Os investimentos focados em ESG, ou ASG em português — Ambiental, Social e Governança — estão ganhando bastante espaço no mercado. Quem quer direcionar seus aportes para essa área pode optar pelo ISUS11, um ETF que busca replicar o índice ISE.
Você sabe como ele funciona e quais são suas principais características? Conhecer essa alternativa e o índice que ele acompanha é fundamental para embasar suas decisões. Assim, será possível definir se o investimento é adequado à sua carteira.
Para facilitar, neste texto você conhecerá o que é um ETF e entenderá como o ISUS11 funciona. Continue a leitura!
O que é um ETF?
Você já ouviu falar em ETF? Eles são os exchange traded funds, também conhecidos como fundos de índice. Dessa maneira, funcionam como um fundo de investimentos com uma estratégia bem específica: replicar carteiras teóricas temáticas.
Logo, a carteira dos ETFs é composta de forma a acompanhar o índice escolhido. Geralmente, eles investem em ativos que compõem a carteira teórica dos índices, considerando a sua devida proporção.
Imagine, por exemplo, um ETF que busque acompanhar o Ibovespa, o principal indicador de ações do mercado brasileiro. Ele comporá o portfólio com as ações que fazem parte da carteira teórica do índice.
O que é o ISUS11?
Após conhecer os ETFs, você precisa entender o que é o ISUS11. Essa sigla é o ticker para o It Now ISE Fundo de Índice. Ou seja, é com esse código que o investidor encontrará as cotas do ETF listadas na bolsa de valores brasileira.
O ISUS11 foi lançado em outubro de 2011 e o seu benchmark (o índice que ele acompanha) é o ISE — Índice de Sustentabilidade Empresarial. Logo, para entender o que é esse ETF, é fundamental conhecer o ISE.
Confira!
ISE
O ISE é um índice que foi criado pela BM&FBovespa, a antiga bolsa de valores, em 2005. Após as fusões ocorridas nas bolsas, atualmente ele é de responsabilidade da B3, a bolsa de valores brasileira.
Ele funciona como um método de avaliar os resultados de empresas listadas na bolsa, focando no aspecto da sustentabilidade empresarial. Então, são considerados fatores como a eficiência econômica, equilíbrio ambiental, questões sociais e governança corporativa.
O índice é pioneiro na América Latina em relação ao ASG, um conceito fundamental para o desenvolvimento sustentável. Ele foi o 4º índice de sustentabilidade do mundo e teve apoio de um braço do Banco Mundial.
A principal finalidade do ISE é ajudar os investidores a identificarem as empresas com boas práticas ASG. Com isso, ele também incentiva as companhias a adotarem ações sustentáveis, que contribuem para a manutenção do negócio.
Essa carteira teórica é composta pelas empresas que respondem um questionário com sete dimensões. Depois, as respostas são avaliadas com base em diversos aspectos relacionados à sustentabilidade empresarial, ambiental e social.
Contudo, somente as 200 empresas mais líquidas da bolsa de valores são convidadas a participar. Essa composição é avaliada anualmente. Em dezembro de 2020, o ISE contava com 46 ações de 39 companhias.
Como o ISUS11 funciona?
Agora que você conheceu o ISUS11 e o índice que ele busca replicar, é fundamental entender como ele funciona. Conhecendo as suas principais características, será viável analisar se ele faz sentido para a sua carteira.
Confira os principais pontos:
Gestão
Um fator importante do ISUS11 é a sua gestão. A empresa responsável por esse serviço é o Itaú Unibanco S.A., que possui diversos ETFs no mercado. Ela também atua como administradora e custodiante do fundo.
Aqui é importante ressaltar que se trata de uma gestão passiva. Ou seja, o gestor tem o objetivo de replicar o índice, e não, necessariamente, superá-lo. Portanto, ele não tomará medidas para evitar a desvalorização ou obter rentabilidade superior, por exemplo.
Ou seja, se o ISE demonstrar um resultado negativo no período, o ISUS11 também terá desvalorização. Por outro lado, se ele fechar em alta, o ETF acompanhará esse movimento, sem a intenção de superá-lo.
Composição da carteira
Outro ponto que o investidor precisa conhecer é a composição da carteira do ISUS11. Conforme o seu regulamento, o portfólio investirá, majoritariamente, em ações que compõem o ISE, em qualquer proporção.
Dessa maneira, o gestor verificará quais empresas fazem parte do ISE e comprará ações dessas companhias para compor o ETF. Assim, quando há o rebalanceamento do índice, ou movimentações de empresas, o ISUS11 acompanha.
Taxas e tributos
Quando se fala em investimentos, é essencial conhecer os custos de cada alternativa. Afinal, esses valores influenciarão diretamente na rentabilidade real do aporte e devem fazer parte da sua análise.
O ISUS11 cobra uma taxa de administração sobre o patrimônio investido. Ela serve para remunerar o gestor e a administradora pelos serviços prestados e é divulgada como um percentual anual. Apesar disso, ela é descontada proporcionalmente de forma diária.
Ademais, também há cobrança de Imposto de Renda. A alíquota é de 15% sobre o ganho de capital com a venda das cotas. Contudo, se for uma operação de day trade, ou seja, compra e venda no mesmo pregão, ela será de 20%.
Quais são as vantagens e riscos de investir no ISUS11
Você já entendeu o ISUS11 e todas as suas principais características. Agora é preciso conhecer as vantagens e os riscos de investir nessa alternativa.
A principal vantagem do ISUS11 é o foco nas práticas ASG. Ao fazer o aporte nele, o investidor acompanhará empresas que realmente adotam boas iniciativas em relação à sustentabilidade e governança corporativa.
Essa é uma característica que ajuda na perenidade dos negócios. Afinal, empresas que contribuem para a degradação do meio-ambiente e não trazem vantagens para a comunidade têm mais chances de sofrer desgastes e perder espaço para a concorrência, por exemplo.
Outras vantagens do ETF dizem respeito à diversificação e à praticidade. Como vimos, você contará com um gestor profissional para realizar as operações. E, ao adquirir cotas de apenas um fundo, estará exposto a dezenas de companhias.
Entre os riscos, é importante considerar que o ISUS11 faz parte da renda variável. Portanto, está exposto às oscilações do mercado. Além disso, muitos investidores podem não se sentir confortáveis com a gestão passiva da modalidade.
Avalie, portanto, os benefícios e riscos atrelados aos ETFs com cautela e lembre-se de que as suas decisões de investimento devem ser pautadas, primeiramente, em seu perfil e objetivos. Assim, se tornará mais fácil identificar se as características do investimento condizem com a sua estratégia.
Agora você já conhece o ISUS11 e como ele funciona! Não esqueça de considerar o que acompanhou neste artigo e outras informações relevantes para definir se esse ETF de sustentabilidade faz sentido para a sua carteira.
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