Para entender qual a melhor forma de investir dinheiro, é fundamental conhecer os pontos que precisam ser avaliados para esse fim. Não existe uma alternativa que seja a mais adequada para todos os investidores, pois cada um possui características peculiares.
Nesse sentido, é preciso considerar fatores pessoais, mudanças de atitudes financeiras e seus objetivos para escolher os aportes. Fazendo isso, você conseguirá montar uma carteira alinhada a essas características.
Neste conteúdo que preparamos para você, será possível entender qual a melhor forma de investir dinheiro por meio de alguns passos que precisam ser considerados pelo investidor. Confira a seguir!
Conhecer o seu perfil de investidor
O primeiro passo para começar a sua jornada nos investimentos é conhecer o seu perfil de investidor. Você já ouviu falar desse conceito? Ao abrir uma conta em uma corretora de valores essa questão será, certamente, avaliada.
Os investidores são divididos em alguns perfis considerando, principalmente, a tolerância que eles têm aos riscos atrelados aos investimentos. Assim, é possível saber se a pessoa consegue lidar bem com investimentos menos seguros ou não.
O perfil de investidor é dividido em três tipos distintos: os conservadores, os moderados e os arrojados (também conhecidos como agressivos). Cada um terá características próprias e você deve considerá-las no momento de fazer os aportes.
Conheça-os a seguir:
Conservadores
Os conservadores, como você deve imaginar, são aqueles com menor tolerância aos riscos dos investimentos. Dessa forma, eles procuram alternativas mais seguras e previsíveis em relação à rentabilidade e possibilidade de perdas.
Moderados
Os moderados também priorizam a segurança. Entretanto, diferente dos conservadores, eles conseguem suportar mais riscos, principalmente a longo prazo. Então, ao considerar boas oportunidades, podem ser mais versáteis.
Arrojados
Por fim, temos os arrojados. Esses são aqueles que lidam bem com riscos, seja por ter mais estabilidade financeira ou conhecimento de mercado. Logo, buscam potencializar a expectativa de rentabilidade nos investimentos, mesmo que isso traga chances de perda.
Como você pode ver, considerar o seu perfil é fundamental no momento de compor a sua carteira de investimentos. A forma com que cada pessoa lida com o risco é muito importante para se sentir satisfeito com as escolhas de investimentos.
Um investidor com um perfil conservador, por exemplo, ao aportar em alternativas mais arriscadas, poderá ter mais ansiedade e dúvidas a respeito das decisões. Dessa forma, será mais difícil manter a estratégia de investimento, pois ele pensará continuamente em se desfazer dos ativos.
Por outro lado, investidores arrojados que alocam seus recursos apenas em alternativas muito seguras e limitadas podem ficar frustrados com os resultados. Da mesma forma, também desconfiarão da estratégia e se desanimarão com as escolhas.
Começar a poupar
Outro ponto importante para quem quer começar a investir seu dinheiro: é preciso poupar e ter uma sobra de valores. Lembre-se de que os investimentos são formas de manter e aumentar o seu patrimônio, além de conseguir uma renda passiva, se esse for seu objetivo.
Assim, a educação e o controle financeiro são fundamentais para que você consiga encontrar a melhor forma de investir. Dessa maneira, o primeiro passo é fazer um bom planejamento e controlar suas receitas e gastos.
Com essas informações, você saberá exatamente se sobra dinheiro todo mês ou se está endividado. Caso a última alternativa seja verdadeira, é preciso rever seus hábitos financeiros e buscar meios de eliminar as dívidas.
Uma boa dica é fazer o seu controle financeiro separando os gastos em categorias. Veja quais são as despesas fixas e as variáveis e em quais delas você consegue diminuir o valor mensal para poupar. Nesse sentido, tente ver quais são as maiores despesas e se há possibilidade de diminuí-las.
Compor uma reserva de emergência
Depois de conhecer seu perfil de investidor e ter um dinheiro separado para os investimentos, é hora de compor uma reserva de emergência. A reserva é um montante que você tem guardado e que só será utilizado em situações de necessidade.
Dessa maneira, casos como perda de emprego, necessidades médicas e outros gastos estarão cobertos com mais facilidade. Para isso, o ideal é que você componha a sua reserva com um valor equivalente a, pelo menos, 6 meses de custos mensais.
Assim, se por algum motivo você ficar sem a sua renda, conseguirá se manter por, pelo menos, 6 meses. O tempo pode ser suficiente para se estabilizar novamente e resolver os problemas.
