Cuidar das contas pessoais não precisa ser sinônimo de tensão ou aborrecimento. Porém, é fundamental construir uma relação saudável com o dinheiro para ter tranquilidade e realizar objetivos. Nesse sentido, é comum ter dúvidas sobre como organizar sua vida financeira.
Apesar de parecer desafiador, saiba que essa é uma mudança de comportamento possível. Com a adoção de uma nova postura em seu dia a dia com as finanças, há possibilidades de construir uma vida financeira mais saudável e adaptar a sua rotina de maneira simples.
Ainda assim, é normal ter dúvidas ou dificuldades no processo. Por esse motivo, se torna fundamental estudar mais sobre o assunto e conhecer as principais práticas que podem ajudar a manter as finanças saudáveis.
Se você quer descobrir as melhores atitudes para lidar com o dinheiro, continue a leitura. Neste artigo, nós, da Genial Investimentos, listamos 19 dicas incríveis para organizar sua vida financeira.
Acompanhe!
Importância da organização da vida financeira
Antes de conhecer as dicas para sua organização financeira, é relevante compreender por que alcançar esse patamar é necessário na sua vida. Nesse contexto, vale conferir os dados da pesquisa Índice de Saúde Financeira dos Brasileiros, da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), em 2023.
De acordo com o relatório, foi possível identificar que
- 43% das pessoas disseram que têm dificuldade para pagar contas;
- 50% dos brasileiros dizem vivenciar uma situação de aperto financeiro;
- 74% dos entrevistados afirmaram que gastam o mesmo valor ou mais do que ganham.
Isso é reflexo da falta de educação financeira no Brasil, tendo em vista que muitas vezes os assuntos relacionados às finanças são considerados um tabu. Contudo, ao avaliar a questão, é preciso considerar também os efeitos desse cenário.
Ainda conforme a pesquisa:
- 33% das pessoas acreditam que a forma como cuidam das finanças impede que elas aproveitem a vida;
- 28% dos entrevistados afirmaram que os compromissos financeiros são motivos de estresse;
- 68% dos brasileiros não têm segurança sobre como será o futuro financeiro.
Percebe como as finanças podem impactar a rotina e gerar preocupações? É exatamente por isso que é relevante buscar formas de organizar a sua vida financeira desde já, encontrando oportunidades de conquistar mais tranquilidade no dia a dia.
Saiba mais!
Benefícios da organização financeira
Ao manter suas contas pessoais em dia e planejar o uso do seu dinheiro para curto, médio e longo prazo, você conquistará qualidade de vida. Isso porque, ao ter sucesso em suas estratégias, se torna possível arcar com todos os seus compromissos do mês, ter uma reserva para imprevistos e ainda poupar para realizar projetos e sonhos.
Com as finanças organizadas, fica mais fácil perceber não apenas o tempo presente sem dor de cabeça com o dinheiro, mas projetar seu futuro. O orçamento sob controle ajuda, por exemplo, a custear o estudo dos filhos, aproveitar a vida e planejar a sua aposentadoria.
Essas realizações só serão possíveis diante da mudança de atitude na hora de lidar com o dinheiro. Com maior preparo sobre o assunto, você conquistará educação financeira, realizará gastos com consciência e compreenderá que os investimentos farão você multiplicar seus recursos.
Ou seja, ao organizar sua vida financeira você deixa de apenas calcular o salário para pagar as contas do mês. Começa a adotar estratégias para o bom uso do dinheiro, vivendo com mais liberdade, já que pode atender seus desejos, e com segurança quanto ao futuro.
19 Dicas de como organizar sua vida financeira
Agora que você aprendeu de que forma organizar as suas contas pessoais terá um impacto positivo na sua qualidade de vida e da sua família, é hora de entender como agir para organizar as finanças, certo? Então saiba que existem diversas dicas que ajudarão nessa jornada.
A seguir, confira 19 práticas relevantes para ter uma vida financeira organizada e conquistar diferentes objetivos!
