Especular no mercado acionário requer habilidades de interpretação de gráficos para facilitar a tomada de decisão. Afinal, os preços costumam se movimentar rapidamente, demandando agilidade e precisão ao entrar e sair de uma operação.

Nesse sentido, não saber como os gráficos são compostos, quais informações eles trazem e a forma de interpretá-los pode prejudicar as suas operações. Isso porque você poderá abrir ou encerrar uma posição de compra e venda no momento errado, diminuindo as suas chances de êxito.

Para auxiliar nesse sentido, nosso time, da Genial Investimentos, preparou este conteúdo. Ao longo do artigo, você aprenderá como realizar a interpretação de gráficos nas suas análises de ações.

Aproveite a leitura!

O que é um gráfico na análise de ações e como ele é construído?

Os gráficos são representações visuais utilizadas para simplificar a interpretação de dados. Quando usado no contexto da análise de ações, eles mostram a evolução dos preços de um ativo durante um período definido pelo interessado.

Assim, os gráficos revelam as altas e baixas dos preços das ações no decorrer de um intervalo temporal. Isso significa que eles mostram uma visão do que aconteceu no passado, que pode ser bastante útil para entender o comportamento dos preços.

Os gráficos para análise de ações são construídos a partir das informações que a B3 (a bolsa de valores brasileira) disponibiliza para o mercado. Como milhares de operações acontecem a todo o instante, eles costumam ser plotados por período e com base na última negociação realizada.

A cada nova figura desenhada no gráfico, você saberá a atual direção dos preços. Logo, essas figuras são usadas para projetar as próximas movimentações de preço de modo a fundamentar decisões.

Quais informações um gráfico de ação pode trazer?

Depois de ver o que é um gráfico e como se dá a sua construção, talvez você queira saber quais informações ele pode trazer. O primeiro passo nesse sentido é entender que no mercado existem 3 principais tipos gráficos: de linha, de barras e de candles.

Como cada um deles pode trazer uma quantidade de informações específica, é pertinente conferi-los individualmente. Saiba mais!

Gráfico de linha

O gráfico de linha é o modelo mais simples encontrado. Ele costuma ser usado em tempos gráficos maiores, mostrando um panorama amplo sobre a movimentação dos preços. A principal informação que ele traz é o preço de fechamento do último negócio por período.

Nesse tipo gráfico, você observará um eixo vertical, que representa o aumento ou diminuição de preços, bem como um eixo horizontal, que revela a evolução do tempo. Se você selecionar uma periodicidade de 5 minutos, a linha evoluirá no eixo horizontal a cada 5 minutos.

Ademais, ela subirá ou descerá no eixo vertical, caso o preço do último negócio (preço de fechamento) no período seja maior ou menor que o preço do período anterior. Logo, a sua leitura é bem fácil, mas nem sempre é suficiente para tomar decisões.

Gráfico de barras

Já o gráfico de barras traz mais informações para o investidor, pois a barra é plotada considerando o preço de abertura e fechamento, além de máximas e mínimas atingidas no período. Cada barra compreende as negociações ocorridas no tempo gráfico selecionado.

O preço de abertura será representado por uma linha à esquerda da barra, revelando o preço da primeira operação do período. Já o preço de fechamento, destacado como uma linha do lado direito da barra, mostrará o preço da última operação realizada.

As máximas e mínimas mostram os maiores e menores preços negociados, sendo representadas por traços que excedem a abertura e fechamento da barra. Embora esse tipo gráfico traga dados relevantes sobre os preços, ele caiu em desuso com a popularização do gráfico de candles.

Gráfico de candles

De longe o tipo mais utilizado no mercado, o gráfico de candlestick (ou velas) é o mais completo e visualmente simples de entender. Semelhante ao modelo de barras, cada candle revela os preços de abertura, fechamento, máximas e mínimas, por período.

Ademais, o tamanho e a coloração dos candles indicarão a intensidade da movimentação e se os preços subiram ou caíram. Se o preço de abertura for menor que o de fechamento, a vela será verde (alta). Já se o preço de abertura for maior que o de fechamento, o candle será vermelho (queda).

Por sua vez, as máximas e mínimas são representadas por pavios e sombras que podem ultrapassar a base e o topo da vela. Isso indica se os preços superaram a abertura ou fechamento e não conseguiram se sustentar, retornando para dentro do corpo do candle.

Uma sequência de candles permite identificar padrões de comportamento dos preços, bem como regiões onde eles têm maior dificuldade de atravessar. Essas informações tendem a ser bastante úteis para encontrar os momentos mais adequados para abrir ou fechar posições.

Qual é a relação entre os padrões gráficos e a análise técnica?

