Você sabe o que é LCI? Essa sigla está presente no mercado financeiro, sendo comum encontrá-la quando se pesquisa alternativas de investimento de renda fixa. Além disso, ela pode ser uma oportunidade para quem deseja se expor ao mercado imobiliário de maneira mais simples. 

Portanto, se você tem interesse em aprender mais sobre as alternativas do mercado financeiro e tem dúvidas a respeito da LCI, é o momento de aprender mais a respeito dela. Com as informações sobre esse título, é possível ter maior embasamento para tomar decisões na composição da sua carteira.  

Está interessado em saber mais sobre o assunto? Neste post, nós, da Genial Investimentos, explicaremos com mais detalhes o que é LCI e como esse título funciona.  

Acompanhe! 

O que é LCI? 

A letra de crédito imobiliário (LCI) é um título privado de renda fixa emitido por instituições financeiras. Ao investir em alternativas dessa classe de investimentos, é como se você emprestasse dinheiro ao banco, por exemplo, para ele financiar suas atividades.  

Funciona assim: o investidor disponibiliza o seu capital à instituição financeira. Em troca, ele recebe o capital emprestado mais os juros ofertados como remuneração no vencimento.  

No caso específico da LCI, a quantia arrecadada pela instituição deve ser direcionada para operações ligadas ao mercado imobiliário, colaborando com o desenvolvimento do setor. Ademais, essa é uma aplicação considerada conservadora, com baixo risco.  

Um dos motivos é o fato de ela contar com a previsibilidade da renda fixa, já que o investidor saberá qual será a lógica de rentabilidade do investimento. Outra justificativa é a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).  

Caso o emissor não consiga arcar com o pagamento ao investidor, como na quebra do banco, há o ressarcimento do prejuízo. Entretanto, há um limite de até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira ou conglomerado — quando há mais de um banco no mesmo grupo, por exemplo.  

Também há um teto global de R$ 1 milhão, que se renova a cada quatro anos. Isso amplia a proteção dos investidores no mercado financeiro, exigindo apenas atenção em relação às limitações na cobertura. Por fim, vale destacar que o ressarcimento considera o valor do investimento e a rentabilidade obtida. 

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História das LCIs no Brasil 

As LCIs foram introduzidas no mercado brasileiro por meio da Medida Provisória (MP) n.º 2.223, de 2001. Ela fez parte de um pacote de medidas de inovação e incentivo do mercado imobiliário, trazendo oportunidades para captação de recursos por instituições financeiras que financiam o setor.  

Desse modo, a norma passou a permitir a emissão das LCIs, com lastro em créditos imobiliários garantidos por hipoteca ou por alienação fiduciária de imóvel. As garantias existentes colaboram com a segurança dos títulos. 

Ainda, a norma trouxe a lista de agentes autorizados a realizar o processo. São eles: 

  • Bancos comerciais;
  • Bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário 
  • Caixa Econômica Federal; 
  • Sociedades de crédito imobiliário 
  • Associações de poupança e empréstimo; 
  • Companhias hipotecárias e demais tipos de instituições. 

A MP se manteve vigente até 2004, quando foi criada a Lei n.º 10.931/2004. Embora ela não seja uma conversão direta da medida provisória em lei, a norma manteve as regulamentações previstas sobre a letra de crédito imobiliário no mercado financeiro.  

Qual é a relação da LCI com o mercado imobiliário? 

Você já sabe que a LCI é emitida para captação de recursos que financiam o setor imobiliário, certo? Mas é interessante ter em mente que a relação entre o título e o mercado de imóveis não se limita a essa questão. 

Na verdade, você deve saber que as condições e expectativas do mercado imobiliário influenciam diretamente a emissão desses títulos. Isso porque o processo depende da demanda por crédito imobiliário no país. 

Caso ela esteja em um momento de baixa, as instituições financeiras podem não ter a necessidade de ampliar a captação de recursos. Nesses casos, os investidores tendem a ter mais dificuldades para encontrar esse tipo de oportunidade.  

Por outro lado, quando a busca por crédito imobiliário aumenta, a tendência é que também aconteçam mais emissões do título. Assim, há mais alternativas potencialmente atraentes no mercado. 

