Quem está buscando alternativas de investimentos distintas da renda fixa, pode encontrar um grande leque de oportunidades de renda variável na bolsa de valores. As mais conhecidas estão inseridas no mercado à vista. Você já ouviu falar sobre ele ou sabe como se dá o seu funcionamento?

Por meio do mercado à vista, é possível se tornar sócio de diferentes empresas, expor seu capital aos resultados do mercado imobiliário, índices financeiros e muito mais. No entanto, antes de se expor a esse ambiente da bolsa de valores, é necessário aprender mais sobre o assunto.

Quer saber mais? Então não perca este conteúdo, preparado pela Genial. Nele, você aprenderá o conceito de mercado à vista e como funcionam as operações e negociações nesse ambiente.

Acompanhe!

O que é o mercado à vista?

O mercado à vista é o ambiente de negociações da bolsa de valores brasileira (B3) mais conhecido entre os investidores. Nele, compradores e vendedores negociam ativos financeiros, como ações, fundos imobiliários (FIIs), fundos de índice (ETFs) e brazilian depositary receipts (BDRs).

Nesse ambiente, os preços são formados conforme a lei da oferta e demanda. Ou seja, quando cresce o interesse do mercado por um ativo, é esperado que ele fique mais caro. Por outro lado, quando a oferta é superior à demanda, os preços tendem a diminuir.

E essa constante variação de preços permite que investidores e especuladores tenham oportunidades de lucrar em operações de compra e venda. Assim, há oportunidades para quem tem objetivos de curto, médio ou longo prazo.

Ademais, o termo “à vista” é utilizado considerando que as compras e vendas são realizadas na cotação válida no instante em que o negócio é executado. Então o comprador pagará o preço daquele momento — e não a cotação de uma data posterior, como acontece nos mercados futuro, a termo ou de opções.

Como funcionam as operações e negociações?

Após conhecer o que é o mercado à vista, é pertinente explorar como funcionam as operações e negociações que acontecem nesse ambiente.

Em geral, a compra e venda no mercado à vista são feitas de forma semelhante a um mercado convencional. Nesse sentido, o comprador paga um preço para receber o ativo negociado, ao passo que o vendedor recebe a quantia definida para entregá-lo.

As negociações ocorrem no pregão eletrônico, administrado e fiscalizado pela B3. Os participantes acessam o ambiente de negociações pela internet, a partir do home broker ou plataformas trader.

As ordens de compra e venda lançadas são registradas em um livro de ofertas, respeitando o melhor preço e a ordem de chegada. Na prática, o melhor preço de compra corresponde à oferta que paga mais caro pelo ativo.

Nesse sentido, se um comprador lançar uma ordem de compra a R$ 11, ela ficará na frente de quem ofertou R$ 10, mesmo que tenha sido lançada depois. Agora, se ambos lançarem uma intenção de compra no mesmo preço, a ordem mais antiga ficará em primeiro lugar no livro de ofertas.

Já a melhor ordem de venda será a do vendedor que aceita o menor preço pelo ativo, seguindo a mesma lógica anterior. Se o vendedor lançar uma venda a R$ 9, ela ficará na frente de quem está vendendo por R$ 10, independentemente do horário de lançamento da ordem.

Sempre que o preço de uma ordem de compra casar com o de uma ordem de venda (ou vice-versa), a negociação é executada automaticamente. A B3 se encarrega de registrar e processar a operação, liquidando-a em poucos dias.

Como se dá a liquidação no mercado à vista?

Sabendo que a liquidação no mercado à vista não é realizada na hora, é válido conhecer como esse processo acontece. É comum que as negociações no mercado à vista contem com a liquidação física.

Isso significa que, concluída a operação, o vendedor entregará o ativo fisicamente ao comprador. Portanto, ele precisa ter o ativo em carteira ou deverá alugá-lo para conseguir lançar sua ordem de venda.

Por sua vez, o comprador deverá ter o dinheiro necessário para quitar a operação ou se valer da alavancagem fornecida pelas corretoras de valores. A alavancagem é uma espécie de empréstimo que permite ao interessado operar um montante superior ao que possui em conta.

Nesse mercado, também existe a liquidação financeira. Nela, somente é liquidada a quantia financeira presente na operação. É o caso de quem faz day trade, por exemplo. O day trader busca aproveitar as variações de preço no intraday, abrindo e fechando suas posições no mesmo pregão.