1. Identifique e organize as receitas e despesas
Se o foco é organizar as suas finanças pessoais, o primeiro passo é conhecer em detalhes as suas receitas e despesas mensais. A dica pode parecer óbvia, mas você sabia que muitas pessoas não têm a noção exata de quanto ganham e muito menos como seus gastos são realizados?
É comum que a rotina de receber salário e pagar contas aconteça de maneira automática, sem uma reflexão sobre as operações. Como resultado, a tendência é que aconteça uma falta de controle sobre as finanças, que pode levar a diferentes problemas — como o endividamento.
Nesse sentido, o ponto de partida é listar todas as entradas e saídas mensais de dinheiro da sua conta. Pode ser com papel e caneta, em uma planilha no computador ou utilizando aplicativos no celular para essa finalidade, a fim de registrar os ganhos e despesas para começar a sua organização.
A medida permitirá que você comece a ter um desenho de como funciona seu orçamento mensal, compreendendo se há gastos muito altos, por exemplo. Se esse for o caso, é possível verificar se podem ser negociados ou substituídos, ou se há despesas supérfluas que podem ser cortadas.
Esse processo também dará uma visão mais exata sobre qual é a sua renda, considerando diferentes fontes de ganhos e eventuais custos — como impostos. E não se esqueça de, tanto nas entradas quanto nas saídas, fazer uma média daquelas movimentações esporádicas. Isso dará uma visão mais realista da sua situação financeira ao longo do ano, combinado?
2. Crie um orçamento financeiro eficaz
Após registrar as suas entradas e saídas para ter um diagnóstico mais preciso sobre as suas finanças mensais e anuais, é hora de criar um orçamento financeiro. Aqui, a ideia é reunir todos os dados obtidos e estruturar, de fato, como deve ser a rotina financeira.
Nesse ponto, se torna mais importante realmente buscar ferramentas que ajudarão a cadastrar diferentes categorias de renda e gastos, além de facilitar eventuais edições.
No processo de registro, perceba que o foco não é apenas replicar os dados obtidos com a dica anterior. Na verdade, você deve ir além: a finalidade é repensar todo o seu orçamento e criar uma estrutura que funcione para a sua realidade.
Isso envolve estipular limites de gastos para cada categoria, prever uma economia mensal e outras medidas. Esse é um processo mais complexo, que envolve diversos fatores. Mas não se preocupe, pois as próximas dicas ajudarão nessa jornada.
3. Faça um planejamento financeiro
Entre as dicas de como organizar sua vida financeira, o planejamento é fundamental. Não basta apenas manter suas contas em dia, com um olhar apenas para o mês vigente. Você deve planejar como será o uso dos seus recursos para o curto, médio e longo prazo.
Sendo assim, além das despesas mensais, você precisa fazer uma programação dos gastos e ganhos esporádicos. Por exemplo, o recebimento de décimo terceiro salário, pagamento de impostos anuais, seguro de carro, matrícula da escola dos filhos, compra de material escolar, entre outros.
O ideal é evitar a situação de não conseguir custear as despesas mais elevadas de determinado mês por falta de planejamento. Além dos gastos pontuais ao longo do ano, esse planejamento envolve também poupar dinheiro para seus projetos — como você verá a seguir.
4. Economize e reduza despesas
No momento de montar o seu orçamento, faça um diagnóstico completo da sua vida financeira para buscar oportunidades de melhorias. Muitas vezes, as pessoas assumem gastos excessivos na rotina, que se acumulam e dificultam a manutenção das finanças no azul.
Nessa hora, é fundamental avaliar o orçamento com muita atenção e verificar o que pode ser feito para reduzi-lo. Saiba que você pode se surpreender com pequenas medidas, como trocar o plano do seu celular ou mudar seu comportamento nas compras de supermercado.
Não existe uma fórmula mágica: tire um tempo para avaliar cada item que compõe o orçamento, o gasto médio identificado nos meses ou anos anteriores e a real necessidade. O objetivo não é fazer grandes cortes ou eliminar o lazer do seu dia a dia.