Como são os rendimentos da LCI? 

Agora que você já sabe mais sobre a LCI, é preciso entender como funciona a rentabilidade desse tipo de aplicação. Na verdade, ela varia conforme o título emitido, mas existem três possibilidades de remuneração: prefixada, pós-fixada e híbrida. 

Na rentabilidade prefixada, o título estabelece o pagamento de uma taxa fixa — como 8% ao ano. Como resultado, o investidor consegue calcular antecipadamente qual será a rentabilidade obtida até o vencimento determinado.  

Já na rentabilidade pós-fixada, o retorno é fixado em um índice. Por exemplo, é comum encontrar LCIs atreladas ao desempenho do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Nesse caso, embora seja possível identificar a forma de cálculo do retorno, não há como saber exatamente o resultado que será obtido. 

Por fim, os títulos com a chamada rentabilidade híbrida unem as duas características anteriores. Ou seja, eles possuem uma parte da rentabilidade prefixada e outra pós-fixada, geralmente ligada a um índice de inflação — como o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). 

Como é a tributação desse título de renda fixa? 

Outra dúvida comum ao pesquisar sobre LCIs se refere às regras de tributação. Entender essa questão é relevante, já que os impostos incidentes nos investimentos afetam a rentabilidade líquida e, por consequência, os resultados obtidos.  

Aqui, é importante pontuar que o mercado imobiliário é considerado um setor essencial da economia, e a criação da LCI aconteceu buscando incentivar investimentos no segmento. Por essa razão, o Governo garantiu isenção de IR (Imposto de Renda) sobre os rendimentos obtidos para pessoas físicas.  

Já no caso de investimento por pessoas jurídicas, a isenção de IR não se aplica. Nessa situação, os ganhos serão tributados seguindo a tabela regressiva da renda fixa. Ela reduz a alíquota conforme o prazo de aplicação. Veja como isso ocorre: 

  • até 180 dias: alíquota de 22,5%; 
  • de 181 a 360 dias: 20%; 
  • de 361 a 720 dias: 17,5%; 
  • acima de 720 dias: 15% — a menor alíquota aplicável.  

Ainda, é preciso ter atenção: na LCI há incidência de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre os rendimentos, tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica. Mas ele incide apenas nas aplicações resgatadas antes de 30 dias. 

Isso porque o IOF possui uma alíquota regressiva que vai de 96% até 3%, no 29º dia. Logo, no 30º dia passa a existir isenção do tributo. Então é interessante se planejar financeiramente para não precisar antecipar resgates, reduzindo os riscos de ter a incidência desse imposto.  

Qual é a diferença entre LCI e LCA? 

Ao conhecer a LCI, é possível que você tenha dúvidas sobre outra sigla semelhante: a LCA. Ela se refere à letra de crédito do agronegócio, mais um título de renda fixa que oferece benefícios ao investidor. Mas você sabe o que muda entre eles? 

A primeira diferença, que pode ser identificada pelo nome, tem relação com o setor. A LCA é emitida para captação de recursos a fim de financiar o agronegócio.  

Em relação à cobertura do FGC e às regras de isenção do Imposto de Renda, não há distinção entre os títulos. Como diferencial na tributação, há apenas a questão do IOF. As LCAs são mais um investimento com isenção desse imposto. 

Qual investimento é melhor: LCI ou poupança? 

Se você já pesquisou por alternativas da renda fixa que sejam conhecidas pela segurança, provavelmente se deparou com a poupança. Considerada uma conta bastante tradicional, ela tem cobertura do FGC e traz previsibilidade aos investidores. 

Contudo, o que deve guiar a escolha dos melhores investimentos para você é a análise do seu perfil de investidor, as suas metas e a sua realidade financeira, certo? De todo modo, saiba que a LCI tende a proporcionar maiores ganhos aos investidores, se comparada à tradicional caderneta de poupança

Lógica de remuneração 

A rentabilidade maior da LCI costuma ocorrer porque ela também conta com a vantagem de isenção de IR para pessoas físicas, não havendo impactos no resultado líquido. Ademais, é bastante comum que a remuneração seja pós-fixada e atrelada ao CDI.  