Outra dica importante nesse momento é escolher o investimento ideal para alocar sua reserva. Ele deve ter duas características fundamentais: possuir baixo risco e alta liquidez. Você não quer correr riscos de que o seu dinheiro guardado para emergências sofra desvalorização ou prejuízos, certo?
Também é preciso garantir que você conseguirá transformar o aporte em dinheiro rapidamente. É disso que se trata a liquidez: o resgate deve ser feito facilmente e no momento que você desejar.
Definir os objetivos
Após realizar os passos anteriores, é preciso que o investidor defina objetivos financeiros. Como você viu, o ideal é que o primeiro deles seja a composição de uma reserva de emergência. Ela é fundamental para proteger o dinheiro destinado a outras metas.
Depois, separe seus objetivos em períodos diferentes. As metas de curto prazo são aquelas que você deseja alcançar em até um ano. Os objetivos de médio prazo costumam ter de 2 anos até 5 anos. Já o longo prazo diz respeito aos planos que poderão ser realizados em 5 anos ou mais.
Essa divisão é fundamental para que, mais tarde, você consiga encontrar investimentos adequados para cada objetivo. Separando-os em prazos, será mais fácil avaliar cada decisão para que elas façam sentido a esses períodos.
Vale ressaltar que os seus planos devem ser concretos e com uma estimativa de valores necessários. Ou seja, não basta definir que você quer aumentar o seu patrimônio em 5 anos. É fundamental saber qual é a proporção desejada de aumento no prazo estipulado.
Lembre-se de que os objetivos financeiros servem para que você realize sonhos e melhore sua qualidade de vida. Assim, não tente replicar objetivos de outras pessoas ou definir apenas metas de valores.
Não há regras nesse momento: você pode querer juntar dinheiro para fazer uma viagem com a família ou comprar um carro melhor. Em longo prazo, pode desejar parar de trabalhar e viver com uma renda passiva, sem perder o padrão de vida, por exemplo.
Aprender sobre as alternativas de investimentos
Como você viu, as suas decisões de investimentos devem ser sempre baseadas no seu perfil de investidor e nos objetivos financeiros. Para conseguir correlacionar essas características, é importante conhecer as alternativas e como elas funcionam.
Dessa maneira, primeiro é preciso entender sobre as duas classes de investimentos existentes: a renda fixa e a renda variável. Acompanhe:
Renda fixa
A renda fixa é uma classe de investimentos em que a rentabilidade é previsível e limitada. Ou seja, as possibilidades de ganhos do investidor já são determinadas no momento do aporte, assim ele saberá como eles se darão.
A renda fixa é composta por títulos de dívidas emitidos pelo Governo, por instituições financeiras ou empresas. Desse modo, o investidor adquire esse título e receberá o valor com os juros remuneratórios no momento do resgate.
Logo, há uma relação de credor e devedor na renda fixa: quem tem um título empresta dinheiro ao emissor, esperando receber esse montante de volta com a remuneração estabelecida.
Nesse sentido, a rentabilidade pode ocorrer de três formas distintas. Veja só:
- prefixada: a remuneração é baseada em um percentual fixo anual;
- pós-fixada: a rentabilidade estará atrelada a um índice financeiro escolhido pelo emissor;
- híbrida: o rendimento combina um índice financeiro com um percentual fixo ao ano.
Ao analisar os títulos disponíveis, você já poderá avaliar essa informação de forma previsível. Por isso, a renda fixa é a mais indicada para quem tem um perfil conservador ou para objetivos que precisam de mais segurança.
Além de entender a rentabilidade, vale a pena conhecer os grupos de títulos da renda fixa. Confira um resumo:
- títulos públicos: são emitidos pelo Governo e estão disponíveis no Tesouro Direto. Há opções prefixadas, pós-fixadas e híbridas, com diversas datas de vencimento;
- títulos de emissão financeira: são emitidos por bancos e financeiras. Cada instituição dará as regras de funcionamento de seus títulos;
- títulos de emissão corporativa: são emitidos por empresas, de capital aberto ou não. Conhecidos como debêntures, também podem ter diversas formas de funcionamento.
Renda variável
A classe da renda variável é aquela em que os ativos não têm uma rentabilidade previsível. Contudo, também não há limitação para os ganhos que o investidor pode ter, diferente do que acontece com os títulos de renda fixa.