O foco é apenas encontrar oportunidades de reduzir custos para otimizar o uso dos seus recursos e ajudar na construção de uma vida financeira mais sólida. Que tal se, em vez de ter diversos serviços de streaming simultaneamente, você escolher apenas um?
Ao concluir as séries e filmes que você queria assistir, será possível cancelar a assinatura e buscar outro serviço que tenha mais programas do seu interesse. Viu como não é preciso eliminar a atividade de lazer?
5. Acompanhe seus gastos e receitas
Outra dica de destaque no processo de organização da vida financeira é o acompanhamento. Isso porque um erro comum ao pensar em como estruturar o orçamento é não observá-lo com frequência.
Em geral, funciona da seguinte forma: a pessoa busca extratos bancários passados, avalia faturas do cartão, monta planilhas e estrutura toda a vida financeira no passado. Depois, ela cria um plano para entender como as finanças devem ser, projetando economias e outros planos.
Entretanto, nos meses seguintes, a pessoa não atualiza as informações e logo deixa de acompanhar a evolução das finanças. Quando isso acontece, a tendência é que a desorganização financeira volte a se consolidar, concorda?
Portanto, ter um bom diagnóstico de entradas e saídas e montar um orçamento eficaz não é suficiente. É essencial que você inclua o acompanhamento dos registros financeiros na sua rotina, atualizando informações e, até mesmo, fazendo novas avaliações em busca de melhorias constantes.
6. Saia das dívidas
Ao checar suas finanças, é normal descobrir que as dívidas estão consumindo uma parte importante da sua renda. Isso acontece com muitas pessoas, já que o valor devido passa a ser acrescido de multas e juros, que ampliam o débito ao longo do tempo.
Como resultado, a pendência pode se transformar em uma bola de neve cada vez mais difícil de quitar. Mas você quer saber como organizar sua vida financeira, certo? Então uma atitude essencial é buscar meios de se livrar das dívidas ou de reduzir o montante.
Nesse momento, verifique o que é possível quitar mais rapidamente e comece a se programar. Já, para valores mais elevados, uma saída é tentar renegociar a pendência com o credor, de forma a diminuir o valor a ser pago ou buscar condições facilitadas.
7. Não se endivide mais
Depois de ler o tópico anterior, pode parecer que este é repetitivo — mas ele não é. Existem pessoas que se livram das dívidas com sucesso, contudo, depois acabam assumindo mais contas sem o devido cuidado e acabam gerando novos endividamentos.
Para organizar sua vida financeira, é preciso adotar uma nova postura no dia a dia. Por isso, tente avaliar o que fez você se endividar na primeira vez. Uma causa comum para esse cenário é manter um padrão de vida maior que sua renda.
Outra possibilidade é a dificuldade de lidar com imprevistos por não ter uma reserva financeira. Mais uma causa comum do endividamento é a dificuldade de controlar impulsos de compras. Independentemente da origem do problema, é preciso tentar identificá-la e superar as adversidades.
Tenha em mente que uma dívida pode aumentar muito com o tempo, principalmente em prazos mais longos. Nesse contexto, uma das grandes lições da organização financeira é evitar o endividamento e sempre avaliar novas compras com atenção, a fim de tomar decisões mais acertadas para o seu orçamento.
8. Gerencie débitos de maneira inteligente
Para ajudar com as duas dicas anteriores, estabeleça estratégias para gerenciar débitos de maneira inteligente. Existem diversas práticas que você pode observar na rotina que ajudarão com as contas vencidas e a vencer.
Veja só:
- sempre avalie o seu orçamento com atenção antes de assumir um novo compromisso financeiro;
- avalie ofertas e busque melhores condições de preço e pagamento antes de cada compra;
- evite o excesso de parcelamentos, pois as prestações elevam o valor mensal devido e podem fazer com que o total a ser pago no mês não se encaixe no orçamento;
- saiba priorizar pagamentos, quitando antes as contas que podem tornar serviços relevantes inacessíveis (como energia elétrica e internet) e aquelas com juros mais elevados;
- caso perceba que terá dificuldades, antecipe as negociações com credores para antes dos vencimentos. Isso demonstra maior transparência e pode evitar outras medidas de cobrança, como negativação e execução;
- considere a troca de dívidas mais caras por mais baratas — como ao consolidar débitos com juros altos em um empréstimo mais favorável.