Como você aprendeu, os padrões gráficos podem orientar o especulador (ou trader) no momento de fazer suas operações. Esse tipo de leitura do mercado faz parte da chamada análise técnica, uma estratégia utilizada por traders em todo o mundo.

A análise técnica é embasada em seis princípios trazidos pelo jornalista e investidor norte-americano Charles Henry Dow, no que ficou conhecido como a “Teoria de Dow”.

Confira os principais ensinamentos de Dow:

  • os preços descontam tudo: isso significa que qualquer evento é automaticamente incorporado aos preços das ações;
  • o mercado se move em 3 tipos de tendências: tendência primária (longo prazo), secundária (médio prazo) e terciária (curto prazo);
  • A tendência primária possui 3 fases:

Tendência Primária de Alta: acumulação (fase em que os investidores institucionais se posicionam), alta sensível (quando os investidores começam a se posicionar) e euforia (explosão de alta em curto período de tempo);

Tendência Primária de Baixa: distribuição (fase em que os investidores institucionais começam a desmontar suas posições), baixa sensível (queda moderada dos ativos) e pânico (explosão de baixa em curto período de tempo);

  • os índices e médias se confirmam: Dow afirma que para uma tendência se estabelecer é necessário que os índices e médias estejam alinhados na mesma direção;
  • o volume confirma a tendência: outra maneira de confirmar a validade de uma tendência se dá pelo aumento de volume a seu favor;
  • uma tendência se mantém enquanto não houver sinais de sua reversão: o último pilar da teoria revela que uma tendência será mantida até ser revertida para a tendência oposta.

O entendimento da Teoria de Dow é essencial para quem deseja especular no mercado de ações. Afinal, ela permite compreender como os movimentos acontecem, sendo os padrões gráficos facilitadores no processo de leitura do mercado.

Como a análise gráfica pode ajudar no processo de tomada de decisão?

Ao chegar até aqui, você já tem uma noção muito maior a respeito dos gráficos e da sua importância para o especulador. Contudo, ainda falta conferir como a análise gráfica pode ajudar no processo de tomada de decisão, não é mesmo?

Se você estiver iniciando a sua jornada como especulador e já observou um dia de negociações na bolsa, deve ter percebido a velocidade com que os preços das ações se movimentam. Essas oscilações são essenciais para o trader conseguir lucrar com a compra e venda de ações.

Porém, considerando que o mercado é soberano e pode ser movimentar para qualquer direção, nem sempre você conseguirá acertar todas as suas operações. Ainda assim, acompanhar os preços e padrões da análise gráfica tende a ajudar a entender os movimentos dos preços.

Logo, embora a utilização da análise técnica não garanta resultados positivos, ela pode melhorar as suas chances de êxito. Isso ocorre porque você terá a chance de acompanhar tendências, identificar reversões, momentos de acumulação e distribuição, períodos de incerteza do mercado e outras condições.

Todas essas informações poderão ser usadas para justificar o início ou encerramento de uma posição. Vale ressaltar que o mercado é conhecido por ser cíclico e repetir movimentos periodicamente.

Desse modo, se você identificar a ocorrência de um padrão, poderá projetar a direção dos preços e se antecipar a ela. Então o estudo de padrões gráficos pode ser de grande ajuda para quem deseja especular no mercado de ações — seja com day trade ou swing trade, por exemplo.

Quais são os principais padrões gráficos observados no mercado?

Apesar de o estudo dos padrões gráficos ser bastante amplo e demandar horas de dedicação e atenção, existem padrões mais recorrentes na rotina de especuladores com maior experiência. Assim, conhecê-los é importante para facilitar a sua análise técnica.

Confira alguns desses padrões, sempre considerando que eles podem ser formados por uma sequência de candles ou por um único candle:

  • topos e fundos duplos;
  • ombro cabeça ombro (OCO);
  • ombro cabeça ombro invertido (OCOI);
  • bandeira e flâmula;
  • triângulo (simétrico, ascendente e descendente);
  • retângulo ou caixote;
  • doji;
  • martelo (hammer);
  • enforcado (hanging man);
  • engolfo (de alta ou de baixa);
  • estrela cadente (shooting star);
  • estrela da manhã (morning star);
  • nuvem negra (dark cloud cover).

Vale dizer que a lista de padrões gráficos é imensa e você precisará avaliar quais deles fazem mais sentido para o seu perfil, objetivos e estratégia operacional. Portanto, vale a pena conhecer e estudar cada padrão, além de testá-lo individualmente em simuladores e replays de mercado.

Neste artigo, você aprendeu mais sobre a análise técnica e a interpretação de gráficos na especulação de ações. Se você quiser realizar esse tipo de operação, não deixe de continuar estudando sobre os padrões gráficos e o comportamento dos preços para aumentar suas chances de sucesso.

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