Por exemplo, ele pode abrir uma operação de compra de uma ação a R$ 20 e, no mesmo dia, vendê-la a R$ 22, lucrando R$ 2 na operação. O lucro pode parecer pequeno quando considerado apenas uma ação, porém essas operações costumam envolver grandes quantidades de papéis.

Além disso, o day trader pode lançar ordens de venda sem ter o papel em carteira ou precisar alugá-lo. Isso porque ele encerra a sua posição no mesmo dia, recebendo ou pagando apenas a eventual diferença financeira entre as compras e vendas realizadas (liquidação financeira).

Portanto, vale destacar que as operações também podem gerar prejuízos caso o movimento esperado pelo trader não se concretize.

Quais são os ativos disponíveis no mercado à vista?

Agora que você já viu o conceito e o funcionamento do mercado à vista, chegou o momento de aprender quais os ativos que podem ser encontrados nele.

Confira alguns exemplos abaixo!

Ações

As ações são as alternativas mais conhecidas do mercado à vista. Elas representam a menor parte negociável do capital social de uma empresa. Se decidir investir em ações, você se tornará um acionista e passará a participar dos resultados e riscos do negócio.

Os ganhos nesse tipo de investimento podem acontecer de diferentes formas — valorização dos papéis, renda com a locação do ativo ou recebimento de proventos, como dividendos. Há diversas companhias no mercado que distribuem os seus lucros, podendo servir como fonte de renda passiva.

No mercado convencional, as ações são negociadas em lotes — geralmente de 100 unidades. No entanto, se você quiser adquirir um número menor, poderá recorrer ao mercado fracionário. Nele, é possível lançar ordens de compra ou venda de 1 a 99 unidades.

FIIs

Os FIIs (fundos imobiliários) são modalidades de investimento coletivas. O capital de um fundo fica à disposição de um gestor profissional. Ele se encarrega de montar a carteira do fundo de acordo com as regras e objetivos previamente traçados.

Por meio de FIIs, você consegue expor seu patrimônio aos resultados do setor imobiliário sem precisar comprar um imóvel. Isso porque esses fundos investem em ativos ligados a esse mercado, para distribuir a renda obtida entre seus cotistas. Por exemplo, a renda do aluguel de imóveis.

A lei que cria e permite a atuação dos FIIs obriga a distribuição de, no mínimo, 95% de sua renda entre os seus participantes (cotistas) semestralmente. Ademais, muitos deles fazem a distribuição mensal, então podem se adequar a quem busca o recebimento de renda passiva.

ETFs

Os ETFs (exchange traded funds) também são fundos de investimento. Contudo, seu objetivo é espelhar a performance de um índice de mercado. Neles, o gestor monta o portfólio do fundo com os mesmos ativos que compõem o índice escolhido.

Por exemplo, um dos índices mais conhecidos na bolsa brasileira é o Ibovespa, composto pelas ações de maior representatividade no país. Assim, ao investir em um ETF atrelado ao Ibovespa, você estará exposto aos resultados das ações dessas mesmas companhias.

Além disso, é possível encontrar uma grande variedade de ETFs na bolsa. Inclusive, existem fundos que estão ligados a índices setoriais, de renda fixa ou internacionais, permitindo que você se beneficie do resultado de diferentes tipos de investimentos com apenas uma cota.

Porém, é preciso lembrar que os ETFs brasileiros não fazem a distribuição de dividendos. Isso significa que os ganhos com eles costumam estar atrelados apenas às diferenças de preço entre a compra e venda de cotas.

BDRs

Os BDRs (brazilian depositary receipts) ou, traduzido, certificado de depósito de valores mobiliários são investimentos ligados a alternativas do mercado internacional.

Seu funcionamento parte de uma instituição depositária, que realiza os aportes no exterior e os mantém junto a um agente custodiante. Em sequência, a depositária emite os BDRs com lastro nesses ativos para, depois, disponibilizá-los na bolsa de valores brasileira.

Assim, os BDRs fornecem uma exposição indireta a investimentos internacionais — que podem ser ações, títulos públicos, REITs (fundos imobiliários americanos), ETFs, entre outros. Contudo, você não será o titular do investimento estrangeiro, mas apenas do certificado nacional.