9. Automatize suas finanças
Mais uma dica de grande relevância na organização da sua vida financeira é contar com a automatização. Por exemplo, com o open finance, existem aplicativos que permitem conectar suas contas bancárias e automatizar os registros.
Nesse caso, as movimentações no saldo são atualizadas no app automaticamente, permitindo que você tenha uma visualização simplificada da sua rotina financeira. Outra dica é configurar pagamentos em débito automático ou transferências programadas nas suas contas.
A medida evita que você atrase a quitação de contas mensais — o que pode acontecer por mero esquecimento, em meio a tantas tarefas no dia a dia. Porém, não se esqueça de sempre conferir o saldo, para deixar dinheiro suficiente para cobrir as despesas programadas.
Planilhas e aplicativos para organizar a vida financeira
Para ajudar na tarefa de fazer uma boa gestão das finanças, você pode utilizar planilhas financeiras. Você pode montar uma no Excel ou no Google Sheets ou baixar uma pronta. A vantagem é que é possível configurar fórmulas e utilizar validações de dados para calcular gastos, fazer projeções e trazer alertas.
Outra possibilidade, como você viu, são os aplicativos financeiros. Ao pesquisar na internet, você encontrará diversas soluções do tipo. Veja algumas possibilidades:
- Mobills: existe uma versão gratuita e uma versão paga. Ambas podem ajudar a controlar despesas, ganhos e planejamento;
- Monefy: oferece controle de orçamento, planilha de gastos e relatórios. Apesar de ser estrangeiro, as principais informações podem ser encontradas em português;
- Organizze: ele oferece teste por 7 dias e depois exige a contratação do plano anual. O app permite integração com contas bancárias e cartões de crédito.
10. Adquira bons hábitos financeiros
Depois de ter uma visão apurada das suas receitas e despesas e se organizar para ficar longe das dívidas, é necessário adquirir novos hábitos com o dinheiro. Comece a enxergar suas finanças como um meio para alcançar propósitos maiores, considerando o seu futuro também.
Como visto, um ponto imprescindível é evitar as compras por impulso que, aos poucos, comprometem sua renda e tornam difícil a prática de poupar. Assim, reflita se você precisa mesmo de um determinado produto ou serviço e passe a pesquisar valores antes de cada compra.
Com essa atitude, você começa a perceber que realiza muitos gastos desnecessários, que fazem seu dinheiro ir embora facilmente. Mas, além desse, existem diversos outros hábitos financeiros positivos, como:
- desenvolver sua educação financeira;
- poupar pensando no futuro;
- investir os seus recursos;
- manter um bom controle de gastos;
- ter uma reserva financeira;
- acompanhar seus investimentos.
Inclusive, você perceberá que as próximas dicas têm bastante relação com esses hábitos. Afinal, boas práticas no dia a dia são fundamentais para organizar a sua vida financeira.
11. Invista em educação financeira (inclusive para crianças e adolescentes)
A educação financeira se refere à habilidade das pessoas compreenderem questões relacionadas a finanças e ao uso consciente do dinheiro. Desse modo, ela tem relação com a maior responsabilidade ao lidar com o orçamento, envolvendo práticas como ter um bom planejamento financeiro e investir.
Então é preciso buscar formas de desenvolver essa habilidade em você e toda a família — mesmo crianças e adolescentes. Com educação financeira, é possível ter uma melhor compreensão sobre o seu orçamento, as formas de utilizar bem os seus recursos e as possibilidades que o mercado financeiro proporciona.
A partir disso, você também passará a ter mais segurança para avaliar o seu orçamento periodicamente e fazer otimizações. No mesmo sentido, será mais fácil tomar boas decisões, em busca do equilíbrio econômico.
Com toda a família desenvolvendo essas habilidades, todos passam a colaborar com a construção de uma rotina financeira mais saudável e positiva.