Esse é um índice que fica muito próximo à Selic — a taxa básica de juros da economia brasileira. Na prática, a rentabilidade é atrelada a um percentual do CDI, por exemplo, 85%, 90%, 100% ou 110%. Já a rentabilidade da poupança varia conforme o patamar da Selic: 

  • se ela estiver igual ou abaixo de 8,5%, o rendimento da caderneta é de 70% da Selic, mais a Taxa Referencial (TR); 
  • se a Selic estiver acima de 8,5%, a poupança rende 0,5% ao ano, mais a TR. 

Aqui, vale destacar que a TR costuma ter um valor baixo e, muitas vezes, está zerada. Como resultado, a tendência é que as LCIs consigam proporcionar retornos que superam a poupança, otimizando a rentabilidade do investidor sem que seja preciso abdicar da segurança.  

Como resultado, investir em LCI pode ser vantajoso, desde que a aplicação se adeque ao seu perfil de investidor e objetivos financeiros. Nesse caso, o principal ponto de atenção costuma ser a liquidez — que tende a ser baixa nas letras de crédito imobiliário. 

Por outro lado, na poupança, você pode resgatar o seu dinheiro quando desejar. É possível transferir os recursos diretamente para conta corrente ou sacá-lo no caixa eletrônico do banco.  

Porém, o rendimento é mensal, na data de aniversário da poupança — que é o dia de cada depósito. Isso quer dizer que, se o seu dinheiro for depositado no dia 10 de um mês, mas for resgatado no dia 8 do mês seguinte, ele não terá rendimentos.  

Como funciona o investimento em LCI? 

Caso você tenha interesse em investir na alternativa, é comum ter dúvidas sobre algumas questões práticas. Por exemplo, como é feito o aporte nesses títulos? O procedimento é bastante simples: as LCIs são negociadas nas plataformas das instituições financeiras, como a corretora de valores.  

Basta ter conta em uma instituição que negocie esses títulos, encontrar alternativas alinhadas com os seus objetivos e realizar o aporte. Entretanto, existem outras dúvidas comuns sobre o assunto.  

A seguir, veja as principais e descubra as respostas! 

Qual é a quantia mínima para começar a investir? 

Na verdade, não há um valor mínimo fixo, pois ele depende de cada instituição emissora. Mas investir em LCI costuma exigir aportes iniciais superiores àqueles cobrados em outras alternativas, como CDBs (certificados de depósito bancários) e títulos do Tesouro Direto.  

Em geral, o investimento mínimo varia entre centenas e milhares de reais. Por esse motivo, é preciso pesquisar as alternativas disponíveis para entender se elas são compatíveis com o capital que você tem disponível no momento.  

Qual é o perfil indicado para investir em LCI? 

Como visto, para tomar boas decisões de investimentos, você deve considerar se a alternativa de interesse é adequada ao seu perfil de investidor. Na prática, como a LCI é considerada um título de maior segurança, ela costuma ser atrativa para quem tem um perfil conservador. 

Afinal, esse tipo de investidor busca menores riscos e está disposto a renunciar ao potencial de retorno para proteger seu capital. Já quem é moderado busca segurança, mas consegue se expor a mais riscos, especialmente no longo prazo, para potencializar ganhos. 

Por fim, quem tem um perfil arrojado busca maiores rentabilidades, arriscando mais ao investir. Para quem tem essa maior tolerância aos riscos, a limitação na rentabilidade da LCI pode fazer com que ela não seja adequada à estratégia.  

Entretanto, mesmo investidores moderados e arrojados costumam se beneficiar da alternativa. Isso acontece porque a letra de crédito imobiliário pode fazer parte de estratégias de diversificação, buscando equilíbrio de riscos, ou para atingir objetivos específicos, que exijam maior segurança.  

Em todos os casos, é preciso ter em mente que esse título é emitido com carência de, pelo menos, 90 dias. Porém, o prazo de vencimento pode ser de seis meses, um ano, dois ou mais. Então lembre-se de que o seu objetivo precisa estar em sintonia com o vencimento do papel. 