Apesar disso, eventuais proventos distribuídos pelos investimentos internacionais são repassados pela depositária ao investidor. Portanto, a depender do ativo atrelado ao BDR, o certificado pode auxiliar na obtenção de renda passiva.

Ouro

O ouro é um metal precioso que pode ser negociado no mercado à vista. Sua busca se intensifica em períodos de crise econômica, considerando o nível de estabilidade que ele oferece em relação a outros ativos negociados na bolsa.

O seu lote padrão corresponde a um lingote de 250 gramas, mas é permitida a negociação em lotes fracionários de 10 gramas e 0,225 gramas. O interessante é que a sua liquidação, além da financeira, pode ser física — embora a liquidez seja baixa nessa hipótese.

Qual a diferença do mercado futuro e mercado à vista?

Uma dúvida que pode surgir na sua jornada na bolsa de valores está relacionada às diferenças entre o mercado futuro e o mercado à vista.

No mercado futuro são realizadas operações que visam datas posteriores. Elas envolvem a negociação de contratos futuros, considerados derivativos financeiros por estarem atrelados ao preço de um ativo principal. A liquidação, nesse caso costuma, ser apenas financeira.

Assim, os participantes se posicionam de acordo com as suas expectativas sobre o preço de um ativo em data futura. Na ponta compradora estarão aqueles que acreditam na valorização do ativo. Já a ponta vendedora será formada por aqueles que acreditam em sua queda.

Diariamente, os compradores e vendedores são creditados e debitados de acordo com a posição assumida em relação ao preço de ajuste diário. Trata-se de uma média ponderada calculada pela B3 de acordo com as negociações realizadas no dia.

Diante desse funcionamento, o mercado futuro é bastante utilizado para fins especulativos. No entanto, ele também atende aos investidores que desejam fazer hedge e, assim, proteger as suas carteiras de investimentos.

Qual a diferença entre mercado à vista e mercado de opções?

Outro ambiente disponível na bolsa de valores é o mercado de opções. Então é necessário entender as suas diferenças em relação ao mercado à vista.

No mercado de opções são negociados os direitos de compra ou venda de uma ativo financeiro, por um preço específico em data futura. Logo, você pode adquirir (ou vender) o direito de comprar (call) ou vender (put) um ativo de seu interesse no futuro, por um preço fechado — chamado strike.

Para tanto, o comprador do direito (tomador) pagará um prêmio ao vendedor. Na prática, ele é apenas o preço pago para ter direito de comprar ou vender o ativo pelo strike indicado. Na data de vencimento do contrato, o titular do direito terá a opção de exercê-lo ou não.

Em caso de exercício, o vendedor (lançador) será obrigado a cumprir o contrato (comprar ou vender o ativo), no preço previamente estabelecido. Na hipótese de não haver o exercício, o vendedor fica livre da obrigação e a opção deixa de existir — no mercado, se fala que ela vira pó.

Entretanto, o prêmio pago pelo comprador para adquirir o direito não é reembolsado. Logo, há risco de o tomador perder o valor pago e não ter retorno caso, na data estabelecida, o exercício do direito não seja atrativo. Devido a sua forma de funcionamento, esse mercado também pode ser utilizado para especulação ou hedge.

Como investir no mercado à vista?

Chegando até aqui você pode ter interesse em saber como investir no mercado à vista. Como você viu, é preciso ter acesso a um home broker. Logo, abra conta em uma corretora de valores de sua preferência para ter acesso a essa plataforma gratuitamente.

Na prática, a corretora será a ponte que ligará você aos demais participantes do mercado, atuando como intermediária das negociações. Portanto, é válido buscar por uma instituição que seja reconhecida pela excelência na prestação de seus serviços, a exemplo da Genial Investimentos.

Após abrir sua conta, transfira a quantia que você deseja alocar no mercado à vista ou a margem exigida pela corretora para operar alavancado. O próximo passo será adquirir os ativos que melhor se enquadrem no seu perfil de investidor e objetivos financeiros.

Como você aprendeu, existem diversas alternativas de investimento no mercado à vista que podem servir para objetivos de curto, médio ou longo prazo. Então, defina o que você busca no mercado para escolher os investimentos ou operações mais adequadas à sua estratégia.

Deseja começar a investir ou especular? Então abra já sua conta na Genial Investimentos!

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