Dicas de livros
No processo de buscar educação financeira, é importante ter boas fontes de estudos, certo? Além de recorrer a cursos e conteúdos online, vale a pena conferir alguns livros sobre finanças e investimentos que vão auxiliar em sua jornada para conquistar seus objetivos:
- “O investidor inteligente”: livro de Benjamin Graham, ele pode servir como um guia para fazer investimentos e é recomendado por diversos profissionais do mercado financeiro.
- “Terapia Financeira”: nesse livro, Reinaldo Domingos apresenta uma metodologia para a organização financeira chamada DSOP (Diagnosticar, Sonhar, Orçar e Poupar);
- “O homem mais rico da Babilônia”: esse é um dos livros clássicos sobre finanças em geral. Ele foi escrito por George Samuel em 1926 e fala sobre controle financeiro, acúmulo de capital e dicas sobre economia;
- “Pai Rico, Pai Pobre”: de Robert T. Kiyosaki, ele traz lições valiosas para ajudar os leitores a lidarem com diferentes cenários financeiros.
12. Estabeleça metas financeiras claras de curto, médio e longo prazo
Sempre que se fala em criação de hábitos e mudanças na rotina, é comum pensar na definição de metas. Elas funcionam como um guia, ajudando a compreender o que você deseja conquistar e, a partir de uma análise do cenário, entender o que precisa ser feito para atingir esses objetivos.
Portanto, ao organizar a sua vida financeira, tenha em mente que o processo não serve apenas para acumular uma quantia maior em sua conta. A ideia tem como propósito uma questão bem mais abrangente.
Pense em todo o seu esforço para trabalhar e ganhar seu salário — ou outras medidas na sua carreira para ser promovido, ter seu negócio ou outras questões relacionadas à sua renda ativa. Tudo isso precisa ter um retorno, certo?
Ao cuidar das suas contas, você utiliza esses ganhos com estratégia para seu bem-estar. Focando não só no presente, mas também no médio e longo prazo, é possível realizar seus sonhos. Seguindo esse pensamento, uma das formas de utilizar bem seu dinheiro é listando seus objetivos de vida.
Alguns exemplos comuns são comprar uma casa, um carro, fazer uma grande viagem, morar no exterior, se aposentar etc. Com essas metas definidas, detalhe cada uma delas, identificando o montante desejado e o prazo, que pode ser:
- curto: para conquistas a serem realizadas em até 1 ano;
- médio: para objetivos que devem ser realizados entre 1 e 5 anos;
- longo: para as realizações previstas para períodos superiores a 5 anos.
Com esse planejamento feito, será mais fácil entender as medidas específicas que você deve adotar para realizar as metas. Com metas claras, você consegue definir quanto guardar mensalmente, estabelecer de que forma é possível investir os recursos, entre outras práticas.
13. Comece a poupar dinheiro
Você sabia que existe diferença entre economizar e poupar? O primeiro conceito engloba as medidas adotadas para gastar menos mensalmente, reduzindo as suas despesas. Ela pode ser necessária para fazer com que seus custos deixem de superar a renda, por exemplo.
Também é comum pensar em economizar quando é preciso quitar dívidas, buscando formas de fazer sobrar mais dinheiro para pagar as pendências. Já o termo poupar se refere a guardar dinheiro. Ou seja, a economia deixa de ter foco apenas em cobrir outros custos ou sair do vermelho e passa a ter outras finalidades.
E, após estabelecer os seus objetivos, é preciso se programar para realizá-los, certo? Então é necessário separar um valor mensal para ser poupado para essa finalidade. Você poderá fazer isso ao aprender a economizar dinheiro e poupar.
Aqui, entra a importância de manter firme os bons hábitos financeiros, já que a ideia é ter um dinheiro que será destinado para investimentos. Com o tempo, esses recursos passam a se multiplicar, permitindo que você viva bem e conquiste seus propósitos.
14. Componha uma reserva de emergência
Ao adotar um novo comportamento, estabelecendo uma relação saudável com o dinheiro, é preciso ter uma atitude que servirá para proteger seu orçamento. É a chamada reserva de emergência. Ela consiste em uma quantia separada para ajudar em uma situação inesperada.