Dessa maneira, o investidor faz aportes no ativo esperando dado potencial de rentabilidade. Contudo, podem ocorrer problemas e situações inesperadas que fazem o investimento desvalorizar. Por outro lado, eles também podem dar um salto na rentabilidade, valorizando em pouco tempo.
Como existem diversos ativos diferentes na renda variável, vale a pena entender como funcionam os principais. Acompanhe!
Ações
As ações são, talvez, os ativos de renda variável mais conhecidos. Elas representam uma parcela do capital social de uma empresa listada na bolsa de valores. Assim, quem adquire esses papéis torna-se um sócio da companhia.
Como sócio, o acionista assume os riscos do negócio, participando dos resultados obtidos pela empresa. Entretanto, quando a companhia não apresenta bons resultados, os acionistas também podem acompanhar o preço das ações recuarem.
As oscilações de mercado influenciam a cotação da ação, aumentando ou diminuindo o seu preço. Diversos fatores têm influência nesse momento, como a oferta e demanda, sentimento do mercado sobre a companhia etc.
É dessa forma que a rentabilidade ocorre: com a oscilação do preço das ações. Outro meio de ganhar dinheiro com esses ativos se dá pelos proventos. Os dividendos, por exemplo, são a divisão dos lucros da empresa aos seus acionistas de forma proporcional ao número de papéis que cada um possui.
Fundos de investimento
Os fundos de investimento também são uma opção de renda variável, embora existam alguns de renda fixa. Eles funcionam como um condomínio de investidores com um portfólio gerenciado por um gestor profissional.
Por sua vez, os investidores interessados adquirem cotas do fundo e participam dos seus resultados. Da mesma maneira que as ações, as cotas podem sofrer oscilações nos preços.
Vale ressaltar que existem diversos tipos de fundos de investimento. Eles variam conforme a composição da carteira e a estratégia utilizada nas negociações. Logo, podem ser de ações, imobiliários, multimercados entre outros.
ETFs
Os ETFs, sigla de exchange traded funds, são tipos de fundos de investimento com uma estratégia específica. Ela consiste em manter uma carteira com a finalidade de espelhar as oscilações de um índice financeiro.
Dessa forma, escolhe-se um índice do mercado, como o Ibovespa, e o gestor terá a responsabilidade de replicar as variações por meio da compra dos ativos. Aqui é importante saber que a gestão será feita de forma passiva, ou seja, não há a finalidade de superar a rentabilidade dos índices.
Um diferencial importante dos ETFs diz respeito à grande variedade de índices que podem ser escolhidos. Desse modo, indicadores globais, de criptomoedas, de renda fixa ou de bolsas do exterior podem ser utilizados, por exemplo.
Considere as decisões para cada objetivo
Conhecendo os seus objetivos e as alternativas de investimento, é fundamental que você considere cada decisão com cuidado. Lembre-se: a escolha entre um título ou um ativo deve ser pautada nas suas metas financeiras.
Uma dica nesse momento é fazer a seguinte ponderação antes de cada escolha: entre rentabilidade, segurança e liquidez, qual é a minha prioridade? Esse é o tripé dos investimentos e ele influencia cada decisão sua no mercado.
O fato é que não há investimentos que proporcionem esses três fatores ao mesmo tempo, por isso é importante decidir a sua prioridade. Ao focar na rentabilidade e liquidez, por exemplo, você deve abrir mão da segurança.
Por outro lado, ao priorizar segurança e liquidez, como alocando a reserva de emergência, você abre mão do potencial de rentabilidade. Afinal, títulos de renda fixa seguros e acessíveis apresentam taxas de juros limitadas.
Já para aportes que você não precisará resgatar com facilidade, pode-se potencializar a rentabilidade. Logo, existem algumas opções que não oferecem tanta liquidez, mas são relativamente seguras e rentáveis.
Optar por construir um portfólio diversificado, que reúna o tripé dos investimentos por meio de diferentes ativos e produtos, pode ser uma escolha inteligente. Assim, você poderá escolher alternativas diversas, alinhadas a cada um dos seus objetivos pessoais.
Agora você já sabe o caminho para escolher a melhor forma de investir seu dinheiro! Lembre-se de que é fundamental montar uma carteira que vise atingir seus objetivos. Nessa hora, contar com uma corretora que estimule o investimento de forma simples é fundamental.
Ficou interessado em buscar alternativas de investimentos e encontrar opções para sua carteira? Então vem ser Genial!