Ainda que existam chances de vender o título no mercado secundário, isso faz com que ele se exponha à marcação a mercado. Como resultado, a rentabilidade não será garantida, existindo riscos de ter perdas financeiras no processo. 

Recentes atualizações referentes a LCI:
– A partir de 2 de fevereiro, só financiamento estritamente imobiliário vai servir de lastro de LCI. 
– O prazo mínimo de vencimento das LCI passa de 90 dias para 12 meses. 
– Deixam de ser admitidas como lastro de LCI operações para pessoa jurídica sem conexão com o mercado imobiliário, mesmo que garantidas por imóvel, como operações de capital de giro, e os prazos de vencimento dos títulos deve ser compatível aos prazos das operações elegíveis como lastro. 

Como começar a investir em LCI? 

Se você acredita que investir em LCI pode fazer sentido para as suas necessidades no mercado financeiro, é preciso entender como fazer o investimento. Para facilitar esse processo, veja os principais passos que você deve seguir! 

Considere seus objetivos financeiros 

Você já aprendeu que é preciso considerar o seu perfil de investidor para realizar o investimento, certo? Esse alinhamento é importante para evitar a montagem de uma carteira que pode não estar adequada às suas expectativas. Contudo, esse não é o único critério a ser observado. 

Para complementar a análise e tomar uma decisão, é fundamental definir os seus objetivos, a fim de saber se eles são compatíveis com a LCI. O motivo é simples: mesmo sendo um investidor arrojado, você pode ter um objetivo que exija maior segurança para os recursos. 

Por exemplo, realizar uma compra determinada em um ano. Do mesmo modo, o título pode ajudar a reduzir os riscos gerais da carteira.  

Já para investidores conservadores, embora o título seja conhecido pela maior segurança, é preciso entender se as regras de liquidez e o prazo de vencimento são adequados. Se o seu objetivo exige que você tenha acesso aos recursos a qualquer momento, talvez a LCI não seja adequada.  

Portanto, considere o prazo desejado para realizá-lo e veja se ele pode se adequar aos vencimentos do título. Confira também os valores mínimos necessários para o aporte inicial, a fim de verificar se eles são compatíveis com o seu planejamento financeiro. 

Tenha conta em uma instituição financeira de confiança 

Se o investimento estiver alinhado com suas metas e a sua situação de vida, procure uma corretora de valores e abra a sua conta. Dessa maneira, você terá acesso à plataforma da instituição e poderá acessar os títulos disponíveis, além de outros ativos. 

Para escolher a melhor parceira, você pode avaliar diferentes fatores, como reputação, credibilidade, custos para investir e suporte ao cliente. Ainda, pesquise o portfólio de investimentos disponíveis. 

Os ativos à disposição do investidor podem variar em cada instituição, por isso, conte com uma corretora que possua um portfólio variado. A escolha amplia as oportunidades de encontrar aplicações que atendam às suas necessidades.  

Na Genial Investimentos, por exemplo, você garante acesso a uma plataforma completa, com atendimento de excelência e condições atrativas para montar a sua carteira. 

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Saiba como escolher a melhor LCI para investir 

Por fim, é comum ter interesse em descobrir como escolher o melhor título para investir. Não há uma resposta única para essa questão, já que isso depende do seu perfil de investidor, objetivos financeiros e estratégia — como os ativos que compõem a sua carteira e a diversificação desejada. 

Para tomar uma boa decisão, considere a rentabilidade proposta, o prazo de vencimento e as regras de liquidez. Em geral, a baixa liquidez e prazos mais longos oferecem taxas mais atrativas ao investidor. Então é preciso entender as suas prioridades para tomar decisões. 

Na prática, vale buscar diferentes títulos e fazer comparações. Dessa forma, você consegue visualizar as oportunidades e garantir decisões que sejam mais acertadas para a sua estratégia no mercado financeiro. 

Agora que você já sabe o que é LCI e como ela funciona, será mais fácil analisar esses títulos para entender se eles fazem sentido para a sua estratégia. Porém, caso você ainda tenha dúvidas, vale contar com o suporte de profissionais do mercado financeiro para esclarecê-las. 

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