Mesmo seguindo todas as dicas apresentadas para ter controle financeiro, imprevistos podem acontecer e exigir um dinheiro imediato. É o caso de emergências de saúde, manutenções necessárias no carro ou na casa, acidentes ou até mesmo a perda da renda.
Ao ter a reserva de emergência, você pode se organizar sem precisar de grandes mudanças no seu estilo de vida e sem enfrentar muita preocupação. É uma atitude que tem como função amparar você e sua família, evitando ter que contar com terceiros ou se endividar diante de um imprevisto.
Ainda, considerando um cenário no qual há a intenção de construir um patrimônio sólido, a reserva se torna um passo bastante relevante. O motivo para isso está no fato de que, na construção de um futuro financeiro tranquilo, é fundamental investir.
Porém, se você passar por emergências financeiras, pode ter que resgatar os investimentos antes dos prazos desejados. A medida amplia os riscos, já que pode ser necessário vender um ativo por um preço inferior ao pago no momento do aporte, por exemplo.
Exemplo de reserva de emergência
Imagine que você tem um custo de vida mensal de R$ 2.000,00. Significa que o seu custo de vida no semestre (6 meses) é de R$ 12.000,00 e no ano (12 meses) de R$ 24.000,00.
Com essa informação, você pode definir um plano para poupar até ter o equivalente a 6 ou 12 meses do seu custo de vida e assim, ficar mais tranquilo no caso de imprevistos.
15. Invista para o futuro
Após compor a sua reserva de emergência, é o momento de começar a investir para construir um patrimônio sólido e ter mais tranquilidade no futuro. Inclusive, tenha em mente que um dos grandes objetivos ao ter a sua vida financeira organizada é iniciar seus investimentos!
E não é preciso separar grandes quantias para isso, sabia? O importante é conseguir destinar parte da sua renda para investir, mesmo começando com pouco. Existem diversas alternativas no mercado financeiro, para objetivos e montantes diferentes. Por isso, a ideia de que investimentos são apenas para ricos é um mito.
Nesse processo, existem algumas dicas complementares. Descubra quais são elas!
Defina seu perfil de investidor
Antes de começar a investir, é necessário descobrir seu perfil de investidor. Ele é identificado por meio de um teste de suitability, que considera questões como sua situação financeira, conhecimento sobre o mercado, entre outros fatores.
Após responder o questionário, você saberá qual é a sua classificação. Uma delas é o investidor conservador, que prefere se manter seguro. Outro perfil é o moderado, que está disposto a correr um pouco mais de risco, enquanto ainda valoriza a segurança.
Por fim, existe o arrojado, que não vê problemas em se arriscar para buscar rendimentos mais altos. Identificando o seu nível de tolerância aos riscos. Com esse conhecimento, fica mais fácil encontrar os investimentos que atenderão seus objetivos.
Estude as alternativas disponíveis
Outra medida fundamental é estudar as oportunidades disponíveis no mercado financeiro. Nas alternativas de renda fixa, você tem previsibilidade em relação aos rendimentos e maior segurança. Por outro lado, o potencial de retorno é limitado.
Algumas possibilidades são:
- títulos públicos do Tesouro Direto;
- certificado de depósito bancário (CDB);
- letra de crédito imobiliário (LCI);
- letra de crédito do agronegócio (LCA);
- certificado de recebíveis imobiliários (CRI);
- certificado de recebíveis do agronegócio (CRA);
- debêntures;
- fundos de renda fixa.
Já na renda variável há mais riscos envolvidos, não havendo garantias de lucros. Ao mesmo tempo, essa característica é recompensada por um maior potencial de retorno. Entre as principais alternativas, estão:
- ações;
- fundos de ações;
- fundos multimercados;
- exchange traded fund (ETF);
- fundo de investimento imobiliário (FII);
- brazilian depositary receipt (BDR).
