na fonte. Então, após o resgate, você receberá o valor líquido em sua conta, descontando os impostos devidos.   

Quais são as vantagens do CDB? 

Após entender as características do CDB, é importante saber quais são as suas vantagens para auxiliar na análise do título. A primeira é a sua segurança, pois esses produtos são garantidos pelo FGC, como você viu. 

Nesse cenário, é interessante comparar o CDB com a caderneta de poupança. Ambos são investimentos da classe de renda fixa e considerados seguros. Entretanto, os certificados tendem a apresentar uma rentabilidade que supera a da poupança, mesmo descontando o IR. 

Ainda, é possível encontrar CDBs com liquidez diária, o que pode ser interessante para situações em que o valor aportado precisa estar disponível. E, com diferentes prazos e regras de rentabilidade, ele pode atender diferentes objetivos.

Para quem o CDB pode ser adequado? 

Depois de conhecer as vantagens do CDB, especialmente em relação à caderneta de poupança, você deve saber para quem essa aplicação é mais adequada. Entretanto, não existe uma resposta exata, pois a adequação dependerá das necessidades de cada investidor

Porém, por ser uma aplicação de baixo risco, ela tende a ser procurada por investidores conservadores, que priorizam a segurança dos investimentos. Mas isso não significa que perfis moderados e arrojados não podem se beneficiar do título. 

Na verdade, ele pode ser utilizado em estratégias de diversificação da carteira e equilíbrio de riscos. Assim, mesmo que parte do portfólio sofra uma queda, os aportes em alternativas mais seguras podem reduzir ou compensar as perdas.  

Quem tem mais tolerância aos riscos também pode se valer dessa alternativa para atender objetivos específicos, que exijam uma segurança maior. Por exemplo, como existem CDBs com liquidez diária, eles podem ser utilizados para investir a reserva de emergência

Como investir em CDB?

Agora que você já sabe como funciona um CDB e para quem ele pode ser adequado, chegou o momento de entender como investir nessa aplicação. Confira, a seguir, os principais passos para realizar os seus aportes! 

1. Identifique seu perfil de investidor 

Como você viu, existem diferentes perfis de investidor. Então é necessário identificar o seu para ter uma visão mais adequada sobre as suas necessidades em relação aos aportes. Para tanto, você pode recorrer ao teste de suitability. 

Ele é aplicado pelas instituições financeiras, que têm a obrigação de realizá-los para zelar pela proteção do patrimônio dos investidores. Na prática, o teste apresenta questões sobre expectativas, preferências, conhecimento de mercado e outras características do investidor.  

Ainda, tenha em mente que o perfil de investidor pode passar por mudanças no decorrer da jornada no mercado financeiro. Então é possível refazer o teste em diversos momentos para manter o alinhamento da sua estratégia.  

2. Estabeleça seus objetivos 

Após identificar o seu perfil, você deve analisar os seus objetivos financeiros ao fazer uma aplicação em um CDB. Por exemplo, se a intenção é formar reserva de emergência, é necessário que o produto tenha liquidez diária.  

Afinal, nunca se sabe quando acontecerá um imprevisto que exigirá a utilização do dinheiro da reserva. Porém, se a sua ideia é usar o dinheiro da aplicação para uma viagem que será feita daqui a 1 ano, por exemplo, já pode considerar um CDB com vencimento para 12 meses. 

Isso porque a rentabilidade tende a ser maior que a ofertada em uma aplicação de liquidez diária. Como você não precisará da quantia antes do vencimento, é possível se comprometer com prazos maiores.

Saiba Mais: Objetivos Financeiros: Como se planejar antes de investir

Abra sua conta em uma corretora de valores 

Para realizar o aporte em CDB, é preciso ter conta em uma corretora de valores. Essas instituições costumam oferecer títulos emitidos por diversas instituições financeiras em suas plataformas, proporcionando um portfólio amplo para o investidor.  

Com isso, você tem acesso a uma variedade de aplicações e poderá analisar quais são as melhores alternativas para a sua estratégia. A Genial Investimentos, por exemplo, oferece CDB de diversos emissores, além de outras alternativas de investimento de renda fixa e variável.  

Após abrir uma conta, basta transferir o dinheiro que será investido e fazer os aportes nos títulos escolhidos por meio da plataforma de investimentos. Nesse momento, é importante reforçar que a garantia do FGC funciona para os emissores, e não para as intermediárias. 

Ou seja, você pode aplicar dinheiro em CDBs de diferentes emissores por meio da mesma corretora para observar os limites de cobertura do FGC e proteger o seu capital. Após investir nos CDBs, basta acompanhar a sua carteira até o prazo de vencimento ou o resgate do título.

Ao longo deste conteúdo, você pôde conferir que o CDB é um investimento de renda fixa que apresenta características diferentes dependendo do banco emissor. Dessa forma, é necessário considerar diversos fatores para entender qual alternativa se encaixa melhor em sua estratégia de investimentos. 

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