Cada alternativa do mercado financeiro tem características específicas em relação a riscos, prazo, liquidez e potencial de retorno. Logo, estudar essas questões é fundamental para ajudar a montar a sua carteira de investimentos de maneira eficaz.
Diversifique sua carteira
Um aspecto essencial para todo investidor, independentemente do perfil, é diversificar sua carteira de investimentos. Isso porque destinar seus recursos para diferentes alternativas, expostas a condições distintas, é uma maneira de equilibrar riscos e aumentar o potencial de rentabilidade.
Com a diversificação, diante da queda de um ativo, há chances de que o ganho de outros compense eventuais perdas. Portanto, a medida ajuda a conquistar maior tranquilidade nos investimentos.
16. Planeje a sua aposentadoria
Você já pensou na sua aposentadoria? Essa é uma questão fundamental para a organização da vida financeira, afinal, ela é um objetivo bastante comum para grande parte das pessoas.
Quem trabalha com carteira assinada ou é autônomo precisa realizar suas contribuições ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Essas contribuições servem para financiar todo o sistema de seguridade e também garante o direito à aposentadoria.
No entanto, a aposentadoria concedida pelo INSS tem limitações. Primeiro, porque o valor recebido sempre estará sempre limitado ao teto previdenciário. Em 2023, por exemplo, o teto do INSS era de R$ 7.507,49.
Além disso, existem regras específicas sobre o tempo necessário para se aposentar. Na aposentadoria por idade, os homens precisam ter 65 anos, enquanto as mulheres devem completar 62 anos para ter direito ao benefício.
E se você quiser se aposentar ganhando mais ou parar de trabalhar mais cedo? Nesse momento, a organização financeira é essencial para ter resultados adequados às suas expectativas e necessidades.
Para ajudar a alcançar esse objetivo, muitos investidores optam pela Previdência Privada. Ela também é conhecida como Previdência Complementar e se caracteriza como um investimento de longo prazo.
Nela, há duas fases: a acumulação e o usufruto. Na primeira fase, o investidor faz contribuições periódicas ao fundo de Previdência Privada. Os valores, periodicidade e outros detalhes dependem de cada alternativa.
Depois de um tempo determinado começa a fase de usufruto. Como o próprio nome indica, é nesse momento que o investidor usufrui de seu investimento. Então, é possível receber uma renda mensal, resgatar uma parte do valor investido mais a rentabilidade obtida, entre outras opções.
Vale ressaltar que a fase de acumulação costuma ter um longo prazo. Portanto, a organização financeira é essencial para colher os resultados esperados com esse investimento. Além disso, outros investimentos de renda fixa e variável ajudam nessa conquista, colaborando também com a diversificação.
17. Faça investimentos sustentáveis e responsáveis
Você sabia que existem investimentos sustentáveis e responsáveis? Eles são alternativas do mercado financeiro que contribuem para o desenvolvimento sustentável da sociedade, em relação ao meio ambiente, governança e aspectos sociais.
Uma das vantagens de investir em alternativas sustentáveis é a promoção dessas práticas na sociedade e no mundo empresarial. Se você investe em um fundo ESG, por exemplo, estará contribuindo para que empresas busquem cada vez mais soluções que favoreçam o meio ambiente, a governança corporativa e a sociedade em geral.
Da mesma forma, é possível que as alternativas sustentáveis sejam mais visadas por outros investidores. Como consequência, os ativos começam a se valorizar conforme o aumento da demanda, o que trará benefícios financeiros.
18. Evite armadilhas financeiras comuns
Um bom gerenciamento de contas também exige que você saiba como evitar armadilhas financeiras da rotina. A seguir, veja as principais:
Uso excessivo do cartão de crédito
Muitas vezes, o descontrole financeiro é resultado do uso excessivo do cartão de crédito. Essa forma de pagamento permite que você adquira o item desejado, mesmo quando ele custa um preço alto e não estava planejado no orçamento.
Contudo, ao ter esse costume, a fatura pode vir com diversas compras, deixando em um valor difícil de ser quitado. E fique especialmente atento aos parcelamentos. Mesmo os de valores mais baixos, quando numerosos, afetam uma fatia relevante dos seus ganhos.
Também é preciso ter atenção a uma facilidade que a operadora de cartão oferece: o crédito rotativo. Ele permite parcelar a dívida, mas conta com juros bastante elevados.
Dessa forma, para fugir desse tipo de situação, dê preferência para a função débito do seu cartão, realizando os pagamentos na hora. Além disso, sempre busque pagar o total da fatura do cartão de crédito ou negociar em momentos de dificuldade.
Gastar mais do que ganha
Outro problema comum na rotina é tentar manter um padrão de vida que supera os seus rendimentos. Normalmente, isso acontece de maneira involuntária, por falta de controle dos ganhos reais ou pelo acúmulo de compras e parcelas.
Porém, o ideal é sempre tentar viver com um padrão abaixo da sua renda atual. É dessa maneira que você terá recursos disponíveis para economizar e investir pensando na realização de diferentes objetivos financeiros, como a compra de um imóvel ou a aposentadoria.
Assumir riscos excessivos ao investir
Quem já conquistou organização financeira suficiente para investir pode cair em outras armadilhas. Uma das principais é assumir riscos excessivos buscando potencializar o retorno. Em geral, a intenção é ampliar o patrimônio rapidamente.
No entanto, ao adotar essa estratégia, você amplia as chances de ter perdas financeiras — e os retornos não são garantidos. Se os riscos não estiverem alinhados com o seu perfil de investidor ou se você não contar com uma estratégia para equilibrá-los em sua carteira, há chances de ter prejuízos expressivos, prejudicando sua vida financeira.
19. Tenha disciplina para investir
A 19ª dica sobre como organizar sua vida financeira diz respeito a uma questão imprescindível para quem começou a fazer investimentos: a disciplina. A ideia é que você realize aportes constantes para que possa ver seu patrimônio aumentar de maneira consistente.
Logo, determine uma quantia por mês e invista assim que receber sua remuneração, por exemplo. Pense no investimento como uma conta mensal que precisa ser quitada e determine um valor a partir de uma análise do seu orçamento.
Ao investir o valor definido no seu orçamento assim que ele estiver disponível, você evita direcionar o dinheiro para outros gastos e acabar não tendo recursos no final do mês para investir. Lembre-se de que, ao ver os recursos disponíveis em conta, há mais chances de gastá-los desnecessariamente.
Por fim, entenda a importância de deixar seus recursos investidos para o curto, o médio e o longo prazo, para que sua carteira se mantenha alinhada com suas necessidades. O foco em suas metas ajudará a ter a disciplina necessária para fazer uma boa gestão do seu portfólio.
Dica bônus: invista com a Genial
Para investir, você precisará ter uma conta com uma corretora de valores. Trata-se de uma instituição financeira focada em investimentos, oferecendo plataformas, contas e ferramentas para que você negocie títulos, ativos e gerencie sua carteira.
Aqui, nossa dica é contar com a Genial Investimentos. Primeiro, porque você terá segurança financeira contando com uma boa plataforma, o que reduz o risco operacional. Segundo, pois será possível contar com o apoio de profissionais do mercado.
Outra vantagem é o amplo portfólio. A Genial oferece diversos títulos de renda fixa, acesso a bolsa de valores, cotas de fundos e outras possibilidades. Com mais opções de investimentos disponíveis, você conseguirá fazer uma alocação de carteira mais detalhada.
Por fim, o processo de abertura de conta é bastante ágil e seguro, tudo é feito pela internet. Com a confirmação, você já poderá transferir seu saldo e começar a investir em ativos e títulos que desejar.
Agora você já sabe como organizar sua vida financeira seguindo 19 dicas. Além de cuidar dos seus recursos mensais, adotar essas práticas ajudará a alcançar seus projetos e sonhos. O foco é estabelecer uma relação saudável com o dinheiro e investir para realizar suas metas.
Quer dar mais um passo rumo à organização financeira? Na Genial Investimentos você pode destinar seu dinheiro para diferentes oportunidades. Abra sua conta conosco e comece a investir!